UMA CARTA (76)
PEDRO TOBIAS: PAU QUE DÁ EM CHICO DÁ EM FRANCISCO – enviada para imprensa em 19.11.2011
Em 12/10/11 no JC, coluna Opinião, o deputado Pedro Tobias fez um longo arrazoado com o tema “Do discurso à prática petista de governar”, onde teceu críticas contundentes a uma suposta prática do Governo Federal, petista e contrário ao seu PSDB (na essência, hoje muito parecidos), quando afirmou que “enquanto o governo petista aumenta a expectativa de superávit primário e mantém aberta a porta do cofre da administração pública, a saúde pede socorro”. Tentou demonstrar a seguir que o seu partido, o detentor do Governo Estadual por quase 20 anos faz e acontece contribuindo para administrar Santas Casas interior afora. Aqui em Bauru com a AHB um exemplo nada digno de como algo próximo do PSDB administrava maravilhosamente esses complexos hospitalares, misturando o público com o privado e hoje virando um verdadeiro caso de polícia.
O SUS, bancado pelo Governo Federal é quem continua promovendo quase todas as injeções financeiras para a manutenção de algo que ainda não possui eficaz controle, pois repassa a grana, mas quem efetivamente gasta e controla entradas e saídas são essas entidades e os municípios, sendo que a grande maioria deles possui vínculo com o Governo do Estado. Essa exigência cada vez maior por recursos precisa ter uma fiscalização de contas mais rigorosa. A AHB fez e aconteceu, jogou nosso dinheiro no ralo, enriqueceu uns poucos e fragilizou o Sistema de Saúde. O deputado precisa estar atento a isso e propor nessas instituições todas algo como hoje ocorre nas esferas federais, a divulgação on-line da entrada e saída de recursos, transparência total.
Mas a minha escrevinhação não é para ficar fazendo a defesa de um e de outro. Estou hoje aqui para outra coisa, pois quero simplesmente demonstrar o quanto o nosso deputado é inconsistente quando afirma num título de artigo, que o partido com o qual esgrima nas esquinas é ruim e o dele, uma das sete maravilhas do planeta. Pura balela e conversa para boi dormir. Amanhecemos semana passada estarrecidos com a divulgação de que as obras do Metrô paulista, cria tucana, foram superfaturadas e dinheiro vultuoso desviado, tudo para favorecer uns poucos e guardadas as devidas proporções, igualzinho ao ocorrido aqui com a AHB.
Pedro Tobias, os tucanos todos e também os petistas precisam entender de uma vez por todas que a corrupção é idêntica em todos os matizes, pois está na raiz do sistema vigente. Como ninguém prega a mudança dele, o que ainda é incipiente e precisa de uma guinada são as formas de apuração e de denúncia. Nossos meios de comunicação estão abarrotados de textos sobre uma viagem de um ministro num jatinho particular, mas quase nada sobre a malversação de alta grana no Metrô paulista. Qual a prioridade? Querem pegar quem? Por que não existe a mesma intensidade de denúncia e investigação dos dois lados? Sacanear com a coisa pública está uma festa e quem aí estiver completamente isento que atire a primeira pedra. Já esclarecer tudo, mas tudo mesmo, isso são outros quinhentos. Assente a poeira deputado e constate que “tá tudo dominado”, tanto no quintal do vizinho, como no seu próprio.
OBS 1: Esse o teor de uma carta ainda não publicada. Após a visita à Bauru, semana passada, do ministro da Saúde, para inaugurar uma unidade da UPA, Pedro Tobias voltou a atacar o Governo federal com a mesma ladainha do texto publicado no JC. Os tucanos fazem e acontecem desmedidamente com o descalabro na Saúde estadual, com a implantação dos Hospitais Estaduais, onde ocorre despejo imenso de recursos e pouca fiscalização de sua utilização e criticam o quintal alheio. Sei e reafirmo aqui, que ambos, PSDB e PT são farinha do mesmo saco, mas ainda encontro rastros bem nítidos de um ser bem pior que o outro. E isso não interessa para a mídia, infelizmente.
OBS 2: Vamos encerrar o mês com uma amenidade. Hoje, 20h30, no Centro Cultural Celina Neves (rua Gerson França 6-66”, um show de irreverência, galhardia e inusitado, o de um grupo de palhaços espanhóis, “VAGABUN, DOS” (cia Pacolmo – Teatro de Calle Y Más), numa turnê do Fora do Eixo. Preços módicos e oportunidade rara e única. É hoje e só hoje, amanhã não mais. Desmarque tudo e compareça por lá, assim como farei.
OBS 3: Amanhã aqui no blog o lançamento de um Prêmio, criado pela mente doentia desse escrevinhador e que fará uma justa homenagem a algumas pessoas, que verdadeiramente fazem um bem danado para Bauru e, por outro lado, dará também um justo cutucão a outras, que apregoam fazer o bem, mas praticam o contrário. Trata-se do TROFÉU DESATENÇÃO, O MAIS DESLIGADO DE BAURU, um para endoidecer gente sã. Todos os detalhes aqui amanhã.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
terça-feira, 29 de novembro de 2011
OS QUE SOBRARAM E OS QUE FAZEM FALTA (27)
ALGO DO DOMINGO PASSADO E LEMBRANÇAS DO VELHO “GASPARINI”
Domingo é sempre um dia saboroso aqui pelos lados de minha modesta morada. Primeiro porque tem Feira do Rolo e lá, especialmente nesse domingo vejo os policiais tomando conta de tudo e de todos. Bom por um lado, ruim por outro. Explico. Segurança é sempre bom, sem esse penduricalho de Atividade Delegada, um complemento salarial que deveria vir do empregador da PM, o Governo Estadual. O ruim é o observado por mim. Eles estão lá para garantir que não ocorra a revenda de produtos pirateados, mas só fiscalizam os CDs e DVDs e nada mais. Estranho, não? Se é para acontecer a faxina, que se aconteça com todos e não somente em um segmento, pois isso denota algo a preocupar a todos nós. Mas a feira dominical é mesmo uma festa (o maior encontro popular de Bauru) e nela encontro seu Hermes, nordestino de quatro costados, trajando sua imponente camiseta do Sport Club do Recife, que no dia anterior havia conseguido a duras penas subir novamente para a 1º Divisão do Futebol Brasileiro (ufa!!!). De lá saio para o mercadinho mais aconchegante de Bauru, a Casa do Arroz, na rua Araújo Leite, perto da igreja e quem encontro batendo o maior papo entre as gôndolas de frutas é Isaias Daibem e Milton Dota (pai). O assunto era a nova cara do PSB local e meti meu bedelho na conversa, dizendo que com os novos ares, a oxigenação partidária, algo de novo pode despontar dentro da sigla, ou seja, algo mais com a conotação socialista, tão em falta até agora. Almoço em família, casa cheia e mesmo louco para tirar a tal da “ciesta”, vou é para o Teatro Municipal ver um pedacinho do Umbanda Fest, o evento anual capitaneado pelo Ricardo Barreira e do pouco que vejo, algo me encanta, a apresentação musical de uma jovem cantora paulistana, Suelen Luz. Depois fui curtir os jogos do Corinthians e do Vasco, cada um a seu modo, numa emocionante decisão do Brasileirão adiada para domingo que vem.
Escrevi tudo isso para finalizar com algo simples, direto e reto. Nesse último domingo me lembrei muito de uma pessoa que reencontrava sempre nas feiras, ruas e lugares dos mais populares de Bauru, o ex-prefeito e líder comunista Edison Bastos Gasparini, que anos depois deu nome a um conjunto habitacional e que em sua homenagem, pela sua atuação popular, todas as ruas por lá são denominações de profissões populares, como açougueiro, pedreiro, padeiro, professor, carpinteiro, etc. Morei lá por alguns anos e adoro o lugar, onde meu filho mora até hoje. Tenho uma história com Gasparini nas imediações da feira, talvez a caminho de sua casa (morava nas imediações do Jardim Santana). Ele abaixado verificando os pés de uma criança de rua, dessas que andam descalças o dia todo e vendo-o todo ferida, pés em flor, estava aflito, ajoelhado na beira da calçada, tentando ajudar ao seu modo, talvez levá-la para algum atendimento e a criança querendo se safar, fugir sem entender aquela presteza toda. Aquela cena dele nas ruas, sempre olhando e tentando prestar sua ajuda para os mais necessitados, os miseráveis dessa Bauru é algo que não me sai mais da cabeça. Gasparini é desses políticos não mais existentes hoje, pois faz muita falta. Nunca aceitaria ter cargos dentro de uma administração, nunca jogaria contra os enfraquecidos, nunca se beneficiaria da especulação imobiliária, nunca teria empresas e faria delas uso político, nunca defenderia uma administração quando essa tomasse rumo contrário ao dos interesses sociais, nunca aceitaria obras superfaturadas, nunca deixaria de fazer obras populares para atender eventos e festas e mais que isso, nunca aprovaria esse tal de “Ficha Limpa”, sem antes escancarar os seus reais interesses ocultos. Gasparini é sem sombras de dúvidas um desses que FAZ MUITA FALTA.
ALGO DO DOMINGO PASSADO E LEMBRANÇAS DO VELHO “GASPARINI”
Domingo é sempre um dia saboroso aqui pelos lados de minha modesta morada. Primeiro porque tem Feira do Rolo e lá, especialmente nesse domingo vejo os policiais tomando conta de tudo e de todos. Bom por um lado, ruim por outro. Explico. Segurança é sempre bom, sem esse penduricalho de Atividade Delegada, um complemento salarial que deveria vir do empregador da PM, o Governo Estadual. O ruim é o observado por mim. Eles estão lá para garantir que não ocorra a revenda de produtos pirateados, mas só fiscalizam os CDs e DVDs e nada mais. Estranho, não? Se é para acontecer a faxina, que se aconteça com todos e não somente em um segmento, pois isso denota algo a preocupar a todos nós. Mas a feira dominical é mesmo uma festa (o maior encontro popular de Bauru) e nela encontro seu Hermes, nordestino de quatro costados, trajando sua imponente camiseta do Sport Club do Recife, que no dia anterior havia conseguido a duras penas subir novamente para a 1º Divisão do Futebol Brasileiro (ufa!!!). De lá saio para o mercadinho mais aconchegante de Bauru, a Casa do Arroz, na rua Araújo Leite, perto da igreja e quem encontro batendo o maior papo entre as gôndolas de frutas é Isaias Daibem e Milton Dota (pai). O assunto era a nova cara do PSB local e meti meu bedelho na conversa, dizendo que com os novos ares, a oxigenação partidária, algo de novo pode despontar dentro da sigla, ou seja, algo mais com a conotação socialista, tão em falta até agora. Almoço em família, casa cheia e mesmo louco para tirar a tal da “ciesta”, vou é para o Teatro Municipal ver um pedacinho do Umbanda Fest, o evento anual capitaneado pelo Ricardo Barreira e do pouco que vejo, algo me encanta, a apresentação musical de uma jovem cantora paulistana, Suelen Luz. Depois fui curtir os jogos do Corinthians e do Vasco, cada um a seu modo, numa emocionante decisão do Brasileirão adiada para domingo que vem.
Escrevi tudo isso para finalizar com algo simples, direto e reto. Nesse último domingo me lembrei muito de uma pessoa que reencontrava sempre nas feiras, ruas e lugares dos mais populares de Bauru, o ex-prefeito e líder comunista Edison Bastos Gasparini, que anos depois deu nome a um conjunto habitacional e que em sua homenagem, pela sua atuação popular, todas as ruas por lá são denominações de profissões populares, como açougueiro, pedreiro, padeiro, professor, carpinteiro, etc. Morei lá por alguns anos e adoro o lugar, onde meu filho mora até hoje. Tenho uma história com Gasparini nas imediações da feira, talvez a caminho de sua casa (morava nas imediações do Jardim Santana). Ele abaixado verificando os pés de uma criança de rua, dessas que andam descalças o dia todo e vendo-o todo ferida, pés em flor, estava aflito, ajoelhado na beira da calçada, tentando ajudar ao seu modo, talvez levá-la para algum atendimento e a criança querendo se safar, fugir sem entender aquela presteza toda. Aquela cena dele nas ruas, sempre olhando e tentando prestar sua ajuda para os mais necessitados, os miseráveis dessa Bauru é algo que não me sai mais da cabeça. Gasparini é desses políticos não mais existentes hoje, pois faz muita falta. Nunca aceitaria ter cargos dentro de uma administração, nunca jogaria contra os enfraquecidos, nunca se beneficiaria da especulação imobiliária, nunca teria empresas e faria delas uso político, nunca defenderia uma administração quando essa tomasse rumo contrário ao dos interesses sociais, nunca aceitaria obras superfaturadas, nunca deixaria de fazer obras populares para atender eventos e festas e mais que isso, nunca aprovaria esse tal de “Ficha Limpa”, sem antes escancarar os seus reais interesses ocultos. Gasparini é sem sombras de dúvidas um desses que FAZ MUITA FALTA.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
INTERVENÇÃO SUPER-HERÓI BAURUENSE (25)
CORRUPÇÃO DALI DENUNCIADA EM ALTOS BRADOS E A DAQUI RENEGADA
Guardião, o super-herói bauruense, nosso personagem de HQ deu uma de "O Pensador, de Rodin" nessa semana e diante de um Parque Vitória Régia ocupado há quase vinte dias pela seção local dos INDIGNADOS, sentado na famosa pedra lá diante das barracas dos acampados, fez alguns questionamentos para si mesmo e para essa cidade. Constatou a existência na cidade de muita gente interessadíssima no quesito CORRUPÇÃO, mas quase todos preocupados com o destino do Ministro do Trabalho, o pedetista Lupi, não se cansando de bestializar Sarney, os desmandos todos de Brasília, alguns poucos dos tucanos instalados no Governo Paulista há quase 20 anos, mas versando muito pouco sobre os desmandos locais. “Preocupação total com a corrupção de fora, que é muito fácil de ser inquirida, afinal é muito simples bater num Sarney, no mensalão, mas muitos poucos, mas muito poucos mesmo põem a cara à tapa contra os desmandos locais. E por que isso? Medo de que?”, são os questionamentos desse nosso tupiniquim Pensador.
"E nossos problemas seriam diferentes dos ocorridos fora daqui?". Essa a pergunta feita pelo escrevinhador desse blog, o HPA e do desenhista e criador do Guardião, o desenhista Leandro Gonçalez (http://www.desenhogoncalez.blogspot.com/ ) e repassada para alguns poucos diletos leitores preocupados também com esses questionamentos. Algo singular visto por todos foi o estampado na primeira página do diário jauense BOM DIA, edição de 24/11, quando depois de seguidas denúncias de algo irregular no Programa Minha Casa Minha Vida em Jaú, o vereador Ademar Pereira da Silva, o popular DEMA, que trocou o PT pelo PSD , insistia em apregoar que se alguma irregularidade fosse constatada na arrecadação de dinheiro do programa, do qual era responsável, ele renunciaria. A irregularidade foi comprovada e ele ficou quietinho. O BD foi à luta, escancarou tudo e botou ela na capa do jornal: “DEMAgogia”. Não está sobrando pedra sobre pedra em Jaú e é exatamente esse o papel da imprensa, ir buscar, escarafunchar e botar o bloco na rua. Todo o texto por lá foi idéia e desenvolvido pelo editor do jornal, o jornalista CHU ARROYO.
Falta isso em muitas das denúncias que vemos rolando pelas nossas cidades. Guardião acompanha tudo lá do alto, e instiga: “Casos como o do escândalo financeiro na AHB, a envolver gente famosa, graúda já deveria ter sido esmiuçada e os nomes todos revelados, escancarados e execrados. O caso dos Hospitais Estaduais e sua forma de arrecadação financeira, até mesmo o programa Minha Casa Minha Vida, obras e mais obras com pouquíssima fiscalização. Parece que ninguém quer se meter com as complicações de esmiuçar de fato e de direito algo sobre ocorrências daqui de Bauru. Acho hipocrisia o levantamento de voz para os problemas nacionais e o pouco caso com os locais. Que é isso?”, conclui um consternado Guardião.
CORRUPÇÃO DALI DENUNCIADA EM ALTOS BRADOS E A DAQUI RENEGADA
Guardião, o super-herói bauruense, nosso personagem de HQ deu uma de "O Pensador, de Rodin" nessa semana e diante de um Parque Vitória Régia ocupado há quase vinte dias pela seção local dos INDIGNADOS, sentado na famosa pedra lá diante das barracas dos acampados, fez alguns questionamentos para si mesmo e para essa cidade. Constatou a existência na cidade de muita gente interessadíssima no quesito CORRUPÇÃO, mas quase todos preocupados com o destino do Ministro do Trabalho, o pedetista Lupi, não se cansando de bestializar Sarney, os desmandos todos de Brasília, alguns poucos dos tucanos instalados no Governo Paulista há quase 20 anos, mas versando muito pouco sobre os desmandos locais. “Preocupação total com a corrupção de fora, que é muito fácil de ser inquirida, afinal é muito simples bater num Sarney, no mensalão, mas muitos poucos, mas muito poucos mesmo põem a cara à tapa contra os desmandos locais. E por que isso? Medo de que?”, são os questionamentos desse nosso tupiniquim Pensador.
"E nossos problemas seriam diferentes dos ocorridos fora daqui?". Essa a pergunta feita pelo escrevinhador desse blog, o HPA e do desenhista e criador do Guardião, o desenhista Leandro Gonçalez (http://www.desenhogoncalez.blogspot.com/ ) e repassada para alguns poucos diletos leitores preocupados também com esses questionamentos. Algo singular visto por todos foi o estampado na primeira página do diário jauense BOM DIA, edição de 24/11, quando depois de seguidas denúncias de algo irregular no Programa Minha Casa Minha Vida em Jaú, o vereador Ademar Pereira da Silva, o popular DEMA, que trocou o PT pelo PSD , insistia em apregoar que se alguma irregularidade fosse constatada na arrecadação de dinheiro do programa, do qual era responsável, ele renunciaria. A irregularidade foi comprovada e ele ficou quietinho. O BD foi à luta, escancarou tudo e botou ela na capa do jornal: “DEMAgogia”. Não está sobrando pedra sobre pedra em Jaú e é exatamente esse o papel da imprensa, ir buscar, escarafunchar e botar o bloco na rua. Todo o texto por lá foi idéia e desenvolvido pelo editor do jornal, o jornalista CHU ARROYO.
Falta isso em muitas das denúncias que vemos rolando pelas nossas cidades. Guardião acompanha tudo lá do alto, e instiga: “Casos como o do escândalo financeiro na AHB, a envolver gente famosa, graúda já deveria ter sido esmiuçada e os nomes todos revelados, escancarados e execrados. O caso dos Hospitais Estaduais e sua forma de arrecadação financeira, até mesmo o programa Minha Casa Minha Vida, obras e mais obras com pouquíssima fiscalização. Parece que ninguém quer se meter com as complicações de esmiuçar de fato e de direito algo sobre ocorrências daqui de Bauru. Acho hipocrisia o levantamento de voz para os problemas nacionais e o pouco caso com os locais. Que é isso?”, conclui um consternado Guardião.
domingo, 27 de novembro de 2011
UM LUGAR POR AÍ (20)
HISTÓRIA DE REGINÓPOLIS É CONTADA EM AQUARELA - JC REGIONAL, EDIÇÃO DE HOJE
Na primeira página do jornal a chamada para o caderno interno, com o texto: "Reginópolis terá sua história contada através da aquarela. Fausto Bergocce e Henrique Perazzi de Aquino estão lançando "Reginópolis - Sua História". A obra mostra a cidade através de textos, fotos e aquarelas". Em três páginas, todas com texto da jornalista RITA DE CÁSSIA CORNÉLIO e reprodução abaixo, o pontapé inicial via imprensa de uma obra, minha primeira, sétima de Fausto. Além do texto, em primeira mão, páginas do livro (cliquem nelas e as lerão em tamanho grande).
TEXTO 1 - Reginópolis poderá ser vista em aquarela
Quem ainda não conhece o município de Reginópolis (70 quilômetros de Bauru) poderá conhecê-lo por meio do livro “Reginópolis, sua história”, de autoria de Fausto Bergocce e Henrique Perazzi de Aquino. A obra, que terá lançamentos em Reginópolis, Bauru e São Paulo, retrata a cidade natal do cartunista Fausto Bergocce por meio de textos, fotos e aquarelas. São 270 desenhos intercalados por textos que dão uma noção bastante próxima da realidade.
Em Reginópolis, o lançamento será no dia 9 de dezembro, e em Bauru, dia 13. Na Capital, a data ainda não está agendada, diz Fausto Bergocce. Autor de quatro livros, ele, que é chargista e ilustrador, confessa que o livro sobre Reginópolis era um projeto de vida. “Eu já fiz alguns livros e pensei: tenho que fazer o livro da minha cidade. E transformei essa ideia num projeto de vida. Demorou quatro anos para viabilizar o projeto. Desde 2007 visito Reginópolis, fotografo e fico pensando na possibilidade de fazer um livro. Nesse ínterim, busquei patrocínio.”
Após conquistar o patrocinador Washington Umberto Cinel, que é natural da cidade, Fausto convidou o historiador Henrique de Aquino para escrever os textos que intercalam as aquarelas. “Escolhi a técnica de aquarela porque é um encantamento fazer um desenho com ela. A aquarela é uma técnica fantástica, além de ser um trabalho feito no papel. Foram 10 meses de trabalho. Fiz desenhos de até um metro de comprimento. Não quero vendê-los, porque eu sonho em ter um memorial em Reginópolis. Quero ceder esses originais para esse memorial para ficar exposto de maneira permanente, porque conta a história da cidade. Faço questão de não vender nenhum deles.”
Fausto nasceu em Reginópolis em 1952 e lá viveu até os 12 anos. Saiu da cidade em 64. “Foram os melhores anos de minha vida. Eu era uma criança muito feliz. Ser moleque numa cidade com uma natureza exuberante, cheia de encanto e simplicidade é tudo de bom.” Para definir o que seria retratado no livro, Fausto Bergocce usou critérios. “Eu escolhi três itens para guiar o trabalho: natureza, arquitetura e pessoas. A natureza porque em Reginópolis ela é vigorosa. A arquitetura para que as pessoas possam ter noção dos prédios, e as pessoas porque são elas que dão vida à cidade. No início escolhi os mais próximos, depois quando o livro tomou forma, comecei a desenhar personalidades e as pessoas simples que deram valorização maior ao livro. Não só registrar as pessoas importantes, as pessoas simples retratam a comunidade. Fotografei e desenhei todo tipo de pessoa, desde o gari, ex-prefeito, professor, engenheiro da cidade.” Durante as idas e vindas a Reginópolis, Fausto conversou com muita gente, fotografou lugares e recordou o período de infância.
TEXTO 2 - Uma bela viagem pelo tempo
Folhear ou ler o livro “Reginópolis, sua história” é uma verdadeira viagem ao município que fica, em linha reta, a 325 quilômetros de São Paulo e a 70 quilômetros de Bauru. Logo nas primeiras páginas, as aquarelas, que mais parecem fotografias, retratam o mercado, a drogaria, a óptica, o escritório de advocacia e a loja de produtos agrícolas.
O hotel pousada, o ex-mascote da pousada, o gato Bentoca, o Terminal Rodoviário e o posto de combustível dividem a página com a mangueira e os moradores que jogam baralho. O texto passeia pelas informações que marcam o município. A agricultura, base da economia da cidade - 80% dos moradores vivem dela - é composta de cana-de-açúcar, pimentão, café, laranja e gado. “O pimentão desponta como propulsor de excelentes negócios na região, onde a horticultura é uma forte fonte de renda de aproximadamente 250 famílias. O café resiste, a laranja ocupa parcela significativa de terras. O gado não tem a mesma pujança de antigamente.” O cenário é dominado por pequenos e médios proprietários, poucos arrendatários e algumas grandes fazendas. “Presença perceptível no entorno das estradas é a macaúba, uma espécie de coquinho, nativo da região, a enfeitar os caminhos.”
Na área comercial, uma pedreira fez a fama da cidade, conhecida por pavimentar residências e vias País afora. O município, que se gabava por possuir mais mulheres que homens, hoje é a 5ª cidade em porcentagem de população masculina, com 63,93%, graças a implantação de dois presídios que abrigam 1.800 detentos. Em Reginópolis, os poucos mais de 7 mil habitantes vivem melhor do que a média nacional. Contam com serviço de água, luz elétrica e rede de coleta de esgoto. “São aproximadamente 1.400 residências, mais de mil contam com telefone.” A não existência de campainhas nas residências é característica e demonstração de amizade. Para chamar os moradores, basta bater palmas ou chamar pelo nome, afinal todo mundo se conhece. As bicicletas como meio de locomoção é outra marca do município. “Uma pesquisa constatou a existência mais de bicicletas do que veículos motorizados em sua área urbana que não possui aclives acentuados.”
Reginópolis foi visitada por pesquisadores europeus - O livro “Reginópolis, sua história” está repleto de curiosidades, registro de fatos que ocorreram nos anos 30 e que até hoje está na memória dos antigos moradores. “Até hoje se comenta muito de uma luminosidade que percorre os viajantes na estrada e tem muito a ver com a questão rochosa da região. Ali tem pedreiras famosas e nos anos 30 o jornal “O Estado de São Paulo” fez até reportagens sobre a luminosidade que emanava das escavações. Pesquisadores europeus ficaram cerca de um ano na região escavando”, comenta Henrique de Aquino.
Os pesquisadores cercaram a região, contrataram pessoas da cidade para a escavação a fim de descobrir o que de real havia. “O que eles imaginava existir, nós não sabemos até hoje. O episódio foi batizado de ‘Cabeça de Edimburgo’. A pedra de forma triangular, sustentada por uma base, posta sobre outra, um pouco arredondada, parecia ser uma escultura. As pedras produziam fantasias, inclusive com afirmações de que teriam sido esculpidas por seres extraterrestre.” O patrocinador do livro Washington Cinel era office boy da prefeitura à época e contou a Henrique de Aquino que, nos anos 70, veio um pesquisador para ir até o local das escavações. “Esse pesquisador teria comentado que existiam livros publicados na Europa sobre isso.”
Vitrais de 1950 estão na igreja - A Igreja de Nossa Senhora Rainha dos Anjos ocupa um lugar de destaque na praça central de Reginópolis. Nela estão 28 vitrais datados de 1950. Foram viabilizados através de doações de moradores e retratam o martírio de Jesus Cristo, muito em voga à época. No ano de 2007, o alto custo de um restauro especializado, a recuperação foi efetuada por pessoas da própria comunidade, comandadas por José Moisés Poladin e Nelson Tozini.
Cultura - O encontro semanal com audições ao vivo de violeiros, declamadores de poesia e contadores de histórias na rádio local, aliado a atuação constante de uma Banda Marcial, confirma a antiga tradição musical iniciada com grandes maestros. Na memória dos moradores, as artes plásticas permanecem como forte referência, com telas de dois grandes pintores, Jurandir Montanher e José Bacan, além das caricaturas de Fausto Bergocce expostas em suas paredes.
TEXTO 3 - Fanatismo religioso marca o passado de Reginópolis entre as décadas de 20 e 30
Fatos curiosos estão registrados na ‘vida’ de Reginópolis, antes mesmo do município ter este nome. O “Deus da Serra” é um episódio ocorrido entre os anos 20 e 30 do século passado, na zona rural da ainda Batalha, denominação antiga de Reginópolis. Depois de décadas, não se sabe se o desfecho é parte do folclore ou foi real. O fanatismo religioso de dois líderes no comando de uma seita pentecostal que arrebatavam fiéis e prometia dias melhores aos seguidores deixou marcas profundas na população. Entre os moradores mais antigos, a história ainda é relembrada porque foi passada de pai para filho, ressalta Henrique Perazzi de Aquino, que escreveu os textos do livro.
“O nome de Joaquim Lourenço Xavier pode não significar nada para os antigos moradores, mas o personagem religioso conhecido por Joaquim da Serra traz lembranças nada agradáveis. Um morador disse que o pai dele, à época, quando via o tal religioso circulando pelas ruas vestido com uma túnica, colocava toda a família para dentro da casa e trancava tudo, provavelmente porque tinha medo.” Joaquim da Serra e José Serra eram líderes religiosos. Viviam isolados e vestiam túnicas. Eles formaram um agrupamento na região rural com pouco mais de uma centena de pessoas, conta o livro. “Viviam em um grande terreiro com desvios de água de um riacho para abastecimento, canais de irrigação e um templo no centro do agrupamento, rudes casebres em volta, alojamento improvisados. A maioria dos seguidores eram pessoas de pouca escolaridade e parcas rendas.”
Para participar da seita, as pessoas não podiam usar ternos, joias ou qualquer ostentação na vestimenta. Tudo o que poderia simbolizar ostentação era queimado numa imensa fogueira. “Com vestimentas longas, tipo batas, quando os seguidores chegavam à cidade provocavam o fechar quase instantâneo de portas e janelas.” Com o passar do tempo, os convertidos se arrependiam e queriam deixar a seita. A partir daí surgiam os problemas. O abandono do agrupamento rural era proibido. Os primeiros descontentes geraram burburinho na cidade. “Surgiram boatos de que mulheres estavam sendo carregadas nas costas e obrigadas a se confessarem nuas, além de leitura totalmente desvirtuada de textos bíblicos. Isso aguçou o clamor popular de que algo precisava ser feito.”
Os rumores de mortes ocorridas entre os ditos fanáticos, relatos feitos por pessoas que conseguiram fugir, mas que tinham familiares ainda na comunidade, a polícia é convocada, ao mesmo tempo em que ocorre uma tragédia interna. “José Serra, acreditando piamente naquilo que pregava, mata seu próprio genro, na certeza que ele seria ressuscitado.” O local é invadido pela polícia. Homens fardados são levados até o local na boleia de caminhão. O líder religioso é alvejado por tiros fatais, mas não tomba. Segundo dizem aqueles que ainda relembram a história, que mesmo com um furo da largura de um dedo no peito foi preciso que um soldado usasse a ponta da baioneta para derrubá-lo. Verdade ou folclore, a história ainda vive na memória dos moradores mais antigos. “As mulheres iam para lá e não voltavam. Os maridos e a família ficavam preocupados. Lá se falava muito de espíritos malignos. Isso é crendice e mexeu muito com os moradores”, conta Henrique de Aquino.
HISTÓRIA DE REGINÓPOLIS É CONTADA EM AQUARELA - JC REGIONAL, EDIÇÃO DE HOJE
Na primeira página do jornal a chamada para o caderno interno, com o texto: "Reginópolis terá sua história contada através da aquarela. Fausto Bergocce e Henrique Perazzi de Aquino estão lançando "Reginópolis - Sua História". A obra mostra a cidade através de textos, fotos e aquarelas". Em três páginas, todas com texto da jornalista RITA DE CÁSSIA CORNÉLIO e reprodução abaixo, o pontapé inicial via imprensa de uma obra, minha primeira, sétima de Fausto. Além do texto, em primeira mão, páginas do livro (cliquem nelas e as lerão em tamanho grande).
TEXTO 1 - Reginópolis poderá ser vista em aquarela
Quem ainda não conhece o município de Reginópolis (70 quilômetros de Bauru) poderá conhecê-lo por meio do livro “Reginópolis, sua história”, de autoria de Fausto Bergocce e Henrique Perazzi de Aquino. A obra, que terá lançamentos em Reginópolis, Bauru e São Paulo, retrata a cidade natal do cartunista Fausto Bergocce por meio de textos, fotos e aquarelas. São 270 desenhos intercalados por textos que dão uma noção bastante próxima da realidade.
Em Reginópolis, o lançamento será no dia 9 de dezembro, e em Bauru, dia 13. Na Capital, a data ainda não está agendada, diz Fausto Bergocce. Autor de quatro livros, ele, que é chargista e ilustrador, confessa que o livro sobre Reginópolis era um projeto de vida. “Eu já fiz alguns livros e pensei: tenho que fazer o livro da minha cidade. E transformei essa ideia num projeto de vida. Demorou quatro anos para viabilizar o projeto. Desde 2007 visito Reginópolis, fotografo e fico pensando na possibilidade de fazer um livro. Nesse ínterim, busquei patrocínio.”
Após conquistar o patrocinador Washington Umberto Cinel, que é natural da cidade, Fausto convidou o historiador Henrique de Aquino para escrever os textos que intercalam as aquarelas. “Escolhi a técnica de aquarela porque é um encantamento fazer um desenho com ela. A aquarela é uma técnica fantástica, além de ser um trabalho feito no papel. Foram 10 meses de trabalho. Fiz desenhos de até um metro de comprimento. Não quero vendê-los, porque eu sonho em ter um memorial em Reginópolis. Quero ceder esses originais para esse memorial para ficar exposto de maneira permanente, porque conta a história da cidade. Faço questão de não vender nenhum deles.”
Fausto nasceu em Reginópolis em 1952 e lá viveu até os 12 anos. Saiu da cidade em 64. “Foram os melhores anos de minha vida. Eu era uma criança muito feliz. Ser moleque numa cidade com uma natureza exuberante, cheia de encanto e simplicidade é tudo de bom.” Para definir o que seria retratado no livro, Fausto Bergocce usou critérios. “Eu escolhi três itens para guiar o trabalho: natureza, arquitetura e pessoas. A natureza porque em Reginópolis ela é vigorosa. A arquitetura para que as pessoas possam ter noção dos prédios, e as pessoas porque são elas que dão vida à cidade. No início escolhi os mais próximos, depois quando o livro tomou forma, comecei a desenhar personalidades e as pessoas simples que deram valorização maior ao livro. Não só registrar as pessoas importantes, as pessoas simples retratam a comunidade. Fotografei e desenhei todo tipo de pessoa, desde o gari, ex-prefeito, professor, engenheiro da cidade.” Durante as idas e vindas a Reginópolis, Fausto conversou com muita gente, fotografou lugares e recordou o período de infância.
TEXTO 2 - Uma bela viagem pelo tempo
Folhear ou ler o livro “Reginópolis, sua história” é uma verdadeira viagem ao município que fica, em linha reta, a 325 quilômetros de São Paulo e a 70 quilômetros de Bauru. Logo nas primeiras páginas, as aquarelas, que mais parecem fotografias, retratam o mercado, a drogaria, a óptica, o escritório de advocacia e a loja de produtos agrícolas.
O hotel pousada, o ex-mascote da pousada, o gato Bentoca, o Terminal Rodoviário e o posto de combustível dividem a página com a mangueira e os moradores que jogam baralho. O texto passeia pelas informações que marcam o município. A agricultura, base da economia da cidade - 80% dos moradores vivem dela - é composta de cana-de-açúcar, pimentão, café, laranja e gado. “O pimentão desponta como propulsor de excelentes negócios na região, onde a horticultura é uma forte fonte de renda de aproximadamente 250 famílias. O café resiste, a laranja ocupa parcela significativa de terras. O gado não tem a mesma pujança de antigamente.” O cenário é dominado por pequenos e médios proprietários, poucos arrendatários e algumas grandes fazendas. “Presença perceptível no entorno das estradas é a macaúba, uma espécie de coquinho, nativo da região, a enfeitar os caminhos.”
Na área comercial, uma pedreira fez a fama da cidade, conhecida por pavimentar residências e vias País afora. O município, que se gabava por possuir mais mulheres que homens, hoje é a 5ª cidade em porcentagem de população masculina, com 63,93%, graças a implantação de dois presídios que abrigam 1.800 detentos. Em Reginópolis, os poucos mais de 7 mil habitantes vivem melhor do que a média nacional. Contam com serviço de água, luz elétrica e rede de coleta de esgoto. “São aproximadamente 1.400 residências, mais de mil contam com telefone.” A não existência de campainhas nas residências é característica e demonstração de amizade. Para chamar os moradores, basta bater palmas ou chamar pelo nome, afinal todo mundo se conhece. As bicicletas como meio de locomoção é outra marca do município. “Uma pesquisa constatou a existência mais de bicicletas do que veículos motorizados em sua área urbana que não possui aclives acentuados.”
Reginópolis foi visitada por pesquisadores europeus - O livro “Reginópolis, sua história” está repleto de curiosidades, registro de fatos que ocorreram nos anos 30 e que até hoje está na memória dos antigos moradores. “Até hoje se comenta muito de uma luminosidade que percorre os viajantes na estrada e tem muito a ver com a questão rochosa da região. Ali tem pedreiras famosas e nos anos 30 o jornal “O Estado de São Paulo” fez até reportagens sobre a luminosidade que emanava das escavações. Pesquisadores europeus ficaram cerca de um ano na região escavando”, comenta Henrique de Aquino.
Os pesquisadores cercaram a região, contrataram pessoas da cidade para a escavação a fim de descobrir o que de real havia. “O que eles imaginava existir, nós não sabemos até hoje. O episódio foi batizado de ‘Cabeça de Edimburgo’. A pedra de forma triangular, sustentada por uma base, posta sobre outra, um pouco arredondada, parecia ser uma escultura. As pedras produziam fantasias, inclusive com afirmações de que teriam sido esculpidas por seres extraterrestre.” O patrocinador do livro Washington Cinel era office boy da prefeitura à época e contou a Henrique de Aquino que, nos anos 70, veio um pesquisador para ir até o local das escavações. “Esse pesquisador teria comentado que existiam livros publicados na Europa sobre isso.”
Vitrais de 1950 estão na igreja - A Igreja de Nossa Senhora Rainha dos Anjos ocupa um lugar de destaque na praça central de Reginópolis. Nela estão 28 vitrais datados de 1950. Foram viabilizados através de doações de moradores e retratam o martírio de Jesus Cristo, muito em voga à época. No ano de 2007, o alto custo de um restauro especializado, a recuperação foi efetuada por pessoas da própria comunidade, comandadas por José Moisés Poladin e Nelson Tozini.
Cultura - O encontro semanal com audições ao vivo de violeiros, declamadores de poesia e contadores de histórias na rádio local, aliado a atuação constante de uma Banda Marcial, confirma a antiga tradição musical iniciada com grandes maestros. Na memória dos moradores, as artes plásticas permanecem como forte referência, com telas de dois grandes pintores, Jurandir Montanher e José Bacan, além das caricaturas de Fausto Bergocce expostas em suas paredes.
TEXTO 3 - Fanatismo religioso marca o passado de Reginópolis entre as décadas de 20 e 30
Fatos curiosos estão registrados na ‘vida’ de Reginópolis, antes mesmo do município ter este nome. O “Deus da Serra” é um episódio ocorrido entre os anos 20 e 30 do século passado, na zona rural da ainda Batalha, denominação antiga de Reginópolis. Depois de décadas, não se sabe se o desfecho é parte do folclore ou foi real. O fanatismo religioso de dois líderes no comando de uma seita pentecostal que arrebatavam fiéis e prometia dias melhores aos seguidores deixou marcas profundas na população. Entre os moradores mais antigos, a história ainda é relembrada porque foi passada de pai para filho, ressalta Henrique Perazzi de Aquino, que escreveu os textos do livro.
“O nome de Joaquim Lourenço Xavier pode não significar nada para os antigos moradores, mas o personagem religioso conhecido por Joaquim da Serra traz lembranças nada agradáveis. Um morador disse que o pai dele, à época, quando via o tal religioso circulando pelas ruas vestido com uma túnica, colocava toda a família para dentro da casa e trancava tudo, provavelmente porque tinha medo.” Joaquim da Serra e José Serra eram líderes religiosos. Viviam isolados e vestiam túnicas. Eles formaram um agrupamento na região rural com pouco mais de uma centena de pessoas, conta o livro. “Viviam em um grande terreiro com desvios de água de um riacho para abastecimento, canais de irrigação e um templo no centro do agrupamento, rudes casebres em volta, alojamento improvisados. A maioria dos seguidores eram pessoas de pouca escolaridade e parcas rendas.”
Para participar da seita, as pessoas não podiam usar ternos, joias ou qualquer ostentação na vestimenta. Tudo o que poderia simbolizar ostentação era queimado numa imensa fogueira. “Com vestimentas longas, tipo batas, quando os seguidores chegavam à cidade provocavam o fechar quase instantâneo de portas e janelas.” Com o passar do tempo, os convertidos se arrependiam e queriam deixar a seita. A partir daí surgiam os problemas. O abandono do agrupamento rural era proibido. Os primeiros descontentes geraram burburinho na cidade. “Surgiram boatos de que mulheres estavam sendo carregadas nas costas e obrigadas a se confessarem nuas, além de leitura totalmente desvirtuada de textos bíblicos. Isso aguçou o clamor popular de que algo precisava ser feito.”
Os rumores de mortes ocorridas entre os ditos fanáticos, relatos feitos por pessoas que conseguiram fugir, mas que tinham familiares ainda na comunidade, a polícia é convocada, ao mesmo tempo em que ocorre uma tragédia interna. “José Serra, acreditando piamente naquilo que pregava, mata seu próprio genro, na certeza que ele seria ressuscitado.” O local é invadido pela polícia. Homens fardados são levados até o local na boleia de caminhão. O líder religioso é alvejado por tiros fatais, mas não tomba. Segundo dizem aqueles que ainda relembram a história, que mesmo com um furo da largura de um dedo no peito foi preciso que um soldado usasse a ponta da baioneta para derrubá-lo. Verdade ou folclore, a história ainda vive na memória dos moradores mais antigos. “As mulheres iam para lá e não voltavam. Os maridos e a família ficavam preocupados. Lá se falava muito de espíritos malignos. Isso é crendice e mexeu muito com os moradores”, conta Henrique de Aquino.
sábado, 26 de novembro de 2011
O QUE FAZER EM BAURU E NAS REDONDEZAS (07)
UM NOROESTE QUE FAÇO QUESTÃO DE APRESENTAR AOS AMIGOS E OUTRO PREOCUPANDO
Sou daqueles que posso ser considerado NOROESTINO de quatro-costados. Vibro muito mais quando meu Noroeste ganha do que o Corinthians um campeonato, como está prestes a acontecer. Todos à minha volta sabem como os convido para estarem comigo no Alfredo de Castilho e presenciar um jogo da “maquininha vermelha”, mesmo que o resultado final não seja dos mais satisfatórios e ocorra de ser obrigado a ouvir no final: “Foi para isso que me trouxe até aqui?”. Insisto, pois vibro com esse time que aprendi a amar nos meus tempos de moleque, incentivado pelo meu avô, ex jogador noroestino da década de 10, José Perazzi. Não parei mais e não conseguirei parar. Ando triste e preocupado com o que estão a fazer com esse centenário time de futebol. Décadas sob o tacão de Damião Garcia, hoje doente, deprimido, esposa acamada e o time jogado às moscas, sem direção, duas reapresentações adiadas e um futuro sombrio pela frente. Ontem foi anunciada a tabela dos jogos da Segunda Divisão do Paulista e nenhuma movimentação pelos lados da montagem de um elenco.
Semana passada li um texto no diário BOM DIA, 21/11, coluna Papo de Futebol, do Fernando BH, com o tírulo “Carta para Damião”. Ela começava assim: “Senhor Damião, vá descansar. Imagino como esses dias devem estar sendo difíceis. Cogitar romper um compromisso, ainda mais com seu querido Noroeste fora da elite. Mas, fique tranquilo. Ignore essa questão de honra de devolver o time à primeira divisão. O Norusca ainda vai cair e subir muitas vezes. Esse peso não está (só) nas suas costas. Se o senhor pensa que, saindo, fará mal ao Alvirrubro, saiba que seu silêncio é mais danoso. O clube está refém da sua palavra final, do cheque que assina – e que anda chegando cada vez mais atrasado...”. Texto cheio de sentimento e que pode ser lido na íntegra aqui: http://www.redebomdia.com.br/blog/detalhe/1657/Carta+para+Damiao
Textos assim são escritos por quem possui amor por esse time. BH é um desses. Estamos todos apreensivos e loucos de vontade de voltar a freqüentar o estádio mais confortável do interior paulista, mas tendo prazer em lá estar, com um time à altura de sua história e dos torcedores. Por fim, a Sangue Rubro comandada pelo Pavanello estará no começo de dezembro realizando mais uma Festa de final de ano, dessa vez com um sabor de apreensão e certo comedimento, pois pelas incertezas, não existe muito o que ser comemorado. A festa é a 25º Aniversário da Sangue Rubro, será dia 11/12, no recanto São Francisco, seguindo por detrás da antiga fábrica da Coca-Cola e para maiores informações liguem para 14.30111936. Para demonstrar o quanto amo esse time, recebo como visitante por esses dias uma carioca em minha casa, dona Leda Wilma Cantuária, 76 anos, flamenguista doente, amiga de Ana Bia, que chegando no aeroporto de Bauru, desceu do avião trajando a camisa da Sangue (presente meu a ela meses atrás), para deleite dos presentes no aeroporto e como bonachão que sou a levei quase que em primeiro lugar na cidade para conhecer a sede da Sangue e lá fomos recebidos pelo Pavanello. Poderia tê-la levado ao estádio, mas por lá tudo fechado, desolado e com clima de fim de festa, mesmo com ela ainda não tendo começado. Pessoas como dona Leda, que mesmo possuindo quase nada de entendimento sobre ser noroestino, presta uma sentida homenagem nesse momento, com um imenso valor a todos que lutam para que o mesmo continue firme e forte nos campos de jogos. Alguns precisam entender de uma vez por todas uma coisa muito simples sobre o Noroeste: ELE É MUITO MAIS IMPORTANTE DO QUE TODOS NÓS JUNTOS.
Outra Coisa: Amanhã, dia 27/11 das 15h até o arroz secar estará acontecendo no teatro Municipal de Bauru mais um UMBANDA FEST, a festa anual da Umbanda capitaneada pelo Bicardo Barreira. Gosto muito dessa festa, presenciei todas suas edições e na primeira fiz aqui um belo Memória Oral, gosto dos shows, das pessoas a circularem por lá e tenho toda a certeza que esse poderá ser o momento para muita reflexão por parte do Ricardo, ponderando tudo o que já foi feito, como foi feito, dando a guinada necessária para revitalização e redirecionamento em tudo o que faz. Torço por isso e lá estarei amanhã para lhe falar ao pé do ouvido exatamente isso.
Finalizo o post indicando um lugar que deixará saudades em Bauru, o Restaurante do Luso (fechará em maio 2012), com um buffet de lascar e sempre com mísica da mais alta qualidade. Hoje presenciei por lá o Musical ÁLIBI, capitaneado pelo Humberto Biazon, que rememora algo que poucos ainda fazem, músicas que cairam no esquecimento e nem são conhecidas pelos de gerações atuais. Ao Luso e ao Álibi, cada um a seu jeito, uma Bauru por onde circulo e faço questão que divulgar:
UM NOROESTE QUE FAÇO QUESTÃO DE APRESENTAR AOS AMIGOS E OUTRO PREOCUPANDO
Sou daqueles que posso ser considerado NOROESTINO de quatro-costados. Vibro muito mais quando meu Noroeste ganha do que o Corinthians um campeonato, como está prestes a acontecer. Todos à minha volta sabem como os convido para estarem comigo no Alfredo de Castilho e presenciar um jogo da “maquininha vermelha”, mesmo que o resultado final não seja dos mais satisfatórios e ocorra de ser obrigado a ouvir no final: “Foi para isso que me trouxe até aqui?”. Insisto, pois vibro com esse time que aprendi a amar nos meus tempos de moleque, incentivado pelo meu avô, ex jogador noroestino da década de 10, José Perazzi. Não parei mais e não conseguirei parar. Ando triste e preocupado com o que estão a fazer com esse centenário time de futebol. Décadas sob o tacão de Damião Garcia, hoje doente, deprimido, esposa acamada e o time jogado às moscas, sem direção, duas reapresentações adiadas e um futuro sombrio pela frente. Ontem foi anunciada a tabela dos jogos da Segunda Divisão do Paulista e nenhuma movimentação pelos lados da montagem de um elenco.
Semana passada li um texto no diário BOM DIA, 21/11, coluna Papo de Futebol, do Fernando BH, com o tírulo “Carta para Damião”. Ela começava assim: “Senhor Damião, vá descansar. Imagino como esses dias devem estar sendo difíceis. Cogitar romper um compromisso, ainda mais com seu querido Noroeste fora da elite. Mas, fique tranquilo. Ignore essa questão de honra de devolver o time à primeira divisão. O Norusca ainda vai cair e subir muitas vezes. Esse peso não está (só) nas suas costas. Se o senhor pensa que, saindo, fará mal ao Alvirrubro, saiba que seu silêncio é mais danoso. O clube está refém da sua palavra final, do cheque que assina – e que anda chegando cada vez mais atrasado...”. Texto cheio de sentimento e que pode ser lido na íntegra aqui: http://www.redebomdia.com.br/blog/detalhe/1657/Carta+para+Damiao
Textos assim são escritos por quem possui amor por esse time. BH é um desses. Estamos todos apreensivos e loucos de vontade de voltar a freqüentar o estádio mais confortável do interior paulista, mas tendo prazer em lá estar, com um time à altura de sua história e dos torcedores. Por fim, a Sangue Rubro comandada pelo Pavanello estará no começo de dezembro realizando mais uma Festa de final de ano, dessa vez com um sabor de apreensão e certo comedimento, pois pelas incertezas, não existe muito o que ser comemorado. A festa é a 25º Aniversário da Sangue Rubro, será dia 11/12, no recanto São Francisco, seguindo por detrás da antiga fábrica da Coca-Cola e para maiores informações liguem para 14.30111936. Para demonstrar o quanto amo esse time, recebo como visitante por esses dias uma carioca em minha casa, dona Leda Wilma Cantuária, 76 anos, flamenguista doente, amiga de Ana Bia, que chegando no aeroporto de Bauru, desceu do avião trajando a camisa da Sangue (presente meu a ela meses atrás), para deleite dos presentes no aeroporto e como bonachão que sou a levei quase que em primeiro lugar na cidade para conhecer a sede da Sangue e lá fomos recebidos pelo Pavanello. Poderia tê-la levado ao estádio, mas por lá tudo fechado, desolado e com clima de fim de festa, mesmo com ela ainda não tendo começado. Pessoas como dona Leda, que mesmo possuindo quase nada de entendimento sobre ser noroestino, presta uma sentida homenagem nesse momento, com um imenso valor a todos que lutam para que o mesmo continue firme e forte nos campos de jogos. Alguns precisam entender de uma vez por todas uma coisa muito simples sobre o Noroeste: ELE É MUITO MAIS IMPORTANTE DO QUE TODOS NÓS JUNTOS.
Outra Coisa: Amanhã, dia 27/11 das 15h até o arroz secar estará acontecendo no teatro Municipal de Bauru mais um UMBANDA FEST, a festa anual da Umbanda capitaneada pelo Bicardo Barreira. Gosto muito dessa festa, presenciei todas suas edições e na primeira fiz aqui um belo Memória Oral, gosto dos shows, das pessoas a circularem por lá e tenho toda a certeza que esse poderá ser o momento para muita reflexão por parte do Ricardo, ponderando tudo o que já foi feito, como foi feito, dando a guinada necessária para revitalização e redirecionamento em tudo o que faz. Torço por isso e lá estarei amanhã para lhe falar ao pé do ouvido exatamente isso.
Finalizo o post indicando um lugar que deixará saudades em Bauru, o Restaurante do Luso (fechará em maio 2012), com um buffet de lascar e sempre com mísica da mais alta qualidade. Hoje presenciei por lá o Musical ÁLIBI, capitaneado pelo Humberto Biazon, que rememora algo que poucos ainda fazem, músicas que cairam no esquecimento e nem são conhecidas pelos de gerações atuais. Ao Luso e ao Álibi, cada um a seu jeito, uma Bauru por onde circulo e faço questão que divulgar:
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
CENA BAURUENSE (90)
UMA NOITE ENTRE BAMBUS E COCINEROS
Na noite de quarta, 23/11, dois eventos e o tempo um tanto dividido. Divide daqui, aperta dali e acabei indo a ambos. Aqui um breve relato de dois acontecimentos memoráveis promovidos por uma Bauru pouco divulgada, mas latente e pulsante. Na Unesp, num dos seus salões nobres, o da Fundeb, 20h, a abertura da 3º Mostra Projeto BAMBU, projeto da Faculdade de Engenharia e dos alunos integrantes do Projeto Taquara (Engenharia e Design), que tem como objetivo divulgar o uso do bambu através de parcerias com a comunidade. Ao ficar sabendo do evento e das possibilidades do Bambu, material que sempre me encantou, mas sempre fui um leigo, algo me despertou o interesse. Era a parceria com o Assentamento Rural Horto de Aimorés, onde possuo bons amigos, todos com belos projetos em pleno desenvolvimento.
Esse pessoal da universidade, unindo três projetos, o Bambu, Taquara e Viverde, capitaneado pelo professor Marco Antonio dos Reis Pereira colocou a mão na massa e produziram belos materiais, todos desenvolvidos através do bambu. Na exposição quem encontro primeiro foi o Cláudio, um servidor do setor de Marcenaria da Unesp, hoje lotado junto aos bambueiros (é esse mesmo o nome?) e já podendo ser considerado um deles, tal o cuidado e o entendimento sobre o tema. Literalmente viajei pelas possibilidades do bambu e mais ainda quando vi ali concretamente o que está sendo feito e possibilitado junto aos assentados, inclusive uma imensa estrutura de bambus na construção de um barracão comunitário. Peças pessoais, móveis e penduricalhos mil, tudo ali, em possibilidades saídas de uma produção pessoal da Unesp local. Todo o processo começa com o plantio e vai até a extração e depois a transformação dele nas peças, tudo feito ali, nada fora.
Comentei com o Cláudio sobre algo que sempre me preocupava no bambu, a broca, que destrói seu tronco e já me fez jogar no lixo belas peças que possuía (molduras, mesas, etc). Interessado, sai de lá com o livro do professor, o “Bambu de Corpo e Alma” e também me surpreendi quando vi por lá o gerente e um funcionário do Jeribá Bar, um dos bares noturnos de Bauru onde mais gosto de ir, pois propiciam um chorinho divinal e todo o visual da casa tem o bambu como pano de fundo, numa integração a demonstrar o bom gosto da casa. Quando percebi que tudo tem certo acompanhamento do pessoal do projeto, acabei por me encantar definitivamente.
Na correria saio de lá pouco mais de 21h e vôo para o Sesc, pois às 21h quem estaria se apresentando era o grupo argentino “Los Cocineros”, de Córdoba. Formado em 2001 e com um estilo musical tendo como marcante a mistura de ritmos, milonga com reggae, tango com punk, boleros, ska, entre outros. Todos trajando um avental tentaram fazer com que o bauruense caísse na dança, mas somente alguns o fizeram. Dancei sentado e curti muito o som, desses a não deixar parado nem defunto.
Sob o comando de Mara Santucho, com uma bela voz, desestressei durante pouco mais de uma hora e foi irresistível e inevitável esperá-los para um papo e comprar o CD deles ao final do show. Ficaram encantados com minha camiseta das Madres da Praça de Maio e eu com a simpatia de todos. Adoro quando o Sesc nos possibilita shows com temática latina (faltam uruguaios, viu!!!!!), pois cá no sertão paulista, temos poucas oportunidades de presenciar de uma integração tão necessária e latente. Vou a todas que o SESC sugere e nelas, nenhuma decepção. Lá revejo o Felipe França Gonzalez, diretor do Difusa Fronte(i)ra, um Núcleo de Integração Brasil Argentina, o produtor que tem conseguido junto ao Sesc esse rico intercâmbio e também já atua junto ao Enxame Coletivo e Fora do Eixo (hoje tem show rock argentino na Noite Fora do Eixo do Jack Music).
Nem preciso dizer que saio de lá com o CD deles irradiando som latino no radinho do carro e a certeza de que ainda falta muito para nos aproximarmos devidamente do som produzido pelos “hermanos” de todos os países à nossa volta. Dentro do mesmo espírito, na quinta, 18h50 vou eu, 51 anos e meu pai, 83 anos, na última sessão do filme nacional “O Palhaço” na cidade (hoje, sexta, saiu da programação), do Selton Mello, com ele e o extraordinário Paulo José e saímos de lá em êxtase, encantados com a poesia de um filme com imagens e personagens inesquecíveis, que jamais me sairão da memória. Gostei demais da simplicidade de tudo que lá vi e dessa forma saio disso tudo mais energizado e recarregado para embates outros que sempre pintam já na próxima curva da esquina.
OBS.: O único vídeo gravado do show está postado aqui ontem. Hoje, no mesmo SESC Bauru, 20h, grátis, show com o "CUMIEIRA", grupo de música instrumental brasileira com influências de Hermeto Pascoal e Arrigo Barnabé. Instigante, não???
UMA NOITE ENTRE BAMBUS E COCINEROS
Na noite de quarta, 23/11, dois eventos e o tempo um tanto dividido. Divide daqui, aperta dali e acabei indo a ambos. Aqui um breve relato de dois acontecimentos memoráveis promovidos por uma Bauru pouco divulgada, mas latente e pulsante. Na Unesp, num dos seus salões nobres, o da Fundeb, 20h, a abertura da 3º Mostra Projeto BAMBU, projeto da Faculdade de Engenharia e dos alunos integrantes do Projeto Taquara (Engenharia e Design), que tem como objetivo divulgar o uso do bambu através de parcerias com a comunidade. Ao ficar sabendo do evento e das possibilidades do Bambu, material que sempre me encantou, mas sempre fui um leigo, algo me despertou o interesse. Era a parceria com o Assentamento Rural Horto de Aimorés, onde possuo bons amigos, todos com belos projetos em pleno desenvolvimento.
Esse pessoal da universidade, unindo três projetos, o Bambu, Taquara e Viverde, capitaneado pelo professor Marco Antonio dos Reis Pereira colocou a mão na massa e produziram belos materiais, todos desenvolvidos através do bambu. Na exposição quem encontro primeiro foi o Cláudio, um servidor do setor de Marcenaria da Unesp, hoje lotado junto aos bambueiros (é esse mesmo o nome?) e já podendo ser considerado um deles, tal o cuidado e o entendimento sobre o tema. Literalmente viajei pelas possibilidades do bambu e mais ainda quando vi ali concretamente o que está sendo feito e possibilitado junto aos assentados, inclusive uma imensa estrutura de bambus na construção de um barracão comunitário. Peças pessoais, móveis e penduricalhos mil, tudo ali, em possibilidades saídas de uma produção pessoal da Unesp local. Todo o processo começa com o plantio e vai até a extração e depois a transformação dele nas peças, tudo feito ali, nada fora.
Comentei com o Cláudio sobre algo que sempre me preocupava no bambu, a broca, que destrói seu tronco e já me fez jogar no lixo belas peças que possuía (molduras, mesas, etc). Interessado, sai de lá com o livro do professor, o “Bambu de Corpo e Alma” e também me surpreendi quando vi por lá o gerente e um funcionário do Jeribá Bar, um dos bares noturnos de Bauru onde mais gosto de ir, pois propiciam um chorinho divinal e todo o visual da casa tem o bambu como pano de fundo, numa integração a demonstrar o bom gosto da casa. Quando percebi que tudo tem certo acompanhamento do pessoal do projeto, acabei por me encantar definitivamente.
Na correria saio de lá pouco mais de 21h e vôo para o Sesc, pois às 21h quem estaria se apresentando era o grupo argentino “Los Cocineros”, de Córdoba. Formado em 2001 e com um estilo musical tendo como marcante a mistura de ritmos, milonga com reggae, tango com punk, boleros, ska, entre outros. Todos trajando um avental tentaram fazer com que o bauruense caísse na dança, mas somente alguns o fizeram. Dancei sentado e curti muito o som, desses a não deixar parado nem defunto.
Sob o comando de Mara Santucho, com uma bela voz, desestressei durante pouco mais de uma hora e foi irresistível e inevitável esperá-los para um papo e comprar o CD deles ao final do show. Ficaram encantados com minha camiseta das Madres da Praça de Maio e eu com a simpatia de todos. Adoro quando o Sesc nos possibilita shows com temática latina (faltam uruguaios, viu!!!!!), pois cá no sertão paulista, temos poucas oportunidades de presenciar de uma integração tão necessária e latente. Vou a todas que o SESC sugere e nelas, nenhuma decepção. Lá revejo o Felipe França Gonzalez, diretor do Difusa Fronte(i)ra, um Núcleo de Integração Brasil Argentina, o produtor que tem conseguido junto ao Sesc esse rico intercâmbio e também já atua junto ao Enxame Coletivo e Fora do Eixo (hoje tem show rock argentino na Noite Fora do Eixo do Jack Music).
Nem preciso dizer que saio de lá com o CD deles irradiando som latino no radinho do carro e a certeza de que ainda falta muito para nos aproximarmos devidamente do som produzido pelos “hermanos” de todos os países à nossa volta. Dentro do mesmo espírito, na quinta, 18h50 vou eu, 51 anos e meu pai, 83 anos, na última sessão do filme nacional “O Palhaço” na cidade (hoje, sexta, saiu da programação), do Selton Mello, com ele e o extraordinário Paulo José e saímos de lá em êxtase, encantados com a poesia de um filme com imagens e personagens inesquecíveis, que jamais me sairão da memória. Gostei demais da simplicidade de tudo que lá vi e dessa forma saio disso tudo mais energizado e recarregado para embates outros que sempre pintam já na próxima curva da esquina.
OBS.: O único vídeo gravado do show está postado aqui ontem. Hoje, no mesmo SESC Bauru, 20h, grátis, show com o "CUMIEIRA", grupo de música instrumental brasileira com influências de Hermeto Pascoal e Arrigo Barnabé. Instigante, não???