quinta-feira, 29 de novembro de 2007

UM COMENTÁRIO QUALQUER (3)
Saiu publicado na edição de hoje do Jornal da Cidade, aqui de Bauru um carta minha encaminhada há duas semanas atrás, quando o time do G (êta nome comprido, meu!) conquistou o 3º lugar do Torneio de Futebol Feminino da LBFA. Expressei ali, tudo o que elas passaram (continuam passando) e a grande vitória de terem chegado aonde chegaram. Foi o máximo. A carta publicada lá, também está aqui:


Campeãs é isso aqui

O grande vitorioso do 1º Torneio de Futebol Feminino, promovido pela LBFA – Liga Bauruense de Futebol Amador - não foi o time de Marília, nem o da FIB/Mandalitti, aqui de Bauru. Esses dois, pelo visual apresentado e visto das arquibancadas, possuiam uma boa estrutura, com equipe de retaguarda, massagistas, preparadores físicos, material esportivo em abundância, facilidade de transporte e patrocínios variados. Tinham tudo para vencer.

No jogo preliminar estava o grande vitorioso do Torneio, o time do Gallathazaray (as gatas que azaram a bola, segundo elas mesmos se definem), que reunidas devido à abnegação de Rose Maria Martins, do Jardim Mendonça, superando um monte de adversidades e obstáculos (meio que intransponíveis), montou um time de fibra e mesmo com tudo conspirando contra, para dar errado, deram muito certo e foram as grandes vitoriosas do evento. A Lei de Murphy não vinga sempre.

Quem conhece só um pouquinho dos bastidores desse valoroso elenco, como foi formado e mantido, sabe o quanto foi importante chegar aonde chegaram. Vencer o jogo daquele domingo por 5x2 foi mais do que um 3º Lugar, foi a glória. Se tivessem sido um pouco mais valorizadas e incentivadas, surpreenderiam ainda mais. É de gestos e atitudes como a de Rose e das gatas em questão que se constrói a verdadeira cidadania. Ser campeã é o que todas elas foram, demonstrando o que é possível quando se busca um objetivo em comum, mesmo quando tudo conspira contra. Por essas e outras, temos que ter sempre em mente que, um novo mundo é mais do que possível e a prova cabal disso foi a maratona de resistência a que todas foram submetidas. Que outro time tiveram meninas indo embora após o jogo a pé ou de circular?

Que o grupo não se disperse e elas consigam atingir seus objetivos mais facilmente com o currículo agora conquistado. Elas merecem e provaram ser muito mais do que o “patinho feio” das quatro finalistas. Parabéns é pouco para homenagear e reverenciar o que elas conquistaram nesse último domingo.

Henrique Perazzi de Aquino - torcedor do Gallathazaray

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