sábado, 9 de fevereiro de 2008

FRASES DE UM LIVRO QUE JÁ LI (9)

OS PREZADOS LEITORES, FLÁVIO RANGEL, GLOBAL EDITORA, 1981
Flávio Rangel além de ótimo escritor foi teatrólogo, com mais de 40 peças escritas. Fez história também no jornalismo brasileiro, publicando crônicas nos mais diferentes órgãos de nossa imprensa, desde O Pasquim, Senhor e na Folha de SP. A convite de Cláudio Abramo ele veio para uma das melhores fases que a Folha já teve em toda sua história. O resultado foi esse livro que, mesmo com o passar dos anos, continua fazendo parte do meu mafuá. Algumas frases dele:

- "Aí, fui pegar meu carro no estacionamento. Na parede, uma porção de frases: Não aceitamos cheques, não nos responsabilizamos pelos objetos deixados, não lavamos, não permitimos o uso do telefone, não temos troco: não isso e não aquilo. Julguei que todas as frases poddiam ser unidas numa só: 'Não temos educação', ou, para usar uma expressão chancelada e liberada por Brasília: Não encham o saco".
- "...o Brasil não poderia fazer melhor figura no Jogos Olímpicos porque nosso povo é subnutrido e se alimenta mal. Agora li que o Governo ficou irritado com as críticas. Em vez de ficar irritado com a fome, irrita-se com quem a denuncia. Tão Brasil".
- "...ultimamente, toda vez que pergunto o preço de alguma coisa, sento logo antes para não quebrar a espinha".
- "Sempre pensei que um terrorista, de esquerda ou de direita (são todos iguais) necessitava antes de mais nada de um bom divã de psicanalista, amor e humor. Os fatos vivem me dando razão".
- "E pensava também quando chegará o dia em que as sociedades modernas organizem uma Escola Superior de Paz, como de certo modo desejava Aristóteles, que substituia os 'War College' e as 'École Superière deGuerra', tão imitadas mundo afora".
- "...jogo é a única esperança dos pobres de tirar a cabeça da lama".
- "Estava pensando nessa misoginia do macho nacional, que sedeitar três minutos num divã de psicanalista descobre logo seu lado feminino".

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