Aceito numa boa críticas ao Sapo Barbudo, desde que não venham daqueles que lá estiveram e nada fizeram (ou fizeram muito pior). Hoje, por exemplo, revi aqui em Bauru, meu amigo, o cartunista Fausto Bergocce. Ele que esteve durante muitos anos ao lado de Lula, fez campanhas gratuitas para campanhas petistas, hoje desce a lenha no atual governo, pois acha muito lenta algumas ações, como o mêdo ou receio de tocar nas feridas (ainda abertas e expostas) do período militar. Concordo com ele, pois Argentina e Uruguai, que trilharam por caminhos ditatoriais já encaminharam algo de concreto nesse sentido. Lula fica tentando colocar panos quentes e não toma a atitude que todos esperavam dele, que é o de abrir de uma vez por todas os arquivos militares, expor o erro que eles cometeram e a partir daí, com punições, dar um basta na questão. Nossas próprias Forças Armadas precisam reconhecer o erro que cometeram, assumir de um vez por todas que não foram os únicos a agir daquela forma naquele período e promoverem algo pela modernidade da corporação. Pensar como a quarenta anos atrás é um retrocesso, muito ruim para eles, que patinam. Outro ponto que Fausto bate no Lula e também concordo é sobre a reforma sindical. Espeva-se de Lula, um sindicalista, algo de concreto, moderno e voltado para os interesses dos trabalhadores. Fazer o jogo da classe dominante não é papel para um presidente oriundo da classe menos favorecida. Para esse tipo de crítica, bato palmas.
Já para coisas sem sentido, como esse email divulgado e muito difundido na internet como "TRAJETÓRIA CRIMINOSA", sobre a atuação da ministra Dilma Roussef, acho execrável e abomino veementemente. Publico aqui, para que todos também vejam e sintam o mesmo escárnio que senti. Dilma merece todo o nosso respeito e se agiu daquela forma, naquele período, o fez por uma causa, das mais justas, lutando contra uma ditadura truculenta e anti-democrática.
Não gostar de Lula, de sua atuação é uma coisa, ser moralista, preconceituoso e ignorante histórico é outra coisa bem diferente. Credito altos pontos positivos para Dilma justamente por sua atuação naquele período. E mais. Ela é uma ótima ministra.
Em tempo: Para ampliar cada box clique nele e leia sem auxílio de lupa.
caro Henrique
ResponderExcluirNão existe uma probabilidade de você conseguir identificar de onde veio esse email. Denunciando de onde veio, divulgando isso, podemos ir questionando essas pessoas do porque pensam dessa forma. Parece serem favoráveis ao retorno da ditadura militar. Isso é o caos total. Divulgue quem te enviou isso. Já havia visto, mas precisamos fazer algo, pois eles escrevem besteiras demais.
Carlos Rodrigues
Querido Henrique
ResponderExcluirSemanas atrás, verificando o que poderia esperar da Caros Amigos de setembro, entrei no sítio. Às vezes, a revista demora pra chegar em minha casa, mas o assunto já está fervendo na internet.
Qual não foi minha surpresa ao encontrar uma indicação para visitar um vídeo no You Tube no qual o deputado Jair Bolsonaro, do PP, ao topar com manifestantes a favor da punição de torturadores, diz em alto e bom som que "o erro foi torturar e não ter matado" e um horrível e sonoro "Fodam-se!" à turba escandalizada.
Naquele episódio em que Dilma foi acusada de mentirosa ao passar pela tortura, no qual ela se saiu muitíssimo bem, já havia ranços de ódio dos ignóbeis milicos.
É triste, mas o nosso presidente, apesar de tudo de bom, é o
"Presidente que tem medo", como diz o Paulo Henrique Amorim.
Abraços
Wellington
P.S.: Enviei um correio-e para o Arlindo Chinaglia pedindo providências. Até agora, nada!