Hoje, 01/Agosto, Bauru completa 112 anos, feriado municipal em plena sexta-feira. Folheio os dois jornais locais, ouço as rádios e espio a TV. Em todos, muito de Bauru. Aliás, por todos os poros. Que ótimo, mas o melhor disso tudo (para mim, viu!), o que mais me tocou foi uma poesia publicada no JC, domingo passado e seu autor, um velho conhecido, Lázaro Carneiro. É essa Bauru que faz minha cabeça. Com a permissão do autor, reproduzo aqui a poesia:
MINHA CIDADE
Produzi muito pouco ao longo de minha existência
Só para a sobrevivência,
quase nada acumulei
O pouco que construí deixarei quando eu partir
ao filho que tanto amei
Nesta cidade tão linda
deixarei em cada esquina um pouco de minha vida
Deixo rastros nas calçadas
nas casas assobradadas
minhas mãos estão tangidas
Em cada palmo de rua, cada edifício erigido
estou deixando imprimido
as marcas de um lutador,
deixo também ao meu filho
nas avenidas iluminadas alem de minhas pegadas,
gotas do meu suor,
canos e tubos escondidos
fios e cabos estendidos
fiz tudo com muito amor.
Deixo bem localizadas,
escolas conceituadas para ensinar a juventude
Trabalhei de forma incansável
não atingi o desejável apenas fiz o que pude
Para deixá-la mais bela
plantei flores nas vielas, arborizei ruas e praças
Que perfumam nossas vidas
tem sombra fresca que abriga o bauruense que passa
Como uma estrada longa e esguia
os trilhos das ferrovias
trouxeram estórias e sonhos
Pois deixo em cada dormente
meu passado e meu presente
e seu futuro risonho
Deixo ponte sobre os rios
viadutos e desvios para encurtar seu caminho
Alem de muita esperança
deixo saudade e lembrança pra nunca se sentir sozinho
Pois talvez nas madrugadas
ao voltar de uma balada pelas ruas sem ninguém
Si ouvir uma gargalhada
ou outra coisa inesperada meu filho lembre-se de mim
Pois sou eu já na eternidade admirando a cidade
Que ajudei a construir . ...
Produzi muito pouco ao longo de minha existência
Só para a sobrevivência,
quase nada acumulei
O pouco que construí deixarei quando eu partir
ao filho que tanto amei
Nesta cidade tão linda
deixarei em cada esquina um pouco de minha vida
Deixo rastros nas calçadas
nas casas assobradadas
minhas mãos estão tangidas
Em cada palmo de rua, cada edifício erigido
estou deixando imprimido
as marcas de um lutador,
deixo também ao meu filho
nas avenidas iluminadas alem de minhas pegadas,
gotas do meu suor,
canos e tubos escondidos
fios e cabos estendidos
fiz tudo com muito amor.
Deixo bem localizadas,
escolas conceituadas para ensinar a juventude
Trabalhei de forma incansável
não atingi o desejável apenas fiz o que pude
Para deixá-la mais bela
plantei flores nas vielas, arborizei ruas e praças
Que perfumam nossas vidas
tem sombra fresca que abriga o bauruense que passa
Como uma estrada longa e esguia
os trilhos das ferrovias
trouxeram estórias e sonhos
Pois deixo em cada dormente
meu passado e meu presente
e seu futuro risonho
Deixo ponte sobre os rios
viadutos e desvios para encurtar seu caminho
Alem de muita esperança
deixo saudade e lembrança pra nunca se sentir sozinho
Pois talvez nas madrugadas
ao voltar de uma balada pelas ruas sem ninguém
Si ouvir uma gargalhada
ou outra coisa inesperada meu filho lembre-se de mim
Pois sou eu já na eternidade admirando a cidade
Que ajudei a construir . ...
meu carissimo H.P.A., como ja virou uma rotina, hoje fui dar uma espiada no mafuá e desci lendo sobre a carta capital, e vou descendo, derrepente dou de cara com a poesia de minha parca lavra sobre nossa querida BAURU, cara! que emoçao, me senti o ban ban ban das letras.só me resta agradecer muito mesmo,muito obrigado.
ResponderExcluiro projeto da exposiçao em minha casa ja tomou conta de tudo por aqui todo mundo quer saber se é verdade como vai ser e por ai a fora,eu estou alimentando a massa acho que vai ser uma otima surpresa pra vocês da cultura
Lázaro Carneiro