quinta-feira, 9 de outubro de 2008

CARTAS (18)

UMA PERGUNTA PARA O CAFEO, DO INFORMASOM, 94FM
Cartas e e-mails se confundem nos dias de hoje. Deixamos de escrever e postar, mas continuamos a fazê-lo, só que via internet, numa rapidez inimaginável no passado. Ontem, diante de comentários do economista Cafeo, no programa de rádio Informasom, da FM 94, comandado por Paulo Sérgio Simonetti, das 7hoo às 8h00, enviei um e a resposta veio hoje, via rádio, quase instantânea. Eis meu questionamento ao economista e professor:

As agruras vividas hoje pelo Brasil, todas em função da quebra do sistema financeiro norte-americano (por irresponsabilidade deles), não poderiam ser atenuadas se o nosso Governo fosse se desligando, pouco a pouco, se desatrelando do dólar e da dependência aos EUA? Incentivar o Mercosul, o fortalecimento do Banco do Sul e a busca de outros mercados não seria uma ótima saída nesse momento e para o futuro? Por que temos que continuar atrelados aos nossos algozes? Mesmo contrário as idéias de Chávez, a idéia do Banco do Sul é mais do que viável para o futuro, ou não? Sei, que para um economista, que construiu sua forma de pensar e de agir somente dentro desse mercado é um tanto difícil aceitar outras alternativas, mas o Brasil não ganharia muito mais se desatrelando? Quero te ouvir...

Ele tergiversou, mas concordou. Sei que pensa diferente de mim, vive para os mercados e em função deles. Eu critico os mercados como agem e tentam se perpetuar. Leu uma parte de minha pergunta e afirmou que "o Brasil de Lula trabalha preventinamente" e que "toda crise gera uma grande oportunidade, sendo essa uma delas e o momento deve ser aproveitado". Também disse rapidamente que "todos os conglomerados nasceram desses momentos". Gostei mais quando disse que "o capitalismo exagerado fez água". Não tocou no banco do Sul, muito menos em Chávez, mas deu a entender, mesmo contrariado, que existem outras saídas, todas muito mais saudáveis que as impostas pelo capital norte-americano. Fiquei satisfeito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário