segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

UMA DICA DE LEITURA (30)

ÁLBUM DE RETRATO - PROJETO MEMÓRIA VISUAL - EDITORA FOLHA SECA
Estive à trabalho no Rio semana passada, mas não me furtei de ir na abertura da 13ª edição da conhecida "Primavera do Livro" (quinta, 28/11, 19h30), que acontece em barracas nos jardins do Museu da República (o do Catete). Sua função é divulgar o catálogo de editôras independentes de todo o Brasil. Viajei por lá, em 86 estandes, mas o mais interessante da festa foi rever meu caro amigo RODRIGO FERRARI, um jovem flamenguista, que conheci há mais de 15 anos, quando trabalhava numa grande livraria carioca (acho que a Dazibao). Ficamos amigos. Tive o prazer de estar ao seu lado na festa dos 50 Anos do Aldir Blanc, lá no Canecão (quantos anos fazem isso?). Depois foi trabalhar no Centro Cultural Hélio Oiticica, atrás da praça Tiradentes. De lá o cara deu um salto maior e acertou em cheio. Montou uma das livrarias mais transadas do Rio, especializada em três temas que tocam profundamente o carioca: Futebol, Samba e Rio. Não consigo mais ir ao Rio sem dar uma passadinha por lá. Dessa vez não pude ir, pois o tempo estava curto, mas fui revê-lo no estande da FOLHA SECA. Depois de um forte abraço, uma dica de uns livrinhos que já conhecia, mas não os tinha.

Sua editora lançou com patrocínio da Petrobras algo com a cara do Rio e do Rodrigo. O projeto Álbum de Retratos é uma coleção de 12 livros (editoras Folha Seca/Memória Visual), em quatro séries com temas diferentes e cada uma composta por três livros. Esta coleção traduz e homenageia, numa biografia fotográfica, doze personagens da cultura brasileira através do acervo pessoal de fotos de cada um. Projeto criado pelo compositor Moacyr Luz e coordenado pela produtora Trio de Janeiro. As imagens estampam a infância, o passado, o trabalho, trajetória, as histórias de vida, que ajudará a tornar familiar ao leitor, o íntimo e o público de artistas de diferentes ramos de expressão cultural, mas referências fundamentais em suas áreas de trabalho. Nomes de igual sensibilidade fazem contraponto nesse trabalho como biógrafos, garimpando o baú de recordações do biografado, escolhendo junto as fotos e traduzindo do convívio íntimo mais uma cor, um sugestivo sombreado que o trabalho propõe.
São muitas histórias e referências nesse Álbum de Retratos. “A história dos nossos artistas não tem fim. É um corredor de trabalho e esperança que hoje, em forma de livro, traz em paralelas paredes, palavra e fotografia”, resume Moacyr Luz num dos textos dos livros. Trouxe somente um, o do Ruy Castro, escrito por Heloisa Seixas. Deixei encomendado os dois livros de botequins, do Moacyr Luz e acho que até o final do ano não resisto, compro pelo reembolso mais uns dois.

2 comentários:

  1. Coleção legal, vi lá no blog, será que tem aqui em bauru?
    J.

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  2. Grande Henrique,
    muito obrigado pelas palavras, você é mesmo um amigo de fé e muito generoso nos textos. Obrigado mesmo!
    Realmente, pega até mal dizer quantos anos faz que nos encontramos na festa do Aldir. Deixa pra lá, né? Vale comemorar o fato de, apesar de tanto tempo, ainda nos encontrarmos de vez em quando. Apareça sempre!
    Ah, a livraria em questão era mesmo a saudosa Dazibao, onde por obra dos amigos Chico, Graça e Jorge, me tornei livreiro e editor.
    Forte abraço,
    Rodrigo Ferrari

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