domingo, 15 de fevereiro de 2009

ALGO DA INTERNET (14)

GRITO ROCK, CIRCUITO FORA DO EIXO, HELVIO TAMOIO E SÃO CARLOS
Quero em poucas palavras falar disso tudo. Ufa! Estive na última sexta em São Carlos, junto com o Vinagre. De início fomos bater um papo com Helvio Tamoio, ex-coordenador da FUNARTE e velho conhecido da cultura Brasil afora. O papo extrapolou, pois Helvio é assim mesmo, um sujeito de multiuso, atuando em várias frentes de trabalho e sempre antenadíssimo com todas as variações possíveis e imagináveis no fazer cultura. Deixou a FUNARTE há pouco tempo, criou um site (http://www.paracatuzumcom.br/), faz um programa de rádio semanal na Ufscar (http://www.radio.ufscar.br/ – às quartas das 18 às 19h, com o mesmo nome do site) e ocupa um espaço cedido pelo pessoal da Oficina Cultural de lá, onde montou uma agenda com tudo o que incentiva, participa, agiliza e está metido. Fervilha e faz fervilhar.

Logo de cara chama à mesa Rafael Rolim e esse nos apresenta o Grito Rock, uma iniciativa do Circuito Fora do Eixo (http://www.foradoeixo.org.br/). O Grito Rock é um festival de bandas independentes realizado anualmente no período de carnaval, simultaneamente em várias cidades brasileiras. Começou em 2002, lá em Cuiabá, propondo uma alternativa para o carnaval. Em 2007 já atingia 22 cidades e hoje até bandas de outros países já estão integradas no projeto. Vale a pena espiar o trabalho realizado. Eu, adepto convicto do carnaval, continuo preferindo os festejos de momo, mas não deixei de apreciar o trabalho realizado. Conhecemos também quem organiza tudo lá por São Carlos, o Núcleo Cooperativo de Comunicação e Cultura Massa Coletiva (http://www.massacoletiva.blogspot.com/), que nos dias 23 e 24/2 colocam na rua a 2ª edição do Grito Rock São Carlos. Foram mais de 150 bandas inscritas, sendo selecionadas 16. O intuito é a construção de um novo cenário musical, ampliação de um intercâmbio e apresentação de uma Feira de Cultura e Economia Solidária, com cooperativas expondo as iniciativas em andamento na cidade. Contam com o apoio da Prefeitura de lá e da iniciativa privada, que hospeda e alimenta os participantes. O Armazém Bar é o local da realização, numa outra parceria: Consumo interno do local e bilheteria da organização, para custear despesas. Tudo muito simples e claro.

É uma pá de coisas acontecendo ao mesmo tempo e para nos explicar melhor, somos apresentados a Luana (não gravei seu sobrenome). Dá um apanhado geral sobre os Pontos de Mídia Livre, com coletivos no Brasil inteiro e a importância de valorizar a Economia Solidária. Ingressos dos mais populares ($ 3 e $5). Helvio incentiva e quer ampliar tudo isso. Gostaria de ver os músicos de Bauru integrados nesse tipo de projeto. Por aqui, temos mais de 40 bandas de rock e o negócio tem tudo a ver. A dica está dada e fazer com que o os roqueiros de Bauru conheçam isso tudo, para poderem se integrar é o que faço nesse momento, com a distribuição desse texto para alguns realizadores e músicos de Bauru. Novas possibilidades são sempre bem vindas. Na cabeça fervilhante do Helvio tem muito mais e algumas delas iremos divulgando por aqui. Para começar, como nem todo mundo aprecia carnaval, São Carlos não fica tão longe assim.

Em tempo: Defronte o local onde conversamos e tomamos algumas cervejas, vejo dois prédios antigos. Luana me explica serem ambos tombados pelo patrimônio municipal, fechados e praticamente abandonados pelos seus proprietários, que descontentes com o tombamento, não querem mais alugar. Passam também por problemas de herença, com muitos herdeiros. Situação idêntica a vivida em Bauru, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador... E nem por isso não deveriam terem sido tombados. Como fui presidente do CODEPAC - Conselho Defesa Patrimônio Cultural de Bauru até dezembro interessei-me pela semelhança com alguns casos daqui. O buraco é mais embaixo e merece discussão ampliada.

3 comentários:

  1. Aqui por Bauru em evento paralelo só retiro espiritual, e na maioria evangélicos. Diferença, não?
    Marisa

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  2. Muito bom o texto. levando as idéias com o vento...
    visite-nos mais vezes.

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  3. Adoro rock e por aqui quem fazia algo parecido era o Armazém Bar, lá pelos lados da Pedro de Toledo. Acho que nesse ano não farão nada. Que boa sacada. Muita estrada para irmos até lá.
    Osmar e Nádia

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