UMA CARTA (27)
MÉDICO ANDARILHO - Saiu publicada no JC, edição de hoje
O JC merece os parabéns pela iniciativa de acompanhamento no reencaminhamento do médico veterinário encontrado nas ruas. Na solução encontrada gostaria de fazer uma pequena observação. Não aprovo totalmente aquelas cuja recuperação tenha no seu bojo, além de devolver o mesmo à normalidade, a utilização de métodos religiosos, incutindo no mesmo aquela linha de pensamento e de ação. Não acho isso necessário. Travei conhecimento do trabalho realizado pelo Centro de Recuperação de Moradores de Rua, entidade mantida pelo Lar Amor & Caridade, ligado aos espíritas, porém, em nenhum momento da recuperação observa-se qualquer tentativa de incutir no recuperado a religião mantenedora daquele espaço. Acho isso salutar, o mesmo que não misturar alhos com bugalhos. A religião continua sendo importante na vida de todos nós, porém saibamos fazer dela um divisor de águas. Dessa forma, continuo preferindo os métodos onde a recuperação não proceda de forma a aviltar e tentar transformar também a linha de pensamento da pessoa já tão debilitada e carente.
OBS.: O JC trata do andarilho Marcelo de Almeida, um médico veterinário que hoje vive nas ruas, o BOM DIA trata do andarilho Jocelino Reus, o de Itaqui RS, que encontrado, receia voltar para a convivência dos seus e continua preferindo às ruas. Enfoco o posicionamento de que não acho conveniente misturar religião e recuperação, pois o médico foi levado para tratamento na Comunidade Terapêutica Vida e Paz, como mostra texto na edição do JC de ontem, 22/3, em foto visto num culto religioso, dias após sair das ruas. Aguardo a repercussão que virá a seguir...
AS PRIMEIRAS REPERCUSSÕES:
ResponderExcluirO JC publica hoje, também na Tribuna do Leitor, uma carta repercutindo o que havia escrito no dia de ontem. Ela está reproduzida aqui embaixo. A mesmaedição do JC tem uma matéria com o título "Nova casa do veterinário andarilho depende de ajuda", sem citar sua conotação religiosa ou não. Valem pelo registro:
Veterinário andarilho
Estou plenamente de acordo com a observação do missivista Henrique Perazzi de Aquino. Há métodos efetivos de recuperação psicológica e social do indivíduo sem ter que incutir ao mesmo um paradígma religioso.
Vamos, sim, recuperar o homem, depois ele segue a religião que bem escolher. Isso se ele quiser optar por alguma. No momento, sem querer polemizar, fico com a impressão que, além de buscarem um ícone promocional rentável, pensam em um futuro bom dizimista tão logo a situação do cidadão se normalize. Tenhamos em mente fazer o bem, sem olhar a quem.
Hélio Renato Machado
Caro HPA:
ResponderExcluirInfelismente,somente vemos casas de recuperação para dependentes quimicos, com fundo e apoio religioso. Nada mais.
E o pior, para mulheres dependentes quimicas, NÃO EXISTE NENHUMA em nossa região.
Abs da Maria Benta