A FRASE DE MILLÔR E A SAÍDA DE MÁRCIO MIRANDA DA AURI-VERDE
"Imprensa é oposição, o resto é armazém de secos e molhados".
No JC de hoje algo me chama a atenção (O Bom Dia fui ler só à tarde). Márcio Miranda não apresenta mais o Vanguardão, o famoso noticiário do horário do almoço na rádio Jovem Auri-Verde, a mais ouvida em Bauru. No motivo da saída, a preocupação, pois ocorre por não querer mudar o estilo “metralhadora giratória”, num momento em que a rádio fecha contrato de voltar a transmitir as sessões da Câmara de Vereadores. Algo está claro, pressões ocorreram para que abrandasse a pauleira nos “nobres legisladores”. Deixo claro que não gosto do estilo do Márcio, pois atira para todos os lados, mais errando que acertando. Bate ao seu bel prazer e em momentos se mostra progressista, em outros retrógrado. Não consegui defini-lo a contento. Perseguia o ex-prefeito Tuga como uma espécie de mania. Foi injusto na maioria das vezes e pouco aceitava mostrar o lado da austeridade administrativa. Bateu também injustamente, por osmose, em todo secretariado de Tuga. Ouço a Auri-Verde, como faço com todas as demais rádios bauruenses, pois gosto demais desse meio de comunicação. E continuarei a ouvi-la, respeitando muito os que por lá estão. Da saída, uma breve comparação. Comentando sobre os programas atuais de humor na TV, dentre eles o Casseta, um articulista afirma: “Na TV Globo, piada por piada, melhor ficar com o Jornal Nacional”. Quer dizer, quem conhece sabe que não irá encontrar informações muito honestas no principal jornalismo da TV Globo. Os motivos todos nós conhecemos. A frase de Millôr encaixa justamente aqui. O mesmo deve acontecer com a Auri-Verde, pois estão presenteando nossos vereadores com uma aureola para cada um deles. Ouvir o noticiário já ciente de que nem tudo estará sendo comentado é desalentador. Daí a pergunta que me faço: Criticam Cuba à exaustão por uma suposta restrição de liberdades, mas afinal, existe mesmo a tal da liberdade de expressão na imprensa brasileira? Fatos como esses provam exatamente o contrário. Está tudo tão claro, não?
Em tempo 1: Deixo claro que, esse tipo de procedimento não é exclusividade da Auri-Verde. É linha quase geral. Mola mestra.
Em Tempo 2: Ouço hoje o programa para ver quem é o novo comandante do Vanguardão. Gosto demais do estilo do Franco Jr, da forma bem profissional como apresentava o noticiário.
Sabe de uma coisa, isso deixa bem claro porque a rádio foi chamada de chapa branca por um certo tempo. Na época do Nilson, ele tinha um anúncio e até programa lá, era paparicado. Até hoje falam bem dele por lá. Tuga foi maltratado, pois nunca anunciou. Não preciso nem explicar o que quero dizer com tudo isso. Quando não existe anúncios a crítica é livre, chegando algum tipo de propaganda, cessam as críticas. Isso, como você disse não é privilégio dessa rádio. Jornais e tvs também agem assim. Está tudo impregando. O bom disso tudo é ir sendo desmascarados, mais uma vez, certos intocáveis. Gosto de ir tomando conhecimento desses detalhes e é uma pena que eles não chegam até a grande massa de ouvintes. Fica mais entre nós.
ResponderExcluirTambém li o jornal.
Paulo Lima
Henricão
ResponderExcluirFui ler a matéria do Bom Dia e lá algo revelador sobre essa questão.
O valor que a rádio irá receber anualmente pela transmissão da sessões da Câmara é de R$ 41.814,00.
Fiz a conta e isso dá por mês um valor de R$ 3.484,50.
Uma bagatela e provando que, ou o Márcio vale pouco, ou a rádio anda mesmo fazendo qualquer negócio, desprezando seus profissionais por quase nada.
Esquisito não. Ouvia o Márcio.
Rosana
Jovem
ResponderExcluirTalvez aqui não seja o lugar acertado para isso, mas ouvi o jogo de ontem do Noroeste pela rádio. Eles se acham os melhores desse mundo. O Noroeste está nessa situação muito por causa deles, pela pauleira que deram duarante a montagem do time e ainda querem sair como os salvadores da pátria. Mudei de rádio. Chega. Basta. Hipócritas. Até quando?
Jurandir, da Sangue
Isso mesmo Jurandir.
ResponderExcluirConseguiram tirar o técnico do Noroeste como se isso fosse o culpado da situação atual.
Olhem para trás e lá atrás, quando fizeram o time ser montado as pressas, naquela pauleiradiáriaque faziam pelos microfones.
Agem como se não tivessem culpa nenhuma.
Estou contigo Jurandir, mudei de rádio.
Essa do Márcio e de forçar a saída do técnico, gritando no microfone no final do jogo que não havia dirigente e que o filho do presidente estava em companhia masculina no Rio foi demais. Tão querendo o que.
P.
Meus caros
ResponderExcluirMinha intenção ao escrever esse texto não foi a de atacar a rádio Auri-Verde. Continuo ouvindo-a quando posso. Gosto de rádio, principalmente o segmento AM. Essa é a de maior audiência nesse segmento em Bauru. Minha crítica, tendo como pano de fundo a saída do intempestivo Márcio, foi demonstrar que a liberdade de imprensa que a grande maioria alega que não existe em certo país, no caso Cuba, não existe aqui também. O fiz com a intenção de quan do formos criticar alguém, antes disso, não darmos uma espiada no próprio umbigo e verificarmos se também não estamos agindo e tendo uma prática exatamente igual aquela que denunciamos. Um perigo isso. Por fim, reafirmo essa prática existe em todo nosso sistema de comunicação. A censura econômica está bem mais presente do que se possa imaginar. Só e tão somente isso.
Henrique, direto do Mafuá
De uma coisa tenham todos certeza absoluta, a rádio Auri Verde é a mais conservadora de Bauru. Quem não acredita nessa afirmação, experimente ouvir um programa que eles possuem as seis horas da tarde,antes do esportivo. Falam umas barbaridades, cometem preconceitos repetidos contra pobres, homossexuais, direitos-humanos. São contra o progresso do país. Representam o que de pior existe. Aquilo lá dá um trabalho científico sobre como ser preconceituoso com o semelhante. E dão risadas, gargalham das nossas injustiças. Tem um tal de Consultor e o Chico Cardoso, novo apresentador do Vanguardão, no lugar do Márcio, que repetem ironias variadas contra pobres.
ResponderExcluirDeixo aqui uma dica. Seria muito legal se você conseguisse entrevistar o Márcio sobre os anos que ele trabalhou lá. Com certeza tem histórias das mais interessantes para contar. Por que não tenta fazer isso? Todos gostaráimos muito de ler suas impressões sobre os ex-patrões.
Antonio L.
Sou camelô, mas não sou bobo. Meu radinho fica ligado o dia todo e percebo quem as coisas.
caro Antonio L.
ResponderExcluirAqui não entrevisto ninguém. Não sou jornalista, sim professor de História e comerciante, meio-falido. Escrevinhador nas horas vagas, metido a ir postando nessa telinha o que lhe surge na mente. Nem tenho afinidade com o tal Márcio para tanto. Isso deveria ficar a cargo dos demais órgãos de nossa imprensa. A pauta é boa, mas não me apetece.
Henrique, direto do mafuá