Mafuá do HPA

RETRATOS DE BAURU (55)

DALVA ALEIXO, UMA PROFESSORA DE LUTA
Dalva faz história em Bauru, pois vem praticando a “revolução” como forma de vida desde os seus tempos de estudante. Tem história para contar e continua aprontando, pois essa é a melhor forma de continuar exercendo o seu trabalho, a arte de ensinar. Produz e muito, sendo reconhecida entre seus pares na UNESP Bauru, onde é professora nos cursos de Comunicação. Adora trabalhar com Cultura Popular, sendo uma das referências na cidade quando alguém sai em busca da coleta de dados ou informações sobre esse tema. Quer saber algo sobre as religiões populares, localização de templos, manifestações um tanto esquecidas, consulte esse verdadeiro Guia ambulante e saberás a resposta. Adora contar a história de sua passagem pela Europa, quando morou na Espanha. E adora nossa caipirice, motivo de seus estudos. Ano passado, vivenciei dois momentos ao seu lado. No primeiro, promoveu apresentações de bandas experimentais no hall de entrada na Estação da NOB. Quando viu que teria que limpar o local, não pensou duas vezes e pegou pesado. Só faltou cantar. No segundo, viajamos juntos para Reginópolis, em busca do caipira perfeito, onde nos informou a serventia de cada folhinha encontrada no caminho. Pelo que ouço dizer está montando uma espécie de museu em sua própria casa, já cheia de materiais coletados ao longo da vida. Além de tudo isso é daquelas companhias, das quais se conversa a noite toda sem que o sono apareça. Se não possui 1,80m de altura, a compensação é no tamanho de seu amor ao próximo.