Mafuá do HPA

BAURU POR AÍ (16)

O QUE ME MOVE, NÃO MOVE MEU SEMELHANTE. NEM POR ISSO DESISTO...
Cá estou nos preparativos para pegar estrada nesse final de sábado, indo até Lençóis Paulista, onde acontece por lá, na concha acústica lá na sua praça central, um show gratuito com a dupla gaúcha KLEITON & KLEDIR. Gosto demais desses dois, tendo aqui no mafuá todos os seus LPs e CDs. Rachei de escutar esses dois. A oportunidade é rara e lá estarei mesmo cansado. A iniciativa é da Secretaria de Cultura de lá, na pessoa do Nilceu, um grande agitador e realizador de eventos desse porte naquela cidade. Por trás, mais um evento do Circuito Cultural Paulista 2009. Para mim, estar lá é dessas coisas imperdíveis. Para outros nem tanto. Um sobrinho esteve semanas atrás na mesma Lençóis Paulista, na FACILPA. Queria que fosse junto, mas quando vi a programação, cai fora, só “desgosto cultural” (só Almir Satter salvou a programação deles). Ele foi num dia onde a dupla João Bosco & Vinicius estaria se apresentando. Não faço questão nenhuma de escutar o que esses dois tocam. Se fosse o outro João Bosco, o parceiro do Aldir e o saudoso Vinicius de Moraes, não precisaria nem me convidar, pois lá estaria. Não fui naquele dia e agora fui dar o troco no sobrinho. Fiz o convite para ir comigo. Sua resposta: “Não conheço essa dupla. Estão começando agora? Que sucesso sertanejo já emplacaram?”. Fiquei na minha sem polemizar, assumindo o refrão propagado por aí numa música que detesto (dizem que foi idéia de um grupo de bauruenses), mas assumo expressar uma verdade: “cada um no seu quadrado”. E lá vou eu, cantar o que me move.

Nessa semana o que me moveu foi novamente o SESC e por três vezes (eles insistem na programação diferenciada e de bom gosto). Primeiro na quarta, show do GERMANO MATHIAS, um sambista de um ritmo em extinção, um dinossauro de ficar embasbacado a ouví-lo. Foi o que fiz. Ontem, sexta, voltei ao SESC para presenciar um show de jazz, com o grupo araraquarense MECÂNICA DOS SOLOS (http://www.mecanicadossolos.com.br/). Fiquei de queixo caído, eu e nossa “thurma”, numa mesa onde predominou muita conversa, mas respeito aos músicos. A vocalista Adriana Gennari encantou a todos. Comprei o CD deles, “Vida Inteligente”, com participações de Leila Pinheiro, Roberto Menescal e Fiori Gigliotti (ele mesmo, narrando um jogo fictício pouco antes do falecimento). Acabei chegando tarde de uma viagem e não compareci na palestra do encerramento da Semana dos Museus de Bauru, lá no Automóvel Clube, que teve um público expressivo. Por fim, amanhã, domingo, 16h, levo meus amigos cubanos para assistir um autêntico show de samba paulista, com THOBIAS DA VAI-VAI, 16h, grátis. Em todos algo para entristecer: o público deixa a desejar, poucas pessoas para uma programação tão boa. Dá para não gostar do SESC? Semana que vem tem LÍNGUA DE TRAPO e FREJAT (vou vê-lo no domingo, 31/03, na Festa das Nações, em Pederneiras, com entrada gratuita).

Quero também falar de Susy Mey Aparecida Truzzi, a Diretora de Teatro e programadora cultural em Garça. Velha conhecida de todos de Bauru (atuou por aqui anos atrás), divulga a realização de 11 a 14/06, da XXIII Festa da Cerejeira de Garça, nesse ano com J.J.JACKSON (11/06), MATUTO MODERNO (12/06) e O TEATRO MÁGICO (13/06). Tentarei conciliar trabalho e lazer, indo vender meu peixe por aquelas bandas naquele período, conhecendo essa Festa, que ainda não tive o prazer de conhecer. Outro lugar que gostaria imensamente de estar é no show do MAXIXE MACHINE, uma banda curitibana que conheci por lá há uns dez anos atrás (tenho um lindo CD deles), mesclando sambas antigos aos novos. O problema é a distância. Estarão se apresentando dia 06/06, sábado, em Tupã, distante 190km de Bauru, dentro também do Circuito Cultural Paulista.

Tudo isso que citei aqui é totalmente de graça. Eu fuço e vou atrás. O corpo e o bolso resistem, mas jogo duro com ambos. Nesse tipo de evento, aceito pacificamente me taxarem de "arroz de festa", pois faço questão de continuar batendo cartão em todos os que a disposição vence o cansaço.