MOSTRA AFRO, UM NOVO PT, UM MUSEU DO TREM, OS CUBANISTAS e PASTORA KAKÁ
Esse último final de semana foi cheio de muitas atividades. Um breve relato de onde estive metido e suas conseqüências:
Esse último final de semana foi cheio de muitas atividades. Um breve relato de onde estive metido e suas conseqüências:
1. Sexta das 19h30 às 22h, Hall do Teatro Municipal e Galeria de Artes, a abertura da 6ª Mostra de Cultura Afro-Bauruense, que esse ano tem por tema "Promoção da Igualdade Racial". Sob a presidência do amigo Ademir Elias (site do Conselho: http://ccnbauru.wordpress.com/), a mostra sempre reuniu um público dos mais ecléticos. Considero esse Conselho um dos mais atuantes na cidade e sempre suas mostras tornam-se pólos atrativos para a ampliação do debate sob o tema da causa dos negros. Muita gente e uma apresentação fascinante de Márcia Nuriah. A falta sentida, como sempre foi do dirigente máximo da Cultura, que nem se dignou a presenciar o evento. Mais uma bola fora. A programação é extensa e muita coisa continua acontecendo durante essa semana.
2. Sábado das 10 às 12h, Hotel Fenícia, estive no Encontro da Esquerda Marxista (http://www.marxismo.org.br/), ala interna do PT, aqui em Bauru sob coordenação do vereador Roque Ferreira (http://roque.ferreira.blog.uol.com.br/). Da fala do convidado, pré-candidato à presidência do partido, José Carlos Miranda, a imprensa fez questão de ressaltar: “Se entrar na lama junto com os porcos, fica parecido com a porcaiada”. Ótimo, mas ressalto algo sobre os motivos do grupo não sair do PT, como fizeram integrantes hoje no PSOL e PSTU: “Temos que lutar aqui dentro do próprio PT para que ele volte a ser o partido das lutas no campo e na cidade. Única arma é sua organização. Compete a nós mudar a base do Governo, precisamos ter mais gente pensando assim lá dentro”. Gostei muito e ao fazer uma pergunta, acabei sendo questionado sob a assinatura de minha ficha de refiliação. Disse já estar assinada e entregue para membro da Executiva local. O fato gerou uma nota na Entrelinhas, do JC de ontem, reproduzida ao lado. Voltando ou não, sendo aceito ou não, a saída para o PT é voltar a ter como meta seu passado de lutas e abolir dos seus quadros gente que infelicita a sigla, tornando-a igual as outras. A oxigenação interna é a saída para o retorno aos verdadeiros ideais do partido. Do contrário...
3. Sábado das 12 às 17h, estive na recepção ao museólogo baiano Paulo Nascimento (http://www.jornalorebate.com/colunistas2/pau1.htm), da Mouseion Projetos, que veio ministrar uma aula sobre implantação de museus para uma dileta platéia, convidado por Ricardo Bagnato, da Associação de Preservação Ferroviária e de Ferromodelismo de Bauru (site em construção). O grande motivador é a idéia, já comprada por membros da Prefeitura Municipal de criar em um dos barracões das antigas Oficinas da NOB um grande Museu do Trem, para peças grandes, estáticas e móveis. Uma reunião na ASSENAG antes do almoço e na parte da tarde, uma visita ao local escolhido. Muita emoção e a expectativa de que, com muito trabalho todas as idéias levantadas poderão ser concretizadas. Louvo o trabalho do Bagnato e o apoio do secretário Nico Mondelli, que na falta de alguém da área da Cultura, preenche maravilhosamente a função de como deve ser o procedimento de um dirigente público. O que ouvi sobre as intenções de uso daquele espaço dará uma guinada total para o abandono atual e a estagnação provocada pela privatização das ferrovias brasileiras. Torço muito para que tudo dê certo.
4. Domingo das 15 às 18h, voltei a um dos lugares abençoados (se é que o termo existe) de Bauru, o SESC. Primeiro uma apresentação de Teatro de Bonecos Português e depois um show com música cubana (onde tem algo sobre Cuba nem precisam me convidar que apareço), com o grupo de São Carlos SP, Os Cubanistas (http://www.myspace.com/cubanistas). Ritmo muito dançante, é sempre gratificante ficar observando os casais na pista de dança, principalmente os mais idosos. Mesmo com uma Escola de Dança querendo aparecer mais do que devia, o que mais se sobressaiu foram alguns casais, como o formado por José Carlos Figueiredo, 68 anos e Ogacili Alves Figueiredo, 66 anos (falo deles em breve num Retrato de Bauru). O congraçamento possibilitado pelo SESC aos domingos com o seu já tradicional projeto DescontraSom é algo merecedor de uma tese, pois emociona ver as pessoas já se programando para o domingo seguinte, quando lá estará um grupo de chorinho, o Formigueiro. Coisa barata de fazer e que além do custo, realmente une as pessoas em algo tão raro hoje em dia, que são as oportunidades de lazer e cultura gratuitas. Bato cartão e nem quero mais saber de futebol no domingo à tarde.
2. Sábado das 10 às 12h, Hotel Fenícia, estive no Encontro da Esquerda Marxista (http://www.marxismo.org.br/), ala interna do PT, aqui em Bauru sob coordenação do vereador Roque Ferreira (http://roque.ferreira.blog.uol.com.br/). Da fala do convidado, pré-candidato à presidência do partido, José Carlos Miranda, a imprensa fez questão de ressaltar: “Se entrar na lama junto com os porcos, fica parecido com a porcaiada”. Ótimo, mas ressalto algo sobre os motivos do grupo não sair do PT, como fizeram integrantes hoje no PSOL e PSTU: “Temos que lutar aqui dentro do próprio PT para que ele volte a ser o partido das lutas no campo e na cidade. Única arma é sua organização. Compete a nós mudar a base do Governo, precisamos ter mais gente pensando assim lá dentro”. Gostei muito e ao fazer uma pergunta, acabei sendo questionado sob a assinatura de minha ficha de refiliação. Disse já estar assinada e entregue para membro da Executiva local. O fato gerou uma nota na Entrelinhas, do JC de ontem, reproduzida ao lado. Voltando ou não, sendo aceito ou não, a saída para o PT é voltar a ter como meta seu passado de lutas e abolir dos seus quadros gente que infelicita a sigla, tornando-a igual as outras. A oxigenação interna é a saída para o retorno aos verdadeiros ideais do partido. Do contrário...
3. Sábado das 12 às 17h, estive na recepção ao museólogo baiano Paulo Nascimento (http://www.jornalorebate.com/colunistas2/pau1.htm), da Mouseion Projetos, que veio ministrar uma aula sobre implantação de museus para uma dileta platéia, convidado por Ricardo Bagnato, da Associação de Preservação Ferroviária e de Ferromodelismo de Bauru (site em construção). O grande motivador é a idéia, já comprada por membros da Prefeitura Municipal de criar em um dos barracões das antigas Oficinas da NOB um grande Museu do Trem, para peças grandes, estáticas e móveis. Uma reunião na ASSENAG antes do almoço e na parte da tarde, uma visita ao local escolhido. Muita emoção e a expectativa de que, com muito trabalho todas as idéias levantadas poderão ser concretizadas. Louvo o trabalho do Bagnato e o apoio do secretário Nico Mondelli, que na falta de alguém da área da Cultura, preenche maravilhosamente a função de como deve ser o procedimento de um dirigente público. O que ouvi sobre as intenções de uso daquele espaço dará uma guinada total para o abandono atual e a estagnação provocada pela privatização das ferrovias brasileiras. Torço muito para que tudo dê certo.
4. Domingo das 15 às 18h, voltei a um dos lugares abençoados (se é que o termo existe) de Bauru, o SESC. Primeiro uma apresentação de Teatro de Bonecos Português e depois um show com música cubana (onde tem algo sobre Cuba nem precisam me convidar que apareço), com o grupo de São Carlos SP, Os Cubanistas (http://www.myspace.com/cubanistas). Ritmo muito dançante, é sempre gratificante ficar observando os casais na pista de dança, principalmente os mais idosos. Mesmo com uma Escola de Dança querendo aparecer mais do que devia, o que mais se sobressaiu foram alguns casais, como o formado por José Carlos Figueiredo, 68 anos e Ogacili Alves Figueiredo, 66 anos (falo deles em breve num Retrato de Bauru). O congraçamento possibilitado pelo SESC aos domingos com o seu já tradicional projeto DescontraSom é algo merecedor de uma tese, pois emociona ver as pessoas já se programando para o domingo seguinte, quando lá estará um grupo de chorinho, o Formigueiro. Coisa barata de fazer e que além do custo, realmente une as pessoas em algo tão raro hoje em dia, que são as oportunidades de lazer e cultura gratuitas. Bato cartão e nem quero mais saber de futebol no domingo à tarde.
5. E por fim, algo hilário, só visto por mim ontem. Seria para rir (e muito), se não fosse trágico e pura realidade. Uma nova pastora (não é de ovelhas, nem trabalha no campo). Trata-se da esposa do craque Kaká, que num discurso dos mais deslumbrantes se diz uma nova enviada dos céus. Abre igreja em Madrid, em plena Espanha e diz que o feito do Real Madrid em contratar seu marido foi anúncio dos céus. Não gosto disso, como não gostei daquela rodinha de jogadores brasileiros rezando unidos no final do torneio ganho na África do Sul (http://www.malaesportiva.com/2009/07/como-assim-nao-pode-rezar-federacoes.htmlpode-rezar-federacoes.html e http://www.hangarnet.com.br/forum/index.php?showtopic=85715&mode=threaded&pid=1815166). Nada contra as religiões (liberdade para exercê-la, sempre), mas tudo contra esse ritual imposto ao público como parte do espetáculo, afinal, o negócio mostrado lá é Missa ou Jogo? Sobre a nova pastora da Renascer, sintam o clima (quem primeiro divulgou o tema foi o corajoso jornalista Juca Kfouri, alvo de críticas por causa disso): http://www.youtube.com/watch?v=f_hCMe_lOmA (muitos outros estão no Youtube).
Não sei se você já reparou, mas o que essa nova pastora faz é muito parecido na sua essência com o que faz aqui uma presidente de partido político.
ResponderExcluirE não aprovo o procedimento de ambas.
Ricardo