CARNAVAL NA HÍPICA, UMA FESTA DOS TRISTES E AS VIÚVAS DO BATATA
Vamos falar de Carnaval. Pois sim, algumas palavrinhas sobre a prévia carnavalesca realizada na Hípica no último sábado, 06/02. Foi uma esbórnia, como devem ser todos os festejos de momo, essa realizada ao velho estilo, com todas as marchinhas que conhecemos. Num momento a banda tentou entoar algo que conheço pouco, de uma tal de Ivete Sangalo, mas foi vencida pela assistência, a exigir carnaval de verdade. E o velho e bom Carnaval de verdade prevaleceu até o fim da festa, para felicidade geral de todos os presentes. Espalho junto a esse texto algumas fotos tiradas por lá, sem legendas e peço aos diletos leitores, que façam um exercício de bauruismo, tentando identificar esse ou aquele (alguns nem eu sei o nome, só conheço por trombarmos pela cidade, mas nenhuma de socialite, pois para essas e esses existem espaços outros). Circulei de mesa em mesa e só um fugia de mim como o diabo foge da cruz, o atual secretário de Cultura, que mesmo vindo na minha direção, ao me ver, mudava de lado e ficava a espreitar o melhor momento de voltar para os lados em que me encontrava. Devo ter estragado a noite do gajo. Fazer o quê, né? Não queria perder uma festa daquelas e se ele tivesse me avisado com certa antecedência, poderia ter pensado em lá comparecer fantasiado, disfarçado debaixo de alguma máscara. Se outros bailes iguais a esse ocorrerem por Bauru durante a festança de Momo, lá estarei, inclusive na avenida, num dos blocos a descerem o Sambódromo. Vou com a camiseta das “Viúvas do Batata”, como explico lá embaixo. A seguir um texto que explica direitinho como encaro esses dias que se aproximam:
"Engraçado, eu sou da opinião, de que o carnaval não é uma festa dos alegres, mas sim dos tristes. Explico. O carnaval é um período marcado pelo símbolo da máscara, onde se inaugura a idéia de esquecimento do que efetivamente somos. Desde os primórdios da festa, a função social do carnaval é promover a inversão dos valores do cotidiano. O homem veste-se de mulher, o careta toma porres homéricos e por aí vai. O carnaval é o tempo do esquecimento necessário. É por isso que me incomoda essa história de horário marcado para blocos, guias de carnaval etc... Essa é a época de nos perdermos, sairmos de casa sem destino, seguirmos o primeiro bloco, voltarmos, sabe como, sem dinheiro no bolso. O que está presente no carnaval é, antes de tudo, a pulsão de morte. Matamos o que somos o resto do ano, repletos de horários, compromissos, burocracias e por aí vai. O lugar dos alegres é o camarote da cervejaria, a feijoada do Amaral e outras merdas do gênero. O grande folião, tenha certeza disso, é um triste", in Luiz Antonio Simas, carioca, professor de História e escrevinhador do blog http://hisbrasileiras.blogspot.com/
Ainda o VIÚVAS DO BATATA
Esse bloco tem me esquentado a moringa nos últimos dias. Sei que esse blog possui uma pequena freqüência de leitores habituais, mas encontro a cada saída gente que me lê e fico encantado, pois muitos nem conheço e nunca tinha ouvido falar. No Carnaval da Hípica sou abordado por duas vezes sobre o bloco carnavalesco das VIÚVAS DO BATATA. Um mais incisivo (ou seria contundente?) me diz que tenho que imprimir pelo menos umas vinte camisetas e colocar o bloco na rua, ou seja, fazer algum barulho, mesmo que saia um traque, pois Carnaval é uma vez por ano e se passar a festa, só ano que vem. Ontem, na segunda, mais uma abordagem e sobre o mesmo assunto. Vou orçar o negócio e desde já antecipo que, tendo a arte, divulgo aqui e informo como procederei com a revenda de tão valioso produto. Mesmo que venha a ser um “Bloco do Eu Sozinho”, a irreverência precisa prevalecer e perdurar. Como Carnaval é também a subversão da ordem, inversão de valores, tanque perfeito para enxaguar as dores (e quem não as tem?!), além do furdunço festivo, esperamos estar conscientizando mais algumas pessoas sobre os percalços de alguém se tornar viúvo tão cedo, tão novo, de forma tão precoce.
Vamos falar de Carnaval. Pois sim, algumas palavrinhas sobre a prévia carnavalesca realizada na Hípica no último sábado, 06/02. Foi uma esbórnia, como devem ser todos os festejos de momo, essa realizada ao velho estilo, com todas as marchinhas que conhecemos. Num momento a banda tentou entoar algo que conheço pouco, de uma tal de Ivete Sangalo, mas foi vencida pela assistência, a exigir carnaval de verdade. E o velho e bom Carnaval de verdade prevaleceu até o fim da festa, para felicidade geral de todos os presentes. Espalho junto a esse texto algumas fotos tiradas por lá, sem legendas e peço aos diletos leitores, que façam um exercício de bauruismo, tentando identificar esse ou aquele (alguns nem eu sei o nome, só conheço por trombarmos pela cidade, mas nenhuma de socialite, pois para essas e esses existem espaços outros). Circulei de mesa em mesa e só um fugia de mim como o diabo foge da cruz, o atual secretário de Cultura, que mesmo vindo na minha direção, ao me ver, mudava de lado e ficava a espreitar o melhor momento de voltar para os lados em que me encontrava. Devo ter estragado a noite do gajo. Fazer o quê, né? Não queria perder uma festa daquelas e se ele tivesse me avisado com certa antecedência, poderia ter pensado em lá comparecer fantasiado, disfarçado debaixo de alguma máscara. Se outros bailes iguais a esse ocorrerem por Bauru durante a festança de Momo, lá estarei, inclusive na avenida, num dos blocos a descerem o Sambódromo. Vou com a camiseta das “Viúvas do Batata”, como explico lá embaixo. A seguir um texto que explica direitinho como encaro esses dias que se aproximam:
"Engraçado, eu sou da opinião, de que o carnaval não é uma festa dos alegres, mas sim dos tristes. Explico. O carnaval é um período marcado pelo símbolo da máscara, onde se inaugura a idéia de esquecimento do que efetivamente somos. Desde os primórdios da festa, a função social do carnaval é promover a inversão dos valores do cotidiano. O homem veste-se de mulher, o careta toma porres homéricos e por aí vai. O carnaval é o tempo do esquecimento necessário. É por isso que me incomoda essa história de horário marcado para blocos, guias de carnaval etc... Essa é a época de nos perdermos, sairmos de casa sem destino, seguirmos o primeiro bloco, voltarmos, sabe como, sem dinheiro no bolso. O que está presente no carnaval é, antes de tudo, a pulsão de morte. Matamos o que somos o resto do ano, repletos de horários, compromissos, burocracias e por aí vai. O lugar dos alegres é o camarote da cervejaria, a feijoada do Amaral e outras merdas do gênero. O grande folião, tenha certeza disso, é um triste", in Luiz Antonio Simas, carioca, professor de História e escrevinhador do blog http://hisbrasileiras.blogspot.com/
Ainda o VIÚVAS DO BATATA
Esse bloco tem me esquentado a moringa nos últimos dias. Sei que esse blog possui uma pequena freqüência de leitores habituais, mas encontro a cada saída gente que me lê e fico encantado, pois muitos nem conheço e nunca tinha ouvido falar. No Carnaval da Hípica sou abordado por duas vezes sobre o bloco carnavalesco das VIÚVAS DO BATATA. Um mais incisivo (ou seria contundente?) me diz que tenho que imprimir pelo menos umas vinte camisetas e colocar o bloco na rua, ou seja, fazer algum barulho, mesmo que saia um traque, pois Carnaval é uma vez por ano e se passar a festa, só ano que vem. Ontem, na segunda, mais uma abordagem e sobre o mesmo assunto. Vou orçar o negócio e desde já antecipo que, tendo a arte, divulgo aqui e informo como procederei com a revenda de tão valioso produto. Mesmo que venha a ser um “Bloco do Eu Sozinho”, a irreverência precisa prevalecer e perdurar. Como Carnaval é também a subversão da ordem, inversão de valores, tanque perfeito para enxaguar as dores (e quem não as tem?!), além do furdunço festivo, esperamos estar conscientizando mais algumas pessoas sobre os percalços de alguém se tornar viúvo tão cedo, tão novo, de forma tão precoce.
Fala Henrique! Que barato ver o Miltão e a Clarice nas fotos da prévia da Hípica. Quando encontrá-los novamente mande um abraço.
ResponderExcluirGuto
oi Henrique a melhor definição de carnaval sem oficialidade é de João Bosco e Aldir "plataforma", se tiver oportunidade coloque a letra em algum texto no blog, tenho certeza que muita gente não conhece.
ResponderExcluirboa folia, não vá ficar descascando batata...
abraço
caro Sivaldo
ResponderExcluirEssa música, a Plataforma é uma espécie de hino para mim. Já a citei aqui no mafuá tempos atrás, exatamente em 28/04/2008, na seção "Uma Música" nº 21, mas a letra vale a pena reviver novamente:
Plataforma
Não põe corda no meu bloco
Nem vem com teu carro-chefe
Não dá ordem ao pessoal
Não traz lema nem divisa
Que a gente não precisa
Que organizem nosso carnaval
Não sou candidato a nada
Meu negócio é madrugada
Mas meu coração não se conforma
O meu peito é do contra
E por isso mete bronca
Neste samba plataforma
Por um bloco
Que derrube esse coreto
Por passistas à vontade
Que não dancem o minueto
Por um bloco
Sem bandeira ou fingimento
Que balance e abagunce
O desfile e o julgamento
Por um bloco que aumente
O movimento
Que sacuda e arrebente
Não põe no meu...
Boa demais, não? Cantarolo ela inteira, de cor e salteado...
Henrique - direto do mafuá
Henrique, Gostei de ver bauruenses na Hipica! Destaque para Maria José; um linda senhora jovem!!!
ResponderExcluirGostei também do texto de Luiz Simas...Bom! Muito bom !!!
Parabéns pela iniciativa de registrar pessoas bonitas em um evento tão tradicional em Bauru.
Abraço
Pô..
ResponderExcluirSe fosse o bloco "viúvos do batata" até que sairia. Viúvas cheira parada glst.
Cridão do Jardim Prudência.