EGBERTO CAVARIANI, O "BAURU CHIC" E O SEU FECHAMENTO
Egberto, 63 anos é professor universitário e após a aposentadoria montou na cidade algo tido como referência, uma casa comercial a divulgar o nome da cidade para os que passavam por aqui e umas das poucas a oferecer o tradicional sanduíche Bauru. No quesito sanduíche foi além do tradicional, buscando uma forma diferenciada de apresentar o produto, com um pão top de linha, maior no tamanho e mais saboroso. Acertou em cheio, porém seu negócio não tomou o rumo esperado e está fechando a casa, que desde 2004 serviu para embelezar a cidade, num atendimento primoroso. Esse refinado professor sabe receber as pessoas e fazer amigos, tanto que mesmo fechando as portas (hoje seu último dia de funcionamento), deixa uma legião de amizades espalhadas
não só pela cidade, como pelos que por lá passaram. Seu caderno de frequentadores é não só um registro de visitas, mas também uma forma de se comunicar com o bar e com a cidade. Sentar por lá e desfrutar de um papo com Egberto é algo que fará muita falta, pois além do visual, embalado pelas histórias e fotos de bauruenses espalhados pelas suas paredes, o papo agradável e sempre motivador. Da tristeza de um dia como o de hoje, a certeza de que sua casa (bem atrás do Shopping e ao lado do Wal Mart) foi, enquanto permaneceu aberta, uma referência na divulgação de Bauru. Egberto acertou a mão, mas cansou de esperar um resultado, que na demora estava tirando seu sossego, o humor e cada vez mais recursos. Foi cuidar da vida, da melhor forma possível e nós, bauruenses, os que não soubemos valorizar aquilo tudo, ficamos a partir de amanhã cheios de saudade.
Uma nota: Egberto comprova que ética é algo para poucos. Enquanto uns colecionam documentos históricos em casa, ele conseguiu esse diploma da foto, o do criador do famoso sanduíche, Casimiro Pinto Neto, doado pela família do próprio, mantendo-o na parede, em lugar de destaque e quando fecha a casa, não pensa duas vezes, liga novamente para eles, fazendo questão de repatriar ao devido lugar tão importante peça. Só por isso, seu conceito cresce a olhos vistos, dando um ótimo exemplo diante de situação similar a ocorrer na cidade, onde o contrário perdura por anos. Eis um dos motivos por não me cansar de enaltacer Egberto.
Que pena meu camarada, uma casa que lembrava uma tipica noite paulistana, o local, a comida, a simpatia, a amizade.
ResponderExcluirEstamos perdendo as coisas boas da cidade num ritmo acelerado, se for ver nos ultimos 10 anos quanta coisa legal se foi, lembremos da Discoteca de Bauru.
Parece que aqui só as merdas haverão de se perpetuarem.
Sentimos muito.
Marcos Paulo
Mov. Comunismo em Ação
oi Henrique tudo bem ?
ResponderExcluirInfelizmente uma casa que tinha como objetivo, divulgar e produzir com qualidade o sanduiche que leva o nome da cidade, fechar as portas, é triste.
Felizmente outra casa que também tem a finalidade de fazer o tradicional bauru se mantém firme e forte, pelo simples fato de se atualizar.
Muitas coisas se fecharam nos últimos 10 anos como comenta o Marcos, mas discordo em genero e grau que só as merdas se mantem, não quero citar locais que resistem ao tempo, para não deixar ninguem de fora, mas é só olhar seu texto sobre o Frutal Lima que dá para entender o que estou dizendo. E tem mais, nestes últimos dez anos, muita coisa boa e boa mesmo surgiu na cidade.
(estou sem celular,e o seu número está nele, se puder ligue para mim,preciso falar com voçe)
abraço
Caro camarada Sivaldo, as pessoas tem o costume de generalizar quando faço uma critica. O que escrevi sobre as merdas que se mantem é que é notorio as grandes perdas que tivemos nesta cidade, é claro que tem coisas legais que se mantem como o Frutal, mas as duras penas. Outro dia conversando com o proprio Henrique estava lembrando o numero de coisas boas que fecharam em Bauru, é de assustar.
ResponderExcluirInclusive a saudosa Discoteca que citei, a qual a tal "modernidade" tratou de engolir.
Eu sou assim, quando critico é para descer a lenha mesmo em algo que me dói ver, se não for assim não sacudimos nada.
Um abraço
Marcos Paulo
Comunismo em Ação
meus caros
ResponderExcluirAdorei esses comentários de vocês dois.
Vou tentar lembrar aqui algumas coisas que resistem ao tempo, que valem muito a pena:
Templo
Armazém
Ubaino na Unesp
Frutal Lima
Sorveteria Pinguim
Papa Tutti
Bar da Rose, na estrada de Marília
Padaria NSAparecida - r 1 Agosto perto Cemitério
depois me lembro de mais alguns
Agora, acho que temos a certeza de que a casa do Egberto fará falta, não?
Abracitos a todos
Henrique, direto do mafuá
lamentável que minha família e meus amigos e minhas amigas cariocas não possam ter a oportunidade de experimentar o lanche bauru mais gostoso que comi por aqui. o rio de janeiro chegou a me encomendar por avião... mas, foi uma noite muito especial e que aos quarenta e seis do segundo tempo ainda acenou com uma possibilidade de que seu egberto possa retomar sua tão especial atividade. quem sabe? como só tenho pouquinho tempo ainda por aqui, foi a minha primeira perda. ficam muito boas lembranças das vezes que lá estive. obrigada mais uma vez henrique pelo carinho de poder compartilhar estes momentos importantes nesta minha nova terrinha chamada bauru.
ResponderExcluirdesculpem esqueci de assinar. ana bia
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