OJERIZA À HIPOCRISIA - publicado no diário bauruense Bom Dia de 05.09.2010
Uma perguntinha anda me remoendo: o que move uma pessoa instruída, com conhecimento das coisas a distorcer os fatos, tudo para fazer valer suas idéias e aquilo que defende? Escrevo isso, pois recebo verdadeiros absurdos via e-mail sobre Dilma, Lula, MST, Direitos Humanos, Farc, Cuba e o socialismo. Invencionices e diabrices. Gente a defender o nefasto período militar, como se esquecessem de tudo de ruim que nos foi impingido naqueles anos é algo que trato com asco. Como defender o indefensável? Escamoteiam a história brasileira. Os mesmos fazem questão de cutucar Dilma por seu passado na luta armada. Qualquer pessoa sensata teria o máximo de orgulho de ter pegado em armas contra aquele estado de coisas. Vergonha de que? Nenhuma, pois todos tiveram muito brio, foram ousados, sonhadores destemidos indo até o limite no combate das muitas ditaduras violentas sob a benção de Washington. Entraram numa guerra e fizeram história. Nenhuma vergonha por também seguir o sonho possível da revolução castrista. Sim, Fidel e Che empolgavam boa parte da juventude mundial, afinal estava ali uma real possibilidade de ver concretizada uma experiência vitoriosa de justiça social. E Cuba continua hoje um exemplo, diante de um capitalismo falido e prepotente. Aqueles jovens estavam cansados de presenciar o povo viver na sua infinita miséria e uma minoria nadar de braçada. Foram à luta, perderam a guerra, mas deram a volta por cima e muitos são reconhecidos como verdadeiros heróis. Eles, como Dilma, fazem parte dessa galeria, com orgulho e respeito, pois não ficaram observando o barco passar. Combater preconceitos e a repugnância de gente inescrupulosa é luta constante, ininterrupta. Esses sim são o lixo da história.
BANCO DE HORAS - publicado no diário bauruense BOM DIA de 28.08.2010
Quando trabalhava com carteira assinada não gostava de fazer horas extras. Nas empresas onde trabalhei penava para recebê-las. A regulamentação trabalhista era pífia e tínhamos que ficar além da hora, mas quase nunca recebíamos por isso. O tempo passou e como tudo nessa vida, achava que as relações trabalhistas iriam se aperfeiçoar com o passar dos anos.
Ledo engano. Explodiu semanas atrás em Bauru a questão do trabalho aos domingos e a forma truculenta como as entidades de classe patronais e parte da imprensa trataram o tema. Preferiram espezinhar um vereador, o único a fazer a defesa de uma regulamentação entre as partes, como condição primordial para esse funcionamento, do que fazê-la de fato e de direito. Mostraram os dentes, garras e como agem. Por outro lado, outra questão, também trabalhista. Pagar hora extra hoje em dia é puro luxo. Praticamente não existe mais isso. O trabalhador hoje é obrigado a ir armazenando as horas trabalhadas em mais uma invenção “divinal” (seria isso coisa de Deus?) patronal, um tal de Banco de Horas. As horas trabalhadas a mais serão descontadas posteriormente. Não quando o trabalhador queira, mas ao bel prazer do empregador. Só que isso não acontece a contento e a corda continua arrebentando para o lado mais fraco. Conheço funcionários públicos com milionésimas horas para serem descontadas e trabalhadores de empresas privadas caladinhos da silva. Tudo pela manutenção do santo emprego nosso de cada dia. Ao invés de melhorar, piorou. Mas com a modernidade isso não seria resolvido? Modernizaram foi a exploração e o culpado, com certeza é o vereador. Esse não tem mesmo jeito.
Uma perguntinha anda me remoendo: o que move uma pessoa instruída, com conhecimento das coisas a distorcer os fatos, tudo para fazer valer suas idéias e aquilo que defende? Escrevo isso, pois recebo verdadeiros absurdos via e-mail sobre Dilma, Lula, MST, Direitos Humanos, Farc, Cuba e o socialismo. Invencionices e diabrices. Gente a defender o nefasto período militar, como se esquecessem de tudo de ruim que nos foi impingido naqueles anos é algo que trato com asco. Como defender o indefensável? Escamoteiam a história brasileira. Os mesmos fazem questão de cutucar Dilma por seu passado na luta armada. Qualquer pessoa sensata teria o máximo de orgulho de ter pegado em armas contra aquele estado de coisas. Vergonha de que? Nenhuma, pois todos tiveram muito brio, foram ousados, sonhadores destemidos indo até o limite no combate das muitas ditaduras violentas sob a benção de Washington. Entraram numa guerra e fizeram história. Nenhuma vergonha por também seguir o sonho possível da revolução castrista. Sim, Fidel e Che empolgavam boa parte da juventude mundial, afinal estava ali uma real possibilidade de ver concretizada uma experiência vitoriosa de justiça social. E Cuba continua hoje um exemplo, diante de um capitalismo falido e prepotente. Aqueles jovens estavam cansados de presenciar o povo viver na sua infinita miséria e uma minoria nadar de braçada. Foram à luta, perderam a guerra, mas deram a volta por cima e muitos são reconhecidos como verdadeiros heróis. Eles, como Dilma, fazem parte dessa galeria, com orgulho e respeito, pois não ficaram observando o barco passar. Combater preconceitos e a repugnância de gente inescrupulosa é luta constante, ininterrupta. Esses sim são o lixo da história.
BANCO DE HORAS - publicado no diário bauruense BOM DIA de 28.08.2010
Quando trabalhava com carteira assinada não gostava de fazer horas extras. Nas empresas onde trabalhei penava para recebê-las. A regulamentação trabalhista era pífia e tínhamos que ficar além da hora, mas quase nunca recebíamos por isso. O tempo passou e como tudo nessa vida, achava que as relações trabalhistas iriam se aperfeiçoar com o passar dos anos.
Ledo engano. Explodiu semanas atrás em Bauru a questão do trabalho aos domingos e a forma truculenta como as entidades de classe patronais e parte da imprensa trataram o tema. Preferiram espezinhar um vereador, o único a fazer a defesa de uma regulamentação entre as partes, como condição primordial para esse funcionamento, do que fazê-la de fato e de direito. Mostraram os dentes, garras e como agem. Por outro lado, outra questão, também trabalhista. Pagar hora extra hoje em dia é puro luxo. Praticamente não existe mais isso. O trabalhador hoje é obrigado a ir armazenando as horas trabalhadas em mais uma invenção “divinal” (seria isso coisa de Deus?) patronal, um tal de Banco de Horas. As horas trabalhadas a mais serão descontadas posteriormente. Não quando o trabalhador queira, mas ao bel prazer do empregador. Só que isso não acontece a contento e a corda continua arrebentando para o lado mais fraco. Conheço funcionários públicos com milionésimas horas para serem descontadas e trabalhadores de empresas privadas caladinhos da silva. Tudo pela manutenção do santo emprego nosso de cada dia. Ao invés de melhorar, piorou. Mas com a modernidade isso não seria resolvido? Modernizaram foi a exploração e o culpado, com certeza é o vereador. Esse não tem mesmo jeito.
OBS.: Nesses dias de véspera e de feriado aproveitei e bati as asas de Bauru. Estou desde sexta na estrada entre o Rio de Janeiro, Matias Barbosa MG e Juiz de Fora, junto de Ana Bia. Os textos vão sendo publicados nos poucos momentos onde consigo ter acesso à internet. Gosto de ficar longe dessas coisas internéticas por alguns dias.
OJERIZA À HIPOCRISIA
ResponderExcluirInicialmente devo dizer que sou um leitor assíduo do senhor Perazzi e me abebero regularmente de seus ensinamentos.
Somente me reservo o direito de, eventualmente, não me afogar quando suas doses são excessivamente carregadas de ideologias tendenciosas, como vimos no seu artigo publicado sexta-feira, página 6.
Se o senhor ainda não o fez, gostaria de sugerir que fizesse uma visita à ilha do seu ídolo, Fidel Castro, anonimamente, não na condição de intelectual, professor universitário ou mesmo membro de partido de esquerda, para sentir de perto o que é viver como mais um ser sub-humano no lugar que o senhor intitula de "exemplo" ou de "sonho possível".
Seguramente tudo o que acontece no paraíso caribenho está a uma abissal distância do Princípio da Legalidade que o senhor vive fartamente no Brasil e que recheia soberanamente nossa Constituição, é sua base e está claramente descrita no seu artigo 5º. Perca alguns minutos em sua leitura e interpretação.
Pela diferenciação de tratamento é possível sim, para pessoas como Zé Dirceu, Marco Aurélio Garcia, e outros ícones do utópico mundo que vocês um dia imaginaram construir para os brasileiros e que não conseguiram com ideias, com armas e agora estão tentando com corrupção. Talvez agora consigam, com a longevidade que aparentemente terão no poder e com a cupinização das estruturas.
Manoel Ribeiro Neto, consultor de empresas (publicado no diário Bom Dia, edição de 06/09/2010, segunda)
RESPOSTA DO HPA:
Prefiro fazê-la sábado, pelo texto do jornal, que já previamente intitulo de Ojeriza à Hipocrisia II. Até lá.
OJERIZA À HIPOCRISIA
ResponderExcluirSou obrigado a ser deselegante e retirar o convite que fiz ao professor Perazzi para que ele visitasse Cuba anonimamente, sem as credenciais de um sindicalista ou mesmo de membro de partido de esquerda, para sentir de perto o que é viver como mais um ser sub-humano em um país governado por um tirano.
O convite tinha sido feito para mostrar que o sonho que ele dizia existir era pura utopia e grossa mentira, que somente servia para encher os olhos de fanáticos tipo Zé Dirceu, Marcos Aurélio Garcia, Celso Amorim, Gonoíno, Mercadante, Dilma Rousseff e demais membros da corte e beneficiários do regime.
Mas ontem a imprensa mundial transmitiu discurso do grande líder e ídolo (acho que nele o grupo acredita) Fidel Castro que disse taxativamente: "o modelo cubano não funciona nem para nós".
Em razão disso sou obrigado a dizer ao professor: acho besteira gastar o dinheiro da passagem para ir a Cuba. Vai encontrar aquilo que disse que existia, só que agora avalizado pelo seu grande comandante.
É melhor economizar porque acredito que deverá mudar a rota dos novos destinos que vai indicar aos seus alunos: Coréia do Norte ou Afeganistão?
Manoel Ribeiro Neto, consultor
(Carta publicada no diário Bom Dia, edição de hoje, 09/09/2010)
RESPOSTA DO HPA: Sábado tem o Ojeriza II, também no Bom Dia, mas antecipo algo aqui. Fidel não capitulou e sim, somente está afirmando que aprova as reformas que o irmão, Raul, atual presidente cubano está promovendo. O modelo não sofrerá alterações profundas, pois provou ser vitorioso, quando valoriza o ser humano num todo. Eu cada vez me encanto mais com isso tudo, o aceitar reformular sem ingressar no modelo capitalista, que certamente iria danar de vez toda uma população acostumada ao tratamento diferenciado e igualitário num todo. Acompanho com a maior atenção as reformas cubanas e lá estarei, com meu amigo Marcão em maio próximo. Qto aos nomes citados pelo missivista, adoro Marco Aurélio Garcia, Celso Amorim, Mercadante e Dilma, são do meu time, nada contra a atuação de ontem e a atual deles. De Zé Dirceu e Genoíno, sim, algo contra. Do primeiro, está no mesmo patamar dos que critico e do segundo, mesmo tendo errado, acredito ter sido mais injustiçado do que merecia. Volto ao assunto em breve. Preciso trabalhar. Gosto muito dessas discussões, com ataques até desnecessários, injustos, sem sentido, mas tudo dentro do que posso responder sem me altarar. Cuba resiste, isso é ótimo e por aqui, Dilma vence o preconceito de uma elite horrorosa, isso é melhor ainda.
Henrique - direto do mafuá
O jornal Bom Dia deve estar com carencia de cartas, pois o mesmo cidadão que tentou de forma hipocrita atacar o Henrique na segunda feira, novamente na quinta o mesmo faz nova gracinha e que rapidez para escrever, enviar e publicar, nessas horas até parece a velocidade da luz ser superada.
ResponderExcluirComo analista social o tal Manuel deve ser um bom consultor de empresas vivendo insanamente no capital, pq da realidade sociológica, de fatos, não conhece porra nenhuma, consistencia nos argumentos meu caro, senão é pura abobrinha o que escreve.
Marcos Paulo
Comunismo em Ação
Henrique
ResponderExcluirEsse Manuel consultor é tam,bém colunista do BOM DIA, como ti e o Ivanzinho militarista. Hoje ele demonstra de que lado está. É serrista e só por causa disso não deve nem dormir direito. Dá um suquinho de maracujá para ele, vai. Tenho dó.
Marisa