sábado, 30 de outubro de 2010

MEUS TEXTOS NO BOM DIA (97)

DUAS FRASES E O AMANHÃ LOGO ALI - publicado no diário bauruense BOM DIA, edição de 30/10/2010
Amanhã é o nosso “Dia D”. Até o final da tarde já saberemos qual projeto ganhará o privilégio de governar o país nos próximos quatro anos. Todos nós temos um lado e mesmo aqueles que se dizem os mais isentos possíveis, dificilmente conseguem ocultar o seu. O meu eu sempre deixei mais do que exposto e o defendo com unhas e dentes. Sou assim, emotivo e apaixonado pelo que acredito. O entendimento da História de um país, as lutas de um povo e tudo o que o moveu ao longo dos séculos é algo para inebriar e contagiar. Nosso país de pouco mais de 500 anos teve passagens de muita intolerância e principalmente, quase na sua totalidade, de uns poucos decidindo e impondo o que a imensa maioria deveria fazer. Numa possibilidade disso tomar outro rumo acabo por me envolver dos pés à cabeça. Transformações por revoluções, movimentos sociais de baixo para cima acontecerão muito remotamente nesse país, onde, certo dia um jornalista observador e atento, Mino Carta, olhando para o passado disse: “falta sangue em nossa história”. Atávica resignação, diferente de outros povos latinos, mas quando existe a possibilidade de algo novo, voltado para os mais necessitados, olhar sensível sobre os problemas da miserabilidade e suas soluções, pego meu embornal e sigo nessa trilha. Vi isso no governo do metalúrgico, o dito iletrado, o que transformou esse país e para prosseguir só existe um caminho, Dilma. Duas frases me tocaram nessa última semana. Uma de um religioso a ser respeitado, frei Leonardo Boff: “Com Lula a esperança venceu o medo e com Dilma a verdade vai vencer a mentira”. Outro da mesma cepa, Chico Buarque, mostrou o caminho do trilhado por Lula: “Quero um país que não fale fino com Washington e nem grosso com a Bolívia e o Paraguai”. É aqui o meu lugar e é esse o Brasil que quero ver continuar vicejando. Rego esse jardim fervorosamente.

ALGO DA PASSAGEM PELO RIO E UMA CAMINHADA: Saimos hoje da cidade de Rio de Janeiro, eu e a namorada Ana Bia, de carro por volta das 9h30 e chegamos exaustos em Bauru às 19h. Tenho muito o que contar desses últimos momentos de campanha a favor de Dilma presidente e de dois shows que tive o prazer de presenciar gratuitamente por lá, ambos comandados por mulheres (um VIVA! a elas). No primeiro, Soraya Ravenlle e Zé Renato cantando músicas + teatro e no segundo, Cristina Buarque e Henrique Cazes, reverenciando Noel Rosa. Nos próximos dias publico aqui duas gravações desses shows. Hoje, faço um breve relato de uma passeata/caminhada, que acabei por participar meio que por acaso. À trabalho no centro nervoso do Rio, sexta, 29/10, por volta das 16h, passando defronte a sede do PDT carioca (esse brizolista até a medula, portanto, mui diferente do paulista), vejo que a militância está reunida, pronta para ir às ruas, com caminhão de som e tudo em prol da candidatura de Dilma. Incorporo-me ao corso. Conheço o presidente do PDT carioca, José Bonifácio e falo a ele de alguém que aprendi muito a admirar nos últimos meses, o deputado federal Brizola Neto. Esse não veio, pois após perder a reeleição está preferindo continuar sua luta pró-Dilma com o memorável Tijolaço (http://www.tijolaco.com/) na internet do que sair às ruas. Questão de estratégia, estilo e de recuperação de um problema de saúde. Quem acompanhou tudo desde o início foi o ministro do Trabalho, Carlos Luppi, brizolista da velha cepa, aglutinando muitos à sua volta. Seguimos todos pela rua Uruguaiana, adentramos a avenida Presidente Vargas e fomos nos juntar a outro grupo, esse petista, no largo defronte a igreja da Candelária. Lá, outro ministro, Carlos Minc. Ambos juntos da massa seguimos até a Central do Brasil, uns 700 metros adiante, onde um ato coletivo estava marcado defronte a estação ferroviária da Central do Brasil, pólo de trens para os suburbios cariocas. Aglomeração e agitação. Gravo Luppi e reproduzo aqui parte de sua fala, feita de cima de um caminhão de som, onde quase no mesmo lugar onde em 13/03/1964, o então presidente João Goulart fez o comício famoso que desencadearia no truculento Golpe Militar. Guardadas todas as devidas proporções, Luppi falou bonito na defesa do governo de Lula, o único de nossa República a olhar com olhos mais sensíveis para a imensa camada de miseráveis e os mais necessitados. Eu e minha pesada bolsa de trabalho estivemos até quase o fim do ato em estado de êxtase, afinal a causa de todos por ali era mais do que justa. Sabe o que acho disso tudo, o povo perde muitas de suas batalhas, mas ganha outras tantas. Estamos no acertado caminho dessa vitória, contrariando interesses vis de uma minoria prepotente e arrogante.

MOTIVOS PARA VOTAR EM DILMA PRESIDENTE (13) - "Dilma representará uma vitória inesquecível para as mulheres brasileiras. Ainda somos um país muito machista. A violência doméstica é uma realidade cotidiana para milhares, talvez milhões de mulheres, especiamente as mais pobres. As mulheres ainda recebem bem menos que os homens pelo mesmo trabalho. A maioria da população feminina ainda acumula uma dupla jornada de trabalho. Não só por ser mulher, mas também por pertencer a um projeto político que já demonstrou ser aliado das mulheres na luta, Dilma pode contribuir a mitigar essa situação e nos fazer avançar nessa área tão urgente. Não é desimportante, claro, o fato de que ela é mulher: da mesma forma como a vitória de Lula, por si só, representou imenso ganho para a autoestima dos trabalhadores, que agora sabiam que podiam chegar lá, da mesma forma como a vitória de Obama trouxe enorme esperança para muitos negros jovens, que agora tinham a prova de que alcançar o topo era possível, a vitória de Dilma representará um enorme salto para a autoestima, as possibilidades, as aspirações de milhões de mulheres e, especialmente, de crianças e adolescentes do sexo feminino", extraído do blog "O Biscoito Fino e as Massas". Pronto, reproduzi aqui treze bons motivos pelos quais estou ao lado da proposta representada por Dilma. É com ela que eu vou...

6 comentários:

  1. SOBRE A FESTA DA ELEIÇÃO – com todo o respeito aos(as) não-eleitores(as) da Dilma, A Magnífica – e sem dar asas ao clima do “já ganhou” enquanto demérito petulante aos [legítimos] oponentes de uma disputa [supostamente] democrática!
    CHEGA DE LERO-LERO, SENHOR MATUTO ‘BANANIENSE’!
    Humildemente, gostaria de encaminhar algumas proposições, que carecem de uma discussão e maturação.
    A PROPOSTA FUNDAMENTAL
    Oficialmente, materializada a vitória de Dilma Brasileira Rousseff no segundo turno da eleição presidencial, a recém-eleita concederia a primeira entrevista à TV Brasil! Entrevista exclusiva à TV Pública – a NBR *[TV Estatal] poderia reproduzir a entrevista, no entanto a emissora protagonizaria um papel coadjuvante.
    Cumpre salientar que este evento deveria seria anunciado logo após o término da apuração dos votos.
    Durante todo o dia da entrevista, a emissora apresentaria uma programação especial, relatando a sua grade de programação, enunciando os seus objetivos, identificando os seus profissionais, reforçando o seu caráter público, revelando o seu olhar social e nacional, orientando e oferecendo aos telespectadores dados acerca de como interagir com o referido meio de comunicação... Uma festa cívica da emissora, que, portanto, teria a oportunidade legítima de tornar-se conhecida por grande parte da população brasileira...
    TABELA COM OS SEUS PARES, MATUTO ‘BANANIENSE’!
    Por tabela, este evento histórico “mataria de raiva” a ‘tchurma’ do PIG – e de ‘caganeira’!
    NUM SEGUNDO MOMENTO – que, necessariamente, não seria neste mesmo dia da entrevista à TV Brasil, aí, sim, a recém-eleita Dilma Brasileira Rousseff, A Magnífica, concederia uma entrevista coletiva a todos os veículos de comunicação, desde “a Rádio Curva do Vento” [“de Xoroxó”, na Bahia] até a BBC [de Londres], passando pela TV Record, TV Globo(!), SBT, ‘Folha da ditabranda’, ‘Estadinho’, ‘InVeja’...
    *NOTA: temos clareza da distinção entre TV Pública e TV Estatal - ainda que ambas devam, necessariamente, exercer os seus pressupostos e atribuições de forma radicalmente democrática. Nós estamos concebendo - e festejando - a construção coletiva e, portanto, participativa da nossa democracia. Nem de longe, consideramos qualquer prática vinculada ao autoritarismo e, muito menos, totalitarismo do Estado!
    BRASIL, ZIL, ZIL, ZIL... [com eco!]

    Cordiais e respeitosas saudações democráticas, progressistas e civilizatórias,

    BRASIL NAÇÃO – em homenagem ao honesto, sapiente e trabalhador povo brasileiro
    Bahia, Feira de Santana
    Messias Franca de Macedo

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  2. SOBRE ABSTENÇÕES E A TIBIEZA DA NOSSA SUB-DEMOCRACIA!
    ... Com certeza haverá um grande número de abstenções! Agora, há pouco, soube que um sobrinho meu viajou com a esposa e familiares - estão curtindo a praia, desde sexta-feira! Não nego, não: fiquei revoltado, indignado! Telefonei para o celular dele, não atende!...
    A minha indignação: um jovem, estudante universitário, que acompanhou parte dos nossos esforços de conscientização acerca da importância inefável de elegermos o projeto político representado por Dilma Rousseff... Ir para a praia, um evento trivial, antes de votar no futuro do país que ele, mulher e filho de dois meses de idade irão conviver!...
    IMPORTANTE: este episódio serve, também, para ratificar uma premissa fundamental: um governo popular, progressista e democrático tem que, necessariamente, investir pesadíssimo em educação de alta qualidade, desde a creche à pós-graduação! Quanto mais um Estado com estas características civilizatórias investir em educação ainda é pouco!
    E mais, as bases sociais implantadas pelo excepcional governo do presidente Lula - e a implementação da transição avançada - necessitam ser robustecidas, consolidadas... Não podemos a cada quatro anos passar por estes sobressaltos: o correr o risco do retrocesso!
    A alternância no poder será legítima - e terá verdadeiramente sentido - se as novas forças políticas se constituírem num projeto factível de superação do atual modelo!

    Messias Franca de Macedo
    Feira de Santana, Bahia, República de Nós Bananas

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  3. meu caro já considerado mais do ue amigo Messias, o bom baiano:

    gostaria muito que tudo isso que você humildemente gostaria de ver acontecendo, de fato acontecesse de fato e de direito, mas como sei que isso ainda não aconteceria no Brasil de hoje, o mínimo que nossa novíssima presidente da República poderia fazer nesse glorioso momento é não dar uma exclusiva para aquela TV que tanto a espezinhou. Se ocorresse uma coletiva, sem privilégios para quem quer que seja, eu já me consideraria satisfeito.

    Continuo na vigília cívica, localizada aqui no meu espaço mafuente, mas confessando que estou com o recarregador de baterias acionado para suportar o que virá pela frente, se o povo brasileiro nos der o prazer da felicidade máxima no dia de hoje.

    Estejamos prepaparados e com cardiologistas de plantão...

    um abracito bauruense a ti, cuja cara não conheço, mas a linha de pensamento e ação, bate demais com a desse modesto escrevinhador.

    Henrique - dierto do mafuá

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  4. “COSUMATUS EST" "È FINITO" .ótimas comemorações!!!Marisa

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  5. NÃO VOTO

    em Sarney nem em Collor.

    Não voto.

    Não voto em Quércia nem em Jefferson.

    Não voto.

    Não voto em Agnelo nem em Pirilo.

    Não voto.

    Por isso, lamento, mas não voto.

    Nem em Dilma nem em Serra.

    Nem em Deus nem no Diabo.

    Não voto!

    Juca Kfouri

    Repassado por Marcos Paulo - Hasta la victoria siempre - Movimento Comunismo em ação

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