‘OLHARES GUARDADOS”, UMA OPÇÃO POUCO VISTA E A MERECER ELOGIOS
Hoje, domingo, 24/10, estamos a uma semana da eleição presidencial do 2º Turno presidencial, numa disputa entre o Bem e o Mal, a Esperança e o Medo, o Avanço e o Retrocesso. Havia decidido falar de hoje até o próximo domingo, 31/10, dia do pleito, só sobre esse tema, mas antes de iniciar isso, não tenho como deixar de elogiar algo presenciado nesta semana no Teatro Municipal de Bauru. Justamente numa semana onde ouvi algo escabroso, segundo um interlocutor dito por uma pessoa com ligação muito forte com nossa área cultural: “Quando preciso presenciar cultura, pego meu carro e rodo 400 km”. Mais deprimente impossível.
Hoje, domingo, 24/10, estamos a uma semana da eleição presidencial do 2º Turno presidencial, numa disputa entre o Bem e o Mal, a Esperança e o Medo, o Avanço e o Retrocesso. Havia decidido falar de hoje até o próximo domingo, 31/10, dia do pleito, só sobre esse tema, mas antes de iniciar isso, não tenho como deixar de elogiar algo presenciado nesta semana no Teatro Municipal de Bauru. Justamente numa semana onde ouvi algo escabroso, segundo um interlocutor dito por uma pessoa com ligação muito forte com nossa área cultural: “Quando preciso presenciar cultura, pego meu carro e rodo 400 km”. Mais deprimente impossível.
Queria muito ter ido à abertura da Mostra anual Arte Sem Barreiras (a deste ano é a 16ª). Problemas me impediram de presenciar a apresentação do grupo do Centro de Teatro do Oprimido Pirei na Cena, nome ligado à atuação do falecido Augusto Boal, com a peça, “Doidinha para Trabalhar”. Perdi oportunidade única e ouvi maravilhas do grupo niteroiense. Na sexta, precisei ligar para a Secretaria Municipal de Cultura e quem atende ao telefone é Elizete Barros. Durante dez minutos me fala maravilhas da peça que seria apresentada à noite.
Fui, levei comigo Ana Bia e o filho. Saíamos maravilhados com a peça “Olhos Guardados”, do grupo Teatral Expressividade Cênica para Portadores de Deficiência Visual de Londrina. Uma temática ferroviária, com um trilho circundando o palco e um pequeno trólebus sob os trilhos (além de peças férreas emprestadas pelo Museu de Londrina) e cinco atores, todos cegos, num difícil texto e algo a encantar os possuidores de olhos com boa vontade e percepção para o bom gosto e o bem feito. Terceira apresentação do grupo, dirigido magistralmente por Paulo Braz, vivenciei algo de rara beleza no palco de nosso maior teatro. Escrevo isso, sem me ater à peça em si, só para reconhecer que nosso teatro é mais do que viável e mesmo na precariedade atual, consegue trazer peças baratas e de alto valor compensatório para os aficcionados. Eu nunca rodaria 400 km, quando aqui estivesse sendo apresentado algo como o que vi. Parabéns principalmente a Elizete Barros, pelo brilhantismo na escolha do que foi apresentado na mostra deste ano e também ao jornal Bom Bia, por patrocinar o evento. Dentre os 16, credito a esse ter sido um dos melhores. Para saber mais do "Olhares Guardados", numa pesquisa rápida na internet, muita coisa sobre "expressividade cênica para pessoas com deficiência visual".
OBS.: Na parte da tarde de hoje, retomo o tema que será meu Guia Mestre até Dilma chegar lá (toc toc toc).
henrique
ResponderExcluirfiquei chocada com a frase publicada: “Quando preciso presenciar cultura, pego meu carro e rodo 400 km”. quem disse isto, al´[em de preconceituoso e etc. é NAZISTA ! se remete a frase do Ministro da Propaganda do Hitler - o Goebells - que dizia que quando ouvia a palavra cultura chamava de imediato os soldados sob o comando da época nazista. Barbara Kruger, fotógrafa e artista plástica novaiorquina, como forma de crítica tem um trabalho no qual parafraseia - em mensagem ao governo norte americano - dizendo que quando ouve a palavra cultura os filantrópicos somente puxam a carteira (digo a de dinheiro). mas, enfim... além de remeter a uma mensagem nazista, a tal pessoa em questão ainda pensa pequeno, porque 400 km só se chega em são paulo capital pra ser metido a besta mesmo, e gastar o dinheiro do governo local, por que não ir logo para paris, berlim, londres, nova york...? e, se fosse sério, poderia considerar a américa do sul, central e latina, tão fabulosas em termos culturais. seria um ladrão mais chique, já que depreza bauru e o brasil, pelo visto, ao menos seria motivo de fotinho nos jornais, ou teria conversas recheadas de assuntos vazios pra quem não tem o que fazer. como pode alguém assim ainda trabalhar com algum tipo de relação com a cultura? não compreendo.
márcia