INTERPRETADORES COM VISEIRAS – publicado edição de hoje do diário BOM DIA
Dizem que os melhores advogados são aqueles a defenderem causas nas quais piamente acreditam, pura convicção, não necessitando nem de remuneração. É sabido também que, estar envolvido demais com uma causa pode também cegar quem a defende. Portanto, o melhor é sempre agir seguindo o bom senso. No caso da atuação do atual presidente Lula, que defenderei do primeiro ao último minuto, pois os avanços são inegáveis, não nego os tropeços. Reconheço-os e assim demonstro não ser vesgo e não enxergar como um cavalo com viseira, olhos fixos numa só direção. Escrevo isso após ler aqui mesmo no BOM DIA algo a me incomodar. Não aceito os que criticam somente o atual governo como o culpado de todos nossos males (ele resolveu muitos deles). Quem age dessa forma, sem enxergar os mesmos erros nos interesses embutidos no que defende, já sai perdendo na condição de avaliador. Caem logo no descrédito. E pior, podem passar a ser vistos como necessitando de uma boa chacoalhada a lhes possibilitar novas interpretações da realidade. Num dia aqui estava um “nunca os problemas estiveram tão comprometidos com interesses pessoais, de grupos empresariais ou de banqueiros, de indivíduos ligados à sindicatos e aos partidos políticos majoritários”, noutro “Dilma foi levada por uma parcela pobre, iletrada, da que tem preguiça de ler e compreender fatos, mas que se vende diante do argumento...” e por fim um “Lula conseguiu criar no Brasil sentimentos de racismo, regionalismo, cultura, riqueza e desrespeito constitucional”. Caolhismo e preconceito juntos. Não conseguem mais enxergar além do que acreditam e vêem no oposto o mal, o inferno ou até mesmo algo a ser expugnado de forma vil. Para esses, pobre tem que saber o seu lugar e dele não arredar pé. Pior que tudo é constatar que todos são adeptos da supremacia do conhecimento acadêmico sobre o popular. Integração de conhecimentos, nem pensar. Afinal, deram um duro danado, anos de labuta até acumularem a empáfia atual.
Dizem que os melhores advogados são aqueles a defenderem causas nas quais piamente acreditam, pura convicção, não necessitando nem de remuneração. É sabido também que, estar envolvido demais com uma causa pode também cegar quem a defende. Portanto, o melhor é sempre agir seguindo o bom senso. No caso da atuação do atual presidente Lula, que defenderei do primeiro ao último minuto, pois os avanços são inegáveis, não nego os tropeços. Reconheço-os e assim demonstro não ser vesgo e não enxergar como um cavalo com viseira, olhos fixos numa só direção. Escrevo isso após ler aqui mesmo no BOM DIA algo a me incomodar. Não aceito os que criticam somente o atual governo como o culpado de todos nossos males (ele resolveu muitos deles). Quem age dessa forma, sem enxergar os mesmos erros nos interesses embutidos no que defende, já sai perdendo na condição de avaliador. Caem logo no descrédito. E pior, podem passar a ser vistos como necessitando de uma boa chacoalhada a lhes possibilitar novas interpretações da realidade. Num dia aqui estava um “nunca os problemas estiveram tão comprometidos com interesses pessoais, de grupos empresariais ou de banqueiros, de indivíduos ligados à sindicatos e aos partidos políticos majoritários”, noutro “Dilma foi levada por uma parcela pobre, iletrada, da que tem preguiça de ler e compreender fatos, mas que se vende diante do argumento...” e por fim um “Lula conseguiu criar no Brasil sentimentos de racismo, regionalismo, cultura, riqueza e desrespeito constitucional”. Caolhismo e preconceito juntos. Não conseguem mais enxergar além do que acreditam e vêem no oposto o mal, o inferno ou até mesmo algo a ser expugnado de forma vil. Para esses, pobre tem que saber o seu lugar e dele não arredar pé. Pior que tudo é constatar que todos são adeptos da supremacia do conhecimento acadêmico sobre o popular. Integração de conhecimentos, nem pensar. Afinal, deram um duro danado, anos de labuta até acumularem a empáfia atual.
OBS.: Aqui cabe minha explicação. Estamos vivenciando nesses dias algo muito perigoso, além de todo preconceito que sempre existiu na cabeça de certa parcela de “interpretadores” do cenário político nacional. É mais do que sabido que, parcela do eleitorado brasileiro, insuflados por interesseiros de plantão, nunca aceitará Lula e o que ele representa. Empoados não podem dizer com todas as letras isso e ficam nos argumentos rasteiros. “Diante de fatos não existem argumentos”, ouvi da boca da radialista Maria Dalva, sobre os avanços proporcionados pelo Governo de Lula e dos que disputavam com sua sucessora, Dilma. Foi na veia. Procurando culpados, o absurdo é alguém escrevinhar que Lula é o grande culpado de tudo, inclusive do sentimento de racismo e regionalismo existente hoje, quando o que de fato ocorre é o contrário. O Governo dele tentou é diminuir as diferenças, olhando com outros olhos para os mais necessitados. E isso incomoda. Para alguns, pobre tem que se contentar com o seu lugar e pronto. Mais que isso, algo a preocupar é o que está sendo gerado no seio do estado de São Paulo. Algo tentando novamente insuflar a população para um divisionismo, separando o estado do resto do pais, principalmente do Nordeste. Um absurdo que precisa ser repudiado. Nós paulistas, não podemos nos deixar levar pelo interesse de uns poucos prejudicados, que tentam dessa forma promover algo inconcebível, a divisão do país. Falando disso, não existe como não se recordar de uma música, “NORDESTE INDEPENDENTE” (Bráulio Tavares e Ivanildo Vilanova), que inicialmente saiu no LP de ELBA RAMALHO, “Do jeito que a gente gosta” (Ariola, 1984), no ano das Diretas Já. Tenho ele aqui, guardadinho no meu mafuá. A letra é questionadora e instiga a pensarmos na bestialidade que isso proporcionaria ao país. O assunto está sendo discutido em todos os órgãos de imprensa nessa semana e desde já recomendo o texto da revista CARTA CAPITAL, que chega às bancas com esse tema na capa. Reflitam com a letra reproduzida abaixo e ouçam/vejam a interpretação de Elba clicando a seguir: http://letras.terra.com.br/elba-ramalho/250731/
Já que existe no sul esse conceito/ Que o nordeste é ruim, seco e ingrato/ Já que existe a separação de fato/ É preciso torná-la de direito/ Quando um dia qualquer isso for feito/ Todos dois vão lucrar imensamente/ Começando uma vida diferente/ De que a gente até hoje tem vivido/ Imagina o Brasil ser dividido/ E o nordeste ficar independente
Dividindo a partir de Salvador/ O nordeste seria outro país/ Vigoroso, leal, rico e feliz/ Sem dever a ninguém no exterior/ Jangadeiro seria o senador/ O cassaco de roça era o suplente/ Cantador de viola o presidente/ O vaqueiro era o líder do partido/ Imagina o Brasil ser dividido/ E o nordeste ficar independente
Em Recife o distrito industrial/ O idioma ia ser nordestinense/ A bandeira de renda cearense
“Asa Branca” era o hino nacional/ O folheto era o símbolo oficial/ A moeda, o tostão de antigamente/ Conselheiro seria o inconfidente/ Lampião, o herói inesquecido/ Imagina o Brasil ser dividido/ E o nordeste ficar independente
O Brasil ia ter de importar/ Do nordeste algodão, cana, caju/ Carnaúba, laranja, babaçu/ Abacaxi e o sal de cozinhar/ O arroz, o agave do lugar/ O petróleo, a cebola, o aguardente/ O nordeste é auto-suficiente/ O seu lucro seria garantido/ Imagina o Brasil ser dividido/ E o nordeste ficar independente
Se isso aí se tornar realidade/ E alguém do Brasil nos visitar/ Nesse nosso país vai encontrar/ Confiança, respeito e amizade/ Tem o pão repartido na metade,/ Temo prato na mesa, a cama quente/ Brasileiro será irmão da gente/ Vai pra lá que será bem recebido/ Imagina o Brasil ser dividido/ E o nordeste ficar independente
Eu não quero, com isso, que vocês/ Imaginem que eu tento ser grosseiro/ Pois se lembrem que o povo brasileiro/ É amigo do povo português/ Se um dia a separação se fez/ Todos os dois se respeitam no presente/ Se isso aí já deu certo antigamente/ Nesse exemplo concreto e conhecido/ Imagina o Brasil ser dividido/ E o nordeste ficar independente
Povo do meu Brasil/ Políticos brasileiros/ Não pensem que vocês nos enganam/ Porque nosso povo não é besta
Já que existe no sul esse conceito/ Que o nordeste é ruim, seco e ingrato/ Já que existe a separação de fato/ É preciso torná-la de direito/ Quando um dia qualquer isso for feito/ Todos dois vão lucrar imensamente/ Começando uma vida diferente/ De que a gente até hoje tem vivido/ Imagina o Brasil ser dividido/ E o nordeste ficar independente
Dividindo a partir de Salvador/ O nordeste seria outro país/ Vigoroso, leal, rico e feliz/ Sem dever a ninguém no exterior/ Jangadeiro seria o senador/ O cassaco de roça era o suplente/ Cantador de viola o presidente/ O vaqueiro era o líder do partido/ Imagina o Brasil ser dividido/ E o nordeste ficar independente
Em Recife o distrito industrial/ O idioma ia ser nordestinense/ A bandeira de renda cearense
“Asa Branca” era o hino nacional/ O folheto era o símbolo oficial/ A moeda, o tostão de antigamente/ Conselheiro seria o inconfidente/ Lampião, o herói inesquecido/ Imagina o Brasil ser dividido/ E o nordeste ficar independente
O Brasil ia ter de importar/ Do nordeste algodão, cana, caju/ Carnaúba, laranja, babaçu/ Abacaxi e o sal de cozinhar/ O arroz, o agave do lugar/ O petróleo, a cebola, o aguardente/ O nordeste é auto-suficiente/ O seu lucro seria garantido/ Imagina o Brasil ser dividido/ E o nordeste ficar independente
Se isso aí se tornar realidade/ E alguém do Brasil nos visitar/ Nesse nosso país vai encontrar/ Confiança, respeito e amizade/ Tem o pão repartido na metade,/ Temo prato na mesa, a cama quente/ Brasileiro será irmão da gente/ Vai pra lá que será bem recebido/ Imagina o Brasil ser dividido/ E o nordeste ficar independente
Eu não quero, com isso, que vocês/ Imaginem que eu tento ser grosseiro/ Pois se lembrem que o povo brasileiro/ É amigo do povo português/ Se um dia a separação se fez/ Todos os dois se respeitam no presente/ Se isso aí já deu certo antigamente/ Nesse exemplo concreto e conhecido/ Imagina o Brasil ser dividido/ E o nordeste ficar independente
Povo do meu Brasil/ Políticos brasileiros/ Não pensem que vocês nos enganam/ Porque nosso povo não é besta
OBS.: As charges aqui postadas são, a de cima do argentino Daniel Paz, extraída do Página 12, demonstrando como alguns gostam de resolver as coisas e a de baixo, do bauruense Fernando, demostrando como o Brasil fez mesmo bem em escolher a Verdade, diante da Mentira, pois essa continua expondo seus perigosos tentáculos para toda a nação.
Henrique
ResponderExcluirQue bom voc~e falar disso, meu amigo, pois assisti um show da Elba, mais de vinte anos atrás e estava na fila do gargarejo, acho que em Marília. Num momento onde ela permitiu solicitações dos fãs, grite o nome dessa música. Ela disse, mais ou menos isso: Essa não, ela é muito de um problema nosso, estaria fora do contexto. Gosto muito dela, fala das injustiças que o Nordeste sempre sofreu.
Fiquei com aquilo na cabeça e hoje aquilo tudo me voltou à memória.Fazer do Nordeste o bode expiatório de uma derrota que não interessou a setores conservadores paulistas é mesmo algo repugnante.
Tô contigo nessa, penso da mesma forma. Precisamos é avançar, não dar passos para trás. Será que o PSDB paulista está por trás de mais essa?
Aurora
500 anos esta noite [homenagem a Dilma]
ResponderExcluirHamilton Pereira - Pedro Tierra *
De onde vem essa mulher
que bate à nossa porta
500 anos depois?
Reconheço esse rosto estampado
em pano e bandeiras e lhes digo:
vem da madrugada que acendemos
no coração da noite.
De onde vem essa mulher
que bate às portas do país
dos patriarcas em nome
dos que estavam famintos
e agora têm pão e trabalho?
Reconheço esse rosto
e lhes digo:
vem dos rios subterrâneos da esperança,
que fecundaram o trigo e
fermentaram o pão.
De onde vem essa mulher
que apedrejam, mas
não se detém,
protegida pelas mãos aflitas dos pobres
que invadiram os espaços de mando?
Reconheço esse rosto e lhes digo:
vem do lado esquerdo do peito.
Por minha boca de clamores e silêncios
ecoe a voz da geração insubmissa para contar
sob sol da praça
aos que nasceram e aos que nascerão,
de onde vem essa mulher.
Que rosto tem, que sonhos traz?
Não me falte agora a palavra que retive
ou que iludiu a fúria dos carrascos
durante o tempo sombrio
que nos coube combater.
Filha do espanto e da indignação,
filha da liberdade e da coragem,
recortado o rosto e o riso como centelha:
metal e flor, madeira e memória.
No continente de esporas de prata
e rebenque, o sonho dissolve a treva espessa, recolhe os cambaus, a brutalidade,
o pelourinho, afasta a força que sufoca e silencia
séculos de alcova, estupro
e tirania e lança luz sobre o rosto dessa mulher
que bate às portas do nosso coração.
As mãos do metalúrgico,
as mãos da multidão inumerável
moldaram na doçura do barro
e no metal oculto dos sonhos
a vontade e a têmpera
para disputar o país.
Dilma se farta da luz
que esculpiu seu rosto
ante os olhos da multidão
para disputar o país,
para governar o país.
Nasce uma nova aurora:
BOM DILMA!!!
Pedro Tierra
Brasília, 31 de outubro de 2010.
(http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=52050 )
Sérgio Marcus Pinto Lopes
Skype: sergio.marcus1
Novo endereço na internet:
http://pedraderosetabrasil.blogspot.com
meu caro Henrique
ResponderExcluirQue bom voce falar disso.
Também tenho esse disco, um bolachão, os LPS.
Voce sabe que estou fora de Bauru e só por causa do que escreveu sobre a música da Elba, liguei para casa aí em Bauru e pedi para eles verem o que estava escrito, um selo colado no disco, pois tinha certeza de que essa música havia sido censurada na época.
E não deu outra. Olha o que esta escrito no selo colado na lateral do disco:
PROIBIDA A EXECUÇÃO PÚBLICA E RADIOTELEDIFUSÃO DA MÚSICA NORDESTE INDEPENDENTE VETADA PELA CENSURA FEDERAL.
Esse é o governo militar que uns bobocas louvam.
Realmente a fala da Elba no final é de arrepiar.
Um abraço das barrancas matogrossenses
Paulo Lima
É por estas e outras que meu PRESIDENTE, obteve mais de 80% de aprovação popular.... se concordas, repasse pra sua lista pois outras e outros merecem ver isso
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=mzz0dI8-cDM&feature=player_embedded
Instituto Terra Viva - Cuiabá
ROSA MORCELLI