BIENAL DA UNE, EMIR SADER E UM ALGO MAIS, DOIS VIAJANTES SOCIAIS
Durante toda semana passada (de 18 a 23/01/2011) ocorreu na cidade do Rio de Janeiro a 7☼ Bienal da UNE – União Nacional dos Estudantes. Dois foram os locais escolhidos para sua realização, o Aterro do Flamengo e a Lapa. Estudantes do Brasil todo e também de alguns países latinos estiveram reunidos sob o lema “Brasil no Estandarte, o Samba é meu combate”. A grande homenageada no evento foi a diva do samba Beth Carvalho. Discussões mil, show gratuitos foram se desenrolando no decorrer da semana e os resultados podem ser conferidos no site http://www.une.org.br/ .
Estava no Rio, podia até ter comparecido durante a semana, mas o trabalho me afastou da esbórnia. No sábado, 22/01, 15h, numa grande lona armada no aterro, denominada de Buteco Literário, lá estive a presenciar a palestra “Política cultural no Brasil – Esquentai nossos pandeiros e iluminai os terreiros”, estando no comando do microfone o cientista político EMIR SADER. Circulei o local todo, antes passei no Museu da República e vi uma mostra com obras inspiradas na arte de Hélio Oiticica (lá assinada a presença de vários estudantes representando Bauru), consegui até um diploma de participação (sic), comi junto a galera, rodei nas muitas e movimentadas rodas de discussão, algumas grandes aglomerados estaduais. Nada posso opinar sobre as decisões políticas da Bienal, pois delas permaneci distante. Vi foi gente no uso do microfone, contra e a favor do aborto e da maconha. O que posso opinar foi sobre a fala de Emir, do qual gosto muito. Algo contundente sobre romper a barreira da cultura popular e de elite. Emir é mestre em demonstrar que não basta o acúmulo de conhecimento, quando isso não está transformado em prática e que devemos estar todos muito bem preparados para continuar a disputa hegemônica dentro do governo Dilma, que possui os dois lados, o da direita e o da esquerda em plena disputa. Foi bom a moçada ouvir isso de alguém com a lucidez do Emir. Na saída fui abraçá-lo e disse ser de Bauru e que o leio no site da Carta Maior (http://www.cartamaior.com.br/ ), junto de um bauruense que gosto muito, Beto Maringoni. Sorriu e me disse: “Sim, mas lá tem outro bauruense da mesma cepa, o Azenha”. Concordei. Mais dele no seu blog: http://www.cartamaior.com.br/templates/blogMostrar.cfm?blog_id=1&alterarHomeAtual=1
Extrai algo mais da Bienal, duas coisas por sinal. Em ambas, um breve relato de minha parte. No primeiro, revi uma pessoa que avistava por aí já faz certo tempo. Hamilton montou um negócio de revenda de camisetas para movimentos sociais, a Dom Camisetas e ele roda o país todo, onde estiverem ocorrendo congressos, festas, eventos de caráter social e lá monta sua barraca a oferecer em varais uma infinidade de estampas sobre os mais variados temas, desde Che, Lênin, MST, Mafalda, Chávez, Zapatismo, Marx, Henfil, Lennon, Lulismo e outros temas. Preços módicos. Para conferir algo mais sobre a mambembe história de Hamilton, basta uma clicada no site http://www.domcamisetas.com.br/ . Trouxe a minha e achei a idéia dele, a de unir sua linha de pensamento com algo que o possibilite viajar, conhecer pessoas, trocar constantemente idéias, das melhores. No segundo relato, uma banca só de documentários de movimentos sociais da América Latina, desde o Panelaço Argentino, o da questão da água boliviana, muita coisa chavista, o das fábricas ocupadas no Brasil, greves mil, todas filmadas por um argentino, Carlos Pronzato, radicado em Salvador BA. Outro mambembe social, que além de dirigir, monta e sai vendendo país afora seus filmes, da Lamestiza Audio Visual. Para conhecer um pouco do seu trabalho basta clicar no http://www.lamestizaaudiovisual.blogspot.com/ . Também trouxe meu filme e assim como no das camisetas, bateu aquela identificação imediata. Quem me dera poder acompanhar como eles fazem, o pulsar dos movimentos sociais em plena erupção, onde estiverem acontecendo. São felizes e não sabem, pelo menos para mim. Fazem o que gostam, sem aquele papo chato que ouço do lado de cá: Um dia já fui de esquerda, depois amadureci, criei juízo, capitalizei. Fujo desses.
Henrique e cidade de Bauru:
ResponderExcluirGostei e especialmente da palestra do Sader.... e estou repassando...
valeu e abraços guevaristas
Hasta...
carlos pronzato
http://www.lamestizaaudiovisual.blogspot.com/
vamos fazer sim esse cineclube em Bauru!!!
Eu conheço o pessoal da Dom Camisetas, quem me atende sempre é o Marcus, são eles que assinam as camisetas vermelhas do camarada aqui rsrs.
ResponderExcluirMarcos Paulo
Comunismo em Ação
Olá Henrique.
ResponderExcluirAqui quem escreve é o filho do Hamilton. Vou encaminhar o seu texto do blog diretamente pra ele, creio que gostará bastante da matéria. Vou colocar o seu blog em links como parceiro em nosso site ok? Posso emprestar algumas fotos para colocarmos na galeria de "quem veste" e "a banca da dom"? Prometo creditá-las em seu nome.
Agradecemos o carinho.
Um abraço.
Marcus - Dom Camisetas.
Olá Henrique tudo bem? Gostei muito de ver nosso trabalho comentado por você em seu blog, assim como na Bienal da UNE espero que tenhamos mais contatos nos próximos eventos. Há alguns anos promovi aqui em Jacareí, a cidade em que moro, um ato que chamei "Tanto faz no sul como no Norte" em que homenageamos Chico Mendes e John Lennon, dois ativistas pela paz e pela vida que nos marcaram, caso fôres promover qualquer atividade em sua cidade pode contar com a nossa presença desde que me comuniques antes para acertarmos antes em nossa agenda, se puderes envolva o maior número de pessoas nesse projeto, ou seja estudantes, escolas, universidades, artistas e movimentos sociais de sua região e se fôr o caso poderemos fazer uma arte nas camisetas relativa a esse acontecimento. Estamos a disposição para qualquer dúvida.
ResponderExcluirUm abraço do Hamilton Alem.