UM IRMÃO, UMA MUDANÇA E A NOITE DE NATAL - Crônica minha publicado na Revista do Caminhoneiro, edição de final de ano (Dezembro 2010), com tiragem de 100 mil exemplares.
O caminhoneiro Tito é por muitos considerado metódico. Tudo por não abrir mão de programar a vida com certa antecedência. Passar o Natal em família é uma dessas programações. Antecipa tudo, age com o cronometro na mão. Todo ano, dez dias antes encosta o caminhão e inicia a tarefa de organizar sua festa. E ela sempre dá o que falar. Um dos gostos de sua vida.
O caminhoneiro Tito é por muitos considerado metódico. Tudo por não abrir mão de programar a vida com certa antecedência. Passar o Natal em família é uma dessas programações. Antecipa tudo, age com o cronometro na mão. Todo ano, dez dias antes encosta o caminhão e inicia a tarefa de organizar sua festa. E ela sempre dá o que falar. Um dos gostos de sua vida.
Naquele ano não seria diferente. Caminhão na revisão e daí para frente, de bermuda e chinelos, merecidas férias. Estrada só no próximo ano. Mas quando algo desponta a alterar o programado, como fugir do destino? A tal da Lei de Murphy indicando que, se algo pode acontecer errado, aí é que dará errado.
Os últimos meses já haviam lhe reservado uma grata surpresa. Seu único irmão, Nicolau, que durante anos esteve afastado de sua convivência por desavenças, lhe bate à porta e reatam a amizade. Distantes uns 2000 km, a dificultar a aproximação, nas poucas vezes que tentou, foi rechaçado. Dessa vez, com um abraço selaram a reconciliação. Algo inexplicável a abrir a cabeça do mano e só isso era um bom motivo para estar mais feliz do que nos anos anteriores.
E eis que algo novo acontece. Retorna daquela que seria sua última viagem do ano, ciente do irmão a lhe esperar. A notícia é boa, este conseguiu transferência do emprego para sua cidade. Só que, até o final do ano teria que já estar residindo ali e a mudança era o problema. Pensou na ajuda do irmão caminhoneiro. E como dizer-lhe não, talvez colocando tudo a perder. Com mirabolantes planos, tudo teria que ser cronometrado, pois do contrário, eles e a mudança passariam o Natal na estrada.
Na ida tudo certo. Na volta, certo até demais, quando de uma hora para outra o inusitado começa a mostrar sua face. Tiraram de letra o cachorro do irmão ter desaparecido numa parada. Achá-lo foi coisa para meio dia. Logo a seguir uma ponte que nunca tinha apresentado problema é interditada, provocando longa espera e um desvio a ocupar outro meio dia.
Notícias chegavam da festa sendo encaminhada e para desespero, sem sua presença e comando. Muita estrada ainda pela frente. Não se agüentava por dentro, sem poder demonstrar isso ao irmão. Se mais nada ocorresse chegariam na manhã do grande dia. Aceleraram o bruto, mas não escaparam de um pneu furado, um rodoviário parando para as averiguações de rotina e uma dor de barriga inesperada. Pareciam testes, provas a serem eliminadas e quando faziam as contas do atraso, eis o motivo para a última parada. Haviam se esquecido dos presentes, principalmente o das esposas. Tito nunca deixou de fazê-lo com certa pompa. Mandaram tudo as favas, enfrentando nas lojas as tais filas de retardatários.
Por fim, voaram no trecho final, ambos com o coração na boca e na virada da esquina, faltando poucos minutos para o bimbalhar dos sinos estavam em prantos. Avistando as luzes acesas, buzinaram em alto e bom som o caminhão. Chegada triunfal e emoção para dar e vender. A mesa no quintal e o caminhão carregado, estacionado como pano de fundo, fazendo parte do cenário. Juntou gente e o cansaço, esse só apareceu no dia seguinte, quando resolveram descarregar tudo após o almoço natalino. Por fim, como última tarefa, Nicolau, por ter o mesmo nome do Papai Noel foi o escolhido para distribuir os brinquedos da criançada.
A história vivida por ambos ficou famosa, quase um folclore do lugar. De tudo, Tito conta ter sido seu melhor Natal. Vejam só, justamente o que saiu bem fora de sua previsibilidade. E quando dá de contar detalhes, recomenda-se sentar, que a história é longa.
Dilma vai protestar contra Guantánamo, cadeias secretas e “rendition”
ResponderExcluirPode esperar sentado…
em http://www.viomundo – ínclito, competente e impávido jornalista brasileiro Luiz Carlos Azenha
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Fala matuto!
… Pelo menos, esperemos que o governo Dilma Rousseff continue dialogando e se relacionando comercialmente com o Irã do presidente de nome difícil!… Se os EUA e Israel podem ter armamentos nucleares, por que o Irã não pode processar o urânio para fins pacíficos?…
A propósito, ontem, mísseis teleguiados dos EUA mataram 18 (dezoito!) [inocentes] paquistaneses – e a imprensa marrom e subserviente noticiou o crime como se fosse um fato comezinho, trivial!…
Dilma Rousseff e o chanceler Antônio Patriota têm que seguir o caminho diplomático do ex-presidente Lula e do ínclito e conspícuo Celso Amorim.
Dilma Rousseff e [Antônio] Patriota sejam patriotas(!) – e deixais o [nefasto e funesto] PIG lacaio se estrebuchar até mostrar a próstata para Hillary Clinton e aos amestrados colonizados daqui!…
Brasil Nação
Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo