UMA CHARGE, UMA NOTÍCIA NO JORNAL E O CARNAVAL TEMPORÃO NA CASA DO ESPANHOL
Discutia ainda ontem com um dileto amigo sobre drogas e bebidas. Diante de tantas possibilidades, tanto eu como ele, continuamos preferindo a bebida e por incrível que pareça, a cerveja. Falava a ele sobre uma charge juntando os traços do Glauco e do Jaguar, dois mestres no assunto. Vasculhei tudo por aqui no mafuá e encontro o rabisco, reproduzido no começo desse texto. Acordo no sábado passado e leio no JC, caderno de Cultura, algo extasiante: “Saudosa Maloca promove Grito de Carnaval”. Leio e planejo algo envolvendo a tal da cerveja e a festa que mais gosto, ainda mais porque quem toca é a Banda Furiosa, da velha-guarda de Piratininga, só com velhas marchinhas. No primeiro contato com a Ana Bia no sábado, ela pensando no mesmo dial me diz: “Já leu o jornal hoje? Que tal irmos ao Saudosa Maloca”. Foi a união do útil ao agradável. Pensamos logo em convidar alguns amigos para o imbróglio. Por volta das 15h, quem senta conosco é Ademir Elias, um que não rejeita convites desse naipe. O Espanhol, dono do estabelecimento, receptivo como sempre, recebe a todos com um abraço na entrada. Lugar não existe e o Espanhol não tem tempo de arrumar mesa para ninguém, pois circula de mesa em mesa, num local abarrotado e com gente até quase no meio da rua (até quando a Prefeitura irá permitir essa licenciosidade festeira?). Me viro e logo arrumo mesa e cadeiras. Amigos e gente conhecida por todos os lados. Num canto Eraldo Bernardo, o galã cantor a enfeitiçar as guapas (falamos algo sobre a história que quero contar aqui do Zé da Viola) presentes e ausentes, junto do Tenebra, um velho amigo dos tempos do colégio. Na mesa do lado, Nelson Gonçalves do JC, Freitas e esposa, falando sobre a viagem de 8 dias que o casal acabou de fazer à Cuba (“Se tivesse grana voltava ainda esse ano”, me diz). Iza, filha do seu Laerte Camargo (que habitou o mesmo quarto de hospital na Unimed com meu pai por uma semana) estava com o animado engenheiro Ricardo, da Seplan (“Henrique, te leio toda semana no Bom Dia, gosto muito, mas deixe de lado um pouco mais do ranço esquerdista, quebre esse último móvel, jogue ele na parede”, me diz). Num outro canto com amigos, Marcos, dono da RIL (“Marcos, você precisa me ajudar num projeto em Reginópolis”, digo e como num bar tudo é mais fácil, me disse: “Passe lá, está topado”). O Marcelo, um alucinado militante tucano, bebe só, em pé e segurando como se fosse uma filha, a garrafa da Skol. Pesei uns tremoços e comemos os três, tudo regado a umas Brahmas, a escolhida da vez. O carnaval comia e corria solto, cantoria generalizada, gente levantando para saudar deus Baco e pedidos atendidos (só de Cidade Maravilhosa, feito pela Ana, escutei três). Uma chuva tenta estragar a festa, mas não consegue. Um senhor de azul, que atuou uma vida inteira no meio esportivo da cidade (não consigo lembrar seu nome - me ajudem), hoje é o empresário do grupo de Pira e munido de uma prancheta, vai de mesa em mesa, cobrando somente dos homens a importância de R$ 5 reais por cabeça, para o ajuntamento de grana, a paga dos músicos. Não vi ninguém se recusar a efetuar o régio pagamento. O máximo que a chuva produziu foi encerrar a celebração musical um pouco antes do tempo. Foi o suficiente para os músicos juntarem-se aos já etilizados freqüentadores e o papo continuou até o horário escrito na parede como o do encerramento do expediente naquela sacro santa casa comercial, 20h. Eu, Ana e Ademir batemos em retirada antes do previsto, pois reservatório cheio precisávamos de lugar calmo, tranqüilo, silencioso e com sombra para proceder a recuperação completa do corpo. Só fomos embora quando o Espanhol nos tranqüilizou: “Podem ficar calmos, que de agora em diante, semana sim, outra não, terei música aqui”. Cruzei os dedos, boto fé. Acho que ainda deu tempo de pedir, sem ter certeza de ter sido ouvido com um: “Mas não daria para trazer sempre os moços de Piratininga...”. Minha hora havia chegado. Eu passei da conta, mas paguei a minha direitinho.
Discutia ainda ontem com um dileto amigo sobre drogas e bebidas. Diante de tantas possibilidades, tanto eu como ele, continuamos preferindo a bebida e por incrível que pareça, a cerveja. Falava a ele sobre uma charge juntando os traços do Glauco e do Jaguar, dois mestres no assunto. Vasculhei tudo por aqui no mafuá e encontro o rabisco, reproduzido no começo desse texto. Acordo no sábado passado e leio no JC, caderno de Cultura, algo extasiante: “Saudosa Maloca promove Grito de Carnaval”. Leio e planejo algo envolvendo a tal da cerveja e a festa que mais gosto, ainda mais porque quem toca é a Banda Furiosa, da velha-guarda de Piratininga, só com velhas marchinhas. No primeiro contato com a Ana Bia no sábado, ela pensando no mesmo dial me diz: “Já leu o jornal hoje? Que tal irmos ao Saudosa Maloca”. Foi a união do útil ao agradável. Pensamos logo em convidar alguns amigos para o imbróglio. Por volta das 15h, quem senta conosco é Ademir Elias, um que não rejeita convites desse naipe. O Espanhol, dono do estabelecimento, receptivo como sempre, recebe a todos com um abraço na entrada. Lugar não existe e o Espanhol não tem tempo de arrumar mesa para ninguém, pois circula de mesa em mesa, num local abarrotado e com gente até quase no meio da rua (até quando a Prefeitura irá permitir essa licenciosidade festeira?). Me viro e logo arrumo mesa e cadeiras. Amigos e gente conhecida por todos os lados. Num canto Eraldo Bernardo, o galã cantor a enfeitiçar as guapas (falamos algo sobre a história que quero contar aqui do Zé da Viola) presentes e ausentes, junto do Tenebra, um velho amigo dos tempos do colégio. Na mesa do lado, Nelson Gonçalves do JC, Freitas e esposa, falando sobre a viagem de 8 dias que o casal acabou de fazer à Cuba (“Se tivesse grana voltava ainda esse ano”, me diz). Iza, filha do seu Laerte Camargo (que habitou o mesmo quarto de hospital na Unimed com meu pai por uma semana) estava com o animado engenheiro Ricardo, da Seplan (“Henrique, te leio toda semana no Bom Dia, gosto muito, mas deixe de lado um pouco mais do ranço esquerdista, quebre esse último móvel, jogue ele na parede”, me diz). Num outro canto com amigos, Marcos, dono da RIL (“Marcos, você precisa me ajudar num projeto em Reginópolis”, digo e como num bar tudo é mais fácil, me disse: “Passe lá, está topado”). O Marcelo, um alucinado militante tucano, bebe só, em pé e segurando como se fosse uma filha, a garrafa da Skol. Pesei uns tremoços e comemos os três, tudo regado a umas Brahmas, a escolhida da vez. O carnaval comia e corria solto, cantoria generalizada, gente levantando para saudar deus Baco e pedidos atendidos (só de Cidade Maravilhosa, feito pela Ana, escutei três). Uma chuva tenta estragar a festa, mas não consegue. Um senhor de azul, que atuou uma vida inteira no meio esportivo da cidade (não consigo lembrar seu nome - me ajudem), hoje é o empresário do grupo de Pira e munido de uma prancheta, vai de mesa em mesa, cobrando somente dos homens a importância de R$ 5 reais por cabeça, para o ajuntamento de grana, a paga dos músicos. Não vi ninguém se recusar a efetuar o régio pagamento. O máximo que a chuva produziu foi encerrar a celebração musical um pouco antes do tempo. Foi o suficiente para os músicos juntarem-se aos já etilizados freqüentadores e o papo continuou até o horário escrito na parede como o do encerramento do expediente naquela sacro santa casa comercial, 20h. Eu, Ana e Ademir batemos em retirada antes do previsto, pois reservatório cheio precisávamos de lugar calmo, tranqüilo, silencioso e com sombra para proceder a recuperação completa do corpo. Só fomos embora quando o Espanhol nos tranqüilizou: “Podem ficar calmos, que de agora em diante, semana sim, outra não, terei música aqui”. Cruzei os dedos, boto fé. Acho que ainda deu tempo de pedir, sem ter certeza de ter sido ouvido com um: “Mas não daria para trazer sempre os moços de Piratininga...”. Minha hora havia chegado. Eu passei da conta, mas paguei a minha direitinho.
OUTRA COISA - O Carnaval na rua Quintino Bocaiúva foi no sábado à tarde, 18/02 e ontem, domingo, 19/02/2011, 18h30 fui comemorar o aniversário do amigo Ademir Elias no Bar do Ditão, vila Falcão e assistir pela NET o jogo do Noroeste contra a São Bernardo, na nona rodada do Paulistão. Todos esperançosos de uma partida a ressuscitar um time meio que moribundo. Elenco existe, mas não conseguem fugir do trivial, fazem merda a cada apresentação. Entre cervejas, salames, pururucas, muito papo e ao lado de gente entendida de samba e futebol a frustração foi total e irrestrita. Um desânimo recaiu sob o local após o desenlace, onde o que vimos foi um time irreconhecível, deixando todos com a "pulga atrás da orelha": Afinal, temos ainda alguma chance de não cair para a Segundona? Uma pessoa, muito boa praça e das mais agradáveis estava presente no bar, o ex-goleiro noroestino, um que me encantou enquanto o vi jogar, Luis Carlos, o LUIZÃO. Pessoa ponderada, com observações bem lúcidas, olhar de lince, não aguentou nem o jogo terminar e foi ao encontro dos seus aposentos. Se até ele, que entende da coisa, parece ter jogado a toalha, acho que o precipício está mais próximo do que imaginávamos. Domingo que vem outro lance, contra o São Caetano em Bauru. Lá estarei com renovadas esperanças.
Caro Henrique.
ResponderExcluir"O senhor da camiseta azul" é o Hélio Vanini, figura tradicional da boemia bauruense. :) Estava realmente muito bom.
OBs. te enviei um vídeo do Zé da Viola. Ver seu email:)
Forte abraço!
Eraldo
ResponderExcluirIsso mesmo, o Hélio, ao escrever o texto tentei resgatar o nome dele, mesmo ele tendo repetido para mim algumas vezes lá no Carnaval, mas deu um branco. Obrigado
Henrique - direto do Mafuá
Fala Henrique, tudo bem..
ResponderExcluirO Norusca tá mal..E um fim de feira total...
Eu cheguei a ver o Luiz Carlos jogar ai em Bauru diversas vezes....
Se vc nao se importar eu gostaria de postar aquilo que vc escreveu no meu blog sobre ele....
Outro dia eu perguntei ao Rafael Antonio,do Jornada Esportiva se ele via o Luiz Carlos ai em Bauru...Ele me disse que ele mora na Falcao...Segundo o mesmo Rafael..Me disse que o Luis Carlos é aposentado pelo Noroeste..
Abracos
Reynaldo Grillo
Henrique, entre idas e vindas, passamos uma semana juntos, num quarto de hospital - que fique bem entendido, e vc me gravou como "iza". Gostei, mas na altura do campeonato naõ dá mais prá mudar minha identidade ( rs...rs... ). Então, basta mudar a ordem das letras, trocar o Z pelo S e acrescentar um L, assim terá "lais".
ResponderExcluirUm abraço da filha do "seu Laerte"
Lais
ResponderExcluirQue vexame, mas acabas de conhecer uma faceta minha, a de demorar um bocadinho de tempo para decorar o nome das pessoas, trocar outros e e alguns não lembrar de jeito nenhum. Com essa cahamada de atenção o seu não esqueço jamais.
Henrique - direto do mafuá
Henrique, a intenção não foi "puxar a sua orelha" ( chamar a atenção )por causa deste pequeno equívoco. Aliás, pensando bem, seria até bom ter deixado como estava, pois assim passaria despercebida na foto ( rs...rs... )
ResponderExcluirAté, Lais