quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

DICA (70)

VISÕES MÁGICAS DE BAURU, EXPOSIÇÃO DE CLODOALDO PITTA NA 94FM
As exposições mensais a ocorrerem na Galeria no hall de entrada da 94FM estão com curadoria sob a coordenação de Wellington (Eto) Coelho. Ele está na função desde que a curadora anterior, a ex-secretária de Cultura Janira Finer Bastos havia assumido o cargo público. E eis que está rolando lá naquele disputado espaço (todas as exposições deste ano já estão agendadas, sem vaga possível e disponível) algo que já conhecia, mas faço questão de divulgar por onde circule. Trata-se de exposição fotográfia de Clodoaldo Pitta, irmão de Vivaldo, ambos ferroviários aposentados. Inicialmente as fotos estiveram expostas no Museu de Avaí e estão sob a guarda do Núcleo de Documentação Histórica da USC. Ano passado, por pouco não foram expostas no Encontro Ferroviário, ocorrido em outubro na Estação da NOB. Devido aos problemas de saúde de Vivaldo e aos cuidados excessivos com as fotos, achou-se por bem abdicar de tê-las junto aos trilhos. Uma nova oportunidade se faz presente e acontece de 14/02 a 12/03/2011.
Nas palavras de Vivaldo Pitta, fundador e uma espécie de faz tudo do Museu de Avaí, reproduzidas de banner na entrada da exposição, tudo sobre a inusitada forma como as fotos foram tiradas: "O avaiense Clodoaldo Pitta, fotógrafo amador, utilizou-se de uma câmera fotográfica, da marca Nikon, modelo reflex, cambiável, com objetiva fisheye, ou seja, olho de peixe, 7,5mm, F/2.8, para a captura aleatória de imagens de Bauru. As fotos, em preto e branco, tiradas em 1975, em 35mm, mostram o gosto por Bauru e a sensibilidade necessária à captura de imagens dignas de um fotógrafo especializado e apaixonado por uma cidade promissora. Registrou prédios e logradouros públicos de Bauru, alguns já modificados, outros demolidos, deixando impresso em imagens para as gerações futuras, fases do processo de construção da história bauruense. Falecido em 1990, Clodoaldo ressurge por meio da parceria entre o Museu de Avaí e o Núcleo de Documentação e Pesquisa Histórica da Universidade do Sagrado Coração “Gabriel Ruiz Pelegrina” (NUPHIS/USC), com este magnífico trabalho para que os bauruenses e seus conterrâneos possam usufruir imagens tão conhecidas, artisticamente diferenciadas pelo olhar do cidadão Clodoaldo".

Clodoaldo possui uma passagem pela ferrovia como Fiscal, durante o período mais duro da ditadura militar. Num certo momento, esteve envolvido numa tenebrosa morte de um militante político nas instalações da estação, algo que nenhum dos seus gosta de lembrar. Pouco sei disso, mas são dessas coisas impossíveis de serem esquecidas. Foram anos duros, porém muito mais difícil para os que estiveram do lado de cá. Clodoaldo esteve do lado de lá. Respeito muito Vivaldo, seu irmão e sei que esse trabalho fotográfico possui relevado valor e importância. Nas fotos algo sobre o que pode ser visto das 9 às 19h na 94FM. Estive lá hoje e poucos ainda circularam por lá. Ainda está em tempo.
OBS.: Eto Coelho prepara uma ampla exposição por lá com telas de Percy Copieters, um amigo do peito, desses que resolveu nos abandonar antes do tempo.

3 comentários:

  1. Henrique

    Já conheço a exposição, muito bonita por sinal e sou dos poucos a também conhecerem a história ocorrida na Estação. Quem me contou dela foi um velho militante político de Bauru, num dos fatos ainda obscuros do passado bauruense. Um não desmerece o outro. Poderia no futuro esmiuçar esse fato.
    Um grande abraço
    André Ramos

    ResponderExcluir
  2. meu caro
    Vocês não se esquecem nunca desse negócio dos anos sob o regime militar. Ficam a lembrar disso em tudo, até numa exposição fotográfica.
    LKG

    ResponderExcluir
  3. "Clodoaldo esteve do lado de lá".
    ESTA AFIRMATIVA É, NO MÍNIMO, MALDOSA E DESINFORMADA. PODEMOS DIZER TRATAR-SE DE UMA ACUSAÇÃO; ACUSAÇÕES PEDEM PROVAS.
    NÃO ENTENDI O INTERESSE EM ENVEREDAR-SE POR SENDA TÃO DISTANTE, QUANDO A MOTIVAÇÃO DEVERIA SER ESTRITAMENTE PROFISSIONAL.
    O QUE IMPORTAVA, ERA A QUALIDADE DO INCOMUM TRABALHO DE IMAGENS ANTIGAS DA CIDADE, DISTORCIDAS PELA LENTE "OLHO DE PEIXE", POUCO CONHECIDA DO FOTÓGRAFO AMADOR.
    ALÉM DE INVERÍDICA, A AFIRMATIVA ESTÁ COMPLETAMENTE FORA DE CONTEXTO.

    ResponderExcluir