MEMÓRIA ORAL (101)
A SAÚDE EM BAURU, ESCRITO NA PRIMEIRA PESSOA
Falo de mim e dos outros, ou melhor, também pelos outros. Leio que a Saúde pública aqui em Bauru, interior do maior estado da federação, São Paulo está um caos generalizado. Deixaram tudo chegar ao fundo do poço. Percebo isso com maior clareza na manhã de sexta, 11/03, quando Cida, a empregada doméstica a zelar pela casa dos meus pais chega adoentada para trabalhar naquela manhã. Vêm por algo a dignificar os iguais a ela, o senso da responsabilidade assumida e a certeza de que se não viesse deixaria os velhos numa situação a depender de terceiros. Faz o que pode e num certo momento pede arrego.
Ciente de que a Saúde anda claudicante penso na melhor maneira em ajudá-la e como na cidade são muitos os Postos de Saúde, dois os maiores, o dos bairros Mary Dota e Bela Vista, esse mais próximo de minha casa e com uma funcionária a privar de minha amizade, vamos para lá. Pouco antes das 10h40 adentramos o hall de entrada e encontramos ali reunidos um grupo de funcionários. Quase ninguém na área de atendimento, gatos pingados, numa sexta após o Carnaval. Minha amiga dentre esses e ao me dirigir a ela, pergunto como devo proceder para conseguir um rápido atendimento para Cida.
Ela não me deixa nem terminar a frase. “Aqui não tem como ninguém ser atendido, não existe médico”, me diz. Ouvimos um doído relato de alguém com os nervos em frangalhos: “É o caos institucionalizado. Tá tudo parado. Eles, os médicos não trabalham e são poucos, unidos como nenhuma outra categoria profissional e agora que a proposta de privatização do setor vai ser votada na Câmara de Vereadores piorou. Parece que forçaram para que tudo chegasse a essa situação atual. Eles são fortes, uma máfia, poderosos, financiadores de campanhas políticas e agora cobram o preço do apoio. Com a privatização vão ganhar até R$ 1 mil por plantão e serão vários na semana, além dos salários já muito diferenciados dos demais. Isso só para eles. Tudo estoura nas mãos dos que ganham pouco e que não abandonam seus postos de trabalho, mas estamos todos de mãos atadas”.
Falaria muito mais, escutamos até onde podemos, mas a Cida sente dores, necessita do atendimento, nem sabe direito o que tem. “E para onde a posso levar? Alguma coisa rápida”, pergunto. “Para um particular, esses estão espalhados pela cidade toda”, é a sua resposta. “A única opção é o Pronto Socorro Central, mas está superlotado, com espera de até cinco horas, não existe nenhuma outra alternativa”, conclui. No caminho ela me pergunta como melhorar isso e respondo que “a pressão dos médicos é para tudo ser repassado para um terceiro administrar o setor, ou seja, uma empresa receberá um alto valor, passando por cima das restrições de contratações por concurso e esses ganharão o que estão a pleitear, um salário inimaginável para qualquer um dos mortais. Enquanto isso não acontece, parece que nada vai mudar. Os aprovados em concursos não quiseram assumir e parece que só o farão quando ganharem o que pleiteiam. E o prefeito alega estar encurralado, sem outra saída, mesmo tendo garantido não privatizar o setor, como promessa de campanha eleitoral”, digo.
A deixo na entrada do Pronto Socorro e pelo visualizado deverá permanecer por ali as ditas cinco horas. Muito a aguardar e a maioria com a fisionomia de pouca conversa, cada um ruminando sua dor e problema pessoal. Funcionários atuando nos limites máximos dentro de uma imaginária graduação de tolerância. Tudo ali é uma espécie de bomba relógio, que com um leve respirar mais ofegante, um tropeção no linguajar tende a explodir. Cida faz o preenchimento da ficha e senta com aquela carinha de dor, não sem antes me dizer: “Não posso ir para casa desse jeito. Preciso saber o que tenho, vou ficar aqui até ser atendida”. Saio cabisbaixo, olhando para o chão e buscando um click ou algo que possa representar uma luz no fim do túnel para tudo isso.
Volto pensando que para os a necessitar de um rápido atendimento, de pouco importa como isso será feito, por quem e quanto ganhará quem estará por detrás da mesa, o importante é ter seu problema resolvido e da forma mais rápida possível. Cida não entendeu direito isso de terceirização, muito menos de privatização, mas havia me perguntou: “Mas assim não resolveria tudo?”. Penso que sim, mas paliativamente e do pior jeito possível, um jeito a beneficiar uma organizada e insensível classe profissional. Existiriam outras. Enquanto ela permanece lá sentada cutuco algo que poderia resolver isso de uma forma a demonstrar que nem sempre a questão do dinheiro é a mola propulsora de tudo e de todos. Relembro o que foi e está sendo feito no Haiti, onde os médicos que estão a pegar mesmo no pesado são os cubanos, num convênio entre os dois países. Será que eles não poderiam fazer um convênio com a Prefeitura de Bauru e um grupo ser enviado para cá? Verificar essa possibilidade junto ao Consulado Cubano é algo a ser feito.
Os jornais não param de noticiar o caos na Saúde na cidade, manchetes e mais manchetes, uma atrás da outra. De concreto, só a proposta de entregar o atendimento do Pronto Socorro do Bela Vista para a uma empresa de Botucatu. Estou sem saco para investigação, mas não seria a mesma a administrar o Hospital Estadual, o Manoel de Abreu e agora, a Maternidade Santa Izabel? Se não é a mesma, com certeza da mesma cidade, algo estranho. Estranho também o anúncio de que o Pronto Socorro Central, o mesmo onde a Cida permaneceu por três horas para ser atendida (sou informado que foi pouco), será reformado após UPAs - Unidades de Pronto Atendimento, em número de três sendo construídas. Não o serão também também para serem privatizadas? Um movimento contrário é realizado no Calçadão e dizem já terem funcionários marcados como agitadores. Na terceirização a empresa poderá escolher os funcionários, tudo decidido por eles.
Pior que isso é a balão de ensaio lançado justamente nos dias quando Joseph Saab é indiciado pelos desvios dentro da Associação Hospital, gestão comandada pelo PSDB. Falatório de que o deputado Pedro Tobias (provável presidente estadual da sigla tucana), levantando a bola deste, amigo, colega de trabalho, parceiro de partido do Saab, sobre um assunto mais do que requentado, a movimentação para realização da implantação de uma Faculdade de Medicina em Bauru. Essa foi demais e me cansou a beleza. No dia seguinte as "forças vivas da cidade" já estavam sendo contatadas, depois no outro dia os vereadores e não li mais nenhuma linha sobre o envolvimento do indiciado Saab com algo acoplado a sigla tucana. Enquanto isso, as filas continuam cada vez maiores clamando por atendimento público decente, rápido, eficiente, zeloso e de qualidade. Isso não tem "forças vivas" que se unam para dar uma solução. Só mesmo a terceirização, depois a privatização.
Henrique, nenhuma novidade, são as mazelas diárias do capitalismo, não há saída se não for por sua destruição.
ResponderExcluirA saúde como tudo é exploração para os interesses dos que controlam o capital. Essa questão já começa pela classe medica, desde os bancos academicos, os tais doutores, essa classe que é um bando de mercenários, comercializam o que deveria ser digno a todo cidadão, por isso estes senhores MORREM DE MEDO QUANDO ESCUTAM FALAR DE CUBA, COMUNISMO, SAUDE, EDUCAÇÃO.
É uma vergonha, a faculdade de medicina todos nós sabemos que junto da bestialidade dos vestibulares, são para beneficiar os ricos, estes neste sistema sempre serão os unicos a ganhar, como ganharão mais uma vez com essa privatização em Bauru.
Os vereadores, o prefeito covarde, farsante e seu secretario deveriam todos ser condenados em praça publica por estes como a dona Cida que sofrem diariamente as mazelas da burguesia cretina, sem escrupulos.
Pátria ou morte, hasta la victoria siempre!!!
Marcos Paulo
Comunismo em Ação
Caro Henrique, o interessante é que nossa classe médica (entre outras tantas) estuda as nossas custas. Com parte de nossos impostos sendo investidos nessa máfia branca. Estuda de graça e depois é incapaz de doar que seja um dia de seu tempo e talento em prol da população que a sustentou e formou. Nada que uma bala nas cabeças certas não conserte. Me conforta perceber que estamos caminhando a passos ainda mesmo que tímidos nesse sentido. Quem viver e não morrer na fila verá.
ResponderExcluirHenrique
ResponderExcluirO mandato do Vereador Roque Ferreira do PT, militante e dirigente da Esquerda Marxista é contrário à proposta defendida pelo Executivo Municipal de privatizar a Saúde via Fundação Pública de Direito Privado. Combaterá esta posição, defendendo as medidas aprovada pela 13ª Conferência Nacional de Saúde e pelo Conselho Nacional de Saúde.
Nosso mandato se posicionou contra a Medida Provisória 520/2010editada pelo então presidente Lula no último dia de seu governo. A MP cria uma empresa para controlar hospitais universitários e unidades no âmbito do Sistema Único de Saúde, e em nossa opinião é mais um artifício jurídico cuja intenção é privatizar a saúde pública e destruir o SUS.
As Fundações Públicas de Direito Privado, são instrumentos para a desconstrução de importantes e fundamentais quesitos legais referentes à gestão do trabalho e do sistema. Defendemos as posições do Conselho Nacional de Saúde que é baseado, entre outros, nos seguintes pontos:
Sistema Único de Saúde
Plano de Cargos, Carreira e Salários do SUS proposto pelo CNS - equilibra as carreiras e valoriza todos os trabalhadores que compõem a equipe multiprofissional.
Estabilidade e perspectivas de carreira
Regime Jurídico Único e Carreira do SUS proposta pelo CNS – presente, gerando segurança e motivação ao profissional para o desempenho de suas funções.
Gestão técnica sem ingerência política e particularizada
Gestão profissionalizada - garante a valorização dos profissionais e a consolidação do sistema.
Valorização e comprometimento multiprofissional qualificando o serviço prestado
Profissional comprometido com o sistema com repercussões positivas e imediatas na qualidade do serviço desenvolvido.
Autonomia administrativa e maior eficiência gerencial
Proposta do CNS de Regulamentação do art. 37, que estabelece a profissionalização da gestão e garante a autonomia e a eficiência gerencial.
A crise no sistema de saúde de Bauru não pode ser utilizada como pretexto por setores privatistas que de forma oportunista, deflagram uma ofensiva sem precedentes contra saúde pública e o Sistema Único de Saúde. O que pretendem é jogar para Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPS), Organizações Sociais (OS) e Fundações a gestão da saúde nos Estados e Municípios, como já está acontece em Bauru com a AHB (Associação Hospitalar), e o resultado todos conhecemos.
Defendemos a Federalização da Saúde com o SUS 100% Público.
Roque Ferreira
Questões da sociedade se tornam simples de entendimento quando mostramos na clareza dos fatos que fazem este estado tão ruim para os seus cidadãos, e sem dúvida fica algo efetivo, muito além dos dados tecnicos politicos. Faz mais de 30 anos que existo, e escuto sempre as mesmas ladainhas e sei que muito antes de existir já havia muito essas questões que pioram a cada ano, então o que ocorre??
ResponderExcluirComo escrevi acima, leiam estes dois ocorridos e vejam com mais transparencia a questão da saúde, da medicina em nosso país.
Tenho um amigo, o Junior, sujeito bom, esforçado, um cara simples que ficou durante 5 anos se esforçando para entrar em medicina, pois nunca teve chance e dinheiro para pagar escolas privadas, nem cursinhos, nada, mas entrou em medicina e como um idealista queria depois de formado trabalhar em regiões precárias do país ajudando os miseraveis como os medicos cubanos fazem pelo mundo afora, no primeiro mês de curso ele me liga e relata os absurdos que ouve na faculdade, a classe medica é uma das mais reacionarias, já que é prepara para os ricos, ele fica isolado na escola, diz que o sonho da maioria é ter sua clinica particular, ser um cirurgião plastico de celebridades, e claro o alto lucro sempre acompanhando seus largos bolsos.
continua...
Um segundo fato que soma-se com tudo isso, é algo que presenciei anos atrás, um amigo tinha um plano privado da são lucas, sofreu um avc, ao ser levado no hospital do convenio, a recepcionista solicita a carteirinha para poder realizar a internação, um absurdo que nunca tinha visto, eu como o acompanhava utilizei de ameaças de quebrar com tudo se não o atendessem imediatamente, foi o que bastou para o levarem a uti, vejam que a podridão da saúde passa tb mesmo quando se paga por ela, e se paga a mais, pois os impostos já estão para ter esse serviço tb e nao temos. Eu nao dou dinheiro para planos de saude e já penei tb como a dona Cida horas para ser atendido.
ResponderExcluircontinua...
Agora como mais uma parte do quebra cabeça a ser montado, entremos no ponto politico, de estado que vivemos, capitalista. Fazendo uma pesquisa no site do TSE, fiz um levantamento dos financiamentos de campanha dos candidatos das ultimas eleições, o que se vê é nos primeiros lugares dos que financiam as eleições, as construtoras(campeãs de dinheiro), banqueiros(sempre eles), e tb grandes empresas que exploram o comercio da saúde, junto a isso temos o problema dos correligionarios, apadrinhados politicos, com suas ongs, oscips, fundações e etc, é como sempre digo, um estado viciado, que caminha com as negocitas, com a bufunfa, eles precisam sempre do desespero popular para o marketing sujo da politica, mas as decisões nunca serão pelo fator social e sim pelo seus contratos sociais, sempre, entre homens da grana para os homens fantoches a fazerem as leis. E a saúde em questão no municipio caminha para satisfazer o negocio da grana, o povo vai continuar a se ferrar enquanto não passarmos a mostrar com clareza o porque isso ocorre, a denunciar o capitalismo, não há formulas magicas nem conversinhas utopicas que só servem pra discursos e mais nada. Valorização profissional, é valorização humana e não tem nada a ver com cifras e isso essa classe medica nascida no ideal burgues e desenvolvida nos bancos escolares nunca irá querer realmente discutir sobre dignidade e igualdade de trabalhos.
ResponderExcluirNa hora que conscientizarmos a população de que estamos na merda, fudidos faz tempo, aí quem sabe o jogo possa mudar. Mas com essa falta de critica no seculo 21, sem entender a reorganização do capitalismo, sem militantes realmente revolucionarios a denunciar tudo isso, ficaremos no buraco e a ouvir as mesmas conversas do disco riscado na vitrola insana da burguesia.
Marcos Paulo
Comunismo em Ação
Gente
ResponderExcluirAdoro as discussões que se formam aqui. Tanto o texto do Henrique, como todos os comentários aqui postados são contrários à privatização ou terceirização. Ótimo isso. A saída não é por aí e se for executada será para privilegiar uma casta de gente que gosta de tirar proveito do dinheiro suado que pagamos em impostos. Eu sei o que acontece nos bastidores dessas oscips, as mesmas que bancam a grana para alguns hospitais de Bauru, desde o Estadual, a Maternidade e o Manoel de Abreu. Uma festa com o dinheiro público. É isso que ocorrerá com o Pronto Socorro da bela Vista, depois com o do Mary Dota, de outras vilas, chegando até o pronto Socorro Central e depois a Saúde Municipal num todo. Não podemos aceitar isso. Eles não podem vencer tão facilmente sem nenhuma resistência. Vamos para as ruas.
Lucas D'Abril
Vamos para as ruas, vamos fazer a revolução, vamos destruir o capitalismo. Sim precisamos fazer isso, e o exemplo da Revolução Árabe que não conhece Fronteiras é um grande exemplo. Não foi feita pelo twitter, pelo facebok, pelo orkut, por pregadores solitários, por resenhistas da luta de classes. Foi e está sendo feita pelas massas operárias ea juventude. Nesta revolução a classe operária organizada, seus sindicatos mesmos os que durente anos ficaram com direções pelegas foram obrigados a se colocar em marcha. Todo e qualquer militante que se reivindica comunista tem que aprender com o velho Lenin: " Não temos interesses distintos dos interesses da classe operária e da juventude". Combater ao seu lado, ter a paci~encia revolucionária para explicar, explicar, explicar em cada luta por mais simples que seja que não existe saída no capitalismo é nossa tarefa. Não existe revolução sem povo e classe organizada. Os que tentaram fazer movidos por sentimentos pequenos burgueses foram derrotados.
ResponderExcluirRoque, revoluções são coisas reais na vida, mas nem sempre são certezas a ocorrerem em nossas vidas e momento histórico. Não podemos tratar esse ou qualquer assunto movidos no oba-oba de falas emotivas, nos tirando os pés da realidade, entender o contexto de nossa história o que aconteceu para chegarmos nessa barbarie, aliás acho que já estamos além da barbarie pq nem questionar as coisas mais podemos, nunca houve tanta alienação como hj, e qual consciencia de classe o trabalhador, a juventude de hj tem??? Concordo que o mundo virtual fudeu com as mentes e resistencia só existe nas ruas, mas até vc está em todas as redes sociais não é mesmo?? hj a busca é realmente organizar uma luta ou eleitorado??? Se sou "solitário" como se refere nos dias atuais, não é pq me afastei, mas sim as pessoas que outrora realmente lutavam do meu lado se afastaram inserindo-se nos convencionalismos do sistema, ninguem se aprofunda em nada mais, ninguem discute nada com clareza, estava resgatando em meus arquivos alguns textos, debates, sempre a mesma coisa e nao saimos do lugar, bom, pioramos na verdade, pq todos hj se lançaram ao lado dos vitorosos canalhas, todos querendo um pedaço do bolo deste estado. As pessoas estão aí, com tamanha modernidade da comunicação capitalista, alienados, ou uns almofadinhas nerds filosofando abobrinhas nas escolas, o ideal burgues algemando cerebros, no passado o fascismo usava da força para oprimir, escravizar, hj a tecnologia midiatica, o virtual, são as armas de alienação a escravizar e o que assusta é que as pessoas clamam por isso, tem prazer. Quanto a sair derrotados, é triste para nós quando perdemos, triste para uma nação, mas é melhor do que ficar ao lado dos vitoriosos canalhas ou viver na ilusão. Agora os revolucionarios que venceram que sei q vc não gosta muito deles, sempre achou o Che um fracassado(um absurdo, pois nao é), mas Roque, eu amava vc quando tu eras um fracassado, um furacão de palavras, confrontos, perdia mas seguia como um furacão, e sabe o quanto eu enfrentaria uma locomotiva, um jornal burgues, pelos grandes ideais, mas hj o levar blasé, de saber até aonde ir com uma critica mais forte, uma certa calmaria principalmente com alguns canalhas do PT, é triste. Nem a sua, nem a minha revolução irá acontecer hj por N motivos, e a realidade precisa ser mostrada se quisermos despertar pessoas lá na frente, mas sem oba-oba dos salões de festas politicos.
ResponderExcluirMarcos Paulo
Comunismo em Ação
Revolução é muito bom, a forma como se chegar lá algo para ser discutido na luta, mas a saúde está ruim e a dona Cida continua na fila. Vamos tentar resolver isso primeiro.
ResponderExcluirManuel e Marlene
Caros Manuel e Marlene, o problema é justamente esse que sempre abordamos e tem hora que cansa, até pq parece que escrevemos em grego, o problema da saúde, da dona cida, de todos, passa pela mesma raiz e nada será resolvido sem um processo revolucionario, entendam mais a historia cubana por exemplo e veja como se resolve essas questões.
ResponderExcluirMarcos Paulo
Comunismo em Ação
Marcos, sabe que gosto muito de você. Continuo diariamente nas mesmas lutas e com o mesmo vigor. O parlamento é burgues Marcos,atuar nele ou não é uma questão de princípo. Sobre o CHE, nunca disse que foi um derrotado, ao contrário. Sob o ponto de vista pessoal foi um vitorioso.Sua tática de construção da revolução foi derrotada, no Congo e na Bolívia. Na Boliívia desprezou o movimento e a organização operária dos mineiros com larga tradição de luta, e se fixou no campo com a perspectiva de construir um foco guerrilheiro que as massas pudessem seguir.Abraço.
ResponderExcluirRoque