sábado, 9 de abril de 2011

DROPS - HISTÓRIAS REALMENTE ACONTECIDAS (52)

UMA SAGA PANAMERICANA, UM LIVRO E A HISTÓRIA QUE BARIRI JÁ CONHECE E REVERENCIA
Leio no Jornal da Cidade em edições seguidas, iniciadas em 27/03/2011, com o título “Aventura incrível – Bauruense resgata história perdida na estrada que liga as três Américas”, a saga de Leônidas Borges de Oliveira, Francisco Lopes da Cruz e Mário Fava, que fizeram uma expedição de dez anos, entre 1928 a 1938, com veículos Ford T, traçando a rota da famosa “Carretera Panamericana”, ligando América do Sul, Central e do Norte. Tudo está sendo contado nos mínimos detalhes no livro “O Brasil através das três Américas”, escrito pelo bauruense Beto Braga. A história é realmente fantástica e merece todo o destaque encampado pelo jornal, que seguidamente anunciou o lançamento do livro e ia dando mais detalhes da inusitada história. Na edição de 03/04, na capa do caderno JC Cultural, “O Brasil através das três Américas – Os casos e os acasos deram origem à descoberta da história” e no mesmo dia, “Redescobrimento atrai gerações”. O lançamento foi feito com toda merecida pompa, ainda mais porque um dos aventureiros é nascido aqui na vizinha cidade de Bariri, Mário Fava.

Li tudo o que o jornal publicou e já quero ler o livro, pois a viagem foi realmente grandiosa, até pelos encontros possibilitados no percurso. Para saber mais detalhes do que o JC publicou basta ir no seu site e clicar a palavra “carreteira”, como fiz e todos os textos estão disponíveis. Cliquem a seguir no: http://www.jcnet.com.br/busca/busca_mostra2011.php e constatem isso. Isso é uma coisa, louvável o trabalho de pesquisa do escritor Beto Braga, resgatando algo um tanto esquecido e pouco conhecido. Para nós aqui de Bauru tudo é uma grande novidade, mas para Bariri não. Viajo sempre por lá, tenho bons contatos com o Renato Dias dos Passos, representante da Cultura junto à Prefeitura e lá no seu local de trabalho, num espaço cultural junto ao lago daquela cidade, o que mais chama a atenção são os banners contando essa história. Conheço a história já faz mais de dois anos e numa visita que fiz ano passado, junto do desenhista Latuff, quando estávamos resgatando a história de estações ferroviárias desaparecidas, estivemos com Renato e essa história nos foi contada nos mínimos detalhes por ele, com um entusiasmo de endoidecer gente sã.

Para Renato, o feito de Mário Fava, seu conterrâneo era merecedor de todos os júbilos possíveis. Uma grande pesquisa havia sido feita e tudo estava ali recontado. Não existia pessoa que ao visitar aquele espaço não se entusiasma com o ali contado, nos mínimos detalhes pela pesquisa feita ao longo dos anos. O que o escritor Beto fez foi com melhores condições, ir à fundo em todos os detalhes possíveis e imagináveis, o que é louvável. Mais louvável ainda o que resgato nesse momento, que Renato, o pesquisador por conta própria lá de Bariri, merece também algum reconhecimento nesse momento, pois mesmo não tendo lido nenhum tipo de contato entre as duas pesquisas, a cidade de Bariri já reconhecia o ocorrido muito antes do livro ser lançado. Não conheço o escritor Beto Braga, mas tenho certeza que o seu entusiasmo não é menor nem maior do que o do Renato, quando eu e Latuff ficamos boquiabertos com a história que ele ia nos relatando quando lá estivemos. Escrevo isso só como forma de deixar registrado o fato de que, pesquisas paralelas, uma não inviabiliza a outra, nem deve ser deixada de lado. Louvo a ambas e acredito que, pela primeira vez, repercuto o fato de tudo já estar registrado lá pelos lados de Bariri já faz certo tempo. Falta agora ler o livro do Beto.

5 comentários:

  1. Henrique

    Bariri reverencia o nome de Mario Fava a bastante tempo, como voce mesmo escreve e a confirmação disso está no nome do centro cultural que visitou com o artista Latuff aqui na cidade, o CENTRO CULTURAL MARIO FAVA. Sabíamos do livro e aguardávamos algo que recolocasse tudo no seu devido lugar, ou seja, uma simples menção de que pelo menos aqui, terra natal do Fava, ele não passa como mero desconhecido. Seu texto foi muito bem vindo nesse sentido. Um não demerece o outro, mas deixar de citar a pesquisa que Bariri fez, ou nem mencioná-la é algo esquisito. O livro precisa ser lançado aqui na cidade.

    Pedro Ticianelli

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  2. Henrique

    Leio diariamente o Jornal da Cidade aqui em Bariri. Fiquei sabendo do seu texto pelos amigos da cultura daqui e lendo meu jornal hoje, vi muitas fotos do lançamento do livro aí em Bauru e nenhuma citação à minha cidade. Nem as autoridades daqui parece que foram convidadas. Ninguém a representar a cidade que gosta muito do Fava e do grande feito realizado por ele. Sendo ele daqui, o livro poderia ser lançado aqui. Fale disso a eles.

    Claúdia B. Cunha - baririense que chegou a conhecer o Fava

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  3. Saudades daquela peregrinação ferroviária, hein mestre?
    :)

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  4. Latuff meu caro:

    O Paulo Neves não confirma nunca a data de seu retorno por aqui. Bariri também te quer de volta, agora para uma palestra. Tô na expectativa e pronto para novas incursões férreas por donde sua cabeça imaginar. Preparei o embornal, com bolacha Maria e trudo o mais. Que venga el toro!!!

    Henrique - direto do mafuá

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  5. Justiça seja feita o baririense Osni Ferrari já havia registrado toda a história dos três heróis em seu livro "Eu não sabia que era tão longe", muito antes de Beto Braga. Quem quiser pode ler o livro online pelo link: http://www.osniferrari.com.br/livros/livro_4.htm

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