UM LUGAR POR AÍ (11)
CHEGA DE GENTE QUE “SE ACHA”, QUERO UMA "AMARANTE" SÓ PARA MIM
O mundo está cercado por todos os lados de gente pedante, do tipo que “se acha”, esbanjando conhecimentos e achando que dessa forma está vivendo melhor, ou pior, superiormente que o resto do planeta. Remo contra essa maré e fujo de gente a pensar e viver dessa forma. Se posso viver do jeito mais simples e tirar um proveito danado dessa vida, por que iria fazê-lo cheio de salamaleques? Detesto gente a se vangloriar dos seus feitos. Prefiro, e conheço muitos possuidores de estudos mil, mas que não precisam apregoar isso aos quatro ventos. Tocam suas vidas, recheada de muitos estudos, mas poucos são os que sabem disso. Nõ vivem de divulgar isso..
Quanto mais viajo por essas cidadezinhas pequenas, mais vou conhecendo pessoas simples, que tocam suas vidas, fazem e acontecem, bebem suas cervejas, jogam sua bola, namoram de montão, trabalham do jeito caipira e vivem melhor do que todos nós em grandes centros. Talvez nem o saibam, mas vivem bem pra caramba. Quando volto meus olhos para Cuba vislumbro sempre isso. Se aquilo é o suficiente para um país viver bem, sem sobressaltos, por que querer entrar nessa roda viva capitalista, nesse peca pra capar, tudo para ter algo a mais, que no frigir dos ovos pouca validade tem?
Li mês passado algo sobre uma experiência vivida por uma singular pessoa de uma cidadezinha no interior de Minas Gerais, em Amarante, um médico, ou melhor, um dentista que se enfurnou nos cafundós do estado há mais de cinqüenta anos, logo após sua formatura e de lá não mais saiu. Ele, o seu Geraldo (nem de Dr gosta de ser chamado) encontrou a felicidade em se doar para os de sua comunidade. Trata dos dentes de todos e de outros males, onde os tratamentos são distantes, caros e nem sempre valem muito a pena. É um homem feliz e vive mais do integrado com os habitantes de Amarante. Li sobre ele algo no final do texto, dessas coisas a não se esquecer jamais e como não consigo tirar da cabeça, repasso aos que me lêem: “A ciência ainda tem muito que aprender com a simplicidade dessa gente, que a décadas tem a fórmula do elixir da felicidade, enquanto nós, do futuro, gastamos bilhões para encontrar o antidepressivo perfeito”.
Desculpem o desabafo, ando angustiado. Queria tanto encontrar uma Amarante só para mim...
amigos novos e antigos:
ResponderExcluirDesculpe uma falha no post do blog de hoje.
Publiquei logo pela manhã aqui do Rio RJ e não conferi direito, antes de desplugar o computador.
Volto a fazê-lo somente agora no começo da noite e percebo que faltou a imagem com o texto sobre a tal da Amarante, que sai agora.
Cliquem nele e o lerão grandão.
Um abracito
Henrique - até amanhã um pouco longe do mafuá
Henricão
ResponderExcluirDe todo o seu texto o mais significativo é a parte do médico que ainda se preocupa com trodos os pacientes de sua comunidade, ganhando muito ou quase nada para isso. É uma raridade, possívem onde existe esse engajamento e mais que isso, um distanciamento dos modo de vida onde o capital predsomine. Não vejo isso nos médicos formados atualmente.
Rosana
H.
ResponderExcluirO seu texto é muito propício para os médicos de Bauru. Tudo nessa vida tem seu lado bom e o ruim, o perverso e o bonificador. O predatório e o romantico. Bauru, interior de SP e Amarante, interior de MG. Antagônicos em tudo.
Aurora