sábado, 13 de agosto de 2011

UMA MÚSICA (77)

DISCO NOVO DO CHICO, O BUARQUE, COM UM NOME CURTO, SÓ “CHICO”
Consumista compulsivo assumido (fruto desse capitalismo onde vivo), não o faço de forma generalizada, mas somente em alguns objetos, para mim indispensáveis. Livros, um deles. Música, outro. Meu mafuá é a personificação do que sou, uma organizada bagunça (para mim, para os outros, o caos), local recheado de livros e música, espalhados por todos os lados e poros. Dentre as preferências musicais uma delas consumi novamente em julho. Foi com Chico Buarque, pois tenho quase tudo dele. Digo quase, pois queimei a língua recentemente com o radialista argentino José Luis Ajzenmesser ao afirmar ter tudo de João Bosco. Num passe de mágica e em plena Buenos Aires provou ter pelo menos uns cinco dele que não possuía. O fato é que do Chico não devo ter algumas coletâneas, pois se já tenho tudo nos discos normalmente lançados por que deveria tê-los também nessas repetições? Passo com elas, mas em alguns casos não resisto, como no lançamento em bancas, Coleção da Abril, vinte CDs, um por quinzena, já concluídos. Dias desses o amigo Sivaldo Camargo me dá nova dica: “Passe nas Lojas Americanas, pois estão com uns songbooks maravilhosos?”. Não passei, pelo menos ainda e tento resistir a tentação de fazê-lo, pelo menos enquanto perdurar uma conta bancária que insiste em não sair do vermelho.

Mas como já perceberam quero hoje escrevinhar da minha mais nova aquisição, o CD novo do Chico Buarque, com um nome que ele já havia utilizado em disco lá pela década passada, somente “CHICO”. Lançamento da Biscoito Fino, encomendei lá com amigo e noroestino Marcos, da loja do Shopping. A capa é até bonita, mas o design em si deixa a desejar. O encarte é feinho, só com as letras, uma disposição que não me atraiu. Cito novamente o amigo Sivaldo, que me disse: “Chico tem tanto coisa boa, que estamos no lucro, mesmo quando lança algo que não nos agrade em cheio”. Mas o CD me agradou, mas não em cheio. Cantarolo uma, que digo para Ana Bia ser a nossa música, a “ESSA PEQUENA”. Sintam a letra: “Meu tempo é curto, o tempo dela sobra/ Meu cabelo é cinza, o dela é cor de abóbora/ Temo que não dure muito a nossa novela, mas/ Eu sou tão feliz com ela/ Meu dia voa e ela não acorda/ Vou até a esquina, ela quer ir para a Flórida/ Acho que nem sei direito o que é que ela fala, mas/ Não canso de contemplá-la/ Feito avarento, conto os meus minutos/ Cada segundo que se esvai/ Cuidando dela, que anda noutro mundo/ Ela que esbanja suas horas ao vento, ai/ Às vezes ela pinta a boca e sai/ Fique à vontade, eu digo, take your time/ Sinto que ainda vou penar com essa pequena, mas/ O blues já valeu a pena”. Já tem versão dela no Youtube, cliquem a seguir e ouçam vendo: http://www.youtube.com/watch?v=ZRLayH21Gnk

Essa uma, mas tenho mais três, minhas outras preferidas. A primeira, “QUERIDO DIÁRIO”, que tem uma frase que, sinceramente não entendi. Vejam se não tenho razão: “Amar uma mulher sem orifício”. Mas o que viria a ser isso? Expliquem-me, por favor. No youtube, tem um vídeo lindo do Chico cantando: http://www.youtube.com/watchv=TW_QM0H0ZYg&feature=related

Depois, a ‘SOU EU”, do Chico e do Ivan Lins, que ele canta maravilhosamente em parceria com a baterista Wilson das Neves. Fiquei derretido em cantar “quem é que carrega a moça pra casa, sou eu”, sintam o clima no: http://www.youtube.com/watch?v=trbpqIMFAKA Enfim, a “BARAFUNDA”, também linda: http://www.youtube.com/watch?v=ioq7DaOCU_8 . Tá bem, capitulo, e faço a citação de mais uma, a última, “SINHÁ”, com a participação mais do que especial do João Bosco com seu inconfundível violão. Esse vídeo foi gravado em 20/07/2011, quando do lançamento oficial do disco e um dia antes do João embarcar para vir tocar e encantar no show exclusivo para a Unimed em Bauru: http://www.youtube.com/watch?v=T4CP6aCXq9I . E depois tem gente que lota um Recinto de Exposição para gritar e se esganiçar por gente que não canta patavina nenhuma. Por fim, capitulo novamente, pois lá em cima cheguei a dizer que o CD deixava a desejar. Só o design, concluo. Tem quem o veja menos politizado, besteira, tem um monte de toques inseridos, para serem entendidos nas entrelinhas. Chico é Chico e ponto final.

2 comentários:

  1. henrique meu amor
    de minha parte, nossa novela é longa e muito longa. sabemos disto. obrigada por estarmos juntos. um beijo da sua ana bia

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  2. Henrique, meu caro, lembra do que conversamos lá no Centro Cultural?
    Veja esse petardo aqui e dê seus pitacos:
    http://botecodovalente.blogspot.com/2011/08/geni-o-zepelim-os-movimentos-sociais-de.html

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