UMAS CARTAS (68)
DUAS MINHAS, UMA NA TRIBUNA DO LEITOR E OUTRA NA REVISTA PIAUÍ
DESATRAVANCAR SEM DESMATAR! – http://www.jcnet.com.br/detalhe_tribuna.php?codigo=213267 , publicado na Tribuna do Leitor, edição de hoje do Jornal da Cidade – Bauru SP, em resposta a texto citado abaixo e publicado no mesmo jornal em 07/08 e que poderá ser lido clicando no link a seguir: http://www.jcnet.com.br/detalhe_opiniao.php?codigo=213060m.br/detalhe_opiniao.php?codigo=213060codigo=213060.br/detalhe_opiniao.php?codigo=213060
Permitam-me questionar somente hoje, passados três dias da publicação do artigo dominical do empresário Ricardo Coube ao JC, “Poluição da miséria vs. Desenvolvimento”. Tinha certeza de que o texto teria repercussão nos pronunciamentos de alguns de nossos vereadores. Juntando o que li e ouvi, rebato a ambos com algo bem simples.
Pelo que percebo, estamos às portas de contatos freqüentes, tentativas de indústrias desesperadas por espaço físico para implantar suas empresas por aqui, procura avassaladora e uma lei de defesa de manutenção do que nos resta de cerrado está a impedir, atravancar o dito progresso. Por mais que esforce a vista por todos os lados não consigo vislumbrar essas indústrias desejosas de se instalar por aqui e se estiver escrevendo besteira, peço a citação dos seus nomes e o que desejam. Cada caso é um caso, sigo esse lema e não costumo me decepcionar. O que não sigo é o lema proposto por alguns, o de que a antecipação é a alma do negócio. Por que deveríamos antecipar algo se a demanda não existe? Prudência, talvez, seja o mais recomendado. Apressado como cru, afirmava um lema pregado pelos mais velhos, que alguns de nossos jovens costumam não dar a devida importância.
Quero ser convencido do contrário e explico meus motivos. Nosso cerrado é palco de atrocidades constantes e da voracidade de “gregos e troianos”, sendo poucos os realmente motivados a sustentar sua defesa. Percorro constantemente nossos distritos industriais e observo vazios urbanos ainda não preenchidos. Não seriam eles suficientes para preencher as necessidades atuais? Temos também outros imensos vazios urbanos. Não leio nada sobre algo que possa ser feito em forma de contrapartida pelos tais alavancadores do dito progresso, nos casos de cessão ou permissão de uso dessas áreas ambientalmente preservadas. Nada foi ou é pensado nesse sentido?
Temo pela mudança da legislação e acredito que não seria de bom grado o setor da indústria ter algum tipo de atrelamento com o da especulação imobiliária, também com o mesmo intuito junto a abrandamento dessa lei. Prefiro uma melhor discussão do assunto e que as cartas sejam colocadas na mesa, uma a uma, na medida em que forem distribuídas. Antecipar o lance do jogo sem estar devidamente cacifado é bom só numa mesa de truco.
MEMÓRIAS POUCO DIPLOMÁTICAS – Carta minha publicada na edição 59, agosto 2011 da revista mensal PIAUÍ (http://www.revistapiaui.com.br/ ), nas bancas, rebatendo texto lido na edição anterior, “A ENCRENCA” e podendo ser lido clicando no link a seguir: http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-58/memorias-pouco-diplomaticas/a-encrenca
"Em “A encrenca” (piauí_58, julho), o embaixador Marcos de Azambuja foi infeliz ao generalizar que, “depois que Afonso Arinos, San Tiago Dantas e Araújo Castro saíram de cena, a política externa nacional foi conduzida por pessoas que não tinham a qualidade extraordinária dos nossos triúnviros”. Parece ter escrito a frase só para cutucar Celso Amorim, um diplomata de quilate comprovadamente até mais elevado, mas pelo simples fato de ter feito parte do governo do “sapo barbudo” é desqualificado. A tal da “política externa independente” só foi implantada de fato e de direito com Amorim, e reconhecer isso é uma simples constatação de fatos.
Mais infeliz é ele ainda quando diz que Cuba é “destino quase obrigatório dos brasileiros desejosos de prestar homenagem ao país que, por tantos anos, haviam identificado como modelo, refúgio e aliado. Depois, como quase sempre acontece, o tempo correu, o ímpeto arrefeceu, a moda mudou e a visita a uma Havana cada vez mais empobrecida e irrelevante saiu do nosso roteiro”. Deve, com certeza, viver em outro país, pois continuo com o mesmo ímpeto, acreditando nas mesmas coisas e percebo o mesmo em Lula, Frei Betto, Marco Aurélio Garcia. Ainda bem que a política externa brasileira caminha ao lado dos hoje libertos países latinos, e não eternamente dizendo amém ao “Grande Irmão do Norte”. Azambuja deixou de enxergar o óbvio".
OBS.: Amanhã aqui no mafuá algo sobre uma verdadeira JAM SESSION NO CERRADO e uma FRASE a definir maravilhosamente o que é a GRAND EXPO BAURU.
Amigos e amigas,
ResponderExcluirEis aqui uma descoberta importante para a ciência e mesmo não tendo a ver com o que o amigo Henrique escreveu, vale a pena tomarmos conhecimento:
Pela primeira vez, cientistas encontraram pistas bastante significativas de que alguns dos elementos que formam o DNA têm realmente origem extraterrestre. A descoberta ajuda a sustentar a teoria de que o material para a criação da vida veio pronto do espaço através de colisões da Terra com cometas e meteoritos.
A notícia completa vc confere em nosso site: http://www.slfm.webnode.com.br
Um forte abraço,
José Esmeraldi
HENRIQUE
ResponderExcluirVocê é mesmo um barato e a menor menção de falarem mal de Cuba já se coloca com as armas em punho. Até um ex-ministro de Relações Exteriores, esse do tempo da Ditadura, não escapou da lavada. Aguarde o troco. O mesmo digo do Coube sobre o desmedido desmatamento para ampliação de parque industrial na cidade. Foi ótimo a conotação com a especulação imobiliária. Você está certo. Pau neles.
André Ramos
Caro Henrique,o texto de Azambuja não deixa de retratar com bastante clareza o que foram os anos da guerra fria. Jânio Quadros, realmente um alcólotra desqualificado. Nos jogou numa realidade obscura e trágica que até hoje teima em se fazer presente entre nós. (Observe a impunidade dos poderosos, o respeito e pavor servil com autoridades, a censura dando as caras). Janio foi um covarde que imaginou voltaria ao poder nos braços do povo, esquecendo-se que este mesmo povo em sua grande maioria não passa de pamonhas assim como ele foi. Já Celso Amorim, foi sem dúvidas o chanceler que mais se destacou nos últimos anos. Até por seus erros e acertos (IRÃ/AIEA, Gás/Bolívia, Itaipu/Paraguai, etc).
ResponderExcluirVejamos como ele se sai agora a frente do Ministério da Defesa. Quanto a Cuba estar fora de moda, infelizmente é fato. Hj mais do que nunca, o pamonha brasileiro quer seja novo rico sem cultura ou classe média estúpida, tem como destino certo EUA ou Europa. Lugares onde são tratados com o devido respeito que merecem, ou seja, pessoas de segunda categoria. E acredite, adoram!
CARO ARABEALLI
ResponderExcluirEntendi tudo isso, mas é que não consigo perder o antigo gosto de adorar Cuba e o que ela representa, mesmo com todos os problemas e transformações. E admiro quem continua entendendo isso e valorizando, como os citados. E é claro, observo com desilusão o novo quadro, onde ocorre a mudança de preferências, principalmente naqueles que deixarma de ser, mas gostam de continuarem afirmando em algumas rodas ainda o serem.
Um abraço
Henrique - direto do mafuá
Se por um lado o ídolo argentino Diego Maradona atualmente tem um desafio diferente pela frente, no comando do Al Wasl, dos Emirados Árabes, por outro o ex-jogador mostrou que a língua continua afiada como sempre. O agora treinador deu uma polêmica entrevista para uma revista argentina, na qual pede com todas as letras a saída de Joseph Blatter da Fifa e faz questão de reforçar o seu apoio e admiração ao líder cubano Fidel Castro e ao seu “ídolo” Hugo Chávez, presidente da Venezuela.
ResponderExcluirAo relembrar os recentes escândalos de corrupção que assolaram a Fifa, Maradona pediu a renúncia imediata de Blatter. “(Ele) tem que sair (da presidência da Fifa) para que a governem os jogadores de futebol, os que realmente sabem da necessidade urgente de ter Mundiais sem suas políticas e sem compra de votos”, afirmou o ex-jogador à revista La Garganta Poderosa.
Em uma extensa entrevista concedida à publicação, que dá voz às comunidades de bairros pobres de Buenos Aires, Maradona seguiu disparando críticas. Outro alvo foi o presidente da AFA (Associação do Futebol Argentino), Julio Grondona, assim como o presidente norte-americano Barack Obama, que entrou na pauta quando o ídolo argentino expôs suas posições políticas.
Conhecido pela admiração que tem por Fidel, ele o chamou de “pai de todas as revoluções” e ainda defendeu o regime cubano. “Hoje o planeta está morrendo de fome e há 14 milhões de africanos que não têm um pedaço de pão, mas dizem que Fidel é um filho da p... porque os cubanos comem uma xícara de arroz, comem o pão. Cuba é um exemplo a seguir”, decretou Maradona.
Já sobre o “ídolo” político Chávez, o ex-jogador desejou saúde para que ele possa superar o câncer. “Que Deus lhe dê vida suficiente para que o projeto que tem com Fidel possa continuar e que possa seguir lutando contra o grande poder dos Estados Unidos”, disse Maradona, que ainda criticou a política de imigração norte-americana e comparou a AFA a um “museu”, pela idade avançada de seus dirigentes.
Bom dia Observatório,
ResponderExcluirEu estava acompanhando a discussão sobre a opinião publicada no JC, e me lembrei que mês passado ou retrasado saiu uma reportagem falando sobre o desenvolvimento econômico de Bauru e a Lei do Cerrado; pra resumir, ao mesmo tempo em que a notícia traz o remanescente do bioma como um orgulho para a cidade, por outro lado dá a impressão de que a cidade não se desenvolverá com a preservação ambiental, e o que ficou da reportagem foi uma imagem negativa da lei do cerrado, do bioma em bauru e do órgão licenciador que só faz cumprir a lei (http://www.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=209584). Talvez por conta dessa reportagem o leitor tenha decidido publicar sua opinião a respeito do cerrado (poluição da miséria vs. desenvolvimento).
Para a população em geral, impregnada com a cultura do desenvolvimento econômico versus preservação ambiental, ao colocar na balança oportunidade de emprego X cerrado, aposto minhas fichas que a prioridade será a oferta de emprego; afinal de contas o povo precisa trabalhar para comer, cuidar da saúde e comprar roupa de marca; além disso “em Bauru não tem nada, só cerrado!” (referência à afirmação do ministro da Agricultura, Wagner Rossi - http://www.biotabrasil.com.br/?p=1600).
O observatório precisa se manifestar sim pra tentar mudar a concepção de preservação ambiental e desenvolvimento econômico, ou simplesmente mostrar que tem gente que se importa com o bioma; e se possível ir além. Se 30 indústrias querem se instalar em bauru terão que pagar o preço, não dá e não devemos mudar a lei; por outro lado cabe ao poder público, setor industrial e nós (sociedade civil organizada ou não) criar e propor meios para facilitar a instalação de novas empresas, sem causar maiores desmatamentos.
Grande abraço a todos,
Gabriel Fazioni
Biólogo
ACHEI ESSE EMAIL NO OSERVATÓRIO CERRADO VIVO
Henrique
ResponderExcluirO prefeito é ecologista, pelo menos tem passado nesse sentido, seu Secretário do Meio Ambiente já se posicionou contra o projeto de diminuição de área do cerrado, mas o seu líder na Câmara, o vereador Renato Purini, é quem está à frente da tentativa de mudança da legislação. Tudo para propiciar à especulação imobiliária um avanço desmedido sobre o que nos resta de cerrado. Vamos acabar com tudo o que nos resta de mata nativa e que se dane a qualidade de vida. É assim que esse cara pensa e age. Como conter um cara que pensa desse jeito?
José Martins - Mi