BAURU POR AÍ (60)
GRUPO CRIADO POR BAURUENSE CONTINUA FAZENDO E ACONTECENDO, 47 ANOS DE ESTRADA
Tem muitas coisas que me trazem lembranças de Bauru quando estou distante, como nesse momento. Uma delas é o sanduíche que leva o nome da cidade, outra é o fato do maior jogador de futebol ter iniciado a carreira por aqui, outro é que o maior prostíbulo do país, o da dona Eny Cesarino funcionou nas cercanias daqui, outros são alguns atores que nasceram aqui, mas algo precisa ser ressaltado nesse momento é não diz respeito a nada disso. Infelizmente, um que leva o nome de Bauru além fronteiras por esses dias é pouco conhecido na própria cidade, pois afirmo com toda a certeza, muito mais da metade da população bauruense não sabe que eles são daqui e muito menos que eles existem, mesmo tendo fãs incondicionais aqui, pelo Brasil e mundo afora. Falo do ZIMBO TRIO, um verdadeiro PATRIMÔNIO DA MÚSICA INSTRUMENTAL BRASILEIRA, que criado pelo pianista AMILSON GODOY, está em viasde completar 50 anos de carreira e lançando dois conjuntos de CDs ao mesmo tempo.
Falar do Zimbo é falar da música de qualidade no país, sendo eles uma das mais fortes referências nesse quesito, reverenciado por todos os que entendem do assunto. Fundado em 1954, pelo Amilson, o contrabaixista Luís Chaves e o baterista Rubinho Barsotti, o trio galgou os píncaros da glória tocando magistralmente jazz, bossa e samba de uma forma irresistível. O cinqüentenário está perto, são completados exatos 47 anos e 51 discos com o último, algo inédito na história do grupo, um só com inéditas do bauruense Amilson. Eles, que tocaram de forma primorosa canções dos outros, dessa vez o fazem para homenagear o mestre do piano e com a nova composição, onde se juntou aos antigos, o baterista Percio Sápia, após o agravamento de uma doença do Rubinho, quando passaram a fazer uma espécie de revezamento.
Zimbo, traduzido do africano para o português significa boa sorte, felicidade e sucesso, tudo o que tiveram merecidamente na carreira. Lembro de um show deles no Teatro da USP, ano de 2008, com a chancela do amigo Vinagre, quando adentramos o camarim e tiramos belas fotos deles todos de forma muito descontraída. Os CDs lançados são os seguintes, no primeiro uma Caixa com os seis primeiros discos da RGE (imperdíveis e insubstituíveis) e “Zimbo Trio Autoral”, com algo que não conseguimos mais presenciar em nenhum outro tipo de gravação no país, músicas com duração de até 7 minutos. Deve ser de escorrer baba pelo queixo. Amilson é um que dá gosto dizer que é de Bauru. Esse é reconhecidamente com e faz e acontece. Numa loja eu tenho certeza que encontrarei esses todos para comprar, lá no shopping, a do meu amigo Marcão, noroestino e propagador de sons, num negócio de paipara filho desde os anos 60. Vejam e ouçam DIVERTIMENTO: http://www.youtube.com/watch?v=uNpqDRo88p8
OBS.: Viajei e perdi um Stand-Up patrocinado pelo Banco do Brasil com a atriz e poetisa ELISA LUCINDA (http://www.youtube.com/watch?v=iTFPPgYj5uQ&feature=related ). Elisa faz algo a horrorizar gente no estilo dos que pregam, por exemplo, o tratamento de Lula no SUS, pois conta histórias populares, do Zé povinho, seus modos, trejeitos e traquejos. Só por isso deve escandalizar certos empoados daqui e de todo lugar.
ELISA lUCINDA, mAS EU NÃO VI ANUNCIADO EM LUGAR NENHUM...
ResponderExcluirCÁSSIA
O evento com a Elisa Lucinda, da qual possuo um lindo CD de poesias (o Wellington reproduz algumas na Véritas de vez em quando), foi um jantar patrocinado aos clientes do Banco do Brasil e só para convidados, todos escolhidos a dedo pelo pessoal da gerência de Bauru. Foi numa dessas casas de buffet, nem sei o nome. Recebi um convite por tabela, pois a convidada foi a Ana, minha alma gêmea, que possui algum na instituição bancária. Eu movimento uma continha das mais chinfrins e não faria juz a esse convite. Viajei e não fui, Ana foi com minha irmã e me disse que Elisa fez uma fala (ou seria show...) em cima de um tema a alvoroçar a platéia, pois tem como epicentro a pessoa comum, o das ruas, o incógnito, o anônimo, enfim, o que carrega esse país nas costas, enquanto uns poucos se beneficiam disso tudo e flanam, aproveitadores de plantão. Gostaria de ter ido e pelo que sei, ao voltar, tenho um livro autografado à minha espera.
ResponderExcluirum abracito do Henrique - distante do mafuá por alguns dias
elisa levou alguns livros para venda. um deles, tratava do espetáculo: não falem mal da rotina (algo assim). e daí tratava do dia a dia das pessoas comuns e invisíveis no rio de janeiro onde mora. queria muito que henrique tivesse ido. não a conhecia pessoalmente, mas eu e helena tivemos a sorte de que ela sentasse a nossa mesa para comer a sobremesa. conversamos um bocatido de nada. havia muitos fãs. me chama a atenão como a alta sociedade bauruense assiste a um espetáculo no qual elisa fala de ter um "cabelo ruim" como é denominado o cabelo meu e dela e depois uma senhora, muito bem apessoada, retirando um carrão da garagem, vem me dizer que sempre fez permanente. dentre muitas outras estórias que rolaram na noite de ontem, as quais não cabe o espaço de aqui relatar, ressalto que bauru está preparado para elisa lucinda assim como para outros eventos culturais - não tão comerciais - mas o que provocam reflexão e pensamentos outros.
ResponderExcluirana bia andrade
Adoro o Zimbo Trio e concordo contigo: Bauru não conhece devidamente a importância deles para a música brasileira e muito menos o conhecem. Pergunte nas ruas se sabem o que venha a ser Zimbo Trio. Experiemntem perguntar nas ruas o que venha a ser Bruno e Marrone. O Brasil está dessa forma.
ResponderExcluirCláudia Dias
O Banco do Brasil é discreto. Fez uma festança, trouxe uma atriz e poetisa de primeira grandeza, não fez questão de provocar nenhuma nota no jornal e todos que lá estiveram gostaram imensamente. Depois do ocorrifo, fui procurar saber e é isso mesmo. Perdi.
ResponderExcluirCÁSSIA
Henrique, boa lembrança do Zimbo Trio, eles são uma das grandes expressões da música brasileira, eles assim como o Milton Banana Trio deram um salto de qualidade na musica instrumental fantastico.
ResponderExcluirAgora só uma observação, você cometeu um equívoco de localidade, talvez por distração, sono, mas o maior jogador de futebol de todos os tempos não cresceu em Bauru, na verdade nunca veio para cá, ele cresceu em Lanús na periferia da Grande Buenos Aires, rsrsrs.
Marcos Paulo
Comunismo em Ação
O baterista Rubens Barsotti,conhecido como Rubinho,está com alguma doença grave,que o está impedido de tocar com o Zimbo,já que ele é um dos formadores do fantástico trio musical.Sou músico tb e fiquei preocupado com a substituição dele pelo Pérsio.Obrigado.
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