quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

MEMÓRIA ORAL (113)

O LANÇAMENTO DE UM LIVRO, SUA DIVULGAÇÃO E ALGUNS PERSONAGENS REGINOPOLENSES
“Reginópolis, Sua História”, esse o livro. Fausto Bergocce e Henrique Perazzi de Aquino ou autores. Datas do lançamento, dias 09/12, sexta em Reginópolis, no Ipê Clube e em 13/12, terça, em Bauru, no Templo Bar. Tiragem de 1500 exemplares e uma divulgação feita inicialmente com matéria publicada no Jornal da Cidade, de Bauru, caderno JC Regional, edição de 17/11, com o título “Reginópolis poderá ser vista em aquarela” e outra, entrevista concedida ao diário Bom Dia, junto ao jornalista e editor Thiago Roque, com previsão de publicação para sexta, 09/12. Releases circulando via internet para todos os meios de comunicação a atingir as duas cidades, a primeira, além de cidade tema do livro, terra de um dos autores e a segunda, terra do outro e local da maioria dos meios de comunicação a divulgar o evento.

Dia 07/12, quarta, a passagem em três desses meios. Fausto chega de São Paulo, 13h e os autores vão quase direto para uma entrevista ao Programa Variedades, na TV Preve, com a jornalista Nádia de Oliveira, tarimbada gaúcha oriunda de Carazinho. Riu-se muito, todos, com os percalços de uma TV ao estilo interiorana, cheia de pequenos, repetidos e saborosos erros, todos contornáveis e entendíveis. Num momento, após várias tentativas de se iniciar a gravação, quando os técnicos Rodrigo Munhoz e Valdir Lima, que foi apelidado de Valdir da Pilha, deram um breque em tudo e detectaram que algo estava com a pilha fraca. E a mesma foi trocada e tudo voltou a funcionar “como dantes no quartel de Abrantes”. Meia hora de gravação voam num vapt-vupt, ainda mais quando a condução é bem feita, com todos à vontade, deixando os entrevistados fluírem à vontade.

De lá ambos voaram para a redação do Bom Dia, posando para fotos na rua, defronte à movimentada rua Treze de Maio, defronte a sede do jornal e sob a lente do fotógrafo Cristiano Zanardi. Essa a certeza de algo sairá nas próximas edições. De lá uma corrida de ambos para a sede da TV Tem, confirmando uma entrevista para o dia seguinte, logo cedo, 7h30 na praça central de Reginópolis, defronte a Padaria Rainha. Recebidos pela jornalista estagiária Rafaela Rosa de Melo, oriunda de Mineiros do Tietê, ambos foram surpreendidos pelo carinho com que essa dedicou à obra: “Estou lendo nos intervalos. A riqueza de tudo está na simplicidade, meu pai me ensinou isso e percebi isso no livro. Nele pessoas simples foram transformadas em pessoas especiais”. Nas despedidas ficam sabendo ter ela já produzidos vários documentários amadores em sua terra natal e todos eles disponibilizados no http://www.reportagemonline.blogspot.com/

Dia seguinte no horário marcado, o combinado foi cumprido. A dupla de autores sai de Bauru por volta das 6h40 e pontualmente aportam defronte a tal padaria às 7h30. Quem já estava por ali era seu Alberto Beil de Marins, o barbeiro do Salão Guadalajara. Na seqüência chegam Renê Raduan, 72 anos, o goleiro mais famoso do Reginópolis Futebol Clube, com uma vistosa camiseta onde nas costas está escrito “Parabéns – Ao Goleiro Voador” e Maurílio Peres Camargo, memorialista e proprietário do Escritório de Contabilidade O Globo. Por fim, para que tudo não seja transformado num “Clube do Bolinha”, chega a neta de seu Inácio Carreiro,um dos fundadores do então povoado, Maria Julia da Silva Paula, 62 anos e com um sorriso para encantar agrupamento tão diverso e incontido. O motivo de todos estarem ali é que seriam entrevistados pela TV Tem, todos com algo mais do que comum com a história da cidade, entrelaçadas uma com a outra e conseqüentemente, cada um devidamente inserido no contexto do livro.

Pouco antes das 8h, chegam num carro da TV Tem, o cinegrafista Moacir Pires, o Moa, empunhador de câmara registradora a algumas décadas e ao seu lado a sorridente mineira de Juiz de Fora, a jornalista Roberta Chevitarese. Não aceitam o café, sentam num banco da praça e começam a alinhavar o que seria feito. Estranham todos estarem ali, pois estão acostumados a irem de local em local e não o contrário, a troupe de entrevistados já estar à sua espera e querer ir acompanhando tudo como se fosse uma espécie de romaria. O primeiro a dar entrevista é Maurílio, que já tem pronto o que deseja manifestar, sobre as datas da transformação do distrito de Batalha para a denominação atual. No canto mais movimentado da praça, esquina com rua Boa Vista grava seu pronunciamento.

O próximo da fila foi o barbeiro Alberto, impecável figura, com calça e camisa vincadas e bigode aparado com o mesmo apreço. Ao adentrar o salão, Roberta não resiste: “Seu Alberto, com uma pequena mexida aqui isso vira um lugar maravilhoso. Depois o Sr pode até cobrar ingresso”. Para dar um clima mais intimista a entrevista é convocado o dono da farmácia ao lado e esse sentado na cadeira à moda antiga, tem a barba feita, com navalha e tudo, sem que tenha a obrigação de pagar pela aparação. E dá-lhe passagens desse rico personagem, que ocupou cargo de diretor a presidente do time da cidade. Por falar em time quem dá a próxima entrevista é o ex-goleiro Renê e todos se dirigem ao estádio Spuri, onde sua fala dá-se debaixo dos travessões. No final dessas quem se aproxima é Henrique, um dos autores e faz algo que muitos ali tinham vontade, prontifica-se a bater alguns pênaltis em Renê. De três acerta dois, mas pudera, seu Renê está hoje com 72, calça comprida e a trave depois de alguns anos após ele ter parado de jogar futebol foi suspendida. Não houve vaias, muito menos aplausos. A assistência era pequena.

A entrevista já corria contra o tempo e a última a falar é Júlia. Roberta pensa um pouco e ao ouvir a história que o avô da entrevistada amarrava numa árvore naquele local seu cavalo, muito antes daqui existir uma praça, imagina o cenário propício para a entrevista. Pede para o cinegrafista permanecer no fundo de um longo corredor e elas duas vêem se aproximando, conversando e dessa forma descontraída sai a história da participação de seu Inácio nos primórdios de uma vila que nasceu por ali. Julia não resiste, pega um convite do lançamento do livro e pede um autógrafo. Parece que já viraram antigas amigas. E Roberta confessa algo diante de todos: “Como é bom participar de matérias assim, quando as pessoas rendem mais e contam suas histórias. Para nós, jornalistas, é gratificante participar disso e da forma como está sendo feito. Tragpedia ninguém gosta de registrar”.

Antes das despedidas finais, novas imagens, dessa vez dentro da igreja, conferindo a beleza dos vitrais. Além das imagens muitas fotos e a confirmação de quando seriam todos vistos na TV. Por volta das 10h30 o grupo se dispersa e parece que a vida volta à normalidade na até então movimentada praça, aonde até um amigo de Fausto chega até ele, vendo a TV ali e diz: “Na TV Globo não tem um comentarista esportivo com real qualificação”. E prontificou-se a dar palpites e ficaria horas ali dizendo onde ocorreu cada erro de todos os comentaristas que conhece. Essa parece ter sido a senha para dispersão geral e absoluta de todos. Os autores dirigem-se à Prefeitura, apresentam a obra ao prefeito e conseguem deste um buffet para o evento de lançamento. Henrique, antes de retornar à normalidade ainda foi entregar um livro e convites para o pessoal da direção do semanário O Alfinete, da vizinha Pirajuí. E mais não foi feito nesse dia para divulgar o livro, pois Fausto permaneceria parte da tarde fixando as aquarelas em painéis para a abertura da exposição de amanhã e Henrique voltou à sua Bauru. Amanhã o grande dia.

SERVIÇO: Reportagem da TV Tem passará no noticiário de 09/12, 12h e provavelmente também algo mais no das 19h15. Já o programa Variedades da TV Preve: SEXTA, 09/12, 9H,13H, 20H E 22H; SÁBADO, 10/12 17:30H e SEGUNDA, 12/12 9H E 13H. No mesmo horário, para locais onde não pega a TV UHF, tudo poderá ser visto pelo site: http://www.tvpreve.com.br/

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