COMENTÁRIO QUALQUER (97)
MOVIMENTAÇÃO E REFORMAS EM IMÓVEIS TOMBADOS: TÊNIS E ALIANÇA FRANCESA Uma matéria que me chamou bastante a atenção na semana passada no diário carioca O Globo foi sobre a quantidade de imóveis tombados em estado de pré ou total abandono na cidade do Rio de Janeiro. O tema me interessou por refletir algo com projeção nacional, inclusive em Bauru. De aproximadamente 40 imóveis tombados pelo CODEPAC – Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Bauru, mais de uma dezena encontram-se nessa mesma situação. Algo preocupante e uma tentativa, minúscula, diga-se de passagem, é ver aprovado pela Câmara dos Vereadores uma isenção de impostos, principalmente o IPTU para os casos onde existe a intenção de sua recuperação pelo proprietário. Esse um fato. Outro é algo que fiz questão de fotografar nas minhas andanças pelo centro da cidade no final de semana passada. Dois desses imóveis encontram-se com reformas (não sei se posso considerar como restauro) em andamento e além da citação, faço comentários pertinentes a ambas as situações.
No primeiro, a edificação do BAURU TÊNIS CLUBE, com entrada principal pela Rua Gustavo Maciel. Ali um processo de tombamento iniciado e uma negociação com os atuais ocupantes do prédio, antes de efetivarem a atual utilização. Ficou acertado a manutenção das características principais da edificação e a liberação de parte do terreno a ocupar todo o quarteirão para outras possibilidades. Não se teve a intenção de engessar alterações, mas desde que feitas com responsabilidade e acompanhamento, sem nenhum problema. Vejo metade do quarteirão em obras e gente a reclamar. Não se faz necessário uma averiguação do que está sendo feito, como e seus desdobramentos? Vejo parte daquilo tudo no chão e o sentimento é de dor e lamento.
No segundo a bela edificação da ex-unidade escolar da ALIANÇA FRANCESA, localizada na rua Araujo Leite, pouco acima da Rodrigues Alves. Lembro que o novo proprietário participou de algumas reuniões e se propôs a efetuar as alterações sem retirar da mesma o que ela possui de mais chamativo, sua fachada e entorno. A casa está toda destelhada e com janelas sendo trocadas, em algo que nem sei se o Codepac foi devidamente notificado. Que ficará lindo, não tenho dúvidas, mas a pergunta que deixo no ar é a de se não foi feito nada além do combinado?
Ninguém quer ver nada abandonado e sendo deteriorado pelo tempo, mas também se faz necessário um entendimento entre as partes para que o registro de parte da história da cidade não seja preservado em algo descaracterizado. Amanhã aqui a continuidade desse texto com algo que irá arrepiar até a medula os próceres da especulação imobiliária da cidade: o tombamento e impedimento definitivo de transações imobiliárias numa das áreas onde o metro quadrado é o mais caro na cidade. Aguardem...
OBS.: Hoje a abertura de mais uma feira do Livro Infantil, dessa feita sua 12º edição e aqui em primeira mão a reprodução do cartaz do evento, desenhado por meu parceiro no livro sobre Reginópolis, FAUSTO BERGOCCE. Ele aqui estará para uma Oficina dia 17/04, quando anunciaremos algo mais sobre os desdobramentos de uma exposição com os originais desenhados por ele, total de 250 aquarelas.
Olá Henrique.
ResponderExcluirSalve, salve com sua visão de raios X que não deixa de perceber as alterações na nossa querida cidade.
Como você imaginou o CODEPAC não foi notificado das reformas empreendidas no BTC e na Aliança Francesa, mas está tomando providencias no sentido de que as coisas tomem o encaminhnamento normal: ntoificação das reformas e sua aprovação pelo órgão preservacionista.
Como você disse e repete, assim como nós, o Codepac não quer "engessar imóveis tombados" ou "impedir o progresso" da nossa cidade, mas em tempos de "esquecimento à velocidade da luz" é necessário que a história de Bauru seja preservada.
Como sempre repito à guisa de bordão (como diriam os antigos): Paris poderia abrir mão da Torre Eifel? Para quem achar graça da comparação eu moro em Bauru e não em Paris, portanto a Torre Eifel (a verdadeira)...
Como diria Fernando Pessoa: O rio mais bonito é o rio que passa peal minha cidade.
A nossa cidade poderia receber muitos turistas se o nosso patrimônio ferroviário fosse restaurado e colocado para funcionar e não fosse ameaçado de ser sucateado.
Abraços do
Professor Ms. Fabio Paride Pallotta
O sistema viário de nossa cidade que é o mais caro do país
ResponderExcluirterá um novo aumento em breve. Os que se utilizam do pré-pago, pasmem!
que absurdo, pagam adiantado para poderem ficar em pé dentro dos onibus
durante o mês todo. Mas o que chama a minha atenção é o valor da linha
Bauru a Santa Cruz do Rio Pardo : R$ 4,85 e são 90 kms de percurso.
Então porque o povo bauruense que anda no máximo 4 kms. pagará agora 2,60?
Olhem a diferença brutal que é isso. No periodo das 10hs as
16hs na avenida Nuno de Assis os "leopardos" das empresas urbanas passam
praticamente o dia todo descansando para atacar os usuários no final da tarde,
depois de terem atacado no periodo da manhã. Que tal os usuários ficarem um
dia sem utilizar esse meio de transporte tão caro? Somente assim é que
poderá haver alguma mudança. Senão...continuarão à arrecadar milhões em cima
desse "bezerro de ouro" que é o povo que para ir daqui até ali, tem de tomar 4 conduções.
E o "terminal de integração" quando é que virá seo prefeito e vereadores? Quando? Nunca?
ALDO WELLICHAM