COLONIA DEL SACRAMENTO, UM PEDACINHO URUGUAIO PERTINHO DE BUENOS AIRES
Semana passada na visita que fiz a Buenos Aires, essa minha terceira ida para lá, sempre quis dar uma esticada para conhecer uma ponta do Uruguai, numa curta distância de barco, atravessando o rio da Prata. Na quinta, 02/08/2012, fizemos isso, eu e Ana Bia. Acordamos cedo e perto do nosso hotel a estação do Buquebus, com um ferry-boat personalizado e o local lembrando muito um aeroporto. Podia não ser isso, mas tratava-se da ligação entre dois países e tanto de um lado como do outro, algo moderno e confortável. Preferimos pegar um que saia de Puerto Madero às 8h45. Pagamos no dia anterior pela internet e na chegada foi tudo muito rápido, inclusive no momento de averiguação dos passaportes. O barco tinha até um free-shop no seu andar superior, mas tanto na ida como na volta preferimos dormir num reclinável banco, pois o tempo estava um tanto fechado e pouco se via do riozão (o da Prata a separar os dois países) de água à nossa volta.
O lugarejo é tombado pelo patrimônio histórico da humanidade e chama-se Colonia Del Scramento. Uma cidadezinha colonial, à beira d’água, fundada por portugueses, patrimônio da Unesco, povoada por pousadas e restaurantinhos e galerias. De cara um Centro Turístico e informações variadas sobre as andanças. Preferimos caminhar e o fizemos muito. Primeiro pela orla, dando uma volta quase completa na área possível de visitação. Logo no início uns trilhos e uma rotunda, conservada, porém sem nenhuma utilização útil, uma vez que trens não mais circulam por ali. Os galpões, bem diferentes dos nossos são um encantamento para os olhos, principalmente suas coberturas de zinco.
Fiquei encantado pela quantidade de carrinhos, alguns muito pequenos e com muitos anos de utilização. Não identifiquei as marcas, mas os vi em uso e de pronto percebo que teriam problemas para circular no Brasil, diante desse nosso atual sistema de vistorias automotivas. Tirei fotos ao lado de alguns e os vejo ainda muito úteis. Circulam de um lugar para outro, num local onde o trânsito é dos mais calmos e pelo que vi, o importante não é a ostentação, mas sim a pessoa possuir um meio de locomoção. Fiquei encantando com a preservação do lugar, muito limpo, mas o que me assusta em lugares assim é a quantidade mínima de gente pelas ruas. Sou um bicho urbano e não sei como me viraria num lugar com tão pouco movimento.
Fiquei encantado pela quantidade de carrinhos, alguns muito pequenos e com muitos anos de utilização. Não identifiquei as marcas, mas os vi em uso e de pronto percebo que teriam problemas para circular no Brasil, diante desse nosso atual sistema de vistorias automotivas. Tirei fotos ao lado de alguns e os vejo ainda muito úteis. Circulam de um lugar para outro, num local onde o trânsito é dos mais calmos e pelo que vi, o importante não é a ostentação, mas sim a pessoa possuir um meio de locomoção. Fiquei encantando com a preservação do lugar, muito limpo, mas o que me assusta em lugares assim é a quantidade mínima de gente pelas ruas. Sou um bicho urbano e não sei como me viraria num lugar com tão pouco movimento.
Encantador são as casas antigas, muito bem preservadas. Em muitas pude ver o antigo estado totalmente preservado do lado externo e com todas as modernidades do seu lado interno, principalmente com a instalação de aquecedores. O lugar é muito frio, venta bastante (beirada de um grande rio) e quando chove, tudo fica mais gélido e as ruas mais vazias. As edificações me faziam parar a caminhada a cada instante. Foram fotos e fotos, inclusive a de algumas ruínas. Fácil encontrar roteiros que contam um pouco da história do lugar e com todas as pessoas que paramos para conversar, percebemos uma amabilidade imensa. Ficávamos sabendo um pouco mais da história do lugar a cada parada.
O restaurante escolhido para o almoço parecia algo saído de séculos passados. Foi difícil escolher, pois haviam muitos no seu centro histórico, um mais chamativo que o outro. Algo que provei logo de cara, além do vinho, foram as cervejas uruguaias. Durante as poucas horas que por lá permanecemos, tomei quatro de marcas diferentes (garrafinhas de long-neck) e uma constatação, as nossas são melhores. Os vinhos são ótimos e a comida idem. Queria algo típico do lugar e só não aprovei com um 10 a escolhida, pois preferi algo com uma pitada doce e isso não me caiu muito bem (a tal da diabetes). Tudo ia nos chamando muito a atenção, desde o corte das arvores, até na forma como faziam os lanches.
Algo que trouxe de recordação desse pedacinho uruguaio foram CDs. Como a cidade é pequena cacei por uma livraria e encontre uma, que a proprietária nos disse ser a única no lugar. “Libreria El Virrey”, seu nome, muitos títulos e vários CDs. Preferi uma coletânea com 2 juntos e quase quarenta músicas, com vários artistas do país todo. Estou tendo a possibilidade de ouvir e tomar conhecimento de ritmos variados e confesso, tenho gostado do que tenho ouvido. Foi encantador ver uma livraria aberta e com ampla aceitação pela população local. Quando que aqui uma de nossas cidadezinhas pequenas, do tipo de Reginópolis poderia se dar ao luxo de ter como loja comercial uma livraria? No Uruguai isso é possível.
Queríamos andar mais e mais, mas um chuvisco intermitente começou e daí para uma chuva foi um pulo. Tentamos andar mais e paramos ao lado de uma edificação em ruínas para conversar com duas estudantes peruanas. Aproveitamos para visitar algumas galerias em busca de recordações e por fim, quando a chuva aumentou, achamos um bar quase defronte o local de embarque e por lá ficamos bebericando e jogando conversa fora com uma atendente, muito atenciosa e que nos contou muito da história e do dia a dia do local. Ainda com chuva, às 16h30 voltamos e desmaiamos no barco, com o mesmo conforto da ida. Adentramos novamente Buenos Aires no finalzinho do dia e preferíamos caminhar até o hotel, vasculhando cada cantinho que encontrávamos pela frente. Adoramos a pequena experiência uruguaia e a indicamos para quem por lá estiver e com um dia livre dentro da grande Buenos Aires. Da próxima vez, quero mais, talvez uma pernoite em Colonia Del Sacramento.
q bom ver um velho excomunista desfrutar das coisas boas q so o capitalismo proporciona
ResponderExcluirao comentarista anônimo do andar de cima:
ResponderExcluirTodo comunista pode e deve desfrutar de tudo o que o mundo proporciona. Não acredito que ainda existam pessoas a pensar que comunistas e socialistas não possam viajar de avião, não possam ter carros, não possam tomar vinho, não possam sair à noite, etc e etc. Eu não sou ex-comunista, porque acredito que nunca o tenha sido na acepção da palavra. Sou um arremedo, mas me bandeio de mala e cuia para o lado desses, pois o do capitalismo só tem gente doentia, que ainda pensa que comunista come criancinha. Eu gosto de desfrutar de tudo, mas apunhalando, sempre que puder, as atrocidades desse cruel sistema que vivemos.
Henrique - direto do mafuá
O lugar é bonito e visitado por capitalistas, comunistas, rugiões, predadores, negociantes, ambulantes, andarilhos, comerciantes, vagabundos, peraltas, honestos, desonestos, endinheirados, sem grana alguma e todas as demais classe sociais. Cada um chega e sai ao seu jeito e isso faz parte do mundo. Um lindo lugar, que deve mesmo ser visitado por todos. Pau nos apartadores de nossos sonhos, caro Henrique.
ResponderExcluirAurora
quiz escrever rufiões e saiu rugiões.
ResponderExcluirfaz a correção, caro Henrique
Aurora
agora descobri porque nao consigo visitar um lugar tao belo como esse
ResponderExcluira Aurora nao incluiu os preguiçosos, categoria na qual eu me encaixo rsrsr
lazaro carneiro