domingo, 2 de setembro de 2012

FRASES (93) e MEUS TEXTOS NO BOM DIA BAURU (192)

ONTEM, 1º DE SETEMBRO, 102 ANOS DE MUITO "SANGUE, SUOR E LÁGRIMAS"
O glorioso Esporte Clube Noroeste fez anos, mas as comemorações são sempre modestas aqui pelos lados do Alfredão. O time anda capengango pelas tabelas de um campeonato que não vale nada, pura encheção de linguiça. Poderia servir para testar o elenco que nos levaria de volta para a 1º Divisão do Paulista. Até agora, pouco vimos nesse sentido. Hoje, somos um time sem dívidas, funcionalismo contente, estruturas bem mantidas, equipes de base atuantes, porém um silêncio sepulcral sobre os destinos do time. O trato com a imprensa e com os torcedores é o mínimo necessário, nem todos podem dar entrevistas, filtra-se pouco das intenções dos dirigentes e mandatários. Ouço muito um: "Ruim com eles, pior sem, pois a cidade não apóia nada e estaríamos hoje como o XV de Jaú, Novorizontino, São Carlense, ou seja, quase no fundo do poço". Será isso mesmo? Veja o basquete que fez e aconteceu, juntou gente interessada em comandar o time e conseguiu um baita de um patrocinador. Sou de uma época em que via o Alfredão cheio de gente para assistir o Norusca e a Panela meia boca no basquete, depois vi o contrário. Queria muito ver os dois locais cheios e disse isso para o Rafael Antonio, o melhor narrador esportivo da rádio bauruense atualmente, atuando em dose tripla, pela sua Jornada Esportiva, pela 87FM e pela Auri-Verde. Ele repicou no ar e me respondeu: "Quero também Henrique, mas que os jogos sejam em horários diferentes, dias alternados". Além disso, o que quero mesmo é ver o pessoal da atual administração não jogando tanto dinheiro fora, sabendo usá-lo e valorizando o que esse time tem de melhor, sua torcida e tradição. Fazer tudo de costas viradas para a galera e a cidade é burrice. Já pensaram no que seria possível com tudo integrado? Isso que vi até agora com o técnico, bonzinho, inteligente, mas que não conseguia implantar tática nenhuma ao time é algo que não pode continuar acontecendo. Esse time é grande demais, representa muito em todo o interior. O Marcão, nosso técnico de arquibancada, representante dos torcedores no Conselho do clube e dono da loja de discos mais noroestina do planeta me disse na saída do último jogo (derrota para o Marília, 2x0): "O Noroeste quando vai jogar em outras cidades do interior é como se fosse um time grande. É respeitado, todos querem ganhar da gente, atraímos público, é grandioso a chegada do nosso ônibus nas cidades, mas quando começa o jogo, tudo está se esvaindo". Tá faltando algo que os dirigentes, administradores e o dono (sic) do time ainda não perceberam. É isso que precisamos fazer com que enxerguem. 102 anos não é pouca coisa e não dá para, num casamento, o marido viver distante da esposa. O que precisaremos fazer para abrir a mente desses que estão no comando do Noroeste? Se nós todos queremos o bem do time, por que o distanciamento? Se todos do lado de cá enxergam uma coisa, como é possível só eles enxergarem o contrário? Fatos lamentáveis como a torcida clamando por ser ouvida, como nas fotos aqui postadas, onde o Noroeste acaba virando um Caso de Polícia são lamentáveis sob todos os aspectos (fotos minhas, dos protestos no portão de acesso do Alfredão, noite de 29/08). Ninguém quer isso, presa-se deixar de ser Caso de Polícia. Nós só queremos a felicidade. Trocar só o técnico e continuar com a mesma mentalidade, medrosa, retranqueira e trabalhando no ocultismo não dá. Por fim, abaixo um texto meu sobre os desmandos de uma forma geral que acometem o futebol brasileiro, publicado ontem, 01/09 no BOM DIA BAURU (meu 192º por lá). Reflexões coletivas são sempre bem vindas.
Inevitável registro: Ontem, já sem o técnico retranqueiro, dia do aniversário do time (que já foi clube), jogo em SJRPreto, com um auxiliar assumindo provisoriamente o comando, jogamos como nunca no campeonato, fomos para frente, acuamos o adversário e ganhamos o jogo por 2x1. Isso é pouco e até técnino novo já temos, mas o "lhufas" para a cidade e seus torcedores continua. Uma diretoria de costas viradas para tudo e todos. Esse texto, sem esse adendo, saiu publicado no blog do Reynaldo Grillo e com citações nos grupos de discussões noroestinas pela rede internética.

O FUTEBOL ENGATOU MARCHA A RÉ
Eu gosto muito de futebol, mas nem um pouco do que vejo nos gramados brasileiros nos dias de hoje. Predomínio de partidas horrorosas, desestimulantes sob todos os aspectos. Insisto em assistir os jogos do Noroeste, meu time do coração, mas cada vez menos pelo jogo em si, e sim, pelo congraçamento entre os torcedores nas arquibancadas. Demonstro numa simplista comparação quanto o futebol está desvirtuado. Digo por aí que hoje é o equivalente a ver o Michel Telló no palco. Prefiro fazer outra coisa. O alento vem de fora. Quer queiramos ou não, se alguém ainda gosta realmente de futebol, isso passa pelo que joga hoje o Barcelona. Perdendo ou ganhando, com eles não existe amarração em campo. Aquele toque de bola é o que nós perdemos. Os técnicos brasileiros estão atrasados uns 30 anos, mentalidade ultrapassada, retrógrada e retranqueira. Não convencem mais, empolgação zero. Perdemos o rumo e o prumo. Projetos zerados, dirigentes inescrupulosos, categorias de base menosprezadas e tudo refletindo nos jogos. Anos luz distante da organização dos ingleses, alemães e espanhóis. Sofro vendo o tipo de campeonato que o centenário Noroeste está metido, algo criado para encher linguiça, que não leva a nada e serve para endividar mais os clubes. Como é possível sobreviver diante de algo onde pagam para entrar em campo? É o círculo vicioso do caos, da bancarrota. Bobões, é o que somos. Esse negócio do motivador de beira de gramado, esgoelando, não funciona mais. Torço por Guardiola como nosso técnico? Já um Tite, nosso professor Pardal, vergonhoso ver o que sai de sua boca (e sou corintiano). O estilo de Joel Santana e de Luxemburgo estão ultrapassados. Sabíamos fazer, fomos vitoriosos, mas jogamos a fórmula fora. Nem nos jogos do amador bauruense vou mais, adoração no passado, pois tudo sendo bancado pelos atuais patrocinadores me recuso a ir aos estádios. Como sacudir essa marcha melancólica? Não existe cartada mágica e sim, uma retomada de algo abandonado. Abaixo os retranqueiros de plantão, todos ao ataque!

4 comentários:

  1. sr Henrique
    Tu és o rei do chute e da canelada.
    Tivemos também muitas "glórias e tradições".
    Divino

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  2. Quando uma cara de nome DIVINO me instiga e provoca, faço o contrário, fico na minha e me considero no céu (existe isso?)
    Henrique - direto de mafuá

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  3. Henrique
    A parvoice está mais do que alastrada. Fico sabendo que o pessoal do museu irá fazer uma exposição sobre a história do Noroeste e ao procurar a diretoria atual em busca de material recebem desde um recado. Não temos nada aqui. O que tiro disso tudo: O Noroeste não conhece o Noroeste e também não preserva o Noroeste. Esses que aí estão estão é afim de sugar o que ainda resta a ser sugado. Perguntar a esses o que venha a ser a história do glorioso é demais é como perguntar a um poste. Ouvi uma entrevista de um deles no rádio e não sabia distinguir nem o que vinha a ser um museu. é gente assim que está no comando do time de 102 anos. Eu cheguei até aqui e escrevi aqui, pois não consegui postar comentário lá no blog do Reynaldo. É muito difícil postar alguma coisa lá.
    Francisco B. Reis, o Chico do Gás

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  4. O Noroeste infelismente e administrado por gente que nao e do ramo.Por isto este monte de incertezas.

    Chico do Gas, me desculpe pela mancada la no Blog. Eu estava com problemas la e tudo ja foi resolvido.Abracos

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