sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

DROPS – HISTÓRIAS REALMENTE ACONTECIDAS (82)

DOIS QUE FALARAM ALTO NA SESSÃO DE POSSE DA CÂMARA DE VEREADORES
Eu sempre tive uma profunda admiração pelas pessoas que surtam. Cada um tem os seus motivos, o seu stress mais do que particular. Entender cada um desses delicados momentos é algo que cada um faz ao seu jeito. Temos vários exemplos aqui em Bauru de gente que já perdeu a noção da paciência e sai falando alto pelos eventos mais variados. Não pode ver um ajuntamento de políticos, uma solenidade que já solta o verbo, eleva o tom, não se importando se está sendo inoportuno, intransigente ou agindo dentro da sensatez. Admiro-os todos, mais pela ousadia, coragem de não se importarem com nada à volta. Falam e pronto.

1.) MARCELO MATTAR, o Marcelão, é um daqueles que não tem papas na língua, um eterno moleque, vive de bermudas pela rua e sempre falando algo sobre suas preferências políticas, em alto e bom som. Tucano empedernido, apregoa que o melhor mesmo para o Brasil é o neoliberalismo e a livre iniciativa. Cruzando com algum esquerdista o tom da voz se eleva, quer ser percebido, provoca, dá de bico abaixo da linha da cintura. Faz isso por todos os lugares, desde bares (frequenta muito o Saudosa Maloca), como as sessões da Câmara de Vereadores. Uma de suas imortais falas é quando, sempre falando alto, diz que nunca precisou trabalhar em nenhum emprego público. É o jeito dele e quem não o conhece estranha. No ano passado, período eleitoral se estranhou com o deputado Pedro Tobias, ambos com a mesma preferência ideológica em plena feira dominical. Na última sessão da Câmara, galeria lotada, entrava e saia do salão e quando viu o vereador Renato Purini na tribuna, xingou e desferiu homéricos adjetivos nada elogiosos ao edil. Fez o que muitos gostariam de ter feito, mas se contiveram, pois ainda não tem o lugar como adequado para procedimentos dessa natureza. Pescoços se viram, muxoxos são ouvidos, remexer nas cadeiras, mas ninguém fez nem um mero “psiu”. Temem, com certeza, que o fazendo a reação possa ser pior. E assim ele continua sua saga, hoje aqui, amanhã ali. Marcelo tece loas elogiosas aos do lado A de Bauru, mas mesmo sem o saber é mais lado B do que possa imaginar a sua vã filosofia. Uma figura.

2.) Esse aqui tem uma bela história, mas nem sei o seu nome. Queria ter contado tempos atrás a história da Pensão Vila Rica, no começo da rua Agenor Meira, perto da estação da antiga Cia Paulista, quadra debaixo dos Bombeiros, mas não consegui que os seus atuais locatários me contassem o que queria saber. Meu interesse era pela parte histórica, tudo o que aquele lugar já possibilitou de hospedagem em trânsito nos tempos da efervescência dos trens por aquela região. Nosso personagem mora ali, aliás aquilo tudo é seu e pelo que sei foi herança, algo ainda a envolver a cafetina Eny Cesarino, que o amparou desde menino, cuidou dele enquanto foi viva e deixou a pensão em seu nome. Eny, como todos sabem e muitos fazem questão de esquecer foi uma grande filantropa, talvez uma de nossas maiores e sempre teve um carinho muito especial por ele. Uma família hoje administra o local e cuida dele. E ele sai a circular pela cidade toda, bate perna adoidado e gosta muito de tocar violão. Magro, descuidado com o visual, fala sozinho, lê o que lhe chega às mãos, mas quando o assunto é uma solenidade como a da Câmara, sabe como se portar. Estava lá de paletó e gravata, todo pimpão, imponente e cantando o hino brasileiro em voz alta. Falou muito, sempre em altos decibéis, mas não incomodou ninguém. De sua boca só saíram elogios, para quase todos que iam falando na solenidade. Da mesma forma que chegou, acabou cansando pela longa duração da solenidade e sumiu sem dizer adeus a ninguém. Inesquecível sua presença, pois enquanto esteve no salão não parou de falar um só instante, mal prestava a atenção no que iam dizendo, seu negócio era bater palmas e emitir palavras de incentivo. Quando não está de saco cheio conversa muito e é um bom papo.

3 comentários:

  1. eu também ando louca de vontade de surtar!!!!!!
    Rosangela Maria Barrenha

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  2. Henrique

    Me desculpe, mas esse tal de Marcelo é um insensato. Um ser que vive nas estrelas, pois bajula poderosos de plantão, todo o tucanato e não poupa críticas a qualquer tipo de pessoa que se alinhe com algum pensamento de esquerda.

    Não vale a pena nenhuma parar para papear com uma cara desses. E é muito limitado nas conversas, não tem fundamento o que diz. Perda de tempo. Entendi o jeito como escreveu, como abordou o tema, mas esse é desprezível.

    André Ramos

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  3. Essa também não entendi amigo Henrique, é como colocou o colega acima, o Marcelo é a imagem da babaquice, além de rasos argumentos para defender seu ideal, não conhece os demais e xinga os outros do nada apenas por portar uma camiseta com imagens de esquerda, falta quase todos os parafusos ali na cabeça, uma hora acha o dele e não vai gostar.

    Marcos Paulo
    Comunismo em Ação

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