DE PARAÍSO DAS GRAVAÇÕES À TERRA DOS RABOS PRESOS
Bauru é mesmo sui generis, mas não fica muito distante do que acontece Brasil afora no quesito anormalidades. Guardião observa essa passagem de bastão da vereança local, a nova posse tanto desses vereadores, como do Executivo municipal e constata algo inquietante. “Bauru já foi o Paraíso das Gravações Clandestinas, quando uma espécie de central foi montada e bancada dentro de setores públicos com o intuito de gravar e expor situações nada convenientes. O gravado ia sendo capado, mas o que gravou sempre saia ileso. Se isso acabou, ainda não se sabe, pois circula na cidade rumores da existência de novas gravações e até filmagens envolvendo gente graúda e que dessa forma estaria com o rabo preso nas suas atitudes e atos”, desabafa Guardião, o super-herói bauruense.
Bauru, infelizmente não vive somente com os problemas já imensos no DAE, AHB, buracos, saúde deficiente, mas também com a revelação e exposição de parte do que ocorre nos seus bastidores políticos. Semana passada a radialista Maria Dalva expõe no microfone da 94Fm mais uma faceta bauruense: “Há um evidente poder paralelo na Câmara de Bauru”. Disse isso, após verificar que o novo presidente da Câmara de Vereadores antes de dirigir-se para uma reunião com o sr prefeito deu uma passada sigilosa (ainda bem que alguém viu e denunciou) a “uma edificação famosa localizada na Nações” (assim Dalva se referiu à sede da Cohab). Num outro momento, o vereador Roque Ferreira – PT, ao ser indagado pelo prefeito pelo fato de ser oposição sendo situação, saiu-se com essa em frase citada pelo Bom Dia: “Existem muitos marcianos se metendo na política de Bauru, inclusive alguns bem acima do peso, e que não sabem que a sede do governo deveria ser o Palácio das Cerejeiras”.
Guardião pirou com tudo isso, foi preciso usar de muita parcimônia, quase sendo necessária a ajuda de alguns colegas super-heróis para contê-lo: “Me segura que eu vou ter um troço. Um passa clandestinamente numa reuniãozinha informal, assuntos triviais, quase banais antes de dirigir-se ao chefe do Executivo e outro faz uma citação explícita de alguns outros se metendo em assuntos da alçada do Executivo. E isso não repercute? Nada dizem, nada é apurado. Eu só observo à distância, mas para tudo nessa vida existem limites. Já estou por aqui com esse negócio do retorno de um tal de Trem Bala na Câmara, e agora essa do poder paralelo estar sendo exposto e tudo permanecer na quietude. Se isso não for caso de RABO PRESO não sei o que isso significa?”, conclui um Guardião ainda em estado de choque e quase necessitando do atendimento em uma das UPAs municipais. Faltou-lhe ar.
OBS.: Guardião é obra do traço do artista Leandro Gonçalez (www.desenhogoncalez.blogspot.com), com decisivos e inquietantes pitacos no texto desse HPA, o mafuento escrevinhador desse blog. No estúdio do artista e na Banca do seu Orlando, já estão à venda o nº 1 do HQ com histórias e estórias do super-herói bauruense e muitas outras. Módicos preços e garantia de algo único, feitos no peito e na raça, como a vida do próprio Guardião.
Tempos cada vez mais sombrios
ResponderExcluirSeria uma tentativa de se eternizarem no poder
Alvarenga
Henrique
ResponderExcluirEsse aqui é o texto que todo mundo lê, mas ninguém gosta de comentar.
Quem tem... tem medo.
É assim que as coisas acontecem em Bauru, meu caro.
Isso que fez o Guardião passar mal é acontecimento rotineiro nessa nossa Bauru. E agora, nesses tempos onde a oposição virá somente um vereador, talvez o único que não votará de olhos fechados. Veja só a que ponto chegamos, o vereador que quer fazer o seu serviço, quer questionar, saber direitinho o que está votando ele é tachado de marciano.
E para passar mal mesmo, mas se for para uma UPA, não tenho como não perguntar para esse Guardião: O SR NÃO TERIA UM PLANO DE SAÚDE...
Aurora
Pelo que voce deu a entender, as gravações e até filmagens continuam...
ResponderExcluirEntão, existe em Bauru uma Central Diabólica de Investigações da Vida Alheia, que bisbilhota a vida dos que concorrem diretamente a ocupação de cargos públicos, eletivos e alheios na cidade.
Essa é a forma de desqualificar o concorrente, primeiro gravo ele, depois divulgo, ele se dana e eu fico bem na fita, sózinho na disputa.
Mas quem teria jeito para esse tipo de coisa e procedimento...
Me diga, aí Henrique
Aurora