“RATOS E URUBUS LARGUEM MINHA FANTASIA” (Título é alusão ao
samba enredo da Beija Flor, 1989)
É tudo muito simples, decidiram que não devemos e não podemos desfilar pelo Calçadão. O bloco carnavalesco e alegrenesco BAURU SEM TOMATE É MIXTO não tem nada a esconder e publica uma edificante troca de e-mails entre este mafuento escrevinhador, um dos responsáveis pelo bloco e a sra Ester, responsável pelo setor de liberação da catraca para o desfile no Calçadão da Batista. Entenda o imbróglio lendo tudo desde o começo. A contenda não terminou, mas como estamos às vésperas da festa, tudo pode acontecer e o melhor mesmo seria todos descerem abraçados, cantando, encantando e sem rusgas. Enfim, no Carnaval se briga, mas também ocorrem muitas aproximações. A decisão tomada pelos irresponsáveis membros do bloco, em primeira e única instância é manter o local de concentração, Praça Rui Barbosa (essa ainda do povo), sábado, dia 09/02, 11h. Bora lá...
Docto 1 – Email enviado para Secretário Cultura sr Elson Reis, 05/02, informal e com algo simplificado, solicitação uso espaço público, mera formalidade e importante pedido de apoio, com inclusão do evento no rol das atividades momescas na cidade.
Docto 2 – Em 5 de fevereiro de 2013 16:28, Maria Ester escreveu:
Boa tarde, Senhor Henrique. Informo que a solicitação encaminhada a
Secretaria de Cultura, através de e-mail foi repassada a esta Secretaria
por se tratar de uso do Calçadão da Batista de Carvalho. De acordo com a
Lei nº 6269/2012 em anexo a Secretaria de Desenvolvimento/Comissão
Municipal de estudo para a Revitalização do Área Central e Secretaria de
Planejamento autoriza ou não a realização de evento ou qualquer uso no
Calçadão.
Assim conforme a lei para melhor
analise da presente solicitação necessito de maiores informações URGENTE, como:
nº de integrantes do bloco, se será utilizado aparelhos ou instrumentos de quaisquer
naturezas, produtores ou amplificadores de sons, se serão utilizado confetes e
serpentinas e outros artigos que possam danificar, sujar, poluir, etc. o
ambiente. Como transcorrerá o percurso, tempo de duração previsto, etc.
Sem mais atenciosamente.
Maria Ester Fontes Nobrega
Diretora de Divisão Comércio
Secretaria de Desenvolvimento Econômico
Secretaria de Desenvolvimento Econômico
Docto 3 – Em 5 de fevereiro de 2013 16:59, Henrique
CARA MARIA ESTHER - Vamos por partes:
1 - Devemos ter por volta de cem a cento e cinquenta pessoas.
2 - Puxaremos um carrinho de som de mão utilizado pela CUT, para
expansão do som.
3 - Teremos uma pequena banda composta por cinco músicos.
4 - Não estamos incentivando nem distribuindo confetes e serpentinas,
porém não temos como impedir seu uso.
5 - A concentração será na Praça Rui Barbosa às 11h e a descida terá início por volta das 12h, com previsão de durar aproximadamente uma hora até
sua chegada na Praça Machado de Mello.
6 - A Polícia Militar foi contatada para nos acompanhar no percurso e
principalmente promover o fechamento das transversais da Batista somente
durante o momento em que estiverem atravessando cada uma delas.
7 - Acreditamos tudo transcorrerá de forma normal, sem sujeira acima do
que já ocorre normalmente nas manhãs de sábado no local, não sendo nem necessário
utilização de mão de obra excedente para limpeza pós passagem do bloco.
Temos também e esclarecer que uma festa como essa tem o caráter de unir
a cidade em torno da maior festa popular brasileira, essa ocorrendo sem custos
para a Prefeitura. A escolha do Calçadão deve-se ao fato dali ser o foco a unir
toda a cidade, toda condição social está ali representada e queremos trazer um
pouco de alegria, lazer, contentamento, promovendo algo sadio, com galhardia e
devolvendo também para a área central da cidade um pouco da alegria
que décadas atrás ocorria ali naquela região.
Na expectativa de um pronto atendimento, coloco-me a inteira disposição
para as informações que fizerem-se necessárias.
Atenciosamente
Henrique Perazzi de Aquino - um dos organizadores do evento
Bloco BAURU SEM TOMATE É MIXTO
Docto 4 – Em 06/02 8h20 complementei com isso:
cara Ester
Quero só complementar algo, pois ontem estava fora de Bauru e o fiz de
forma rápida:
Revitalizar o Carnaval de Bauru é a única intenção e devolver um pouco
da alegria tão necessária em nossos dias.
Antigamente percebo pelo que leio e vejo pela imprensa da época que os
comerciantes do centro da cidade praticamente exigiam que os corsos e os
carnavalescos passassem diante dos seus estabelecimentos, pois representava a
alegria. Muitos acabavam por se integrar a eles. Isso, infelizmente foi se
perdendo, mas queremos devolver um bocadinho disso com esse bloco, uma
integração da alegria da cidade com o povo que circula na sua via mais
movimentada e também com os comerciantes do lugar.
Perceba uma diferença entre o bloco que saiu nas ruas bauruenses no
sábado passado e o nosso. Nada contra o outro, pois foi maravilhoso ver o povo
alegre e cantante desfilando nas ruas dos Altos da Cidade. A diferença é que
lá, o bloco saiu patrocinado por uma casa comercial, um bar que vendia bebida e
fez a venda da camiseta casada com algumas latas de cerveja. Aqui o horário
será 12h e a cerveja praticamente será incentivada para o final do
desfile.
O propósito é que as pessoas venham fantasiadas
e estravassem sua alegria. Só e tão somente isso. Estaremos todos os
organizadores atentos para qualquer excesso. Se for preciso imprimo um
documento e entrego pessoalmente para cada comerciante da Batista, conscientizando
da necessidade dessa integração povo, comerciantes, comerciários, consumidores
e festeiros, ou seja, a cidade num todo.
Enfim, seria muito importante a sua presença no local, não só como
fiscalizadora, mas também com o espírito de folião, que todos nós sabemos estar
guardado dentro de cada um, aguardando o momento oportuno de exposição. Todos
estão convidados, indistintamente.
Abracitos do Henrique Perazzi de Aquino
Docto 5 – Em 6 de fevereiro de 2013 15:29, Maria Ester escreveu:
Bom
tarde, Senhor Henrique.
Conforme
já informado e encaminhado anteriormente a Lei 6269/2012, que "dá destinação
especial às quadras 1 a 7 da Rua Batista de Carvalho e disciplina a sua
utilização, nos Art. 22 e 23, à Comissão
de revitalização compete, respeitadas as diretrizes dos órgãos
competentes analisar qualquer instalação, construção e reforma, ocupação de
solo e utilização na área do Calçadão conforme as legislações vigentes; A
Secretaria de Desenvolvimento compete, conduzir as reuniões da comissão e efetuar as apresentações
quando necessário; Centralizar
os pedidos referentes ao Calçadão e direcionar as solicitações para a
apreciação da comissão e demais setores;
Assim em cumprimento e obediência a legislação
acima citada, foi apresentado para apreciação e consulta da Comissão de
Municipal de Estudo para a Revitalização da área Central a presente solicitação
nesta manhã. Cujo entendimento e parecer foi que:
· Tal evento não é
permitido pela Lei 6269/2012, conforme os artigos 4º e 9º ;
· O local apropriado
hoje para tal realização deste evento é o Sambódromo, antigamente os desfiles
de carnaval era realizado na rua Batista de Carvalho hoje Calçadão,
posteriormente transferido para a Avenida Rodrigues Alves, Nações Unidas e
atualmente realizado no Sambódromo visto possuir estrutura própria para tal.
· As entidades
representativas do comércio local que fazem parte da Comissão Municipal de
Revitalização manifestaram-se contrários a realização do evento, pois entendem
que causará perturbação e transtornos no desenvolvimento de suas atividades,
quanto o barulho, quantidade de integrantes, etc. Visto que é o primeiro sábado
após o quinto dia útil e antecede o feriado e o Calçadão contará com um numero
grande de pessoas.
· Segundo informação
do Cap. PM Samuel Gomes membro também da Comissão, este declarou que não
possuir conhecimento da realização do evento, muito menos não recebeu nenhuma
solicitação para acompanhar o percurso. Salientamos que o mesmo declarou não
possuir o contingente efetivo para este evento, o que foi decisivo para a
conclusão do parecer da Comissão considerando a questão de segurança e
tranquilidade.
O referido parecer
segue para analise da Secretaria de Planejamento/Seção de Licença.
Lembramos que conforme o"Art. 1º- As
quadras 01 a 07 da Rua Batista de Carvalho, aqui denominada “Calçadão” e......,
ficam transferidas da categoria de “bens de uso comum” para a
de “bens de uso especial”, observadas as condições desta lei, não sendo
rua que solicita interdição, apoio da Policia e GOT/(EMDURB) com
antecedência.
Segue anexo Decreto 12053/2013 que constitui a
Comissão de Revitalização e novamente Lei 6269/2012.
Sem mais, atenciosamente.
Maria Ester Fontes Nóbrega
Divisão de Comércio
Docto 6 – Em 06/002, 17h03 respondi assim:
cara Maria Ester Fontes Nóbrega
Divisão de Comércio - Secretaria de Desenvolvimento Econômico
Prefeitura Municipal de Bauru
Ref.: Solicitação de desfile de bloco carnavalesco no Calçadão, 9/2, 12h
Em resposta à negativa recebida via e-mail de nosso pedido de utilização
do Calçadão para desfile do bloco "BAURU SEM TOMATE É MIXTO" temos a
responder que:
- muito estranho a existência de uma lei específica para o Calçadão,
abrindo uma perigosa exceção de impedimentos, que poderão ser estendidos para
as demais vias públicas, tornando inacessível o acesso da população em lugares
onde alguns poucos não desejam ser importunados por manifestações, protestos,
concentrações, etc. Leis desse tipo, criando “bens de uso especial” eram muito
utilizadas em períodos ditatoriais, quando por decreto tudo era decidido,
sempre a revelia do povo. Somos e seremos sempre favoráveis a “leis de uso
comum”, onde todos a usufruam, indistintamente;
- impossível aceitar a sugestão para que o bloco saia no Sambódromo.
Isso é não entender nem um pouquinho do que venha a ser o espírito de um bloco
com a característica do criado, para sair em local e horário completamente
diferente dos previamente marcados para tal local. A proposta é outra e faltou
um mínimo de entendimento e sapiência do que venha a ser um verdadeiro Carnaval
de rua. Um outro bloco saiu dia 02/02 pelas ruas bauruenses e acredito que essa
esdruxula sugestão não tenha sido para eles oferecida, pois poderia ser usada
de forma jocosa, bem ao espírito carnavalesco;
- pelo que foi explicitado tudo foi decidido por uma tal de “Comissão
Municipal de Estudo para a Revitalização da área central – Calçadão”. Nunca
havia ouvido falar na mesma e como a reunião ocorreu, peço que me informem seus
membros e os que participaram da citada reunião e dos motivos de ninguém do
bloco ter sido convidado, pois poderíamos explicar pessoalmente dos motivos e
justificativas para sairmos exatamente nesse local;
- a intenção do bloco era a de justamente integrar os comerciantes,
comerciários, consumidores e foliões com a sua via de maior concentração,
possibilitando uma festa onde todos pudessem interagir. Isso ocorria no
passado, quando os comerciantes até exigiam que os corsos transitassem pela
Batista. Hoje, algo de estranho ocorre, pois nem uma festa popular é mais
possível ali ocorrer, tal o medo da proximidade de um contato mais estreito.
Acreditamos estar faltando informação para esses ou estão se fechando cada vez
mais em um perigoso casulo, afastando-se cada vez mais dos anseios reais por
uma real revitalização do centro. Não apoiamos nenhuma iniciativa vinda de
grupos fechados que só pensam nos seus próprios botões, pois pensamos sempre na
cidade num todo e é dessa forma que estamos promovendo o desfile;
- a comunicação para que a Polícia Militar acompanhasse a desfile
ocorreu via Secretário de Cultura, por telefone, com solicitação para que
fizesse por intermédio do sr Chico, responsável por esse tramite dentro daquela
secretária e fomos informados pelo mesmo que a Pm não disporia de efetivo para
fazer o acompanhamento, mas tudo seria feito pelo GAT, órgão da Emdurb local
responsável pelo trânsito;
- por ser um evento de caráter festivo, um mero desfile com poucos
integrantes estaríamos plenamente satisfeitos se tudo fosse
feito como combinado, com o acompanhamento do GAT, suficiente e também contando
com o apoio de todos os membros do bloco, que também cuidariam e zelariam para
a normalidade do evento;
- o caráter festivo, feito com alguma crítica, comum em eventos dessa
natureza poderia ser desvirtuado com a negativa e
informação para a população. Temo que de algo meramente festivo, com o intuito
de comemorar o carnaval de maneira alternativa, tudo possa se transformar em um
confronto desnecessário e até perigoso. Não temos intenção de fazer esse
desfile de forma a provocar confronto algum, pois sempre acreditamos que “a
praça é do povo” e sua ocupação algo natural, assim como as ruas. Com a
divulgação dessa negativa acredito que um algo novo possa ser insuflado e clamo
para que juntos possamos encontrar uma solução contornando e na prevenção,
pensemos todos juntos.
Acreditamos que essa decisão possa ser revista, pois, em primeiro lugar
estamos às vésperas de uma festividade a unir toda a cidade e algo que possa
surgir em outra linha, não vem de encontro ao proposto pelos idealizadores do
bloco. A decisão do grupo é pela permanência do local de concentração, a praça
Rui Barbosa, um ainda local de “bens de uso comum” e ali será decidida o
roteiro a ser seguido. Peço que entendam que o desfile ocorrerá em
aproximadamente uma hora e meia, sem nenhum caráter além da festa, união de
pessoas com o propósito de participar em uma mera festa de rua. Entendimentos
outros não são os nossos.
Estamos todos dispostos a uma conversa entre as partes para dirimir
dúvidas, explicações dos conceitos carnavalescos que nos movem, a motivação
para alegremente nos dispormos a ainda querer pular carnaval e dessa forma, por
meu intermédio, peço que ocorra algum contato para resolvermos definitivamente
o imbróglio, pois a festa se aproxima e os tamborins já estão em movimento.
Skindo, skindo...
Atenciosamente
Henrique Perazzi de Aquino - Pelo BAURU SEM TOMATE É MIXTO
Docto 7 – Em 6 de fevereiro de 2013 18:09, Maria Ester escreveu:
Sr.
Henrique.
- Informo
que a Lei do calçadão existe desde que o mesmo foi criado a primeira lei nº
3669, é de 29 de Dezembro de 1993, sofreram algumas alterações do decorrer
destes anos sendo a ultima a 6269/2012.
- Entendo
que o evento possui um diferencial, mas não podemos concordar com
algo que é proibido por Lei.
- Quanto a
Comissão de revitalização foi criada na Lei 4951/02, ela tem caráter
consultivo, é composta hoje por representantes das Secretarias de
Desenvolvimento, Planejamento, Obras, Meio Ambiente e Jurídico,
EMDURB, DAE, Sincomércio, CDL, ACIB e Policia MIlitar, conforme decreto em
anexo enviado anteriormente novamente sendo encaminhado.
- Os membros
presente segue anexo lista de presença.
- Estou a
sua inteira disposição para maiores esclarecimentos, assim caso queira vir
conversar é só comparecer na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Pç. das
Cerejeiras, 2ª andar, sala 7.
Maria Ester
Fontes Nóbrega.
Docto 8 – cara Ester
Só me resta perguntar algo: É definitiva a decisão por vocês tomada ou
existe alguma possibilidade disso ser contornado?
Não queria ter que comunicar aos bloqueiros algo tão autoritário, cruel e
insano, num momento onde o que queríamos era extravasar somente alegria.
Sinta que de algo ALEGRE, isso pode se tornar algo BESTA, de um total
desnecessário e inútil confronto. Leis existem para serem combatidas,
modificadas, alteradas e até pelo bom senso, deixadas de lado em certos
momentos. Levando tudo ao pé da letra, quem perde não será você, nem eu, será os
que se conformam. Essa lei, desde já será uma que combaterei, como o fazem os
que montam barracas de poesia, de venda de livros, a política do vereador
Roque, que sabem que acima de todas essas bestialidades impostas e aceitas
pelos que estão acostumados a dizer sempre "amém", está a de que a
"praça é do povo". Esse seu verdadeiro e único dono. Os outros
passam, esse, o povo, deve passarinhar ao sabor do vento.
Fico no aguardo de algo mais sensato. Uma proposta de diálogo. Quem
sabe, não uma conversa contigo, pois pelo visto, feita nesse momento e de forma
isolada não terá poder deliberativo e de nada adiantará. Temo por algum
desgaste inútil e desnecessário, principalmente para a construção de um novo
momento no carnaval bauruense, mas acredito que dessa forma será inevitável.
Ficamos no aguardo
Henrique Perazzi de Aquino - pelo BAURU SEM TOMATE É MIXTO
Henrique, vou colocar o porrete nesse assunto.
ResponderExcluirMuitos de vocês buscam sempre recordar o período em que viveram sob o tacão dos militares, falam das lutas, das críticas e tudo o mais.
Aí você propõe juntos a alguns amigos, voltar a colocar nos dias de hoje que dizem ser diferentes, mas que na verdade é a continuação do sistema defendido pelos militares(capitalismo), sabemos os interesses de quem estão sempre em jogo e quem são os serviçais que se prestam a esse serviço, queriam colocar o bloco na rua e dar um tom crítico, se não uma crítica social, ao sistema, mas críticas de problemas pontuais da cidade o que não deixa de ser também uma crítica interessante desde que realmente seja ácida e não algo a contemporizar.
Mas é aí que entra a mesmice, essa acidez não brotou até agora, o erro já começou em querer pedir licença para a secretária da cultura, que por vez vai ao comando da polícia também, quando os militares apontavam suas armas um grupo da geração de vocês enfrentava-os, agora tem quer pedir licença para esses caras??? O secretário sempre disse que é um grande bom de bico, leva na lábia, mas sempre irá se curvar aos interesses do sistema, alguém aqui achou que um bloco crítico a cidade iria ser abençoado assim, fácil, pela administração??
Na rádio mesmo, tiveram o espaço para desnudar essas mazelas, mas preferem sempre contemporizar do que acidez a crítica contra essas mazelas no qual a prefeitura se coloca.
Logo a prefeitura que com mais esse episódio de fiscalização, acabou expondo mais ainda a sua incompetência, a sua corrupção e como não se cumpre nem o básico a sua população.
Acha que se fosse o bloco rico do Agora ou nunca, haveria algum impeditivo?? Eles desfilam onde quiserem.
Agora é questão de honra e mostrar que realmente podem ser críticos e diferenciados e fazer disso um ato de desobediencia civil como no passado, mas saiba que agora, haverá muitos "amigos" a bater nas suas costas e tentar relevar tudo isso, num enfrentamento desse, eu vou contigo pra quebrar blocos e blocos na cabeça desses caras.
Passeatas são feitas ao longo do ano todo e ninguém faz oficio algum para a prefeitura ceder o calçadão, até porque quem faz a Batista ser o que é, são os cidadãos e não o CDL.
A pergunta que fica é se realmente será a volta de um bloco a Batista com a novidade da ácida crítica e subversão ou se será mais um Bauru sem tomate na parada.
É hora de dar algo que nunca foi inerente ao carnaval, a crítica subversiva, é hora de tirarem as máscaras, mostrarem as caras e ir pro pau.
Os abutres deram todas as razões agora para vocês realmente fazerem algo a ser lembrado por muitos e muitos anos na história de Bauru, podem mostrar aos seus filhos como é que se fazia no passado de luta e como deve ser esse ambiente.
Bloco na rua, "é agora ou nunca", fazendo um trocadilho com o outro e rico bloco.
Comunismo, subversão ou morte!!!
Marcos Paulo
Comunismo em Ação
Nas minhas participações nas Conferencias de Cultura realizadas em Bauru, onde foram traçadas as diretrizes para a elaboração do Plano Municipal de Politicas Culturais de Bauru, ficou bastante clara a insatisfação do meio cultural com o que ocorre com a "nossa" rua Batista de Carvalho, onde contrariando o disposto na Constituição Federal, manifestações artísticas são proibidas. Juridicamente creio que toda lei que contrarie a CF fica sem efeito. É um caso de policia e um BO deve ser previamente registrado.
ResponderExcluir... é claro que as propostas decididas nas Conferencias até hoje não foram, como deveriam, transformadas em Lei.
Carlos Eduardo Martins - ator, diretor e hoje morador do litoral paulista
Gente, se a prefeitura for utilizar da força para segurar o bloco, será a polícia que irá fazer esse papel, que é o que lhe cabe na defesa desta sociedade, e vcs vão lá nesta mesma polícia fazer BO???
ResponderExcluirTodos os países do mundo dão banho no Brasil, até os esquimós na Islândia já demonstraram mais subversão, o que dizer então de argentinos, cubanos, uruguaios, venezuelanos, ingleses, espanhóis, franceses, africanos, até americanos.
Aqui pra ocupar uma praça, tem que ir fazer BO, pedir permissão pro comandante da polícia, fazer oficio pra prefeitura, secretarias, requerimento pra câmara municipal, licença do CDL, licença ambiental, solicitar benção do bispo. O que é isso???? Chega de ficar contemporizando com a administração e aguardar diálogo, autorização, coloca o bloco na rua porra, me passa a bandeira então que puxo esse bloco, ou será como disse o poeta Lázaro Carneiro, já começou rachado esse bloco?? Um bloco de areia esse??
E queriam o secretário de rei momo ainda do bloco, piada, agora eu me enfezei, esse bloco vai ter que sair, chamar a imprensa e quebrar o barraco no calçadão, olha que chance de desnudar pontos do sistema para a população.
Se esse bloco não sair no calçadão e enfrentar os títeres da administração, sugiro que então assumam logo o outro lado, abracem o capital, que passem os dias de carnaval no retiro espiritual da assembléia de deus. Porque esse Bauru sem tomate nem misto será mais, estará mais pra um americano mesmo.
Vamos pro pau, senão vou fechar para balanço e lançarei o bloco, "Bauru que se foda, eu vou é de BigMac".
O Brasil com certeza é a maior concentração de bunda mole por metro quadrado, temos a chance de mostrarmos ser diferentes.
E meu amigo Henrique, se esse bloco não sair ou obtiver de alguma forma autorização agora, vc vai dar um jeito de me pagar uma passagem para sair do país, senão vai me aguentar na gozação o ano inteiro.
Abraços e estou contigo se for pra quebrar o pau.
Marcos Paulo
Comunismo em Ação
ResponderExcluirEmbora seja objeto de polêmica conceitual, a concessão de uso pode ser delineada como "o contrato administrativo pelo qual a Administração faculta ao particular a utilização privativa de bem público, para que a exerça conforme sua destinação. Mas qual a destinação? A revitalização do centro da cidade? Questão urbanística? Mas o uso privativo se faz necessário tendo em vista a necessidade de se adotar medida (entre elas a restrição do acesso) com vistas à proteção?? Qual??? Para atingir tais objetivos, a associação comunitária (os lojistas, comerciantes ?) TEM QUE CUMPRIR METAS E REALIZAR INVESTIMENTOS QUE SÓ SE VIABILIZAM SE FOR FIXADO PREVIAMENTE UM PRAZO RAZOAVEL PARA A OUTORGA DESTE USO. ALÉM DISSO TEMOS QUE TER EM VISTA QUE OS BENS A SEREM CONCEDIDOS SÃO BENS DE USO COMUM, O QUE TRAZ QUESTIONAMENTOS QUANTO A SUA DESAFETAÇÃO
Maria Cristina Zanin Sant'Anna
NÃO SABIA QUE O CALÇADÃO TEM DONO. POR ESSA RAZÃO QUE A ACESSIBILIDADE AO DEFICIENTE É UMA PORCARIA.
ResponderExcluirGILBERTO TRUIJO
NINGUEM PODE NOS IMPEDIR DE PASSEAR. COMR UMA TARJA DE LUTO DE PREFERENCIA EM HOMENAGEM A ESSA TAL DE SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO, CUJA SECRETARIA É NOMEADA PELO PREFEITO.
ResponderExcluirGILBERTO TRUIJO
Prefeitura ignora a constituição...acorda Prefeito....tira estes amiguinhos seus e do jc e coloque gente que pelo menos saiba interpretar a constituicao....mais é claro você não respeita nada né nem a direção nacional e estadual do pmdb .....
ResponderExcluirNão aceite um não como resposta. A Rua é do povo. abs.
ResponderExcluirMas passear com tarja de luto e silêncio não é carnaval, é retiro de igreja. Isso seria aceitar toda essa imposição, o brasileiro tem que parar com esse negócio de luto, de levantar cartazes e depois voltar sempre pra casa com uma mandioca no rabo.
ResponderExcluirParem de ficar indo atrás do poder público, coloquem o bloco na rua com tudo o que manda o figurino, carrinho de som, banda e gente disposta a fazer história, enfrentar e expor a ordem pública do sistema.
É incrível esse arrasta para implorar quase por um desfile, que chance deram para mostrarmos algo diferente, mas no final das contas parecem que as máscaras da administração fundem-se com as do público, mesmos interesses inseridos na sociedade.
Marcos Paulo
Comunismo em Ação
e ai pelegada vamos botar nosso bloco na rua ou vamos pra arquibancada bater palmas pra burguesia.
ResponderExcluirtemos a condição efetiva de mostrar nossa alegria como queremos ou seremos bobos do corte.
lazaro carneiro
kkkkkkkkk!!! Karo Henrique...,simples. Mude o nome do bloco. Insira no novo nome alguma destas palavras: Cristo, Deus, Jeová, Bíblia, Família, Comunhão. Depois, convoque alguns pastores, ou rabinos, ou mulas, ou padres, (pais de santo, não!), diáconos, doutrinadores, obreiros etc. (Muito importante que os foliões do bloco sejam majoritariamente brancos). Então, desçam e subam o calçadão qualquer dia, qualquer hora e quantas vezes desejarem. Ah! e ainda receberão as bençãos do Senhor. E da Ester tb.
ResponderExcluirAté que enfim o Marcos Paulo acertou uma. Pedir permissão pra colocar o bloco na rua? No carnaval? Na rua do povo? O mundo deve mesmo ter acabado em 2012.
ResponderExcluirEu acerto todas meu caro anonimo.
ResponderExcluirMarcos Paulo
Comunismo em Ação
Erramos ao pedir permissão, pois sabemos que na rua o que deve prevalecer é a permissividade, a total liberdade e licenciosidade.
ResponderExcluirEntre erros e acertos estaremos saindo, pomposos e galantes, convidando a todos, anônimos e não anônimos, para cairem na folia, sábado, 9/2, 11 na praça e 12 descendo o Calçadão. Estamos prontos para no improviso (sempre queremos ser dessa forma) marcarmos presença e darmos um recado que sempre irá muito além do Carnaval e da festa.
Mesmo festando, existe um algo mais a ser ressaltado, sempre.
Abracitos do Henrique - direto do mafuá