AMIGO DO PEITO (76)
AS DESCOBERTAS DE QUEM FAZ HISTÓRIA: JAIME PRADO E O LAURO, UM HOSPITAL.
Nada como começar a semana escrevendo sobre os abnegados, aqueles que se entregam de corpo e alma a uma espécie de missão. Olhando para os lados existem muitos que se dizem imbuídos disso, mas nem todos o fazem de fato e de direito, sem pensar em receber nada em troca. Existem pessoas especiais, esses se entregam, se desdobram, buscam forças onde elas já nos abandonaram e tocam o barco mesmo sem vento algum a conduzir a nave. São os lunáticos, os desvairados, os Quixotes, os que com sua lança enfrentam moinhos mais parecidos com monstros e atravessam o Rubicão a todo instante. Quando enxergo um assim, tento me colocar em seu lugar e fico a reverenciar como é que pode um ser humano ser tão dedicado a esses detalhes e ter saído tão diferente da turba a corroer (e tirar proveito) o dia a dia aí do lado de fora. Paro tudo para enaltecer o trabalho de um desses.
Ele me lança um desafio: “Meu amigo Henrique registre na sua página (quase 80 anos depois), este maluco na preservação da história encontrou os dois primeiros Livros de Registro dos interno do Lauro, datados de 13 de abril de 1933, até esta data 06/ 03/ 2013 eram dados como queimados e consumidos pelo cupim. Se não bastasse encontrar o primeiro encontrei o segundo (800 nomes) de internos encontrados 80 anos depois, o último Livro de Registro a direita da foto e a relação dos Discos de Vinil das décadas de 1920, 1930, 1940 e ai por diante amigo relíquias relação completa de 01 a 1730 discos antigos”. O espevitado personagem a tentar uma comunicação conosco é JAIME PRADO. E para quem não sabe quem seja tão versátil figura, veja o que ele mesmo descreve como perfil: “Sou um simples funcionário publico no atual Instituto Lauro de Souza Lima em Bauru/SP, não sou Historiador, não sou Pesquisador e não sou Museólogo, sou sim proibido de falar , mostrar e comentar a história desta instituição genuinamente bauruense. (...)Foi justamente neste local que começou a minha história com a história que hoje eu preservo mesmo sendo proibido. Aqui eu cheguei pela primeira vez em 26 de Julho de 1968, gravei e registrei as imagens em preto e branco na minha memória”.
Jaime é uma inquieta pessoa, querendo fazer, num constante remoer por dentro diante de tanta coisa para ser feita no local onde trabalha e tudo parado, pior, mesmo com disposição, tentam brecar seu ímpeto, frear suas atitudes e mantê-lo quieto. Ele não se segura. Ele sai pelas frestas e continua a fazer o que mais gosta na vida, fuçar a história do Hospital Lauro de Souza Lima. Usa todas suas horas vagas, as disponíveis para isso e divulga, posta para que o mundo inteiro fique sabendo da existência de um lugar, que um dia foi assim e hoje já não o é mais. Essa história dos livros que resgatou num lugar insólito, considerado lixo para muitos, mostra que esse é o papel do verdadeiro pesquisador, do que acredita que pode sempre tirar água de pedra. Esse baixinho não desiste nunca e assim vai conseguindo, aos poucos, em forma de drops, ir desvendando e divulgando parte importante da história bauruense. É dessas pessoas imprescindíveis, incansáveis e tão necessárias, pois quando estamos querendo esmorecer, lá surge um Jaime, fazendo e acontecendo, mesmo na adversidade e nos mostra que não devemos desistir.
Ele consegue também seus louros pessoais, o reconhecimento mais bonito, o que de quem é personagem principal dessa sua história. Conto o causo como o causo foi. “Este rádio da marca Philips acompanhou a historia do mais antigo interno do antigo Asilo Colônia Aimorés, durante mais de 50 anos e recebi de presente dia 15/ 03/ 2013, segundo ele reconhecimento pelo meu trabalho preservando a história em preto e branco”, conta num relato o próprio Jaime. Jaime faz, Jaime busca, investiga, fuça, suja os pés e mãos de lama, vai à luta e mesmo sem dominar técnicas, sem ter teoria no que faz, sem ter sentado em bancos escolares, sem ter diploma de especializado no assunto, arregaça as mangas e desprendido como é, mostra a todos os diplomados e concursados como é que se deveria estar sendo feito um trabalho em todos os setores de pesquisa no país. Jaime faz e fazendo nos ensina. E quem tem um pouco de entendimento lógico sobre essas questões deveria se engajar e já na sua caminhada. Eu adoro pessoas como o Jaime. O Jaime só quer um pouquinho de reconhecimento e de condições para continuar fazendo e acontecimento, o restante deixem com ele que tudo sairá a contento.
Acompanho as postagens do Jaime Prado pelo Face e admiro demais o trabalho dele!
ResponderExcluirMarisa Correa Silva
Acompanho as postagens do Jaime Prado pelo Face e admiro demais o trabalho dele!
ResponderExcluirMarisa Correa Silva
Henrique
ResponderExcluirme explique uma coisa que não entendi.
Por que ele se diz perseguido e que o impedem de continuar pesquisando? Mas ele não faz isso? Quem o persegue. E por que faz isso?
Isso não ficou esclarecido no seus texto, nem na fala dele.
Peça ao Jaime para nos explicar.
Um abraço cordial do
Alvarenga
Falar da história que eu conheço desde 26 de Julho de 1968, ou falar da história que eu conheço e faço parte da história desde 04/ 02/ 1976, questionaram que sobre a perseguição basta olhar nas páginas do meu face, vai encontrar assinado por uma diretora em 08 de julho de 2008 um documento que nunca chegou nas minhas mãos a não, quando colocaram na maçaneta na porta do meu caso três anos depois assinado, por uma pessoa, que na verdade não sabe nada desta história que eu acompanho durante 45 anos, nunca pedi nada em troca, nunca recebi nada em troica e tudo que eu posto, falo e mostro nunca chegou dentro de um envelope lacrado. Jaime Prado- Meu desabafo como funcionário servidor por mais de 37 anos em uma instituição, que é genuinamente Bauruense onde sou PROIBIDO.
ResponderExcluirDesculpem amigos e amigas se a voz ficou embargada na minha garganta e as lágrimas de um maluco apaixonado pela história escorreram pela minha face machucada pela falsidade de determinadas pessoas que apunhalam pelas costas, desrespeitando meu modesto trabalho na preservação da história antiga em preto e branco que vai completar (80 anos de história no dia 13 de abril de 2013, os turista e os modernos que não tem vínculo com a história antiga das instituições de Bauru,preferem Proibir, Perseguir do que apoiar, essas pessoas são a podridão da Sociedade camuflados de falsos e (as) intelectuais em relação a história que eu modéstia parte conheço muito bem com dados, datas, dados e textos referente a história.
ResponderExcluirAmigo Henrique obrigado pela sua manifestação de apoio e você sabe muito bem o que eu tenho sobre a história.
Jaime Prado: Mtb: 038076