DOIS EVENTOS, “NÓS MULHERES” E “SLAM POESIAS”: A BAURU QUE RESISTE E INSISTE.
O calor ferve tudo aqui pelos lados mafuentos. Antes do derretimento total, acredito que mais dia menos dia deve ocorrer comigo o mesmo do lastimável acontecimento com EMILIO SANTIAGO e ZÉ RAMALHO, cada qual internado no mesmo hospital e com complicações de saúde. Antes dos escrevinhamentos uma justa homenagem a um deles no começo do texto, Emilio Santiago, um dos maiores intérpretes brasileiros e no fim, uma para o Zé. Vejam e ouçam essa maravilha na voz desse “baita negão”, Youtube, num vídeo de 2007, cantando Tu Me Acostumbraste: http://www.youtube.com/watch?v=2J6M7r19sPc . Impossível não parar tudo para ouví-lo. É o que sempre faço.
Escrevo hoje de dois eventos ocorridos em Bauru durante a semana. No primeiro, a 16º edição do NÓS MULHERES, um evento a reunir uma pá de mulheres maravilhosas e divinais no Templo Bar, sob a batuta do “painho” (como elas o chamam) Fernando, o manager do local. Escrever bem do Templo e do rola por lá é chover no molhado. A comida é pra lá de boa, o ambiente idem e o astral inquestionável. Fernando consegue reverter um pouco do que ganha em excelentes apresentações musicais. Faz isso desde que me conheço por gente e nas edições do Nós, uma só fora dali (ocorreu no Teatro Municipal), sempre comemorando o Dia Internacional das Mulheres, o palco só com elas e uma imensa legião de fãs, admiradores, ardentes e apaixonados de queixo caído, vendo a cada ano um texto novo, um texto diferente, o renovar de alguns nomes, mas sempre um impecável tratamento e a excelência no quesito repertório. Acredito que tudo o que rola no palco do Templo, Fernando deixa a coisa fluir mansamente, mas com uma exigência, a de só e tão somente passar por ali música da mais alta qualidade. Nessa edição o escolhido foi Vinicius de Moraes e elas deitaram e rolaram, provando que a música do mestre foi mesmo feita para estar na boca e no coração delas. E elas foram se revezando no palco, Luly Zonta, Lizeth, Denise Amaral, Tânia Guerra, Giovana Contador, Marli Nunes, Regina Macebo (deu uma de Tiãzinho, só batendo bumbo), Wanny, Débora Marquez, Tayla Toledo, Nataly, Francine Busch, Audren Victorio e uma que não sei porque cargas d’água estava fora da formação desse ano e apareceu de última hora, de boca cheia e convidada a subir ao palco, também deu seu recado, falo de Marthynha, a cantante dos pés descalços. Se o poeta Vinícius é o das mulheres, a noite esteve com tudo em cima. O clima acolhedor, as mesas todas com gente conhecida, calor humano saindo pelo ladrão e no palco a versatilidade delas elevada à máxima potência. Uma noite memorável, como todas passadas no Templo. Aqui algumas poucas fotos dentre tantas que tirei na noite de terça, 05/03. Não preciso nem beber para sair de lá em estado inebriante, tal o visual, o som as companhias todas. É disso que eu gosto, é nisso que sempre estarei.
A segunda noite foi na quinta, 07/03, com a realização do I SLAM, um inédito em Bauru Festival de Poesia. O idealizador e realizador foi poeta Brandão, sendo mais ou menos assim: cada inscrito teria no máximo um minuto para poetar na frente de todos e sendo julgado por uma comissão avaliadora. Escolheram o Bar Brazuka, ali na Duque quadra 9, propriedade do maneiro Colcci ou Eduardo ou Ruedas (cada um o chama de um jeito e maneira), acolhedor e acachapante, com precinhos mais do que honestos e cerveja sempre gelada. E diante de
E tudo está dito, nada mais se fazendo necessário para um bom entendimento de que uma outra cultura insiste em pulsar e flanar aqui por Bauru. É nela que vou, embarcando nessa onda e com ela navegando. Para encerrar, um algo de um outro, também doentinho nessa semana, Zé Ramalho, cantor e letrista dos bons, aqui cantando algo também do Youtube, não dele, mas de outro monstro sagrado na música mundial, Bob Dylan: http://www.youtube.com/watch?v=wu7qh6jyCPg . E para encerrar meus escritos de hoje algo que acabo de ler numa manchete de jornal, ainda sobre a maledicência dita e escrita sobre Hugo Chávez, um dos libertadores dessa América, ainda atrelada, atada e atolada nos ditames dos profetas do pensamento único: “Jamais se mentiu tanto sobre um homem".
OBS.: Nessas duas fotos maiores, os idealizadores, Brandão (junto da esposa e Madê) do SLAM e Fernando (junto da Audren Victorio) do NÓS MULHERES.
OBS.: Nessas duas fotos maiores, os idealizadores, Brandão (junto da esposa e Madê) do SLAM e Fernando (junto da Audren Victorio) do NÓS MULHERES.
caro H.P.A., sempre passo por aqui e dou meus palpites ,mas hoje ao faze-lo estou legislando em causa própria
ResponderExcluirquero agradecer voce pela rica lembrança e ao Claudio Dangió pela poesia ele conseguiu sintetizar minha vida,minhas dores e lembranças nesta linda poesia, se mereço ou não,ja não é comigo pois não foi escrita para mim e sim para os que apreciam a arte.
deixo aqui o meu slam à todos os mafuentos. NÃO TENHO PAPAS, NEM NA LINGUA NEM EM ROMA
LÁZARO CARNEIRO
Lázaro, meu amigo só tem um defeito, grave por sinal, sai pouco de casa e para de lá tirá-lo é um parto, verdadeira operação de guerra. Perdeu o dia da poesia onde poderia ter também declamado a sua. Eu adoro ter amigos dessa laia, são os iguais a mim
ResponderExcluirHenrique - direto do mafuá
Henrique
ResponderExcluirA vida é dura, mas sabendo usá-la ainda conseguimos extrair delas belas fragrâncias.
Essas duas possibilidades.
Adorei a frase do Chávez, pois leio aberrações de alguém que tanto fez por seu povo e aqui no Brasil uns abilolados o desmerecem gratuitamente.
Aurora
Oi Henrique!!
ResponderExcluirQue felicidades! Pena eu estar amarrado em casa ultimamente.
Abração!
W.Leite
Henrique
ResponderExcluirQueria te falar sobre esse bar, o Brazuka, que antes era ali na quadra de cima da Duque, sempre lotado de estudantes e hoje ali na Duque. o dono, o Colcci e a tia Edna, sua mãe, tocam aquilo entre muitas risadas. No cartão do bar está lá escrito: Nunca fiz amigos bebendo leite! Gosto muito do astral do bar e dos seus donos e também dos que lá frequentam. Perdi o evento de poesia e vendo nas fotos a casa cheia, fiquei radiante de alegria e louco de vontade de voltar lá. Bares fazem a nossa alegria e voce retratou dois dos bons da cidade.
Chiquinho Lemos