DROPS – HISTÓRIAS REALMENTE ACONTECIDAS (88)
CHUVA E ENCHENTE, ESTRAGOS POR AQUI É MATO- REVIVAL DE 2007
Uma manhã de segunda, 27/05 com uma chuva alagando Bauru por todos os poros. Carros virados de ponta cabeça em plena via pública, uma enxurrada na Nações Unidas, transformando-a em caudaloso rio. Fotos e mais fotos expondo a catástrofe para aqui e alhures. Todos tendo a possibilidade de dar o seu palpite de solução para infindável problema em pontos críticos da cidade. Da internet, entre fotos e escritos dois, de uma lavra mais reflexiva. “Entubar um rio em seu curso natural e achar que o comina é no mínimo arrogante...”, acertadamente desfere Márcia Nuriah, que conhece o problema, mesmo hoje morando na distante Holanda. Esse mesmo rio, debaixo da Nações, um dia explodiu quando o presidente ditador Figueiredo acabara de passar por cima dele. O arquiteto mais famoso de Bauru encobriu o rio, modernizou a cidade, mas ninguém consegue conter a fúria das águas quando elas resolvem, sufocadas por canaletas estreitas, que não dão vazão à quantidade da água das chuvas, delas virem à tona. A Nações vira um rio e isso não é de hoje, é desde que foi inaugurada a avenida.
Num outro texto da internet, também curto e grosso, Silvio Selva, o rei dos aforismos na capital da terra branca lembra algo: “O Secretário de Obras no governo Tuga, Leandro Joaquim, tinha em sua sala, uma foto de uma enchente na Alfredo Maia nos anos 50...”. É verdade, a foto é famosa e ilustra um problema ainda sem solução, hoje relembrado, pois a catástrofe naquela região é eminente, líquida e certa. Ali será o desembocar do viaduto inacabado, que em dias de chuva certamente permanecerá interditado, como a passagem de carros por debaixo da linha férrea na Nações. Como todos hoje possuem meios de fotografar tudo e todos, as fotos que mais estão a circular hoje é a de uma Bauru debaixo das águas. O país inteiro vê isso.
Trabalhei por quatro anos na Cultura municipal e dali do andar de cima, mesma altura do hall de entrada do Teatro Municipal, um lugar para ser ver a tragédia como se estivesse num privilegiado camarote. Hoje as águas chegaram até o meio das escadarias e as fotos tiradas dali estão circulando Bauru e o mundo. Relembro aqui, fotos antigas, tiradas em 2007, num dia de chuva forte e os funcionários todos de prontidão para socorrer incautos e registrar a tragédia ao seu modo, calças arregaçadas e molhados dos pés à cabeça. Mudaram-se a fisionomia de alguns, mas a cena é a mesma, sem tirar nem por. As justificativas idem, a solução idem, o paliativo idem, as providências idem, o rescaldo idem, as cenas idem, os desabafos idem, tudo repetido, cenas conhecidas de todos, repetidas à exaustão até caírem no esquecimento e até cair a próxima tempestade e tudo ser revivido. Um dia alguém vai propor algo sensato e viável para resolver isso, mas enquanto isso não acontecer vamos contabilizando os que se foram, os que perderam bens, os que inadvertidamente se atolaram ali, etc e etc. A coisa é antiga, mas antes ali passava um rio...
Uma manhã de segunda, 27/05 com uma chuva alagando Bauru por todos os poros. Carros virados de ponta cabeça em plena via pública, uma enxurrada na Nações Unidas, transformando-a em caudaloso rio. Fotos e mais fotos expondo a catástrofe para aqui e alhures. Todos tendo a possibilidade de dar o seu palpite de solução para infindável problema em pontos críticos da cidade. Da internet, entre fotos e escritos dois, de uma lavra mais reflexiva. “Entubar um rio em seu curso natural e achar que o comina é no mínimo arrogante...”, acertadamente desfere Márcia Nuriah, que conhece o problema, mesmo hoje morando na distante Holanda. Esse mesmo rio, debaixo da Nações, um dia explodiu quando o presidente ditador Figueiredo acabara de passar por cima dele. O arquiteto mais famoso de Bauru encobriu o rio, modernizou a cidade, mas ninguém consegue conter a fúria das águas quando elas resolvem, sufocadas por canaletas estreitas, que não dão vazão à quantidade da água das chuvas, delas virem à tona. A Nações vira um rio e isso não é de hoje, é desde que foi inaugurada a avenida.
Num outro texto da internet, também curto e grosso, Silvio Selva, o rei dos aforismos na capital da terra branca lembra algo: “O Secretário de Obras no governo Tuga, Leandro Joaquim, tinha em sua sala, uma foto de uma enchente na Alfredo Maia nos anos 50...”. É verdade, a foto é famosa e ilustra um problema ainda sem solução, hoje relembrado, pois a catástrofe naquela região é eminente, líquida e certa. Ali será o desembocar do viaduto inacabado, que em dias de chuva certamente permanecerá interditado, como a passagem de carros por debaixo da linha férrea na Nações. Como todos hoje possuem meios de fotografar tudo e todos, as fotos que mais estão a circular hoje é a de uma Bauru debaixo das águas. O país inteiro vê isso.
Trabalhei por quatro anos na Cultura municipal e dali do andar de cima, mesma altura do hall de entrada do Teatro Municipal, um lugar para ser ver a tragédia como se estivesse num privilegiado camarote. Hoje as águas chegaram até o meio das escadarias e as fotos tiradas dali estão circulando Bauru e o mundo. Relembro aqui, fotos antigas, tiradas em 2007, num dia de chuva forte e os funcionários todos de prontidão para socorrer incautos e registrar a tragédia ao seu modo, calças arregaçadas e molhados dos pés à cabeça. Mudaram-se a fisionomia de alguns, mas a cena é a mesma, sem tirar nem por. As justificativas idem, a solução idem, o paliativo idem, as providências idem, o rescaldo idem, as cenas idem, os desabafos idem, tudo repetido, cenas conhecidas de todos, repetidas à exaustão até caírem no esquecimento e até cair a próxima tempestade e tudo ser revivido. Um dia alguém vai propor algo sensato e viável para resolver isso, mas enquanto isso não acontecer vamos contabilizando os que se foram, os que perderam bens, os que inadvertidamente se atolaram ali, etc e etc. A coisa é antiga, mas antes ali passava um rio...
Olha só, o Nirtão, grande pessoa!!!
ResponderExcluirSilvio Selva
O desenvolvimentismo estúpido defendido por nossos políticos e pela maioria dos eleitores (inclusive muitos dos que postam cobrando soluções) tem seu preço. E a coisa vai ficar muito pior pois não há nenhum projeto (mesmo a longo prazo) que mude esta perspectiva.
ResponderExcluirAlmir Ribeiro
Henrique
ResponderExcluirEsse incidente da explosão não foi com Geisel?
Ademar Cassola
Sim, Cassola, foi, errei e voce me fez rever o passado. Tá corrigido por ti, obrigado
ResponderExcluirHenrique - direto do mafuá
Henrique,
ResponderExcluirTudo tem seu preço...
Em nome da especulação imobiliária desenfreada e da absoluta falta de planejamento dos gestores públicos municipais de várias gestões, o resultado é isso aí: um caos urbano em qualquer chuva mais forte com iminente risco de acidentes graves ou até fatais para os cidadãos pagadores de impostos.
BAURU, A CIDADE MAIS IMPERMEÁVEL DO MUNDO !!!
VERGONHA !!!!!!!!
Abs.
Carmo
Henrique
ResponderExcluirA somando a isso que o Carmo disse aí no comentário de cima, devemos levar em consideração que o prefeito é AMBIENTALISTA.
Alguém ainda se lembra disso em Bauru?
Alvarenga
Henrique,
ResponderExcluirManchete que no dia de "São Nunca" veremos estampada na imprensa Bauruense:
"PREFEITO AMBIENTALISTA NÃO É IMPERMEÁVEL COMO BAURU. 2º MANDATO ESTÁ FAZENDO ÁGUA".
Sonho Meu...
Abs.
Carmo
HENRIQUE
ResponderExcluirSE VIU HOJE.
O PREFEITO RECONHECEU O NEGÓCIO DE QUE O RIO É MAIS FORTE QUE TODOS NÓS E DISSE QUE TALVEZ TIRE A COBERTURA QUE O ENCOBRE E O LIBERTE.
VAMOS LIBERTAR O RIO.
UMA NOVA CAMPANHA PARA BAURU.
E VIVA AS EMPREITEIRAS TODAS QUE JÁ VÃO PRODUZIR A CAMPANHA DE GRAÇA, SEM VISAR NADA LÁ NA FRENTE.
GUSMÃO, O BABÃO