CARTA (107)

PEDRO TOBIAS, CQC, CARTA PARA ELES E A ASSESSORIA DO DEPUTADO

Ao acordar, ligando o computador, uma amigo me passa o novo vídeo da investida do CQC, programa da TV Band, numa nova investida deles contra o deputado Pedro Tobias, bauruense por adoção. Guga Noblat entrou no seu gabinete e fez perguntas pertinentes, nenhum respondida, todas revidades. O vídeo está aqui, basta clicar no link: https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=04-IY08tDD4#at=116. Lembro que o mesmo programa esteve em Bauru, entrevistando o prefeito Rodrigo e esse se comprometeu a publicar a lista completa dos servidores e seus salários. A promessa foi cumprida e é alvo de muita conversa na cidade. Aproveito a oportunidade para enviar ao programa, que pede sempre que lhe enviemos pautas. Eis a minha em forma de carta pública a eles:

Meus caros e caras do CQC – Att. Jornalista Marcelo Tas

Assisti aos vídeos feitos com gente de Bauru, dois com o deputado Pedro Tobias – PSDB e um com o prefeito Rodrigo. No do prefeito estipularam um prazo para ele entregar lista com os salários dos servidores. Pelo vista a lista já está disponível. Execrável, mas disponível, gerando questionamentos mil por aqui. Os maiores salários na municipalidade são dos médicos e tudo por causa do sectário (sic), secretário de Saúde, sr Fernando Monti (irmão de deputado federal), um imexível na administração (mais poderoso que o próprio prefeito, dizem), convencendo os vereadores a aprovar esdrúxulo aumento nos valores de plantão e hora extra dos médicos. Eles encurralaram o prefeito, provocaram um caos na saúde do município e só voltaram ao trabalho com os reajustes absurdos. Os vereadores têm culpa no cartório pelos altos salários dos médicos. Pior é que nem assim o problema foi resolvido, pois o caos nesse setor está instalado por aqui, com culpas coletivas bem evidentes. Quando retornarem, por favor, cobrem desse sectário (sic), secretário pelo que fez com os cofres municipais. E cobrem também dos vereadores, pois quem votou favorável ao aumento hoje foge da raia.

Além disso, o motivo da escrito para vocês é um algo mais. Acabo de ver a gravação com o Pedro Tobias e as cobranças por ele desconhecer após 20 anos de propinoduto tucano, os indevidos recebimentos. Aqui em Bauru corre na justiça um processo pela falência da AHB – Associação Hospitalar de Bauru, que mês a mês lesava os cofres públicos da saúde, desviando grana alta. Todos os indiciados foram indicados pelo sr Pedro Tobias, muitos com passagem pela folha de pagamento como seus assessores parlamentares. Ele, como foi perguntado a ele sobre o caso dos desvios no metrô, respondeu a mesma coisa, que havia sido traído e que não sabia de nada. Isso pode ocorrer, porem, existe um agravante, tento há meses conseguir a listagem da ALESP – Assembleia Legislativa de SP uma listagem com os nomes dos seus assessores e nem ele, nem Alesp, nem ninguém fornece tal listagem, que deveria ser pública. Precisamos ver a lista da época da descoberta da fraude na AHB, um ano depois e a atual, para confrontando verificar se pessoas ainda estão sendo acobertadas.

Vendo a lista o peso que hoje recaí sobre os ombros do deputado pode ser amainado, mas ele não a fornece. Dizem que lá existem esposas dos envolvidos, parentes, gente que mora fora do país, gente que nunca pisou em seu gabinete, etc e etc. A tal lista deveria ser pública, mas a escondem. Por que?, pergunto eu. Acredito que o CQC a consiga mais facilmente pelos disponíveis meios jornalísticos. Pedro precisa se explicar. Afinal, ele é deputado eleito por Bauru e região, com votação expressiva e não fica bem se fazendo difícil para questão tão corriqueira, uma mera lista com os nomes dos seus assessores.

Podemos contar com a colaboração dos senhores? Tentem cobrar dele a tal lista, tentem consegui-la via Alesp e depois conversamos. Possuo um blog aqui em Bauru, o Mafuá do HPA (www.mafuadohpa.blogspot.com) e cobro regularmente essa e outras questões aqui pela cidade.

Um abracito bauruense do HENRIQUE PERAZZI DE AQUINO, jornalista sem espaço, professor de História sem cátedra, caixeiro viajante quase falido, pai de um, coração preenchido, conta estourada em diversos bancos, noroestino, corintiano e destemido blogueiro, além de eterno admirador do estilo intrépido de Ernesto Varela (cadê ele? por onde anda? vivo? acossado? que tal ressucitá-lo?).