DIÁRIO DE CUBA (66)

UMA PESSOA QUE QUERO MUITO CONHECER

POSTEI ONTEM PELA MANHÃ ESSE CURTO TEXTO ABAIXO NO MEU FACEBOOK E NÃO ESPERAVA A REPERCUSSÃO QUE TEVE:
Vou contatar meus amigos lá em Agudos para em breve irmos bater um papo com a primeira médica estrangeira a atuar na região pelo programa Mais Médicos, a cubana Jaqueline Joseph Naranjo, que ontem, 03/01, sexta, começou a atuar na vizinha cidade. A pergunta que não quer calar é só uma: POR QUE SERÁ QUE O SECTÁRIO, sic, digo, SECRETÁRIO MUNCIPAL DE SAÚDE DE BAURU, O MÉDICO FERNANDO MONTI NÃO REQUISITOU NENHUM ESTRANGEIRO BAURU BAURU DIANTE DO CAOS IRRESOLVÍVEL EM QUE NOS ENCONTRAMOS? Alguém poderia me responder essa pergunta... As fotos são minhas e foram tiradas da reportagem sobre ela na TV Tem. Coisas do HPA

Inicialmente foi só isso. O Jornal da Cidade também deu somente isso como matéria: http://www.jcnet.com.br/Regional/2014/01/agudos-e-a-1a-cidade-da-regiao-com-medica-cubana.html.

O advogado Gilberto Truijo postou algo sobre o mesmo assunto no seu facebook e reproduzo aqui dois comentários. Primeiro o de Claudinei Costa: "olha á frase : ' Lançado no dia 8 de julho do ano passado pelo governo federal, o Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que tem como objetivo acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e UBS e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país' , acho que em BAURU num chega a ser uma REGIÃO CARENTE , Sou AGUDENSE estou envergonhado , pois temos ONIBUS GRATUITO , mas dependemos DO GOVERNO FEDERAL , pq NOSSA SAÚDE está CARENTE , imagina , uma CIDADE com uma RECEITA de 103 MILHÕES DE REAIS". Depois o do prórpio sectário, ops, digo, Secretário de Saúde, Fernando Monti: "Estamos inscritos no programa desde seu início. A distribuição dos profissionais está ocorrendo de acordo com critérios próprios do Ministério da Saúde, que é quem faz a gestão do programa. Além da inscrição de Bauru no programa, tratei desta questão diretamente com o Ministro Padilha em algumas oportunidades (uma delas quando fui, em nome do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde defender a importância do programa em audiência pública no STF). Posso dizer que o Claudinei está correto no comentário acima: não chegaram ainda por aqui, porque pelos critérios do MS há outros municípios em situação de maior prioridade que nó".

Meus comentários finais: Bauru simplesmente talvez tenha se inscrito, mas pelo caos vivido pelo seu sistema de saúde é pouco, muito pouco permanecer esperando sentado, enquanto o caos aumenta. Fazer a inscrição é uma coisa e lutar pela sua implantação é outra. Tendo o Monti toda a facilidade de comunicação com o ministro (segundo ele mesmo deixa transparecer), sendo a vice prefeita de Bauru petista, afirmo que está faltando empenho de tudo e de todos. Falta boa vontade e talvez o pior, falte o desejo de ter realmente esses médicos por aqui. Não percebo o empenho dos administradores de Bauru na real solução do problema de saúde da cidade. Vejo sim, dentro da Câmara de Vereadores, principalmente de sua bancada médica e do sectário, ops, digo, secretário Monti, algo no sentido oposto. Vejo mais a defesa dos direitos do médicos sendo atendida do que, o direito da população em ter o atendimento básico garantido e com qualidade. O acordo feito entre a Câmara passada e Monti, beneficiando os médicos foi vergonhoso. Elevou os rendimentos dos médicos com superfaturamente de horas extras e plantões, hoje os maiores dentro do quadro de funcionários da Prefeitura, mas mesmo assim isso não conseguiu satisfazer à categoria profissional. Tanto que um dos vereadores médicos da atual legislatura veio a público dizer que "médico brasileiro não trabalha por mixaria, quem trabalha por mixaria é cubano". os próprios médicos deveriam vir à público repudiar isso, pois quietos assumem o que está sendo feito e o que foi dito como a mais pura verdade. Esse pouco caso de Bauru para com o Programa dos Mais Médicos é só mais um dos absurdos que continuam a acontecer no setor. Os outros estão todos aí, fraturas expostas e sem solução, pois o mandatário da Saúde é imexível. 

Por fim, para amenizar tudo o que aqui já foi exposto, algo de bom. A médica cubana Jaqueline entrou o ano novo com uma família de bauruenses. Yuri de Freitas, filho de Darcy Rodrigues, que por muitos anos esteve exilado em Cuba, estão nessa foto abaixo e na sequência irão nos contar algo mais do encontro e do primeiro contato com a primeira médica estrangeira a atuar na região, por intermédio do programa Mais Médicos do Governo Federal. O debate continua e nos comentários desse post a reprodução de tudo o que já rolou de papo entre debatedores no post no facebook.