sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
CHARGE ESCOLHIDA A DEDO (77)
PORTUGUÊS, UMA LÍNGUA MUITO DIFÍCIL!!! – AÍ, COMO SOFRE ESSE MAFUENTO Sou constantemente admoestado aqui pelas ondas mafuentas por causa dos meus escritos não tão escorreitos. Aos 53, confesso, tenho uma dificuldade em aprender o que ainda não consegui aprender até hoje. Cada vez mais. Dançar então, nem pensar. Babo vendo o Geraldo Inhesta dançar, me contorço todo, mas não sai nada de bom de minhas pernas. Aliás, nem gols saíram muitos. Adorava jogar bola, mas sempre fui um péssimo jogador. Tem coisas que a gente desiste com o tempo, outras não. O escrever eu continuo tentando. Aqui o blog as coisas sempre saem muito na correria e os erros são inevitáveis. Quando me sobra tempo, releio tudo e vou corrigindo aos poucos. Em textos mais apurados perco mais tempo e saem bocadinho melhor. Mas de uma coisa todos temos que concordar, essa nossa língua é mesmo difícil, hem?
Achei isso ainda agora e já repasso aqui: “É! O português falado no Brasil permite que se calce uma bota e que se bote uma calça. É complicado!
O português praticado no Brasil não é para amadores, nem puristas...”. Desconheço o autor da pérola...
E para complementar, umas piadinhas, pois hoje é sexta e a seriedade já me abandonou no meio do dia:
Na recepção dum salão de convenções, em Fortaleza:
- Por favor, gostaria de fazer minha inscrição para o Congresso.
- Pelo seu sotaque vejo que o senhor não é brasileiro. O senhor é de onde?
- Sou de Maputo, Moçambique.
- Da África, né?
- Sim, sim, da África.
- Aqui está cheio de africanos, vindo de toda parte do mundo. O mundo está cheio de africanos. - É verdade. Mas se pensar bem, veremos que todos somos africanos, pois a África é o berço antropológico da humanidade...
- Pronto, tem uma palestra agora na sala meia oito.
- Desculpe, qual sala?
- Meia oito.
- Podes escrever?
- Não sabe o que é meia oito? Sessenta e oito, assim, veja: 68.
- Ah, entendi, meia é seis.
- Isso mesmo, meia é seis. Mas não vá embora, só mais uma informação: A organização do Congresso está cobrando uma pequena taxa para quem quiser ficar com o material: DVD, apostilas, etc., gostaria de encomendar?
- Quanto tenho que pagar?
- Dez reais. Mas estrangeiros e estudantes pagam meia.
- Hmmm! que bom. Ai está: seis reais.
- Não, o senhor paga meia. Só cinco, entende?
- Pago meia? Só cinco? Meia é cinco?
- Isso, meia é cinco.
- Tá bom, meia é cinco.
- Cuidado para não se atrasar, a palestra começa às nove e meia.
- Então já começou há quinze minutos, são nove e vinte.
- Não, ainda faltam dez minutos. Como falei, só começa às nove e meia.
- Pensei que fosse as 9:05, pois meia não é cinco? Você pode escrever aqui a hora que começa? - Nove e meia, assim, veja: 9:30
- Ah, entendi, meia é trinta.
- Isso, mesmo, nove e trinta. Mais uma coisa senhor, tenho aqui um folder de um hotel que está fazendo um preço especial para os congressistas, o senhor já está hospedado?
- Sim, já estou na casa de um amigo.
- Em que bairro?
- No Trinta Bocas.
- Trinta bocas? Não existe esse bairro em Fortaleza, não seria no Seis Bocas?
- Isso mesmo, no bairro Meia Boca.
- Não é meia boca, é um bairro nobre.
- Então deve ser cinco bocas.
- Não, Seis Bocas, entende, Seis Bocas. Chamam assim porque há um encontro de seis ruas, por isso seis bocas. Entendeu?
- E há quem possa entender?
É mais ou menos o meu caso. E não seria o seu?
Obs.: As charges são portuguesas, todas do Fábio Sgroi, publicadas no jornal lá deles, o Página 3, versando sobre regras de concordância.
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