sexta-feira, 29 de agosto de 2014

INTERVENÇÕES DO SUPER-HERÓI BAURUENSE (74)


FALIRAM A UNICAMP, UNESP E USP E AGORA TUDO NO SEU ENTORNO – CENTRINHO COM OS DIAS CONTADOS

A manchete caiu como uma bomba não só para o pessoal de Bauru, mas principalmente para todos os que necessitam de atendimento do Centrinho, o famoso Centro de Excelência em Tratamento Lábio Palatal. “Conselho aprova transferência do centrinho para governo estadual”, apregoa a manchete do JC de 27/08/2014. Hoje em dia qualquer tipo de viagem de ida ou volta para Bauru e por qualquer meio de transporte, seja avião, ônibus, trem (ai que saudade), balsa, lotação, encontram-se famílias inteiras em busca de tratamento lábio palatais. Elas são todas tratadas, independente da classe social, com o devido respeito e tudo de ponta, desde a recepção, não somente ao paciente, mas também aos familiares. “Não existe economia nesse tratamento. A fama de Bauru em relação ao Centrinho é devido ao todo, ao conjunto da obra, ou seja, não são medidos esforços para que todo um procedimento de bom atendimento ocorra. E isso só funciona porque não existe restrições, muito menos algo feito com conotação de meia boca. Agora, vejam o que se sucede, a USP – Universidade de São Paulo, mantenedora do Centrinho, passando por imensa crise devido desmandos diretivos, enfia goela abaixo de todos, assim sem mais nem menos, sem ao menos uma mera vaselina, a transferência do primor até agora conhecido para um órgão novo criado pelo mesmo governo estadual, mas aos moldes de algo igual ao que controla, por exemplo, o Hospital Estadual de Bauru, a sempre incógnita FAMESP. Prevejo tempos nebulosos pela frente”, vaticina Guardião, o super-herói bauruense analisando friamente a rapidez da aprovação do certo pelo duvidoso.

“De algo que ninguém sabe direito suas conseqüências, o que dá para transparecer assim num primeiro plano é como esse governo estadual decide tudo de cima para baixo e impõe a seco, a fórceps, sem nenhuma discussão prévia, coercitivamente e praticamente obrigando esse tal de Conselho Universitário da USP a aprovar tudo a toque de caixa. Esse o estilo, vai ser assim e assim terá que ser. Sem nenhuma outra crível opção. Diálogo, nem pensar. Aceita quem quiser permanecer com seus cargos intactos ou do contrário, no mínimo a perda da alta remuneração. É assim que as decisões são tomadas no governo Alckmin. Primeiro eles quebraram todas as universidades públicas, sucateando-as até não mais poder, tudo em preparação para futura privatização, já ventilada. Depois, na seqüência, com orçamentos estrangulados, classe trabalhadora em frangalhos, o decreto final, como uma estaca no coração do paciente, eliminando qualquer tipo de reação. Crueldade é pouco. Dane-se o que era feito, como era feito. Inviabilizaram a USP, a deixaram sem poder de reação e agora vão minando tudo à sua volta”, eis como Guardião enxerga o que está ocorrendo nesse forçada transferência.

A cidade por enquanto só observa. Os dirigentes atuais do centrinho, praticamente estão sendo obrigados a emitirem pareceres favoráveis. No primeiro dia a reação foi de espanto, mas dois dias depois, alguns já começam a se pronunciar com algo do tipo: “É, pode até ser bom”, “Talvez melhore, né!”, ou o que está na edição de ontem do JC, em fala da presidente do Conselho Deliberativo do Centrinho, Maria Aparecida Machado: “É necessário para garantir que a unidade não seja sucateada”. Guardião engoliu isso, ou melhor tudo ficou entalado em sua garganta. “Não seria de bom alvitre primeiro criminalizar o pessoal diretivo, de reitor a governador, encostando todos na parede e exigindo prestação de contas decente do rombo, para depois soltarmos pérolas desse tipo. Ninguém cogita de algo ser feito para salvar a USC, né? De tudo, algo está ficando claro: os dias daquilo que Bauru tanto se orgulhava, a excelência do seu hospital lábio palatal, sua boa fama em toda América Latina findou-se nesse momento. Isso não mais será possível com algo no estilo de uma FAMESP no comando. Esqueça tudo e caíamos na real: Gente do seu Alckmin, esse que praticamente está reeleito, escolhida por ele, fumbecou com a UNICAMP, UNESP, USP e agora tudo à sua volta está sendo colocado por terra. O sucateamento é eminente, assim como tudo ser privatizado em breve. Se nem o hospital ao lado, um que está de frente para a Nações e com fama de “Torre de Babel que Nunca Termina” consegue ser inaugurado a contento, o destino reservado para o Centrinho é o mesmo do que ocorre com as tais Municipalizações da Saúde, o caos estabelecido como norma e regra”, conclui um revoltado Guardião, pronto para movimentar a cidade contra mais esse desmando do político conhecido por todos como picolé de chuchu.

4 comentários:

  1. COMENTÁRIOS DO FACEBOOK 1 -

    ergina Fernandes Rodrigues · 8 amigos em comum
    que triste ,,,,,muito triste
    30 de agosto às 00:30 · Descurtir · 4

    Luiz Bessi · Amigo de Kyn Junior e outras 129 pessoas
    Triste? Triste era quando o hospital de Base estava fechando. Precisa-se saber a verdade financeira hoje do centrinho. Será que está com a saúde boa? Existe algum investidor que possa tocar o Centrinho de outra maneira?
    30 de agosto às 09:44 · Curtir · 5

    Luiz Bessi · Amigo de Kyn Junior e outras 129 pessoas
    Muitas inverdades neste texto. Quem reclama tanto deveria tomar atitude. Vá administrar, põe a mão na massa não a boca
    30 de agosto às 09:46 · Curtir · 4

    Claudinei Costa Mas eo PREFEITÃO de VCS oque fez para impedir , oque a VICE que é do PT da PRESIDENTA , oque fez , NADA NADA NADA , e agora ambos esta de candidato a DEPUTADO , se não fez nada nada como vereador e vice ou sem lá oque mais cargo exercerão , vai fazer oque agora , pelo menos o ALCKIMIN vai assumir o CENTRINHO , pior se ele deixasse na mão desta DIRETORIA incompetente !!
    30 de agosto às 12:01 · Curtir · 4

    Soraia Farid Sem palavras.
    30 de agosto às 13:14 · Curtir · 1

    Henrique Perazzi de Aquino GENTE, o pessoa ldo Alckmin quebrou as universidades estaduais paulistas e a culpa é minha que explicito isso. Precisamos é encurralar os que gastam além do permitido, como esse reitor Rodas, indicado pelo governador, que agora sai como se nada tivesse ocorrido. Percebam ele nã oestá somente assumindo, está fazendo num outra situação, bem mais degradante, até aviltante, onde tudo estará sucateado. Daí será um passo para a privatização e a entrega de tudo para o setor privado. E o culpado sou eu que denuncio e coloco a dedo na ferida.
    30 de agosto às 18:57 · Curtir · 4

    Ademar Aleixo Camilo Camilo HPA, o texto ficou excelente. Pena que a sociedade na terá acesso. Infelizmente, este governo será reeleito, porém não com o meu voto.
    30 de agosto às 20:00 · Descurtir · 1

    Ademar Aleixo Camilo Camilo Não sei se vc acompanhou o drama do Instituto Lauro de Souza Lima. O ILSL era referência em hanseníase. Infelizmente, como sempre, a prática deste governo é sucatear. O Lauro foi tão sucateado que hj deixou o status de Instituto de Pesquisa, para vira um simples hospital, com redução drástica de seus leitos. É uma pena!...
    30 de agosto às 20:07 · Descurtir · 3

    Ademar Aleixo Camilo Camilo Grande parte do povo paulista é conservador. O desmantelamento de tudo que há no Estado de São Paulo em termos de saúde pública, esse percentual de paulistas terão que dar satisfação ao restante do país.
    30 de agosto às 20:09 · Descurtir · 1

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  2. COMENTÁRIOS DO FACEBOOK 2 -

    Ademar Aleixo Camilo Camilo O povo paulista ainda não percebeu, que o SUS - Sistema Único de Saúde, está homeopaticamente, sendo desmantelado. A FAMESP, cria do Governador Geraldo lckminn, teve origem na Faculdade de Medicina de Botucatu, com o apoio do Gerardo, conhecido pela alcunha de "picolé de xuxu", surgiu essa fundação de direito privado.
    30 de agosto às 20:13 · Descurtir · 3

    Ademar Aleixo Camilo Camilo Aqui em Bauru, não há mais hospitais públicos. Todos estão sob o comando da FAMESP. As mas línguas comentam que tem diretor que recebe em torno de R$80 mil reais e médicos que ganha entre R$35 e R$40 mil reais por mês.
    30 de agosto às 20:16 · Curtir · 1

    Ademar Aleixo Camilo Camilo Por outro lado, os funcionários ganham salário de fome. Não há um sindicato decente que os defenda. Quando aparece alguém e bate de frente, mandam embora.
    30 de agosto às 20:21 · Descurtir · 2

    Ademar Aleixo Camilo Camilo HPA - Não sei se vc sabe, mas foi aprovado na calada da noite, um projeto que permite ao governador privatizar 5 secretarias de estado. A primeira é a Secretaria de Estado da Saúde. Dai essa covardia com o Centrinho. Esse governo é facista e nazista...
    30 de agosto às 20:23 · Descurtir · 2

    Ademar Aleixo Camilo Camilo O pais vai ficar de mãos atadas, pelo andar da carruagem...
    30 de agosto às 20:23 · Descurtir · 1

    Luiz Bessi · Amigo de Kyn Junior e outras 129 pessoas
    Prifatizar?
    30 de agosto às 21:01 · Curtir

    Henrique Perazzi de Aquino Ademar Aleixo Camilo Camilo, vc bem sabe, que nãoesmoreço e continuo denunciando esses vendilhões que se fazem de santos, mas o são verdadeiramente do pau oco. Essa situação do Centrinho e do Lauro são bons exemplos da destruição prematura sendo feita, pouco a pouco, para passar tudo para a mão privada (sic). O povo bauruense não deve aceitar passivamente e de forma quieta essa transferência feita por quem destruiu a universidade, levou-a a fal~encia e agora sugere passar para outro órgão, onde a excelência terá fim e tudo ficará com atendimento meia boca. E ainda aparecem uns para dizerque devemos aceitar tudo e ficar quietinhos. Eles vão ter que nos aguentar, né Ademar? Abracitos do HPA
    30 de agosto às 22:48 · Curtir · 1

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  3. COMENTÁRIOS DO FACEBOOK 3 -

    Carlos Ferreira · 2 amigos em comum
    dilma e padilha fecharam 18 mil leitos do SUS em 4 anos, não corrigem a tabela SUS há 10 anos, a saúde agoniza no Brasil,governador está sempre injetando recursos estaduais à mais na saúde, fezAMES, rede Lucy montoro, hospitais da criança, hospitais do cancêr, rede Hebe Camargo, salvou hospital de base da falência, e Alkmin que sucateia as coisas, bem falado no comentário acima, que faz a vice prefeita do PT, pede pra ela resolver a questão com a dilma
    Ontem às 19:03 · Descurtir · 3

    Elaine de Sousa · 70 amigos em comum
    Com todo respeito, Henrique, trabalhei por 14 anos cuidando da imagem do Centrinho e agora vou completar um ano na Assessoria de IMprensa da FAMESP - Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - essa a quem você se refere como incógnita. E como sei que você gosta de denunciar os "vendilhões", como disse, há muito caroço nesse angu - caso tenha um tempo podemos tomar um café e eu lhe conto tim-tim por tim-tim com muito conhecimento de causa e bastidores.
    Ontem às 19:13 · Descurtir · 3

    Adriano Coelho Hernandes SP dá em tribudos federasi por ano, 220 bi p a União e recebe retorno de apenas 40 bi, esses 180 bi precisam voltar p SP q tem 25 % da população do Brasil ... qdo o governo Federal vem fazer algo, é por empréstimo do nosso $$ mesmo ..
    há 23 horas · Curtir

    Adriano Coelho Hernandes falar em medicina, Dilma vai cair fora , e não vai cumprir a promessa da faculdade de medicina Federal em Bauru . Bem q eles ñ querem mais médicos brasileiros, querem medicos cubanos p sustentar o regime falido .
    há 23 horas · Curtir

    Henrique Perazzi de Aquino Carlos Ferreira, a USP e o Centrinho sempre foram estaduais. Daí não vejo porque teria que recorrer ao governo federal. Tenho que primeiro cobrar de quem propiciou que chegasse na situação atual, ainda mais quando vejo que quebrou todas as outras unive...Ver mais
    há 23 horas · Curtir · 1

    Henrique Perazzi de Aquino Adriano, a tal faculdade federal parece que é mais realidade do que todas as outras promessas ocorridas de instalação de outras. Verifique melhor e conversamos.
    há 23 horas · Curtir · 1

    Adriano Coelho Hernandes tomara Henrique ... seria ótimo p Bauru e região.... e ajudaria a quebrar essa máfia dos medicos .
    há 23 horas · Curtir

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  4. Carta publicada hoje na Tribuna do leitor do JC sobre o mesmo tema e com a mesma visão dos acontecimentos:


    Centrinho

    Muito me entristece assistir ao desmonte desse hospital, embora não me surpreenda. Deixamos de pensar ou reagir como seres humanos, não somos mais capazes de nos indignar diante das injustiças ou nos solidarizar frente ao sofrimento alheio. A educação deixou de ter como objetivo formar o cidadão e passou a formar empregados, não ensinamos a pessoas a pensar, formar censo crítico e sim as preparamos para um mercado de trabalho competitivo e capitalista. Como bem disse a filósofa Marilena Chauí, “o modelo tecnocrático de gestão voltado à sociedade de mercado dirige a universidade da mesma forma que administra uma montadora de automóveis ou uma rede de supermercados. USP, Volks, Walmart, Vale do Rio Doce são todas administradas da mesma maneira, porque tudo se equivale”.

    Infelizmente, é nesse contexto que a USP entrega o Centrinho para a Secretaria Estadual de Saúde. Segundo a USP, a prioridade é graduação e o assistencialismo é dever do Estado.

    E desde quando reabilitar pessoas é assistencialismo? O HRAC se transformou em referência nacional por acreditar nas pessoas e no seu potencial, pesquisar e desenvolver métodos e tratamentos de excelência que transformam a vida das pessoas que nascem com Fissura Labiopalatina e Anomalias Craniofaciais. Só quem acompanha de perto pode avaliar o significado desse hospital na vida dessas pessoas.

    Mas não acreditem quando dizem que é por questões financeiras, o SUS custeia 80% das despesas. É uma decisão baseada num modelo de gestão adotado pelo PSDB no Estado de São Paulo, desde Mario Covas, onde o objetivo da universidade deixa de ser a universalização do conhecimento voltado à sociedade. Ela está ligada à gestão de receitas e despesas, metas, indicadores de desempenho e contratos eficientes (???) e terceirizados de gestão.

    O HRAC deixará de reabilitar pessoas para se tornar um mero prestador de serviços de saúde. E os seres humanos de Bauru assistem a essa tragédia, que acontece com o apoio do nosso único representante político na Assembleia Legislativa do Estado passivamente.

    Luciana de Arruda Covolan

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