sexta-feira, 26 de setembro de 2014
DROPS - HISTÓRIAS REALMENTE ACONTECIDAS (108)
IMAGINEM DAS POSSIBILIDADES DESSAS CENAS ESTAREM OCORRENDO POR AÍ - SUCUPIRA É LOGO ALI Sempre numa pequena cidade, entre seus 15 a 20 mil habitantes.
Caso 1 – Aquele pequeno comerciante vive do serviço oferecido, não necessita de cargos públicos, resiste e insiste em ser oposição ao poder instituído, mando autoritário, insano, com requintes de crueldade explícita. Por insistir em denunciar os descalabros locais, por não ter se deixado comprar por esses, vive momentos de penúria, pois existe um tipo de DECRETO, desses não publicados, muito menos registrado em papel, mas ordem dada e cumprida por todos: “Qualquer funcionário municipal que for visto adentrando aquele estabelecimento será penalizado”. E assim o opositor vive hoje com seu estabelecimento às moscas.
Caso 2 – Aquele funcionário era crítico da administração e falava horrores de todas as mazelas ali ocorridas. Detalhava as bestialidades, execrava e repudiava o que vinha sendo feito com sua cidade por mandatários ineptos e despreparados. Tinha um carguinho lá bem subalterno, ganhava muito pouco. De um dia para outro, morreu lá um cara possuidor de um cargo de responsa, valor bom no contracheque. Foi-lhe oferecido o cargo, prontamente aceito. De uma hora para outra a situação mudou, hoje o opositor de antes é o maior defensor do antes criticado. Só que o mandatário continua fazendo tudo como dantes.
Caso 3 – O sujeito tinha lá um jornal e todos sabem como é difícil manter um órgão desses em cidade pequena. Resolveu sua situação colocando em cada edição a cara dos donos do poder locais, tudo regiamente pago com anúncios variados e múltiplos. Daí o jornal ia sobrevivendo e a cada edição uma luta sem fim para conseguir encontrar um feito positivo a exaltar a figura tão repugnante do alcaide e seus próximos. Situação inversa o jornal fazia com um prefeito de cidade vizinha. Lá o ex-prefeito estava agora empregado na Prefeitura de cá e quem entrou foi gente da oposição. Mas como o jornal tem seus laços com os de cá, tudo o que o atual de lá faz é duramente criticado em cada edição. Mesma labuta, para em cada nova edição tentar encontrar algo de ruim para escrevinhar sobre o cara que agora ocupa o poder de lá.
Caso 4 – Carnaval passou a ser coisa demoníaca por lá, mesmo a cidade tendo tido no passado bailes e desfiles homéricos, tradição de décadas interrompida pela chegada de gerentes com ideologia religiosa fundamentalista. Isso não pode mais, papai do céu não abençoa, mas festim de cunho gospel, com direito a desfile e carreata sim. Proliferam os rodeios, sertanejos universitários e todos aqueles que vão lá e dizem amém, fazem vistas grossas para as agruras que continuam a ocorrer no hoje imenso curral eleitoral.
Caso 5 – Outro tentou ser oposição, aposentado se viu livre e quis dizer o que pensa, escancarou e deitou falação sobre as irregularidades. Durou pouco seu período libertário. Começou a cutucar a onça com a vara curta, mas de uma hora para outra se viu sendo seguido por carrões cheios de gente mal encarada e mais que isso, parentes próximos, todos de uma forma ou de outra vinculados com benefícios públicos municipais começaram a lhe procurar e lhe dizer algo no pé do ouvido: “Você está nos prejudicando. Se perder minha boquinha será você quem vai pagar o pato”. Resolveu voltar a não enxergar nada. Tudo ficou quieto pro seu lado de uma hora pra outra.
Caso 6 – Sabe o sujeito impertinente, que vendo que a coisa está errada faz a crítica, põe o dedo na ferida, doa a quem doer. Fazia isso de forma seguida e começou a apontar que o rei da cidade estava na verdade nu e não era tudo aquilo que a propaganda demonstrava. Infelizmente ele tinha um problema de saúde e necessitava de remédios contínuos. Ele e muitos outros conseguiam tudo regularmente, sem problemas, bancado pelo serviço público federal e distribuído pelo municipal. Os outros continuaram recebendo os medicamentos tudo nos conformes, mas ele não, a burocracia o pegou e a única forma de voltar a ter tudo normalizado foi calando a boca e fazendo chegar a quem de direito que de agora em diante nada mais sairia de sua boca sobre nada de nada.
Caso 7 – Ficou famosa na cidade a fabricação ou montagem de dossiês sobre os opositores. O cara levantava a voz, não demorava muito e já era distribuído na cidade uma relação de tudo o que o sujeito fez de desabonador em sua vida. Muitos se renderam e tocaram suas vidas calados, amordaçados, com medo do dossiê escapulir da gaveta e circular na praça pública (ou na roda dos taxistas). Um desses mandou uma mensagem da seguinte forma para os produtores de documentos dessa ordem: “Podem investigar a vontade e tudo o que conseguirem divulguem. Não tenho receio de mais nada, podem ter certeza que tudo o que demoraram tanto para conseguir, seria mais fácil terem me perguntado. É TUDO VERDADE, CONFIRMO TUDO”. Difamado continuou sua saga sem se importar com as maledicências, afinal era tudo verdade...
Em tempo: Isto tudo é uma ficção da mente doentia deste escrevinhador que pretende escrever uma espécie de Nova Sucupira, algo parecido, difiícil de ser encontrado nos tempos atuais. Qualquer semelhança que possa existir por aí é mera coincidência. Não busquem comparações, pois elas não existem. Existem?
existe
ResponderExcluirLázaro Carneiro
Tem certeza, seu Lázaro, será possivel tamanha sucupirança?
ResponderExcluirHenrique - direto do mafuá
os grotões estão eivados de sucupiranças e otras formas de locupletância
ResponderExcluirLázaro Carneiro
Henrique
ResponderExcluirSerá sempre assim.
Quantidade de comentários só quando posta coisas do cotidiano. Quando publica algo sobre algo mais contundente, poucos comentam. Paira certo receio no ar, além dos aviões de carreira. Tempo de medrosos, inseguros. Tenha certeza de que todos os que comentam quando publica coisas doces, estão lendo textos assim. Você sabe disso, né?
Paulo Lima