domingo, 28 de setembro de 2014
FRASES DE UM LIVRO LIDO (83)
ALGO DO ENCONTRO FERROVIÁRIO – DUAS FEIRAS GRÁTIS E NUMA DELAS MEU REENCONTRO COM PAULO COELHO Esse já é o 6º Encontro Ferroviário Histórico e de Ferromodelismo de Bauru, organizado pela APFFB – Associação de Proteção Ferroviária e de Ferromodelismo de Bauru, com apoio do Museu Ferroviário Regional de Bauru e da Secretaria Municipal de Cultura de Bauru. Faço parte da Associação e fui um dos criadores desse evento, quase uma década atrás e todo ano participo de uma forma ou de outra. Hoje mais como interessado, amante de trens e de ferrovia. Gosto de relatar uma ou outra coisa diferente ocorrendo por lá. Todo ano faço isso, espécie de ritual. Nesse ano, mesmo revendo muitos ex-ferroviários, os ferromodelistas todos, estar naquele ambiente cheio de todas as recordações possíveis (e também as impossíveis), ter levado meu pai para rever seu antigo local de trabalho, ter permanecido a maior parte do tempo ao lado do Chico Cardoso, o artesã ode trens lá do Gaspa, o que mais me chamou a atenção tem pouco a ver com os trilhos, trens e ferrovia, mas acabou acontecendo por lá, na tarde de ontem, sábado, 27/09. Conto o que me emocionou.
Acredito que não fazia parte da programação oficial, mas como havia espaços vazios dentre os locais destinados aos participantes, algo cheio de muita luz, inspiração de quem bota o bloco na rua, acabou ali acontecendo. Duas montagens. Conto em separado. Na primeira uma inusitada FEIRA GRÁTIS DA GRATIDÃO. Algo bem simples e com um slogan de fácil degistação, “Traga o que quiser (ou nada) e Pegue o que quiser (ou nada)”. Numa outra algo assim “Semeie o amor, seja generoso”. E no chão numa espécie de lona estendida no meio da estação um, monte de coisas, desde CDs, roupas, sapatos, bolsas, brinquedos, peças variadas, de tudo um pouco. Permaneceram por ali durante uma parte da tarde e alvoroçaram o lugar. Não me perguntem quem são seus organizadores, pois desorganizado que sou não me ative a isso nos momentos em que fiquei ali degustando de ver gente rodeando tudo, pegando e deixando objetos. Depois descubro que a Isabel Sotero está envolvidíssima com isso tudo e eles possuem página no facebook, essa aqui: https://www.facebook.com/feiragratisdagratidaobauru
Vi mais gente, o Manuel Rubira e sua esposa Ana Maria circulando por ali e acho que também estão metidos em ações desse tipo, pois sei que são subversivos o bastante para distribuírem alegria por todos os lugares por onde andem. Será que o Moitará está por detrás disso? Vi também uma menina fotógrafa, registrando tudo e até me pegando curvado conferindo uns CDs do meu interesse. Escolhi um e trouxe na algibeira. O nome da fotógrafa é Mana Paz (Luz), com seu lindo boné (ela também é linda) e produzindo lindas (tudo lindo) fotos da ferrovia lá no encontro. Fui conferir no seu facebook e vi mais duas faixas, ambas escritas à mão com os dizeres, “Escassez é uma ilusão” e “ Somos todos abundantes”. Fui conferir mais e percebo que essa é a 2ª edição dessa feira. Que bom, queria ter mais notícias das próximas para não só participar, mas divulgar e fazer mais e mais pessoas não só buscarem coisas, como fiz hoje, mas levar outro tanto. Vejam isso do seu face:https://www.facebook.com/pazmana/posts/707242229369811 e essa com 34 fotos de todo o eventohttps://www.facebook.com/pazmana/timeline/story?ut=43&wstart=0&wend=1412146799&hash=-4389661986812183731&pagefilter=3 (essas falam por tudo o mais que sair escrito). Pessoas assim são iluminadas e escrever um bocadinho delas uma obrigação para mim. Efusivas palmas para iniciativas com essas. Eu me derreto todo quando me deparo com algo assim e daí tenho que escrever delas. Quem souber mais do projeto conte para nós.
A segunda iniciativa foi a Banca de Livros (como é o nome mesmo desse projeto?), obra da Cultura Municipal, tendo a frente o Valter Tomaz Ferreira Junior, uma que circula regularmente por variados lugares na cidade, distribuindo os livros que sobram das muitas doações recebidas pelas bibliotecas públicas municipais. Louvo o Valter por continuar tocando esse projeto com a sapiência que lhe é peculiar. Esse servidor quando decide fazer algo, vai lá faz e faz. Vejo essa banca ocorrendo em diversos lugares e no mesmo estilo da Feira Grátis. Onde ela é montada o sujeito pode levar o livro que quiser e tendo para deixar no lugar, tudo bem, se não tiver, leva e tudo bem também. Já os havia visto lá na feira dominical junto do MIS (Estação Cia Paulista), Casa Ponce Paz, Jardim Botânico e em outros lugares. Não pensem que irão encontrar só livros velhos, temas desinteressantes pela frente. Isso até ocorre, mas tem muita coisa boa, muita mesmo. Eu mesmo pesquei um lá para mim, o “Navegação de Cabotagem”, catatau do Jorge Amado, que li anos atrás, mas os cupins devoraram no meu conservado mafuá. Fiquei sem, até ver um exemplar por lá e com a autorização do Valter enfiá-lo no meu embornal.
Valter papeia muito comigo, rodeado de uma pá de gente folheando livros e mais livros e me pergunta assim de bate pronto: “Você já leu Paulo Coelho?”. Disse que sim, tempos atrás, seu primeiro livro, Diário de um Mago, depois mais nada. “Ficou muito comercial, sei que o As Valkirias é um texto bom, mas nos demais insiste nessa coisa bem próxima da auto-ajuda, renegando o que produziu de bom e gosto muito dos tempos do Raul Seixas”. Ele concorda com tudo e me passa um livrinho desses de bolso e me faz ler ali, em pé e sem vaselina um conto bem curto, o LÊNIN DESCE AOS INFERNOS. Quero fugir, mas ele insiste e leio. Sim, já conhecia, mas acho que nem sabia ser dele ou se sabia já havia me esquecido. Trata-se de um bom conto, uma historinha boa não só por envolver Lênin, o comunismo, diabo e afins. Merece ser lida e na internet está aqui para quem quiser ter a mesma reação que tive:http://g1.globo.com/platb/paulocoelho/2007/02/20/lenin-desce-aos-infernos/ Em não mais que cinco minutos a leitura é feita. E daí, Valter me diz: “O cara é ruim, mas se quisesse escreveria coisas boas, não acha?”. Acho e tenho que concordar. Esse eu gostei muito e indico.
E assim relatando algo presenciado na estação encerro meu domingo. Deixem-me descansar... Minha asa avariada (ombro direito dói) e preciso de repouso. Tchau!
Olá Henrique Perazzi de Aquino, a Feira Grátis da Gratidão Bauru começou como Feira de Trocas e depois de algumas edições bem sucedidas vimos que em outros lugares do país começava o movimento evolutivo, nada de escambo, doações mesmo. Inclusive nessa feira juntou-se ao grupo a Jacqueline Salgado, uma escritora e poetiza mineira que está morando em Bauru e que viu uma feira dessas em Barcelona, na Espanha. Como vc pode ver a coisa está funcionando plenamente, apesar dessa ter sido a segunda edição e haverá mais, provavelmente no dia 25 de outubro na Casa Ponce Paz, a Isabel Sotero irá confirmar mais pra frente. Grata pelas suas palavras e desejo melhoras para o seu ombro dolorido.
ResponderExcluirAna Maria Rubira
Henrique
ResponderExcluirSomos um grupo sem líderes e estamos conectados à várias cidades que também realizam a Feira Grátis da Gratidão!
Isabel Sotero
Adorei suas palavras, Henrique! Vi que preciso conhecê-lo também, muito prazer!
ResponderExcluirJACQUELINE SALGADO
Maravilha Henrique! Vamos somando a positividade, as forças, as virtudes e construindo melhores Escolhas!!! Até a Próxima! Paz e BeM*
ResponderExcluirMana Paz