terça-feira, 23 de setembro de 2014

PALANQUE - USE SEU MEGAFONE (61)


SAIBAM QUE TEM GENTE QUERENDO ACABAR COM A MÚSICA AO VIVO NA CIDADE

PARTE 1

Esse vídeo faz parte de algo que inicio aqui e agora, uma denúncia de gente querendo acabar com a música ao vivo em Bauru. Depois de um longo período de estagnação, onde muitas casas noturnas (e algumas diurnas) não mais contratavam músicos, eis que um novo boom ocorre na cidade e muitas dessas casas voltam a tocar e contratar músicos. Uma efervecência maravilhosa, espalhando o que de melhor temos pelos quatro cantos da cidade.

Só que tem gente querendo por um fim nisso e a grita vai ser geral. Não podemos deixar isso ocorrer. Uma antiga LEI DO SILÊNCIO, concebida ainda pelo ex-vereador João Parreira de Miranda prescreve que qualquer um e a qualquer hora do dia pode ligar para a SEPLAN - Secretaria do Planejamento e pedir o fim da música nesses estabelecimentos. Daí isso gera um processo e o dono do estabelecimento é notificado ao estilo vapt-vupt e tem curto prazo para por fim à música ou ser lacrado. Pelo que entendemos (eu e toda a galera que entende um bocadinho de legislação), isso é anti-democrático e vai contra o bom senso existente entre pessoas cordiais e convivendo em coletividade. Todo dono de estabelecimento sabe que deve seguir regras, mas nenhuma delas deve ser absurda. Existe algo legislando que nenhuma casa sem acústica e outros itens passe das 22h. Isso é respeitado, outras podem passar disso. Cada caso é um caso. Quem abusa paga por isso, mas quem está promovendo algo em prol do ajuntamento de pessoas em torno da propagação da boa música não deve ser penalizado.

E tem gente que só por uma simples denúncia no meio de um modorrento domingo já quer ir lacrando e fechando estabelecimento onde toque música. Que negócio é esse? Já dizia meus finados musicistas de plantão, "QUEM NÃO GOSTA DE MÚSICA BOM SUJEITO NÃO É, É RUIM DA CABEÇA OU DOENTE DO PÉ". Quando tudo segue regras bem fundamentadas, não existe motivos para ir fechando estabelecimentos assim ao bel prazer. Hoje, segunda, 22/09, 19h ocorre mais uma reunião marcada para os donos de estabelecimentos onde ocorra música ao vivo, para se organizarem e lutar contra a medida arbitrária e castradora. Depois dela, faço a minha GRITARIA por aqui, dia após dia, para ver quem são os que querem acabar com a música, como, dos motivos. Não dá para colocar todo mundo no mesmo balaio. Os donos de bares e restaurantes estão chegando à conclusão de que POVO UNIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO.

Esse vídeo postado aqui é demonstração de como a música faz um bem mais do que danado para todo ser humano na plena funções de sua coordenação psiquica. Foi um bocadinho do que ocorreu no comecinho da noite lá no MAKALÉ BAR, lá nos altos da Gerson França. Como alguém em sã consciência pode querer acabar com festa tão saborosa. Vamos todos ajudar e dar o seu quinhão para não deixar mais uma aberração ir se consolidando aqui em Bauru. Amanhã após a reunião descrevo o que por lá ocorreu e durante o restante da semana, dia a dia, as repercussões. VAMOS NESSA!!!!
https://www.facebook.com/video.php?v=915960881767255

PARTE 2
Quem leu o primeiro post já sabe do que se trata. Como alguém em sã consciencia pode não gostar de algo assim? Quando a música ao vivo em bares e restaurantes ocorre dentro de padrões propostos com bom senso, generosidade e levando em conta o lazer popular, só mesmos os insanos para agirem contra isso. Em Bauru existe uma legislação arcaica e do tempo dinossáurico pregando que qualquer denúncia contra música em bares e restaurantes, ocorrerendo durante qualquer hora, até ao meio dia, pode fechar o estabelecimento. Os donos de bares e restaurantes, verdadeiros heróis por continuarem tocando e empregando músicos estão sofrendo barbaridade e tentando se organizar numa coletiva união para combater essa bestialidade de uns poucos contra a querência dos que não gostam de ficar dentro de casa e botam o bloco na rua durante o ano todo. Vamos ajudá-los e gritar contra leis ultrapassadas, como a desses que querendo frear a música ao vivo. A continuidade de legislação emburrecedora ajuda a enfeiar essa cidade cada vez mais.

No primeiro post detalhes da organização. Esse mais um vídeo gravado ontem lá no Makalé Bar, por volta das 19h, apresentação de Denise Amaral na linda e afinada voz, Neto Amaral no teclado, Sica na bateria, Halligally no pandeiro e Eduardo Guarnetti Johansen no sopro. Leiam algo do que está sendo feito para lutar contra os disparates de uma arcaica lei, dos tempos de antanho, que precisa ser revista, modificada e atualizada. O engajamento deve ser geral de todos os que apreciam a boa música, sem excessos e acontecendo pela cidade afora.

Dia após dia estarei aqui martelando algo sobre o que está ocorrendo nos bastidores e vendo como será feito essa proposta coletiva para alterar esse estado de coisas. A luta está só começando. VAMOS NESSA?
https://www.facebook.com/video.php?v=915976505099026

PARTE 3
Como já havia escrito ontem em dois textos anteriores, a movimentação está crescendo a cada momento entre donos de bares e restaurantes que tocam música ao vivo e os músicos que trabalham nesses estabelecimentos, tudo para criar meios de alterar a lei vigente sobre MÚSICA AO VIVO E SEUS IMPEDIMENTOS EM BAURU. Ontem participei à convite de Cleusa e Alemão, ambos do grupo musical Kananga do Alemão de uma reunião envolvendo os muitos interessados na revisão da legislação vigente. Primeiramente marcada para o Made in Brazil, na verdade seu local era o GALPÃO PAULISTA, um belo bar tendo como referência os trens e os trilhos (a música ao vivo, claro). Dia de folga na casa, aproximadamente umas 30 pessoas ali estiveram dando prosseguimento a algo iniciado nas semanas anteriores (semana passada cem pessoas ali estiveram). Até um representante do Sindicato dos Comerciantes esteve presente e algo já está mais do que definido, na próxima semana, dia 30/09, no recinto da Câmara de Vereadores uma AUDIÊNCIA PÚBLICA já está definida para discutir o tema.

Providências e encaminhamentos. Reunião de uma Comissão tirada dentre os presentes deve definir hoje os rumos da Audiência Pública junto a grupo de vereadores. Também hoje essa Comissão receberá cópia da lei vigente e a partir daí, com o conhecimento do que diz de fato a lei, o estudo para definir proposta de alteração da mesma, em algo bem fundamentado e definitivo, moderno e aos moldes de várias outras legislações existentes. Após isso, através de um Grupo criado nas redes sociais, a divulgação da data da Audiência e chamada coletiva visando lotar o espaço e ampliar divulgação da proposta coletiva. Buscar também ampliação do apoio político junto ao Executivo e vereadores, facilitando definições em caráter de urgência, minimizando os percalços atuais.

De tudo, uma conclusão de minha lavra. A luta é AUTÊNTICA e se faz necessária. Políticos estarem se integrando a ela, algo natural e bem vindo. O que se faz necessário e urgente é também uma definição e exposição dos reais interesses do grupo criado, deixando bem claro a não existência de interesses pessoais, muito menos privilégios. Daí a necessidade de comparar a legislação vigente com algo mais moderno existente por aí, buscando dentro do bom senso, algo que atenda a todos indistintamente. O próprio grupo criado deve entender que os excessos, aqueles que passarem dos limites deverão ser contidos. Salutar é ver todos buscando algo coletivamente, nada isolado. O resultado deve ser abrangente, envolvendo desde a menor até a maior casa com música ao vivo na cidade e quem sairá ganhando com isso, não será somente os donos das casas, mas também seus funcionários e os músicos, a outra ponta do imbróglio. Que disso tudo possa sair uma espécie de Manual de Funcionamento do setor, regulando com normas rígidas o funcionamento desses ambientes culturais, algo a ser seguido por todos.

E por fim, algo que me deixou perplexo foi tomar conhecimento que, quando da aprovação da legislação atual, cujo mentor foi o ex-vereador João Parreira de Miranda, as igrejas, cujos decibéis competem com as casas com música ao vivo, foram sacadas da fiscalização, a mesma não valendo para elas. Importante também todos os donos desses estabelecimentos estarem atualizados sobre o que diz a legislação atual, para não se deixarem enganar por fiscalizadores e aplicadores da lei, que cientes do desconhecimento coletivo a aplicam ao bel prazer e muitas vezes sem o devido respaldo. Ninguém pode ser exigido de algo que não existe de fato. De ontem para hoje, aqui do meu modesto canto observo algo de muito bom ocorrendo. Primeiro, o Jornal da Cidade através do jornalista Marcelo Ferrazoli faz contato e busca dados para iniciar matéria sobre o assunto, depois muitos donos de casas, como o Jack Pub buscam mais informações de como aderir ao grupo. E na seqüência, conquisto quatro novas amizades (até 14h) facebookianas de pessoas ligadas a essas casas noturnas, todos em busca de trabalharem mais tranqüilas, pelo bem da continuidade da música ao vivo nessa aldeia bauruense.

Amanhã tem mais, pois escreverei sobre os desdobramentos das reuniões com os vereadores e a cada dia um novo vídeo gravado por mim nas muitas casas noturnicas bauruenses. Hoje um grupo de chorões lá no Rubon - Comidinha de Buteco, num domingo na hora do almoço. Acabar com algo desse naípe é para os perversos desses nossos tempos. Lutemos todos juntos contra isso.
https://www.facebook.com/video.php?v=916404605056216

OBS.: Todas as fotos foram tiradas por mim na reunião de ontem no Galpão Paulista.

2 comentários:

  1. COMENTÁRIOS PARTE 1 DO FACEBOOK - 46 CURTIÇÕES E 20 COMPARTILHAMENTOS:

    Flávio Decloedt · 9 amigos em comum
    Já conheço o preconceito desde 1970 e meus amigos músicos aí sabem bem como era
    Há 23 horas · Descurtir · 2

    Toco Perpétuas Lu Bertoli Fred Ventrice Adriano Porfirio Cap
    Há 22 horas · Descurtir · 1

    Gilson Dias Musica aos vivos!
    Há 21 horas · Descurtir · 3

    Marcia Elvira Queremos musicas ao vivo,queremos musicas boas,queremos ver o povo dançar e ser feliz.
    Há 18 horas · Descurtir · 3

    Leandro Silversax O QUE FAZER? UMA LIMINAR PARA OS BARES? GRAÇAS A DEUS EM BAURU NAUM EXITE MAIS ORDEM DOS MUSICOS QUE BARRAVAM O S MUSICOS, MAIS AGORA ESSA!?
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    Marcão Schiffer · 250 amigos em comum
    Manda essas pessoas que quer acabar com música ao vivo comprar um sítio e vaza daqui bando de FDP!!!
    Há 18 horas · Descurtir · 3

    Wellington Leite Souberam que em SP fizeram abaixo-assinado pra calar o MIS? O motivo é o mesmo: barulho. Lastimável!
    Há 8 horas · Descurtir · 3

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  2. COMENTÁRIOS PARTE 2 DO FACEBOOK - 37 CURTIÇÕES E 5 COMPARTILHAMENTOS:

    Valter Alves de Lima só se for bares , de pequeno porte,neh.. como não fazem isto com a EXPO no Recinto? morei 14anos a sete quadreas do Recinto Melo moraes, e quando tem Exposição, chegam a ficar ate as 4 da madrugada com som muito, mas muito alto. a Lei só funciona para os fracos, e os sem poder algum......
    Há 21 horas · Descurtir · 3

    Paulo Brizolla acabar com a musica ao vivo é não querer à felicidade na noite....é tudo de bom
    Há 21 horas · Descurtir · 1

    Darcy Bernardi Jr. É Bauru City, a cidadezinha do xerife autoritário. Local em que um “goiaba”, imbuído no ranço de um autoritarismo decadente se acha no direito de fazer e acontecer ao seu alvedrio. Não podemos esquecer a mensagem de François Marie Arouet, mais conhecido como Voltaire: “Só perde a liberdade quem não luta por ela. O fraco subjugado pelo forte ou o ignorante ludibriado pelo velhaco”. O que essa “outoridade” mais tem medo é de perder seu cargo (que deveria ser em benefício do público e jamais pessoal). Já pensou que chato sobreviver sem seu polpudo salário (faça chuva ou sol) e aposentadoria sem descontos? Passar a ser um simples mortal? Uma representação ao superior ou um mandado de segurança pode fazer com que isso aconteça.
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    Henrique Perazzi de Aquino Darcy Bernardi Jr, ontem ouvi lá na reunião com os donos de casas noturnas, que quem está fazendo as notificações são os PMs nesse novo modus operandis deles, o Atividade delegada. E mais, que os autuadores desconhecem direito os termos da lei, mas jogam com a ignorância dos dos lado de lá e fazem e acontecem. Daí, o que nos diz da frase do Voltaire é mais do que atual. Rever a lei é primordial, mas conhecê-la a fundo mais ainda e saber também o que vai ser pedido como alteração. Estão caminhando nesse sentido.
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    Darcy Bernardi Jr. Ficou fácil Henrique. É com base nessa “notificação” que deve impetrar o mandado de segurança contra o ato abusivo da PM. Depois é só deixar o juiz decidir se isto realmente vale alguma coisa ou não. Os donos desses bares precisam deixar de serem passivos. Lembro-me da minha avó que dizia: “Quanto mais abaixa, mais a calça aparece”. Tem-se alvará para oferecer música ao vivo e não foi notificado pela prefeitura por exagero no volume do som, aceitar ingerência de terceiros é muita subserviência.
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