domingo, 23 de novembro de 2014
O QUE FAZER EM BAURU E NAS REDONDEZAS (54) e COMENDO PELAS BEIRADAS (01)
COMIDINHAS DE RUA, UM CAMINHÃOZINHO RODANDO BAURU E EU COM ELES
Nunca fui luxento para questões culinárias. Como de tudo e em tudo quanto é tipo de lugar. Tenho muitos amigos que não me acompanham em alguns dos lugares onde costumo freqüentar para essas questões de comidinhas diferentes. Não me furto em conhecer experiências novas, desde que populares e enfurnadas por essa perdição e imensidão de mundo aí fora. Quando me deparo com uma novidade, fico todo pimpão e louco para dar o ar da graça e conhecer do que se trata. Freqüento uns lugares mais chiques, cheios de rococós, mas podem botar arreparo, nesses lugares estou sempre acompanhado, nunca só. Quando só vou mesmo é nos lugares mais inesperados possíveis e ali me divirto, me delicio e me esbaldo. É assim que sou e assim pretendo continuar enquanto por aqui nesse mundão cheio de possibilidades.
Tinha uma novidade em Bauru que estava louco para conhecer. Era o tal do FOOD TRUCK, algo muito comentado hoje em dia, com reportagens uma em cima da outra. Primeiro um esclarecimento. Eu não gosto nem um pouco do termo em inglês, mesmo sabendo já estar imortalizado dessa forma. Prefiro muito mais taxar a coisa de CAMINHÃO DE COMIDA ou COMIDA DE CAMINHÃO, como prefiram. Daí, o pioneiro nesse negócio em Bauru é um bem preparado caminhãozinho, estilo furgão, todo adaptado e recebendo a franquia da AKY-RANGO COMIDA ORIENTAL. O que fizeram ficou lindo, um visual de chamar a atenção até dos descuidados (deve ter custado caro). Primeiro os vi na cidade estacionados junto a um posto de combustível na esquina das ruas Treze de Maio e Ezequiel Ramos. Param ali na hora do almoço e servem as comidinhas japonesas a um preço bem acessível. Vidrei na coisa. Depois fui revê-los lá defronte a Panela nos dias de jogos de basquete. E agora, com esse negócio dos Jogos Abertos sei que devem estar rodando a cidade de um lado a outro e oferecendo as tais comidinhas por tudo quanto é lugar. Qualquer evento, rodam e ali param ao sabor do vento. Lindo isso, não? Levar a comida aonde o povo está.
A idéia me encanta e ontem à noite não resisti. Cheguei no apartamento da Ana por volta das 21h, cheio de escrevinhações e leituras para executar (e tudo muito atrasado) e decidimos não sair. Tinha vindo pela Octávio Pinheiro Brisolla e ali, defronte uma daquelas divinais casinhas na frente do verdadeiro aeroporto de Bauru (construídas inicialmente para seus funcionários), debaixo de uma lona, rente à calçada o tal caminhão e com as luzes acesas. Já fiquei com vontade na ida e quando vi que não sairíamos, propus ir buscar uma comidinha lá deles. Fui só e conheci a SILVIA, uma dedicada funcionária, dessas pau para toda obra, batendo escanteio e fazendo os gols, ou seja, ela é motorista, cozinheira, caixa, recepcionista e segurança (vou fazer um Lado B de Bauru com ela). Gostei já desse clima inicial e daí fui provar a comida e preferi o trivial, um yakissoba clássico e outro com legumes (esse só R$ 8,90 a cumbuca com aproximadamente 500 gramas de comida). Nada mais, sem nenhum outro acompanhamento. Linda a embalagem para viagens deles, fecha muito bem e difícil de vazar. Ana é mais rigorosa que eu no quesito paladar e acentuou algumas coisinhas que não havia notado, mas no fundo comemos bem e aprovamos, não só a idéia, como o sabor e a forma da proposta e sua execução.
Numa das últimas viagens ao Rio, peguei na mão e quase trouxe um belo de um livrinho, editado com todo luxo e pompa, capa dura e recheado de maravilhosas ilustrações, versando sobre exatamente isso, as COMIDINHAS DE RUAS e outro sobre as COMIDINHAS DA FAVELA. Um guia, uma espécie de roteiro gastronômico desses lugares. Lindo, pela beleza das fotos, textos curtos e esse maravilhamento para o turista. O sujeito desejando realmente conhecer uma cidade não se limita somente aos seus pontos turísticos, mas garimpa lugares nunca antes possíveis, alguns inimagináveis para quem chega assim de bate pronto numa estranha cidade. Sou viciado em idéias, que depois não coloco em prática e aquilo me encafifou: Por que não fazer o mesmo em Bauru? Um roteiro gastronômico de rua, das vilas, dos lugares fora do circuito conhecido. A ideia não está completamente descartada (ando enrolado nos projetos concretos) e com esse caminhãozinho rodando e oferecendo comida por tudo quanto é lado de Bauru, ele foi aguçado.
Como gostei do tal AKI-RANGO, eis aqui como fazer contato com eles:www.akyrango.com.br, vinicius@akyrango.com.br e pelo facebook /akyrango. Se querem postar fotos minha comendo, as tiradas assim na rua são as minhas preferidas. Sou um ser das e nas ruas.
HENRIQUE
ResponderExcluirO que acho interessante nos seus textos é essa honestidade de propósitos. Enquanto vejo muitos colando coisas e fazendo uso indevido de imagens, citações completas de obras já publicadas e não citando as fontes, você segue pelo caminho de fazê-las e talvez até de forma inconsciente repita aquela máxima de que "na vida nada se cria, tudo se copia". A ideia de fazer esse roteiro de uma Bauru ainda desconhecida, os locais gastronomicos da periferia, dos bairros e vielas é salutar. Faça isso, será ótimo para todos nós. E conte com nossa ajuda. Achei mais dignificante quando vi que o que pretende fazer já tem algo similar sendo feito no Rio de Janeiro. BAuru também merece um edição de um Guia dessa natureza.
Vanderlei