MAIS UMA DAQUI NO “MEU PRIMO DE BAURU”, TEXTO DE NIRLANDO BEIRÃO
Primeiro explico dos motivos da reprodução de parte desse texto aqui. É só um: Bauru. De Bauru quase tudo, o raio que apagou o país é bauruense, o famoso sanduíche idem. O que dizer do mais famoso prostíbulo nacional, o da Eny Cesarino, também nativo? Pelé, o rei do futebol começou a jogar bola por aqui, o astronauta nasceu na terrinha e o trem mais famoso ligando esse país com a América Latina nascia e se findava daqui. E o que dizer da Úlcera de Bauru, ligada a hanseníase, também difundida nacionalmente? O Centrinho, excelência em labiopalatal tem seu hospital fincado em Bauru. São tantas coisas. Descubro mais uma e por mero acaso. Lendo a revista Carta Capital da semana passada, edição 843, 1º/abril/2015, lá um belo de um texto e mais uma, ‘MEU PRIMO DE BAURU’, assinado pelo competente Nirlando Beirão. Ele versa sobre essa intrigante questão masculina, a do tamanho do seu pênis e da performance. Homem nenhum, como sabemos, gosta de dizer que isso é problema dele, mas não deixa de perguntar, quase sempre usando o nome de alguém próximo. Muito solicito, preocupado em resolver algo de um distante primo. Daí o que, Nirlando denomina com o nome do seu jocoso texto, dentro de uma ampla matéria intitulada, ‘A Medida Exata do Homem”. Vale a pena ler de cabo a rabo, sem preconceitos por ser mais uma sobre Bauru. Foi escrito após a divulgação de uma pesquisa envolvendo 15.521 homens, desmentindo aquilo de que o do homem negro é sempre maior, que as dimensões tem a ver com o tamanho das mãos e pés e outras tantas coisas. Não me atenho à parte do artigo com os detalhes. Acho pertinente, no que pretendo salientar, o fato do surgimento de um algo mais sobre essa onipresente e onisciente Bauru. Quem quiser mais detalhes procure algo mais sobre a pesquisa ou sobre o Beirão. Para mim, pelo menos hoje, escrevo dessas muitas Baurus e da descoberta de mais uma. Peço aos mais exaltados (sempre existem), que não levem isso muito a sério. A jocosidade deve sempre fazer parte do negócio. Trechos abaixo:
MEU PRIMO DE BAURU
Nirlando Beirão |
“Meu primo de bauru tem um problema.” Trocando eventualmente Bauru por Pindamonhangaba, ou Barra Mansa, ou Catolé do Rocha, eram assim que começavam nove entre dez mensagens recebidas pela redação da revista Playboy nos anos em que lá militei, duas décadas atrás. Aposto que a média se mantém ainda hoje nas revistas masculinas; aquela ansiedade excruciante diante do dilema do “primo de Bauru”: estará o instrumento viril da criatura à altura da parceira? Como assegurar ao macho atormentado a tranquilidade do centrimentalmente correto?
As mensagem – por e-mail, cartas, até os esquecidos telegramas – oscilavam da mais profunda angústia a uma explosiva irritação. (...) Não havia muito o que fazer em termos de psicanálise epistolar (e editorial) a não ser publicar uma vez por ano, às vezes duas, aquela manjada reportagem acerca do esponjoso tema, quando um desfile de autoridades com foro científico era convocado a amenizar, com denso embasamento teórico, o sofrido drama de tantos primos de Bauru – e alhures.
“Serei eu normal?” é o instigante título da pesquisa que acaba de ser publicada na Inglaterra. Acabaram por desmistificar algumas verdades aparentemente insofismáveis da sexualidade masculina. (...) Dá para lembrar o que escreveu Gay Talese em sua série de reportagens batizada de A Mulher do Vizinho: “O pênis, muitas vezes visto como uma arma, é também um fardo, o fardo do macho”.
ResponderExcluirhenrique
gostei da frase que encerra o texto, vou usá-la, não lhe darei os créditos e ainda ficarei rico com ela...
silvio selva
O crédito, se decidir dar será para o Gay Talese. Bom demais, não? E como pesa...
ResponderExcluirHenrique - direto do mafuá