CHARGE ESCOLHIDA A DEDO (95)

O PRENÚNCIO LOGO PELA MANHÃ: ESSE DOMINGO PROMETE...

Fui dormir cedo ontem, cansado, alquebrado (54 não é bolinho, viu!). Meu filho, HA saiu ontem com amigos e disse que quando ia embora, 3h da matina, pensou em me ligar, mas resolveu pernoitar na casa de uma amiga, me passou um recado via celular com um pedido: "Ao acordar me ligue e me pegue". Achei ótimo e não fui acordado no meio da noite. 7h30 levanto e vou ao seu encontro. O deixo no Gaspa e ainda brincamos juntos com uma cachorro de rua, desses, como nós, sempre em busca de novas amizades. De lá, acordo o pai, tomamos café juntos e vou na feira com um pedido dele: "Me traga um pastel". Vejam o que fui cruzando na Feira do Rolo. O primeiro que encontro é o vizinho Luciano e seu cão travestido de palmeirense. Uma festa. Nem lhe digo que hoje torcerei pelo seu time, pois temo gorar o título. Na sequência encontro o Sardinha, antigo inquilino lá de casa e hoje com uma banca de chão, vendendo bigigangas espalhadas pelo chão. Num cantinho embaixo da marquise do barracão da Cia Paulista o mais velho colecionador e mumismático que conhece, sempre ali no seu ponto dominical. Tropeço num comprando um enxadão e quase perco o dedão. Na frente uma balança dssas antigas e ótima para enfeitar lugares diversos. Ali tem de tudo e isso me maravilha. Um senhor me chama e pede que o fotografe junto de um carrinho feito por ele, além de pás de lixo que faz e sai vendendo cidade afora. No caminho cruzo co ma banca de revistas espalhadas pelo chão e lá a foto de um dos donos do Brasil, o banqueiro Daniel Dantas. A quinquilharia espalhada pelo chão me chama e pede uma foto. Click, tiro.

Empunhando o microfone o vendedor de som para autos e durante os dias da semana cuidando de um estacionamenbto na rua Bandeirantes, uma figuraça, um dos cartões postais da feira. PAsso na Banca do Carioca e lá duas novidades que dois amigos podem gostar ou não, pois encontro seus livros sendo revendidos ali, ao vivo e a cores:Márcio Abecê e Célio José Losnak Losnak. Fico encantado com essas possibilidades livrescas e me lembro de uma história contada sobre o Jô ter encontrado um livro seu autografado num sebo, o comprou e o envio de volta ao amigo com nova dedicatória. Esses dois amigos citados podem ficar tranquilos, pois não achei autógrafo nenhum, a primeira página estava limpa. Manuel, o homem do teatro em sua casa e sempre acompanhado de sua sombrinha me diz das agruras que teve após criticar a Auri-Verde pela Tribuna do Leitor. Ele e eu gostamos mesmo é de programas do tipo do Barbosa Jr, baluarte do rádio, esse ainda no ar nas noites bauruenses. No mais, tudo muito discutível. Quem vem na minha direção e tremo na base é o Fantomas, o querido Alaerte e me agradece pelo texto que publiquei dele tempos atrás. Relembramos histórias de Potunduva, a Airosa Galvão de velhos tempos. Quase aos 80 está uma fortaleza e com certeza, muito mais forte que eu. Edilson Barduchi e esposa estão na feira não só pelo passeio, mas buscando encontrar vestígios de um Monza seu, roubado defronte sua casa lá no Mary Dota há duas semanas atrás e até agora, nem nada.

Triste por dentro uma caixa de ferramentas dos tempos de Escolinha da Rede. Vasculha e olha por tudo, mas sem muitas esperanças. Um cara gritando e vendendo minúsculas maquinhas de costura, dessas fazendo de tudo. Passo por mais barracas, fotografo os tipos todos, eu mesmo devo ser um deles.Tudo muito colorido, paradas quase obrigatórias, cumprimentos a todo instante e por fim, trago dois CDs lá do Carioca, um Alceu Valença e outro João Nogeira/Paulo césar Pinheiro (esse ganho de brinde) e um livrinho divinal, que sei meu filho vai surrupiar de mim (preciso ler com a maior brevidade), o "Como me tornei estúpido", do Martin Page. Lindo, pois um dia resolve anunciar aos quatro ventos que resolveu investir dali por diante na idiotice, como forma de sobrevivência. "E o que pode ser mais estúpido que ganhar dinheiro, muito dinheiro, e gastar em bens de consumo inúteis?", escreve e eu copio. Na banca seguinte gasto tudo o que me sobra nos bolsos (êpa, e o pastel do pai?) com umas molduras para instalar algo novo na sala lá de casa, com minhas caricaturas feitas por amigos. Si, deixo sobrar os exatos R$ 3,50 e trago um imesno pastel de carne, que reparto com o pai ao chegar à sua casa. Comemos e sento paar escrever. E daí reafirm o que havia escrito lá no alto: Esse domingo promete ou não? O que vira pela tarde...

EU CRITICO, MAS TAMBÉM ADORO ELOGIAR...

Hoje são dois elogios para algo que vi e li no Jornal da Cidade, edição de hoje, 03/05. Primeiro para a bela charge do Fernandão na página 2 e depois para o texto do Feza, também na página 2. Vejam a charge e a interpretem vocês mesmos e do Feza, leiam e sintam a singeleza:

SER PROVOCADO – JOÃO PEDRO FEZA
O ator Umberto Magnani revelou ao JC ter um sonho: o de ser vaiado. Está em entrevista publicada hoje no JC Cultura. Em sua visão, ser vaiado significaria que o público está mais exigente. Curiosa tal afirmação na semana em que as artes perderam o provocador Antonio Abujamra. Aquele que dizia não gostar de nada, o que é uma provocação e tanto ao dom de viver. Na redação, conversamos sempre sobre o fato de, no geral, sermos tão refratários a críticas e provocações. Sempre temos uma desculpa. É oceânica a dificuldade em admitir erros. E mais: em aprender com os erros.

Erro é um professor e tanto (e vai aqui minha saudação a todos os professores que andam levando borracha por aí). Já pensou: ser vaiado e tomar isso como um agradecimento? Sinal de grandeza de Magnani, que hoje se apresenta em Bauru. Mas ele levou quantos anos para moldar tal entendimento? É complicado ser provocado, como o ourinhense Abu fazia como ninguém, e reagir bem a isso. E tirar lições disso para avançar.

Certa vez, em Tupã, o provedor da Santa Casa ligou para apontar um erro do jornal onde eu trabalhava. Por coincidência, um erro que eu havia cometido. Disse a ele que faria a retratação, que havia mesmo sido um erro. Do outro lado da linha, fez-se um silêncio. E ele disse ter estranhado uma admissão de erro tão imediata. Estava mais acostumado a ouvir longas justificativas, que só servem para tirar o erro do foco da prosa. Sem falsa modéstia, fiquei orgulhoso da minha atitude. Mas não são todos os erros que consigo admitir. Quem sabe um dia.

Estou muito longe de desejar ser vaiado, mas não resta dúvida de que ser provocado ajuda no crescimento pessoal. Especialmente quando somos provocados a reconhecer nossas fraquezas, nossos desvios e nossos inúmeros erros. Dizia Abu, ou diz-se que ele dizia: “A vida é sua, estrague-a como quiser”. Que fracasso é mais interessante do que sucesso. Eu diria: “Errar é humano, mas não aprender com erros é desperdiçar a vida”.

Longa vida a Magnani. E a você, Abu, desejo que provoque a maior confusão entre santos e anjos ao perguntar a eles, como fazia em dose tríplice, olho no olho, na TV Cultura: “O que é a vida? O que é a vida? O que / é / a / vida?”.

O autor é editor executivo do JC

A GALÃ DA NOVELA FOI PRESA E NINGUÉM CHAMOU O GILMAR MENDES PARA SOLTÁ-LA

Ana Bia me contou a trama que está na tela hoje na novela BABILÔNIA. Beatriz (Glória Pires) é ninfomaníaca e muito rica, casada com um empreiteiro Evandro Rangel (Cássio Gabus Mendes) e tentou matar Inês (Adriana Esteves), advogada que cuidava dos seus negócios, por essa ter publicado nas redes sociais um vídeo de cenas sexuais da chefe. Deu merda. Beatriz foi presa, mesmo sendo rica e filha da podre de rica da Estela (Natália Thimberg), que é casada com uma famosa e influente advogada, a Tereza Petrucelli (Fernanda Montenegro). Essa, mesmo influente não consegue impedir a prisão, pois Beatriz desacata a delegada. Fica guardada numa Casa de Detenção, lugar onde poucos ricos passam sequer uns poucos dias, mesmo tendo culpa no Cartório.

Tiro minhas conclusões trazendo tudo para a vida real. Alguém se lembra quando o dono do banco Oporttunity, Daniel Dantas foi preso. A culpa dele estava escancarada, mas passou uma só noite na cadeia. Foi preso por duas vezes e por duas vezes foi solto e tudo graças à ação deliberada de GILMAR MENDES, juiz do STF, que impetra Habeas Corpus e livra o banqueiro de conhecer a fundo uma Casa de Detenção.

Daí minhas conclusões nada apressadas e bem elucidativas. Essa INÊS e essa outra, sua mãe, a ESTELA e nem a influente advogada, a TERESA não são iguais ao DANIEL DANTAS e, infelizmente, não conhecem ninguém como GILMAR MENDES, do contrário, ninguém estaria detido nessa hora. Estou avisando o autor da trama, GILBERTO BRAGA para colocar no meio da história, ou seja, um convite de participação especial para o intrépido Gilmar Mendes e resolver de vez o problema.

Que acham??? Esses caras parecem que não sacam das coisas, estão desconectados meu!
TRAMA DE FINAL DE SÁBADO RECONSTITUÍDA PELO H.P.A.

E PARA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE LIVROS...

Ontem na passagem lá no Vitória Régia no evento do Dia do Trabalhador, patrocinado pela CUT Bauru, algo com livros. Sempre eles, felizmente. Uma banca, a já tradicional Biblioteca Móvel Quinto Elemento, ontem sob a coordenação do professor Willian (semana que vem um vídeo com ele e um Perfil Lado B). Não deixei nada em troca, não paguei nada e trouxe para casa duas maravilhas, um do Origenes Lessa sobre a vida do Noel Nutels e outro sobre a importância de ler Hilda Hilst. Vim lendo pelos caminhos e descaminhos da vida. Firmei um compromisso de levar livros para eles lá na banca aos sábados (é hoje) na Batista, na esquina da Resistência (que todos conhecem). Ler é tudo de bom...
Coisas do HPA

NOROESTE NA LANTERNA DA A4

Volto do jogo nesse momento e por lá, exatamente para evitar problemas cardíacos, eu e mais três amigos escolhemos permanecer bem ao lado da ambulância cardíaca, postada junto da torcida, lado dos eucaliptos, com a sombra a nosso favor, já com o intuíto de salvaguardar a vida dos sofridos torcedores noroestinos. Perdemos de 2x1 para o Vocem de Assis e por pouco a ambulância não volta cheia para sua base.
HPA