domingo, 10 de maio de 2015

DROPS - HISTÓRIAS REALMENTE ACONTECIDAS (117)


TENTATIVAS DE REESCREVER A HISTÓRIA MENOSPREZANDO A REALIDADE DOS FATOS

01 – Dias atrás se comemorou, até com certa pompa, mais uma data do final da 2ª Grande Guerra Mundial e novamente vejo por aqui algo sendo intencionalmente esquecido. Quem de fato foi o grande responsável pelo fim da contenda naquele momento se chama URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. ForaM eles que, verdadeiramente enfrentaram os nazistas à unha e os derrotaram nos campos mais gelados desse nosso mundo. Escamotear e esconder isso é mais do que uma falha histórica, sendo mais uma forma de reescrever a História com falsidades e inverdades. Besteira da pior espécie. Que mal existe em reconhecer isso? Os EUA quer queiram ou não alguns, foi mero coadjuvante e chegou ao palco de luta quase no seu final. Reestabelecer a verdade dos fatos é salutar, SEMPRE.

02 – Não me entra na cachola ver a brutalidade com que certas lideranças (sic) dessa cidade, estado e nação defendem a TERCEIRIZAÇÃO da mão de obra do trabalhador como uma das soluções para os problemas atuais. Solução para quem? Estão é fazendo renda com a desgraça alheia. Quem age assim pensa somente nos próprios bolsos e lhufas para os demais. Mais insensíveis impossível. Mistura-se luta contra o atual Governo e luta pela Terceirização, como se fosse uma derrota da presidenta vê-la vergada também diante da aprovação irrestrita do fim do que ainda resta de direitos trabalhistas nesse país. Estamos caminhando para algo com cheiro de terra arrasada, com uma carinha de escravidão assalariada e muitos empresários achando isso uma maravilha. Casa Grande & Senzala versão século XXI.

03 – O Uruguai, sempre o Uruguai. Vem de lá o vento sul a nos abrandar a face diante das seguidas traulitadas cometidas por aqui. Vejo uma linda foto na internet, manifestação nas ruas da capital deles, Montevidéu e numa faixa os dizeres: “URUGUAY NO BAJA”. Versa sobre a decisão tomada pela população de ir às ruas contra a redução da maioridade penal, que até as pedras do reino mineral sabem, se aprovada a lei em nada mudará os estado de coisas atualmente vivido. O Uruguai que já foi o estado mais sanguinário dessa América Latina hoje se mostra o mais sensível. Bela a decisão de um ferroviário aposentado aqui de nossa região decidindo ir passar lá os últimos anos de sua vida. Vendeu tudo por aqui e se bandeou de mala e cuia para a ares mais arejados. Foi ser feliz na vida.

04 – O país lutando com as armas que possui contra a privatização total da PETROBRAS, contrário ao que está sendo veladamente imposto ao Pré-Sal e lá vem o ministro de Estado da pasta das Minas e Energias, um tal de Eduardo Braga e esmerdeia tudo. Vai o gajo numa importante reunião nos EUA, uma conferência junto aos barões da irracionalidade petrolífera mundial e lá arria literalmente as calças quando declara ser favorável ao fim da obrigatoriedade da participação da estatal em 30% dos blocos de exportação do petróleo do pré-sal oferecidos pelo governo representado por ele. Um sacana. Enquanto a Petrobras apresenta recordes sucessivos na prospecção, não são só os abutres de fora a defender a revogação da liberação total de nossas reservas, mas também peças chaves do próprio Governo, que ainda diz defender a estatal. E eu acredito em quem daqui para frente?

05 – Não me peçem para gostar integralmente de Cristina Kirchner, a mandatária em fim de Governo lá na Argentina, mas não me escuso de dizer gostar de algumas de suas declarações. Diante do ataque brutal e sanguinário dos tais fundos abutres contra as reservas do seu país, ela não só esperneia, mas diz em alto e bom som: “Estamos ante um modus operandi de caráter global, que não só lesiona severamente as soberanias nacionais, interferindo e coagindo nos funcionamento dos poderes de Estado, gerando políticas internacionais de qualquer tipo, forma e cor. (...) Os fundos abutres são como um aríete, mais para condicionar nosso país a negociar da forma mais vulnerável possível frente aos fundos especulativos. (...) Agem na rota do dinheiro. Qualquer similaridade nunca será mera coincidência e muito menos casualidade. Agem em forma de lobbies, ataques financeiros ou operações midiáticas internacionais simultâneas, e o que é pior, ações encobertas de distintos serviços destinadas a desestabilizar governos”, disse. Em sua análise a mandatária argentina comparou o sucedido na Argentina com as pressões lobistas israelenses contra o Congresso norte-americano, feitas para frear o acordo nuclear entre aquele país e o Irã. Nisso, pelo menos, ela acerta em cheio, estamos cercados e o que é pior, com muitos defendendo isso aqui mesmo nos nossos torrões. Prontos para cravar a estaca no coração de seu próprio país e a favor dos interesses que não os nossos.

AFINAL, DE LADO VOCÊ ESTÁ?

Um comentário:

  1. Bom dia Henrique. Para entrar na "cachola" como você diz em seu texto, temos que ter como perspectiva a velha e vigorosa luta de classes. Para muitos embusteiros que diariamente inundam páginas de jornais, blogs etc...o conceito histórico e científico de proletários e burgueses acabou. Todos os processos que precarizam as condições de trabalho, estão vinculados a ilimita exploração da mais valia, para manter a margem de lucro do capital. O problema não é moral, é político e econômico, e reflete a luta de classes.
    Roque Ferreira

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